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Gestão das Operações

Gestão da Cadeia de Valor

Prof.ª Cesaltina Pires


Prof. Rui Fragoso
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Dr. Ilídio Gaspar

A gestão da cadeia de valor – Plano


1. Papel estratégico da gestão da cadeia de valor
1. O que é a cadeia de valor?
2. A gestão da cadeia de valor

2. O papel das tecnologias de informação


3. Decisões estratégicas na gestão da cadeia de valor
1. Fazer internamente ou comprar
2. Outsourcing
3. Muitos fornecedores versus poucos fornecedores

4. Integração da cadeia de valor


5. Análise de desempenho e benchmarking

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1.1 O que é a cadeia de valor?

 Cadeia de Valor ou Cadeia de Fornecimentos – Rede


de entidades e atividades associadas com o processo de
transformação de matérias-primas nos bens e serviços
entregues ao cliente (inclui desenvolvimento, aquisição
de materiais, transporte desses materiais, produção,
distribuição dos bens finais e serviço pós-venda, bem
como fluxos de informação associados).

Rede de fornecedores Rede de distribuidores e clientes

Gestão da cadeia Gestão da cadeia


de fornecimento e de distribuição –
de materiais Logística
SCM / Gestão da cadeia de valor

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1.1 O que é a cadeia de valor?

Source: Russel & Taylor, 2006

1.2 Gestão da cadeia de valor


A gestão da cadeia de valor foca-se na integração e gestão do fluxo de
materiais e serviços ao longo da cadeia de valor, para alcançar o nível de
sincronização adequado para responder às necessidades dos clientes ao
mínimo custo
Informação

Consumidores
Fornecedores Produtores Distribuidores Satisfação
Materiais, Produtos Embalagem total com
Partes Produtos e e Produtos e E entrega Produtos e a qualidade,
Componentes Serviços Serviços Serviços Serviços o preço,
serviços finais a entrega
Stocks e o serviço
Stocks Stocks

Dinheiro 6

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1.1 O que é a cadeia de valor?

 Cadeia de valor nos serviços


 Mais focada nos recursos humanos e no suporte
necessário para fornecer o serviço. São cadeias mais
curtas do que na produção industrial
 Cadeia de fornecimentos (supply) versus cadeia de
valor
 Numa perspetiva de cadeia de procura podem ser
termos sinónimos, uma vez que o objetivo é a criação
de valor em cada estágio da cadeia.

1.2 Gestão da cadeia de valor


 Incerteza e inventário
 Previsão da procura pouco precisa
 Prazos de aprovisionamento variáveis e longos
 Entregas em atraso
 Carregamentos incompletos
 Alterações no produto
 Flutuação de preços
 Encomendas inflacionadas

 Fatores chave na gestão da cadeia de valor


 Informação
 Comunicação
 Confiança

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1.2 Gestão da cadeia de valor
 O efeito chicote

Source: Russel & Taylor, 2006

1.2 Gestão da cadeia de valor (Supply chain management)

 Objectivo da cadeia é criar valor


 Prazos de entrega curtos
 Cumprir prazos de entrega
 Qualidade
 Custo
 Flexibilidade

 Mas a cadeia envolve muitos intervenientes!


 Cadeia de valor é um sistema iterativo
 Coordenação na cadeia
 Partilha de informação
 Negociação: criar valor versus dividir valor

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2. O papel das tecnologias de informação na gestão da
cadeia de valor
 Negócio eletrónico
 Substituição de processos físico por processos eletrónicos

 Troca eletrónica de dados


 Troca de computador para computador de documentos

 Código de barras
 Cria o registo instantâneo das vendas e/ou dos itens em stock

 Identificação por radio frequência


 Podem-se enviar dados através de ondas de radio

 A internet
 Fazer por encomenda

3 Decisões estratégicas na gestão da cadeia de valor

 Fazer internamente ou comprar


 Seleção dos fornecedores
 Seleção dos distribuidores
 Armazenagem e stocks
 Satisfação das encomendas
 Partilha de informação relativamente a clientes, previsão
da procura e produção

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3.1. Fazer internamente ou comprar?
Razões para fazer internamente Razões para optar por comprar
 Manter competências core  Dedicação às competências core
 Baixos custos de produção  Baixos custo de aquisição
 Ausência de fornecedores  Preservar “boas relações”
adequados  Acesso a competências
 Aproveitar mão-de- técnicas/gestão
obra/instalações  Ausência de capacidade
 Proteger design
 Reduzir custos com stocks
exclusivo/qualidade
 Falta de recursos técnicos/gestão
 …
 …

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3.2 Subcontração – outsourcing?

 Transferir actividades internas de uma empresa para


terceiros.
 Beneficiar da eficiência que resulta da especialização
 Tipo de actividades onde é mais usado: TI,
Contabilidade, Logística

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3.2 Subcontratação – outsourcing?

