Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
32031-Texto Do Artigo-140563-1-10-20141222 PDF
32031-Texto Do Artigo-140563-1-10-20141222 PDF
NOTA TÉCNICA
PRÁTICAS EXECUTIVAS DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO
Executive practices of sewerage systems of sewage
Raniere Moisés da Cruz Fonseca 1, Antover Panazzolo Sarmento 2, Heber Martins de Paula 3
Recebido em 28 de setembro de 2014; recebido para revisão em 03 de outubro de 2014; aceito em 18 de
novembro de 2014; disponível on-line em 22 de dezembro de 2014.
que não acorrerá o risco de ser derrubada falta de atenção dos operários, não
e marcar a distância do PV para aquele respeitando o estabelecido pela norma.
ponto com o intuito de minimizar os
estragos causados quando o maquinário 3.10 Precauções com a Cobertura do TIL e
for localizar o PV para nivelá-lo com a do TL
rua/passeio. A cobertura tanto do TIL como a do TL
são iguais, diferindo apenas no diâmetro, ambas
3.9. ATERRO DA VALA
são executadas em material frágil e quebradiço,
Para o reaterro da vala é necessário à dependendo da sobrecarga que recebam, com o
vistoria do material escavado a fim de se certificar intuito de protegê-las são necessários a realização
da qualidade do mesmo e para a retirada de de alguns serviços.
rachões de pedra, torrões e pedaços de raízes que O TIL que fica localizado no leito carroçável
eventualmente estejam misturadas ao solo que deve ter o solo que envolve a chaminé
será utilizado. compactada mecanicamente até o início do
A camada inicial do aterro que envolverá tampão completo do TIL, devendo ser envelopada
o conduto deve apresentar uma camada de 0,30 primeiramente com areia, posteriormente
m, devendo ser compactada manualmente sem o aplicando concreto até alcançar o nível da base
uso de força excessiva, as demais camadas devem permitindo assim que a base da tampa esteja
ter espessura de 0,20 m sendo compactadas confinada não se deslocando (Figura 15, ANEXO B).
mecanicamente ou manualmente desde que A tampa do TIL ou TL, que é a parte
vigorosamente a fim de atingir grau de removível, deve ser preenchida com concreto a
compactação próximo ao do solo vizinho (NBR fim de adquirir resistência e não quebrar com o
9814, ABNT, 1987). tráfego de veículos, como apresentado na Figura
Em situações onde o solo existente seja 16 no ANEXO B.
areia, para se realizar a compactação da mesma, No entorno dos TILs ou TLs situados nos
uma vez que a coesão do material é nula, se deve passeios, quando a obra está na fase de
proceder ao adensamento do material, colocando implantação de um empreendimento, é necessário
um grande volume de água no trecho até saturar a executar uma proteção de concreto simples em
areia e posteriormente vibrá-la com placa torno da parte fixa do TIL/TL (Figura 17, ANEXO B),
vibratória ou vibrador de agulha, até que os grãos devendo proceder também a concretagem da
se acomodem (NUVOLARI, 2011). parte removível da tampa como mencionado
NUVOLARI (2011) apresenta a sequência anteriormente.
adotada para a retirada do escoramento das
paredes laterais do solo, que só dever ser iniciada 3.11 RECUPERAÇÃO DO PAVIMENTO
após o reaterro da vala, para isso é necessário A NBR 9814 (ABNT, 1987) apresenta as
proceder ao reaterro até o nível da primeira atividades que devem ser realizadas pelo executor
estronca (estronca mais próxima ao fundo da a fim de não gerar transtorno algum aos
vala), retirando a estronca e a longarina habitantes.
dependendo do tipo de escoramento adotado, tal (i) Os reparos devem ser no mínimo
processo deve ser executado até o nível desejado, iguais ao pavimento danificado; (ii) A
as pranchas verticais só serão retiradas no término pavimentação asfáltica deve respeitar as
do reaterro. especificações do município; (iii) Após o término
Observação: dos reparos do pavimento é dever dos executores
1. No momento do aterramento atentar para remover restos de materiais e realizar a varrição
que não ocorra o entupimento da vala, em das vias e passeios não podendo deixar solo
função da movimentação das máquinas ou esparramado no piso.
