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01/02/2022 11:45 Medo, Violência, Grave Ameaça e Temor Reverencial no Matrimônio - Presbíteros

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O Matrimônio torna-se juridicamente válido a partir
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de um consentimento livre, onde um homem e uma
acessando os
mulher, por aliança irrevogável se entregam
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mutuamente. Este deve ser um ato manifestado
espontaneamente, que não pode ser suprimido por
nenhum poder humano, ou seja, ninguém deve
influenciar nessa manifestação de vontade.

“Para que tenha validade, é preciso que esta


manifestação da vontade seja plenamente consciente e
livre. Quando algo interfere nesta manifestação da
vontade, diz-se que ocorreu um vício de
conscentimento.” (Dom Lelis Lara, CSsR. Cadernos de
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Direito Canônico, Ano 2, N. 1 Jan./ Jul. 2004, Edições


CNBB). 

O CIC, no cânon 1057, conceitua e expressa o valor


do consentimento para a validade do Matrimônio: 

§1. “É o consentimento das partes legitimamente


manifestado entre pessoas juridicamente hábeis que faz
o matrimônio; esse consentimento não pode ser suprido
por nenhum poder humano.”

§2. “O consentimento matrimonial é o ato de vontade


pelo qual um homem e uma mulher, por aliança
irrevogável, se entregam e se recebem mutuamente para
constituir o matrimônio.”

O cân. 1103 versa a respeito da não validade do


Matrimônio contraído de maneira forçada: “É inválido
o matrimônio contraído por violência, ou medo grave
proveniente de causa externa, ainda que incutido não
propositalmente, para se livrar do qual alguém seja
forçado a escolher o matrimônio.”

O cânon acima é um dos mais alegados nas


fundamentações dos pedidos de nulidade em nossos
Tribunais; diariamente pessoas são obrigadas a se
casarem seja por medo, por violência, grave ameaça
ou temor reverencial.

Tendo o ato sexual e a gravidez, ambos antes do


casamento, como panos de fundo (motivos
recorrentes nas causas de nulidade matrimonial),
conceituarei, de maneira muito simples, as diversas
formas de causas externas que levam os casais a se
unirem de maneira forçada: 

Medo: 

Ocorre quando o casal se une por conta um medo


real, eles unem-se prematuramente temendo que o
pai da nubente, por exemplo, descubra que ela não é
mais virgem ou que está grávida. 

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Nesse caso o pai da nubente é um sujeito


reconhecidamente violento, e as partes temem por
sua integridade física, uma vez que o progenitor
mencionado fizera diversas ameaças nesse sentido. 

Violência 

Ocorre quando o casal se une por conta de um ato


violento de terceiros. Geralmente são coagidos
violentamente a se casarem pelo pai da nubente, ou
por um irmão. 

Cân. 125 – § 1. “O ato praticado por violência infligida


externamente à pessoa, e à qual este de modo nenhum
pode resistir, considera-se nulo.”

Grave ameaça 

Ocorre quando o casal se une sob ameaça de caráter


grave, são constrangidos a se casarem temendo a
materialização da ameaça. 

Temor reverencial 

Ocorre quando o casal se une a fim de não


decepcionar o pai, a mãe a avó que ficariam
extremamente decepcionados caso a, então,
namorada não se casasse na maneira tradicional, ou
ao menos corrigisse um erro, qual seja, engravidar
antes do casamento. 

Em todos os casos fundamentados no cân. 1103 o


pseudoconsentimento é, por si mesmo, naturalmente
insuficiente para elevar essa união forçada a
dignidade de Sacramento.

  “(…) ninguém pode obrigar duas pessoas concretas a


unir-se em matrimônio. Este tem que ser fruto de um
consentimento plenamente livre. Por isso, nesses casos,
é moralmente necessário que a nulidade em questão
seja juridicamente declarada.” (HORTAL, Pe. Jesús,
Casamentos que nunca deveriam ter existido – Uma
solução pastoral, Edição 12ª, Edições Loyola, 2004, P.
11).
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George Antunes de Abreu Magalhães


Advogado Canônico
Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Niterói
georgemagalhaes@gmail.com

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