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Universidade Federal da Bahia

Data: 04 de outubro de 2010


Professora: Monica Menezes
Alunos: Clemilta Cruz, Jefferson Santos, Lorena Vaz, Rosangela Valverde, Thaís
Alvarenga

A descoberta do eu sobre o outro, é o principal tema que Tzvetan Todorov aborda em seu
texto - A descoberta da America- tendo como plano de fundo a descoberta e conquista da
America do sul.
Cristóvão Colombo buscava achar um novo caminho para se chegar às Índias, entretanto
essa rota diferente o levou a um novo mundo. Todorov deixa evidente o encontro do eu
com o outro, o encontro de um “velho mundo” com o “novo mundo”. O eu, teoricamente
civilizado, branco e se considerando superior, se depara com o outro, um povo com a
língua estranha, de hábitos e costumes completamente diferente. O outro e concebido de
forma abstrata, uma página em branco, um ser sem alma. O eu detentor do discurso
europeu impõem sua cultura, sua religião, principalmente sua língua, sem interesse em
buscar entender a cultura ou aprender a língua.
O filme -1492: A conquista do paraíso – relata a trajetória de Colombo. Apesar de ser
percebida uma idealização ilusória em cima do personagem principal, o filme foca toda a
sua trajetória e mostra algo bastante perspicaz no momento da colonização, o descaso e
a indiferença com a cultura do próximo, fazendo com que o outro seja considerado como
um ser inferior e distante. O interesse com os povos de novo mundo é somente visando
os benefícios próprios.
Com esse mesmo tema, mas com uma perspectiva diferente, o filme Avatar retrata a
tentativa de dominação do planeta Pandora. O filme se passa em um futuro bem distante,
onde a tecnologia e a ciência estão em um alto nível. Por via disso são criados os
avatares, imitações dos habitantes do novo planeta. Em decorrência disso a aproximação
com os Navi uma comunidade que habita Pandora se torna mais fácil, a ponto de ser
permitido que um desse avatares, Jack, aprenda a sua cultura, hábitos e costumes. Com
a convivência ele acaba aprendendo e passa a respeita a cultura desse povo. Nessa
perspectiva o eu passa a ser o outro.
Os dois filmes tratam de uma tentativa de colonização e neles há alguns pontos
convergentes. A dominação através da língua é a busca pelas riquezas do novo mundo.
O eu não tenta aprender a língua do outro, mas sim ensinar a sua própria, pois a
considera superior. Assim com buscam as riquezas da terra, pois visam somente o
próprio beneficio. De primeira instância há sempre uma tentativa de diálogo, entretanto,
como acontece nos dois filmes essas tentativas são frustradas o meio recorrente e a
destruição e morte. O eu não se identifica com o outro, e passa a não ter piedade na hora
de conseguir os seus objetivos.
Entretanto como não ocorre na historia de Colombo, em Avatar o eu se identifica com o
outro. Jack acaba descobrindo o outro em si mesmo. E passa a lutar em favor do povo de
Pandora.
Apesar das alterações, a história de Colombo foi baseada em fatos reais, enquanto Avatar
é um filme de ficção tendo intertexto com a colonização, as histórias passa ganância do
homem e o descaso com o próximo. O eu só será considerado do mesmo grupo se tiver a
mesma cultura, enquanto todos os outros serão somente fonte de riqueza de dominação.
em cima do personagem principal

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