R. M. C. FONSECA, A. P. SARMENTO, H. M. PAULA REEC – Revista Eletrônica de Engenharia Civil Vol 9 - nº 3 ( 2014)
69
5. REFERÊNCIAS
NOTA TÉCNICA
ANEXO A
SERVIÇOS INICIAIS
ATIVIDADE
SITUAÇÃO
OBSERVAÇÃO
SIM NÃO
1 Região Povoada
2 Pavimentação
2.1 Asfáltica
2.2 Pavers
2.3 Concreto
3 Obras Subterrâneas
3.1 Água
3.2 Telefone
3.3 Gás
3.4 Drenagem
3.5 Rede elétrica
3.6 TV a cabo
4 Faixa de Servidão
4.1 Água
4.2 Telefone
4.3 Gás
4.4 Drenagem
4.5 Rede elétrica
4.6 TV a cabo
5 Escoramento da vala
5.1 Pontaleteamento
5.2 Descontínuo
5.3 Contínuo
5.4 Especial
6 Nível d’água elevado
7 Berço para assentamento
7.1 Direto
7.2 Lastro de brita
7.3 Lastro de areia
7.4 Laje
7.5 Laje sobre estacas
8 Compatibilização dos projetos
NOTA: Acrescentar itens que se fizerem necessários.
Vistoria por: ________________________ Aprovado por: ________________________
Data: ________________________ Data: ________________________
FONTE: FONSECA (2014).
R. M. C. FONSECA, A. P. SARMENTO, H. M. PAULA REEC – Revista Eletrônica de Engenharia Civil Vol 9 - nº 3 ( 2014)
ANEXO B
FIGURAS E RELAÇÃO DE MATERIAIS PARA CONTENÇÃO DAS VALAS
Vala Marcação
do PV
Piquete
marcado
com cal
FIGURA 1: Marcação do PV com cal.
FONTE: FONSECA (2014).
Hvar. Hvar.
0.40 1.35
PRANCHA PRANCHA
DE MADEIRA DE MADEIRA PRANCHA
DE MADEIRA
0.20
ESTRONCA
PREGO
L. Máx. = 1.00m
MÃO-FRANCESA
ESTRONCA
ESTRONCA MÃO-FRANCESA
0.50 0.50
0.20
CORTE LONGITUDINAL 0.20 CORTE TRANSVERSAL
Materiais: Pranchas: 0,027 x 0,30 m e Estroncas: 0,05 x 0,10 m ou ø 0,10 m.
FIGURA 3 - Escoramento tipo pontaleteamento.
FONTE: FONSECA (2014).
R. M. C. FONSECA, A. P. SARMENTO, H. M. PAULA REEC – Revista Eletrônica de Engenharia Civil Vol 9 - nº 3 ( 2014)
L. Máx. = 1.00m
PREGO
MÃO-FRANCESA LONGARINA
ESTRONCA
ESTRONCA
MÃO-FRANCESA
0.50 0.50
LONGARINA
0.20
CORTE LONGITUDINAL0.20 CORTE TRANSVERSAL
Materiais: Pranchas: 0,027 x 0,30 m; Longarinas: 0,06 x 0,16 m e Estroncas: 0,05 x 0,10 m ou ø 0,10 m.
PRANCHA
DE MADEIRA
PRANCHA
DE MADEIRA
PRANCHA
DE MADEIRA
1.35 0.20
ESTRONCA
L. Máx. = 1.00m
PREGO
MÃO-FRANCESA
LONGARINA
ESTRONCA
ESTRONCA
MÃO-FRANCESA
0.50 0.50
LONGARINA
0.20
0.20
CORTE LONGITUDINAL CORTE TRANSVERSAL
Materiais: Pranchas: 0,027 x 0,30 m; Longarinas: 0,06 x 0,16 m e Estroncas: 0,05 x 0,10 m ou ø 0,10 m.
