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ENUNCIAÇÃO TEMPO PORTUGUÊS 

Temos aqui a enunciação como sendo instância do ego (eu aqui e agora), três
elemento que compõe a categoria de enunciação, e ela embutida de pessoa, espaço e
tempo, e todas as línguas fazem um uso dessas categorias, o que pode mudar é a forma
em que elas são expressas, pois, em todas existem um ‘eu’, ‘aqui’ e ‘agora’.
Mais adiante temos os dêiticos que indica pessoa, espaço e tempo, eles são
importantes por exemplo em uma carta quando contém informações de quem a
escreveu, a data explicita e se menciona o lugar. São esses fatores importantes vistos
como dêiticos também.

Quando se fala de tempo no conceito da enunciação temos o estabelecimento do


“agora”, e a partir deste se localiza os acontecimentos. De acordo com Fiorin (1996) “o
tempo é a categoria linguística pela qual se localiza os acontecimentos em função do
momento da enunciação”, sendo concomitante, antes ou depois do momento da fala,
então se tem um presente, pretérito e um futuro.
Encontra se no texto um momento de referência sendo um marco temporal
estabelecido nele, e pode ser presente, passado ou futuro, em função do momento da
enunciação se estabelece no texto um marco temporal que pode ser implícito ou
explicito.  
Há duas formas em português que indica o presente do pretérito, o pretérito
perfeito que indica um acontecimento acabado um acontecimento pontual ou pretérito
imperfeito que indica um acontecimento inacabado, se tem ao momento de referência
tudo que é simultâneo ao momento de referência e o presente.
O momento da enunciação pode ser colocado onde se deseja pelo falante, o
tempo é construído pela linguagem e é marcado na língua por meio de morfemas
temporais, e temos o exemplo também do verbo, advérbios e locuções adverbiais.

Os tempos, no discurso, fogem das rígidas convenções do sistema,


mesclam-se, superpõem-se, perseguem uns aos outros, servem de
contraponto uns aos outros, afastam-se, aproximam-se, combinam-se,
sucedem-se num imbricado jogo de articulações e de efeitos de
sentido. No entanto, como no contraponto, obedecem a regras, a
coerções semânticas. O discurso cria o cosmo e abomina o caos
(FIORIN, 1996, p.229).

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