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Faculdade de Engenharias, Arquitectura e Planeamento Físico

Curso: Arquitectura e Planeamento Físico

Cadeira de Atelier IV

Tema: arquiteto Pancho Guedes

Discentes:

Edson Mambo

Joao Tivane

Valbrando

Zebedeu da Caridade Siquela

Docente:

Belo Horizonte, Agosto de 2019


Introdução

A nossa apresentação visa refletir a importância do “brutalismo” na obra do arquiteto


português Pancho (Amâncio) Guedes (Lisboa, 1925), em Moçambique, entre o início dos
anos 1950, momento em que se dá o processo de descolonização da chamada “África
portuguesa”.

Pancho Guedes

Arquiteto, escultor e pintor.

Nome: Amâncio de Alpoim de Miranda Guedes

Nascimento: 13 de maio de 1925

Morte: 7 de novembro de 2015 (90 anos)

Nacionalidade: Portuguesa

Ocupação: Arquiteto, escultor e pintor


Biografia

Pancho Guedes nasceu aos 13 de maio de 1925 natural da cidade de Lisboa em portugal, e
aos 90 anos de idade em 7 de novembro de 2015 falecido na África do Sul.

Formado em Arquitectura na África do Sul, Pancho Guedes, de seu nome Amâncio d'Alpoim
Miranda Guedes, tinha-se fixado em Moçambique, tendo iniciado a sua actividade como
arquitecto em Lourenço Marques. Nos anos 50 viaja pelo sul da Europa e contacta com os
trabalhos de Le Corbusier e de Gaudi, que influenciam a sua obra, marcada pelo contexto
africano e pelo movimento surrealista, que admirava.

Trabalhou em Moçambique, na África do Sul, em Portugal, em Angola e na Suazilândia,


mas é em Maputo que é mais forte a sua marca. É autor de obras como o "Leão que ri"',
"Prometheus", "Igreja da Sagrada Famila" ou "Escola (clandestina) dos caniços".

Ideologia nas obras

A cor pode ser encarada como uma linguagem, uma entidade simbólica, um instrumento
fundamental para a criação de espaços ou para qualquer outra forma de expressão. Para
desenvolver o estudo relativamente à problemática da utilização da cor na arquitectura, e
assim determinarmos as implicações acerca do modo como a cor se manifesta, também
enquanto símbolo, Pancho Guedes:

O Leão que Ri (Lourenço Marques, 1956)


e a Casa da Quinta da Beloura (Sintra, 2005)

Pretende-se averiguar de que forma a cor é manipulada de acordo com uma intenção ou
estímulo, que tipo de linguagem simbólica poderá ser identificada de acordo com as teorias
de Jung, Itten e Mahnke, em especial, ou se será possível definir algum padrão que dê origem
a uma norma. Sugere-se a continuação do estudo de outras obras deste autor que, através da
sua originalidade e sentido crítico, representam uma riqueza e variedade de expressão
notável. Apesar do próprio arquitecto enunciar mais de vinte modos diferentes de fazer
arquitectura – categorizando-os segundo tipologias conceptuais e de influências – não é
possível identificar uma cronologia ou sequência específica no seu trabalho, pela acentuada
intemporalidade presente na sua obra. No entanto, a definição de um carácter único como
apanágio de uma arquitectura singular, representa uma contribuição para o conhecimento da
sua obra.

Obras

Edifício prometheus

Entre 1951 a 1953, Pancho Guedes projecta em Maputo o seu primeiro edifício o seu
primeiro edifício de habitação colectiva que designou como prometheus devido a escala que
conseguiu dar a um bloco de apenas cinco pisos. Esta designação tem com origem na
mitologia grega, em que prometheus e um tita, uma dinvindade descendete dos Deuses de
grandes dimensões e resistencias
o edifício e construído por quatro pisos de habitação, e quinto piso recuado, elevado sobre
pelares e resultando num volume total com equivalente a seis pisos.

O acesso e feito a nordeste, inicialmente a hall de entrada destinava se a estacionamento,


tendo sido encerrado e transformado numa agencia bancaria nos anos 60, aas circulancoes
verticais no interior do volume localizam se na fachada posterior, orientada a sodoeste, e são
construídas por duas caixasde escadas, a principal e a de serviço, e um elevador. Esta
organização reflete-se na fachada através de vãos de reduzidas dimensões.

