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1 Introdução
A evolução da visão de processos pode ser avaliada por diversos aspectos, entre eles:
2 Desenvolvimento do assunto
Para isso a ISO estabeleceu o Comitê Técnico – TC / 176 com o objetivo de unificar
essas diversas normas e consolidar os diversos conteúdos durante alguns anos. Em
1987 publicou pela primeira vez a série de normas ISO 9000 em nível mundial – norma
para Sistema da Qualidade. Em 1990, a ABNT publicou oficialmente no Brasil a ISO
9000 e a partir daí passou a ser implementada o seu uso no país sendo definido que as
demais revisões ocorreriam num intervalo de aproximadamente 6 anos. Em 1994, foi
publicada a primeira revisão, ainda com o enfoque nas relações contratuais.
Classificada como confusa, essa versão foi substituída em 15 de dezembro de 2000
pela versão ISO 9001:2000, a qual define uma participação mais intensa da direção da
empresa, o envolvimento das pessoas e totalmente voltada para os processos.
A versão 2008 da ISO 9001 mantém sua essência inalterada, isto é, os oito princípios
de gestão, a abordagem de processos, os títulos e campo de aplicação e estrutura
continuam vigentes, só que aperfeiçoados, com maior clareza e melhoria na tradução,
aumentando a consistência com a família 9000 e a sinergia com os conceitos da gestão
ambiental da ISO 14000.
A NBR ISO 9000 é utilizada para fundamentar a NBR ISO 9001 e a NBR ISO 9004 é
utilizada para que o processo de melhoria contínua possa ser cada vez mais aplicado e
aprimorado.
A versão NBR ISO 9001:2015 foi publicada pela ABNT em 30/09/2015, mantém a
abordagem de processo e aproxima-se da realidade dos negócios incluindo o contexto
da organização, determinando as questões internas e externas que são pertinentes ao
seu propósito e direcionamento estratégico, bem como a análise de riscos e
oportunidades.
Norma ISO 9001:1987 ISO 9001:1994 ISO 9001:2000 ISO 9001:2008 ISO 9001:2015
A Fundação atua por meio de uma abrangente rede de parceiros, engajada no estudo,
desenvolvimento, compartilhamento e disseminação do conhecimento sobre a
excelência da gestão. Essa rede, denominada Rede QPC – Rede de Qualidade,
A evolução da gestão por processos
Na literatura até o início dos anos 2000, identificavam-se três ondas, segundo a visão
de Smith & Fingar no livro Business Process Management: The third wave. Essa
evolução é apresentada por meio de ondas, sendo a primeira delas o movimento da
administração científica liderada por Taylor, no início do século XX, com seus estudos
sobre a organização racional do trabalho focado na divisão de tarefas e na padronização
dos tempos e movimentos. Taylor foi o primeiro a estudar de forma sistemática e
científica mecanismos para o aumento da eficiência do trabalho. No entanto, abordava
apenas o aspecto “trabalho” buscando o único melhor modo de produzir com a máxima
eficiência desconsiderando o operário que o realizava. As condições de trabalho, na
época, favoreceram a implantação desses conceitos, pois a mão de obra era barata e
desqualificada, as leis trabalhistas e sindicais quase inexistentes e, por outro lado, com
demanda de mercado para produção em grande escala. O filme “Tempos Modernos”,
de Charles Chaplin, mostra essa automação alienada de forma magnífica. Com a
evolução da teoria administrativa, outras escolas foram desenvolvidas para suprir as
lacunas existentes trazendo novas abordagens para o trabalho incluindo as pessoas que
os realizavam.
A segunda onda da gestão por processos ocorreu com o surgimento dos conceitos e
metodologias de reengenharia propostos por Davenport e Hammer em 1990. Esta
abordagem baseava-se no redesenho dos processos, numa visão horizontal com a
utilização da análise das melhores práticas de mercado para definir as premissas e
capacidade para o novo processo. Esta onda visava à racionalização e integração,
embora de forma limitada.
Esta onda gerou alguns sucessos e muitos fracassos. Entre o “redesenhar os processos
a partir de uma folha em branco” até a utilização da palavra reengenharia como
justificativa para cortes de pessoal e de custos, com todo o mistério gerado e que
normalmente envolvia poucas pessoas em uma sala trancada, muitas experiências e
decisões foram realizadas a ponto de desacreditar a metodologia. Mesmo naqueles bem
A evolução da gestão por processos
Com este cenário, temos as bases para a terceira onda da gestão por processos com
o conceito de gerenciamento de processos de negócio, que visa definir o processo de
forma simples, de tal maneira que profissionais de variadas áreas da organização
possam entendê-lo do início ao seu final e agir nas suas competências e
responsabilidades propiciando à área de negócio controle das necessidades atuais e
futuras. A gestão por processos, realizada nesta forma sistêmica e integrada, permitindo
a constante análise crítica e melhorias, é a chave para resultados significativos, pois
considera: liderança, estrutura, desempenho e o envolvimento de todos. A gestão de
processos instalada pode, de fato, tornar‐se uma força que permite atingir a excelência.
