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“Na gramática estrutural, esses elementos são descritos, em grande parte, como

morfemas gramaticais (gramemas) de tipo relacional.” (p. 72).

“Diz-se que p é um argumento para a conclusão r, se p é apresentado como devendo


levar o interlocutor a concluir.” (p. 72).

“Duas ou mais escalas orientadas no mesmo sentido, isto é para uma mesma conclusão,
constituem uma classe argumentativa.” (p. 72).

“Certos operadores estabelecem a hierarquia dos elementos numa escala, assinalando o


argumento mais forte para uma conclusão r (mesmo, até mesmo, inclusive) ou, então, o
mais fraco (ao menos, pelo menos, no mínimo).” (p. 72).

“Aliás, além do mais- introduzem, de maneira sub-reptícia, um argumento decisivo,


apresentando-o a título de acréscimo.” (p. 73).

“(...) é preciso notar que as concessivas representam um caso particular da estrutura


geral utilizada por Anscombre, Ducrot e Vogt para descrever o morfema mas, que
Ducrot considera o operador argumentativo por excelência.” (p. 73).

“Os autores fazem distinção entre um mas (correspondente ao alemão sondern e ao


espanhol sino), que possui valor pragmático de refutação, retificação ou ainda,
justificação de uma recusa de p, que segue sempre uma proposição negativa.” (p. 74).

“Pode-se dizer que todas essas virtualidades argumentativas tem um estatuto semelhante
ao que era por Aristóteles as opiniões que fundamentavam os lugares (TOPOI).” (p. 75).

“Quando se tem escalas orientadas no sentido da afirmação plena (universal afirmativa:


tudo, todos) ou da negação plena (universal negativa: nada, nenhum), os quantificadores
selecionam determinados operadores capazes de dar sequência ao discurso.” (p. 75).
“(...) é somente na sintaxe do discurso que se caracteriza a não-afinidade de certos
morfemas em termos argumentativos.” (p. 76).

“O fato de se admitir a existência de relações retóricas ou argumentativas inscritas na


própria língua é que leva a postular a argumentação como o ato linguístico
fundamental.” (p. 76).

“Tanto nas gramaticais, como no ensino de língua materna tem-se dado maior ênfase ao
estudo dos morfemas lexicais e dos morfemas gramaticais flexionais e derivacionais,
relegando-se a um plano totalmente secundário os elementos aqui abordados.” (p. 76).

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