Stiloguedes-II-padaria Saipal

Foi através de edifícios de complexas formas e volumes curvilíneos como a padaria saipal,
que a vocação heterodoxa e inventiva de pancho guedes ficou definida. Este edifício
industrial esta marcado pela plasticidade curvilínea característica do seu autor. Dois arcos,
que expressivamente desenham o perfil exterior do imóvel, também definem os espaços
principais internos das naves para fabrico de pão.

Saipal- a padaria foi originalmente desenhada para sede e fábrica da cooperativa de padeiros,
foi construída por um volume rectangular da secção transversal, composto pela articulação
estrutural de dois arcos parabólicos, repetidos sucessivamente ao longo de desenvolvimento
longitudinal do edifício dos expressos dos alçados exteriores de topo, num conjunto unificado
pelas coberturas abobadas, pontuado pelo volume escultural de chaminé e esvaziado ao
centro do alcado sudoeste, onde se exteriorizam as formas fantásticas dos elementos de
suporte exterior. Aparte anterior do edifício sofreu alterações recentes para a sua
transformação em sede de uma empresa.

Stiloguedes-XV-Igreja sagrada família

No que respeita a igrejas católicas, o arquitecto Pancho Guedes em 1954 projectou a Igreja
de S. Gabriel na Matola com forma triangular simples mas inovadora. Em 1966 renovou a
Igreja velha Santa Ana da Munhuana. Mas é na Igreja da Sagrada Família na Machava nos
subúrbios de Maputo e construída de 1962 a 1964 que Pancho Guedes mostra toda a sua
criatividade utilizando a plasticidade do betão para formas curvas e torcendo as vigas do teto
para erguer cruzes a três dimensões também replicadas na torre que é separada do corpo
principal da igreja. Sabemos que Pancho Guedes era admirador de Gaudi mas neste projecto
apesar da coincidência dos nomes seguiu um caminho próprio. 
Muitas destas fotos parecem de modelo mas são reais. A primeira mostra a fachada principal
e lado direito do edifício. As legendas em itálico são excertos do que PG disse e é
apresentado na totalidade ao fundo.

Stiloguedes-Edifício do Banco das Poupanças das Viúvas e Orfãos da Polícia

Stiloguedes - XVIII - Edifício Tonelli de 1954 a 1958

Esta é uma obra de envergadura projectada ainda no início da carreira de Pancho Guedes.
O edificio e um bloco insolado de geometria moderna divido pelo vlume de acessos verticais,
deslocado dos planos de fachada, a galarei distribui o acesso aos onze pisos de apartamentos,
que combina- apartamentos dublex e de solteiro.

Essta obra claramente contextualizada com premissas de movimento moderno( edificio em


altura assente em pilotis, acesso em galeria, habitações com areaas mínimas) e pretendia
contribuir para a modernização da cidade, quer alterando a imagem urban, quer prpor um
novo modo de habitar.

Stiloguedes - III - Prédio Abreu, Santos e Rocha


A ideia para o Prédio Abreu Santos e Rocha era de um edifício de muitas finalidades. Mas foi
projectado com dois andares de apartamentos por cima de lojas com dois pisos. Quando foi
concluído, deixou de ter apartamentos e tinha escritórios, algumas lojas e uma grande estação
de serviço. Mais tarde, acrescentaram-se cinco andares de escritórios e os dois murais de
seixo acompanharam esse crescimento. 

 Exibe as suas grelhas geométricas, em articulação com um vasto baixo-relevo de motivos


gráficos africanizantes (“murais em seixo”, segundo Guedes). A grelha em quadrícula,
utilizada na frente poente, é colocada de modo inovador, com expressão escultórica.

Stiloguedes - XVII - Prédio Octávio R. Lobo de 1967


O Prédio Octávio Lobo é um prédio de escritórios feito para essa firma na capital
moçambicana Está localizado bem no centro da cidade, na Rua Consiglieri Pedroso, na
esquina da Praça dos Trabalhadores. Guedes projetou um prédio de seis andares muito
estreito. No entanto como o terreno é comprido foi feito um armazém atràs. Na fachada foi
usado mármore com montagens de bronze como "Brise Soleil" (um protetor solar) .

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