Smith & Fingar (2006) comparam os resultados obtidos com a introdução das
ferramentas gráficas de desenho e projeto CAD/CAM (Computer Aided Design and
Manufacturing) que proporcionaram reduções da ordem de 25 a 50% no ciclo de projeto
às possibilidades de ganhos com o gerenciamento dos processos de negócio. Neste
período salienta-se a metodologia BPM-Business Process Management e a tecnologia
seguia com a melhoria e abrangência dos ERP-Enterprise Resource Planning nos
variados setores produtivos da organização.
Neste início do século XXI, começam a haver indícios de uma nova onda, a quarta, onde
estamos convivendo com a reconfiguração dos limites das organizações, sua
“desfronteirização”, onde o foco é a integração de cadeias completas de valor em
processos que transcendem as organizações decorrentes, principalmente, das novas
arquiteturas abertas e orientadas a serviços (SOA – Service Oriented Architecture) e a
processos (BPM – Business Process Management) tendo como premissa básica o
alinhamento estratégico.
A partir desta avaliação, pode ser iniciado um plano de ação para viabilizar as melhorias
e ganhos possíveis naquele estágio de desenvolvimento.
“Para uma organização ser considerada de classe mundial, ou seja, ter uma
gestão de excelência, não basta somente ter uma Gestão DE Processos. Isso
significa que há processos sendo monitorados, mantidos sob controle e que
estão funcionando conforme foi planejado. No entanto, oferece uma visão
limitada da organização. Mais do que implementar sistemas de trabalho com
descrições e medições de cada atividade, a Gestão POR Processos necessita
de visão sistêmica. Sem ela, é impossível perceber como o todo significa muito
mais do que uma simples soma das partes. Diferentemente da tradicional Gestão
DE Processos, que prevê os detalhes em cada sistema em operação, uma
Gestão POR Processos pode ser descrita como um trabalho dinâmico e em rede.
Quando se fala em Gestão POR Processos, procura-se ver a organização de
forma mais ampla. Exemplificando: dentro de uma organização existe a área de
suprimentos, de logística, de produção, comercial, entre outras, e cada uma tem
o seu processo controlado. No conceito mais tradicional, cada área procura ter a
gestão do seu processo e otimizar sua performance. Pelo modelo proposto pelo
MEG, a Gestão POR Processos implica trabalhar esse conjunto sob a ótica da
visão sistêmica, gerir considerando a interação entre os macroprocessos e entre
esses e o ecossistema. Na prática, as organizações de maneira geral operam de
forma híbrida, isto é, com a GESTÃO “POR” e “DE” PROCESSOS.”
http://www.fnq.org.br/informe-se/publicacoes/criterios-de-avaliacao-da-
gestao/criteriorumo-a-excelencia o critério atual de 500 pontos adotados nos programas
estaduais da qualidade, onde entre outros critérios, os requisitos de avaliação de
processos estão presentes. Esta avaliação possui um grande diferencial, pois a empresa
a partir de suas práticas de gestão se compara ao referencial e isso permite a elaboração
do plano de ação para direcionar os esforços das organizações.
3 Considerações finais
Este artigo não pretende exaurir o tema, muito menos tratá-lo com o rigorismo formal de
artigo científico, mas preserva as fontes e disponibiliza um conjunto de informações
organizadas para contribuir com a reflexão da abordagem de processos e sua gestão
nas organizações e como é possível incrementar resultados adotando referenciais que
possibilitem a elaboração de planos de ação voltados à melhoria.
Como contribuição, pode ser verificado no item 2.11 da dissertação de mestrado SILVA
(2004) que aborda tanto a ISO 9001 como a Gestão da Qualidade Total e demonstra
por resultados de pesquisas que organizações que adotam ambos os direcionadores
obtém os melhores resultados, agregando um instrumento normativo aos preceitos da
Metodologia de Excelência na Gestão preconizados pela gestão da qualidade total.
4 Referências bibliográficas
Sobre a ITSX :
Gestão de Processos
de Negócio [BPM]
Processos eficientes. Gestão eficaz.
Cada dia apresenta um novo conjunto de desafios e riscos para as empresas que atuam em um mercado dinâmico. As
pressões econômicas e as necessidades do negócio em constante transformação requerem uma mudança fundamental no
modo como as empresas abordam seus processos de negócio. Elas necessitam aperfeiçoar seus processos para se tornar
capazes de responder rapidamente às novas condições impostas pelo mercado.
Processos conduzem à agilidade do negócio, porém, muitas empresas continuam buscando métodos para maximizar a
produtividade e alavancar os investimentos em tecnologia, antes de terem meios efetivos para gerenciar e otimizar seus
processos de negócio.
SoftExpert BPM (Business Process Management) melhora a visibilidade e o controle dos processos de negócio através de
uma solução focada nas pessoas (human-centric) e amigável, aprimorando a automação e a melhoria contínua dos
processos. A solução ajuda a gerenciar todo o ciclo de vida do processo, desde a modelagem e otimização até a automação,
execução e monitoramento em toda a organização.