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Segundo traço

2. A NOVIDADE.
• A segunda característica dessa cristologia
parece coincidir com a preocupação
constante de seu autor de respeitar
integralmente a total novidade da
mensagem.
• As aspirações, necessidades e sentimentos
do homem, seu conhecimento do bem e do
mal, sua evolução através dos séculos, nada
disso é novidade.
• Ao contrário, quando Deus inesperadamente
se revela (e aí não se trata de uma idéia, ou
de uma providência anônima, mas do
Senhor vivo), algo verdadeiramente novo
irrompe no mundo humano.
• Não é a expressão de nossa nostalgia.
Não veio como soberano,
mas como uma criança.
• Que Deus arrisque a sua honra vindo
ao meio de seus inimigos, não na
forma de um soberano, mas na de uma
criança e na de um condenado à
morte;
• Que se aproxime de nós, não para nos
julgar, mas para redimir-nos deixando-
se condenar em nosso lugar;
• Que ele não perdoe nossas ofensas
automàticamente, qual pai indulgente,
mas mediante a justiça que exige o
sacrifício de seu próprio Filho;
Amor, aliança, tudo novo...
• que seu amor - e não sua ira -
condicione essa condenação e que a
vida nos seja propiciada pela
ressurreição da vítima expiatória;
• que ele aceite firmar um pacto com
aqueles que o odeiam fazendo-se, em
nosso lugar, seu próprio aliado;
• que ele tenha optado por esse meio
de solucionar o drama humano e que,
tendo cumprido todas as coisas, ainda
virá para pôr termo ao pecado;
• isso tudo, sim, é totalmente novo e,
por isso, tão difícil de aceitar.
QUAL É A NOVIDADE?
• Novidade, aqui, não significa troca e sim a irrupção
do mundo de Deus no mundo dos seres humanos.
• Ater-se rigorosamente a isso constitui o único
método objetivo, e até científico, em teologia (IV,
2, págs. 46, 118s, 367).
• O valor da cristologia não está nas impressões que
a pessoa de Jesus desperta em nós, mas nas
decisões que Deus toma relativamente a nós.
• A decisão de Deus é Jesus Cristo; eis o que
importa.
• A eleição, que exprime a vontade eterna de
Deus de nos salvar pelo ministério de seu Filho, é a
chave desse drama.
• A novidade consiste, pois, em que Deus não é
mais um mistério distante e insondável, e sim o
Deus revelado.

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