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Pale ofitoge ografia no Brasil durante o Pe rmiano: conside rações sobre os

ve ge tais fósse is de Tocantins (Bacia do Parnaíba) *


CAPRETZ, Robson Louiz (1,3); ROHN, Rosemarie (2); TAVARES, Tatiane Marinho Vieira (1,3) - 1-
Programa de Pós-Graduação em Geologia Regional, IGCE, Unesp Rio Claro; 2- Docente,
Departamento de Geologia Aplicada, IGCE, Unesp Rio Claro; 3- Bolsistas FAPESP (Proc. 05/58444-5
e 05/58496-5)

Durante o Permiano grandes áreas continentais constituiam o supercontinente Pangea, cuja parte
meridional, denominada Gondwana, era formada pela América do Sul, África, Índia, Austrália e
Antártica. No Gondwana, a flora em paleolatitudes superiores a 40o caracterizava-se pela presença
da gimnosperma endêmica Glossopteris. Nas áreas setentrionais, como na Euramérica,
desenvolveram-se floras bastante distintas. A maior parte das considerações paleofitogeográficas
da literatura baseia-se nos fósseis preservados como compressões, impressões, tecidos
carbonificados e moldes achatados, cuja identificação pode ser bastante discutível. Vegetais
fósseis permineralizados podem facultar classificação mais precisa através da anatomia preservada,
porém são mais raros. Entre os caules permineralizados da Flora Glossopteris conhecidos da Bacia
do Paraná estão os gêneros de samambaias arborescentes Tietea e Psaronius. Na Bacia do
Parnaíba, caules permineralizados permianos são mais comuns, especialmente os dois gêneros
mencionados. Uma região rica em fósseis vegetais situa-se no Município de Filadélfia, no
Monumento das Árvores Fossilizadas do Estado do Tocantins, onde está sendo realizado o
estudo. Outras samambaias arborescentes identificadas no Monumento são Dernbachia (até o
momento endêmica à região) e Grammatopteris (anteriormente conhecida apenas no Hemisfério
Norte). Também foram identificados Botryopteris (samambaia epífita), Dadoxylon (gimnosperma) e
Arthropitys (esfenófita), igualmente setentrionais. Visando comparações entre as
paleocomunidades, os métodos consistem em mapear os fósseis no Monumento, coletar amostras e
identificá-las conforme suas características anatômicas. Até o momento, somente a região da
Arábia e Turquia era apontada como um ecótono entre as províncias florísticas do Gondwana
“Meridional” (Flora Glossopteris) e as setentrionais. A Bacia do Parnaíba, onde os fósseis estão
bem melhor preservados, pode ser outro ecótono.

* Premiado como Destaque Especial

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