PRANCHA
DE MADEIRA
PRANCHA
DE MADEIRA
PRANCHA
DE MADEIRA
1.35 0.20
ESTRONCA
PREGO
L. Máx. = 1.00m
MÃO-FRANCESA
LONGARINA
ESTRONCA
ESTRONCA
MÃO-FRANCESA
0.50 0.50
LONGARINA
0.20
0.20
CORTE LONGITUDINAL CORTE TRANSVERSAL
Materiais: Pranchas: 0,05 x 0,16 m; Longarinas: 0,08 x 0,18m e Estroncas: 0,05 x 0,10 m ou ø 0,10 m.
CT
PV2
PV1
CRUZETA CRUZETA
TUBULAÇÃO ESCAVAÇÃO
CR
CT H
e
CC Ø
e
Legenda Figura 7: (i) CR = cota da régua; (ii) CT = cota terreno; (iii) CC = cota do coletor; (iv) CT – CC = profundidade
coletor; (v) H = altura da régua; (vi) R = altura variável; (vii) H + R = altura da cruzeta para tubulação; (viii) H + R +φ +
2e = altura da cruzeta para escavação.
FIGURA 7: Método da cruzeta (a) perfil longitudinal; (b) seção transversal e (c) cruzetas.
FONTE: Próprio Autor.
R. M. C. FONSECA, A. P. SARMENTO, H. M. PAULA REEC – Revista Eletrônica de Engenharia Civil Vol 9 - nº 3 ( 2014)
PAVIMENTAÇÃO
PAVIMENTAÇÃO
MATERIAL DE
MATERIAL DE
BOA QUALIDADE VAR.
BOA QUALIDADE VAR.
COMPACTADO
COMPACTADO 0.20
0.20 MATERIAL DE
MATERIAL DE
BOA QUALIDADE
BOA QUALIDADE
LEVEMENTE APILOADO 0.30
LEVEMENTE APILOADO 0.30
N.A. 0.30
MATERIAL DE 0.30
BOA QUALIDADE
LEVEMENTE
MATERIAL DE
BOA QUALIDADE
0.10 MIN.
APILOADO 3X 10cm LEVEMENTE
APILOADO 3X 10cm
PROJEÇÃO PROJEÇÃO
N.A. BOLSA DO TUBO LASTRO BOLSA DO TUBO
DE BRITA
FUNDO DA VALA
FUNDO DA VALA
LAJE
LAJE
REBAIXO
REBAIXO
0.15
0.15
MÍN. 0.20
MÍN. 0.20
LASTRO
DE BRITA
LASTRO
DE BRITA
FIGURA 10: (A) Laje sobre lastro de brita Nº 3 e 4; (B) Laje sobre lastro de brita e estacas.
FONTE: FONSECA (2014).
FUNDO DA VALA
REBAIXO
MÍN. 0.20
LASTRO
DE AREIA MÉDIA
FIGURA 11: Laje sobre lastro de areia média. FIGURA 12: Tubo de Inspeção e Limpeza.
FONTE: FONSECA (2014). FONTE: FONSECA (2014).
R. M. C. FONSECA, A. P. SARMENTO, H. M. PAULA REEC – Revista Eletrônica de Engenharia Civil Vol 9 - nº 3 ( 2014)
PROTEÇÃO
PAVIMENTAÇÃO DE CONCRETO
BASE
PAVIMENTO
BASE DE AREIA
SOLO
COMPACTADO
PROTEÇÃO
PAVIMENTAÇÃO DE CONCRETO
BASE
PAVIMENTO
BASE DE AREIA
BASE DE AREIA SOLO
COMPACTADO
FIGURA 14: Tubo de Limpeza. FIGURA 15: Execução da cobertura do TIL/ TL.
FONTE: Próprio autor. FONTE: Próprio autor.
BASE DE AREIA
0,50m
0m
0,5 0,05m
FIGURA 16: Colocação da tampa removível TIL com FIGURA 17: Proteção em concreto do TIL/ TL.
enchimento de concreto. FONTE: Próprio autor. FONTE: FONSECA (2014).