Vantagens Desvantagens
 Centrar nas competências core  Aumento dos custos de transporte
 Redução de custos  Menos controlo
 Acesso a experiência (exterior)  Mais concorrência (futuro)
 Melhoria das operações/serviço  Impacto negativo nos empregados
 Acesso a tecnologia (exterior)  Longo prazo (conflito de
 Outras (imagem, downsizing, …) interesses, aspectos legais, perda
de capital intelectual, …)

3.2. Cuidados a ter na decisão de subcontratação

 Necessária uma boa identificação do que são as competências


core da empresa
 Se a actividade for não-core, verificar se o fornecedor externo é
mais eficiente e competente
 Não esquecer as implicações nos recursos internos
 Cuidado na selecção dos fornecedores externos
 Cuidado na negociação dos acordos de outsourcing
 Monitorização
 Riscos políticos e cambiais (no caso de outsourcing internacional)
e questões éticas
 Exige partilha de informação e coordenação

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3.3. Muitos fornecedores versus poucos
fornecedores
 Muitos fornecedores
 Os fornecedores competem de forma agressiva uns com os
outros
 Pode ser uma estratégia adequada para as commodities

 Poucos fornecedores
 Relações de longo prazo
 Os fornecedores estão mais disponíveis para aderir a sistemas
de produção just-in-time
 Os fornecedores participam no desenvolvimento de novos
produtos

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4 Integração da cadeia de valor


 Partilha de informação entre os membros da cadeia de valor
 Deteção precoce de problemas; respostas mais rápidas

 Collaborative planning, previsão, reposição e design


 Custos mais reduzidos; maior capacidade; melhoria dos serviços aos
cliente
 Coordenação dos fluxos de trabalho, produção, operações e
aprovisionamento
 Eficiência da produção, rapidez para o mercado; melhoria de serviços
 Adoção de novos modelos de negócio e tecnologias
 Melhoria da eficiência; novos produtos e novos mercados,
customização em massa 18

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4.1. Fornecedores

 O aprovisionamento tem um papel crucial na gestão da


cadeia de valor
 Suppliers teamwork coordena os processos entre a empresa e o
fornecedor
 Resposta imediata à solicitação da procura

 Reposição contínua

 E-procurement
 E-marketplaces

 Leilões reversos

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4.2. Distribuição
 Engloba todos os canais, processos e funções, incluindo
o armazenamento e transporte, por que um produto
passa até ao consumidor final
 Atendimento da encomenda – processo que assegura a entrega
da encomenda no tempo devido
 Logística – transporte e distribuição física de bens e serviços
 Rapidez – é dos principais atributos em que as empresas
competem
 Postponement – adia operações de produção para o final do
processo, i.e., para serem realizadas durante a armazenagem
ou no centro de distribuição
 Warehouse management systems (WMS), vendors
management system (VMS) nome20

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4.2. Sistemas de distribuição – modos de transporte
 Ferrovia – Economico para distâncias longas e cargas
de baixo valor
 Rodovia (camioneta) – Mais caro do que a ferrovia
para distâncias longas, mais flexível e mais fiável
 Aéreo – É o meio de transporte mais rápido e caro, é
adequado para produtos perecíveis e de alto valor
 Marítima e fluvial – custo reduzido e é o modo de
transporte mais lento apesar de ser o mais utilizado
 Intermodal – combina vários modos de transporte
 Pipelines –transporte de produtos no estado líquido,
custos de investimento elevados e de operação baixos 21

4.3. Logística – decisão multicritérios

 A técnica de decisão multicritérios pode ser usada em muitas


decisões de gestão das operações/logística:
 Escolha da localização
 Escolha do meio de transporte
 Escolha da tecnologia
 Identificar os critérios importantes na decisão
 Identificar a importância relativa de cada um dos critérios
 Identificar as várias alternativas de escolha (ex: possíveis
fornecedores; possíveis localizações)
 Avaliar cada uma das alternativas e escolher a melhor

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4.3. Avaliação dos Fornecedores
Critérios Peso do Forn. Forn. Forn.
critério 1 2 3
Capacidade inovação 0.10 2 4 3
Preço de venda 0.10 5 1 3
Flexibilidade na produção 0.15 3 5 4
Rapidez entrega 0.25 2 5 4
Qualidade 0.25 2 4 4
Solidez financeira 0.10 4 3 5
Responsabilidade Social e 0.05 2 4 5
Ambiental
Médias ponderadas ? ? ?

5. Análise de desempenho e benchmarking


 Indicadores de desempenho
 Rotação de inventário = CMVMC
Valor das existências

 Dias de inventário = Valor das existências


CMVMV / 365 days

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5. Indicadores de desempenho - exemplo

No último ano o custo das mercadorias vendidas e das


matérias consumidas (CMVMC) numa empresa foi 400
mil euros. O valor médio das existências de materiais de
produção, produtos em vias de fabrico e produto final
são os seguintes:
Materiais - € 4550
Produtos em vias de fabrico - €17700
Produto final - €13670
a) Qual é a rotação de inventário?
b) Durante quanto dias a empresa mantém inventário?
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5. Análise de desempenho e benchmarking


 The Supply Chain Operations Reference (SCOR) model

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Surce: Russel & Taylor, 2006

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5. Análise de desempenho e benchmarking
 SCOR model performance metrics

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Surce: Russel & Taylor, 2006

5. Análise de desempenho e benchmarking


 SCOR model performance metrics

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Source: Russel & Taylor, 2006

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5. Análise de desempenho e benchmarking
 Desempenho comparado da cadeia de valor

Empresa Empresa
corrente Benchmark
Custos administrativos em percentagem das 3,3% 0.8%
compras
Prazo de aprovisionamento (semanas) 15 8
Tempo necessário para colocar uma encomenda 42 minutes 15 minutes
Percentagem de encomendas em atraso 33% 2%
Percentagem de material rejeitado 1,5% 0.001%
Número de roturas de stock por ano 400 4
Source: Heizer & Render, 2004

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