Você está na página 1de 21

PROJETO DE EXTENSÃO

1- IDENTIFICAÇÃO

Título do projeto: Projeto REC

Coordenador do projeto: Rosemary Lopes Rodrigues e Renata Torres


Sarmento de Castro
E-mail: rosemarylr0@gmail.com
Telefone: (82) 9 8805-8310
Unidade de origem: Campus Arapiraca/Arquitetura e Urbanismo
Colaboradores alunos: José Vinícius Santos Soares
Natali Conceição de Menezes
Rafaella Santos de Farias
Sarah Farias Silva
Williana Barbosa de Magalhães
Yanca Alane Batista Bezerra
Colaborador Servidor: Marcelo Karloni da Cruz
Odair Barbosa Moraes
Rafael Rodrigues da Silva
Ricardo Victor Rodrigues Barbosa
Alunos envolvidos: Eduardo da Silva Lima
Vitória Vívia Bezerra dos Santos
Welton Barbosa Magalhães

E-mail: nati.menezes@hotmail.com
Telefone: (82) 9 8175 1087
Unidade de origem: Campus Arapiraca/Arquitetura e Urbanismo

Local onde vai ser desenvolvido (comunidade): Arapiraca – AL

Itapoã, Arapiraca
Cacimba, Arapiraca
Vila São José, Arapiraca
Pau Ferro, Arapiraca
Ouro Preto, Arapiraca
Canafístula, Arapiraca
Conjunto Mangabeira, Arapiraca
Canafístula, Arapiraca
RESUMO

Uma das resistências impostas pela sociedade contemporânea é a dita cultura


popular, uma forma característica de protesto e de transformação dos povos,
podendo ser impressa em aspectos multiculturais de convívio humano. Dentre
os diversos traços culturais brasileiros, destaca-se o folclore, o qual possui uma
grande gama de expressões artísticas, como a dança, a música, o artesanato e
lendas. Partindo desta ponderação, a forma cultural escolhida a ser analisada
nesta pesquisa são as manifestações folclóricas alagoanas, o folguedo. Apesar
do Estado de Alagoas um dos maiores representantes desse patrimônio vivo
no país, essa cultura está sofrendo um processo de desvitalização. Isso ocorre
devido à ausência de interesse popular e de medidas que permitam que a
tradição seja registrada na memória. Visualizando tal problemática, faz-se
necessário a elaboração de métodos que historie tais manifestações artísticas.
O presente projeto pretende inventariar experiências humanas do folclore e
suas danças através de pinturas, fotografias, relatos textuais e a organização
de eventos em que ocorrerão as apresentações artísticas. E, por fim, a
confecção de um livro de acesso público, que reúna todas as informações
coletas no decorrer da pesquisa.

Palavras-chave: manifestação popular, folclore alagoano, registro.

2. INTRODUÇÃO
2.1 Caracterização da problemática
Os folguedos são festivais populares caracterizados com a presença de
música, dança e representação teatral. Apesar de ocorrer em todo território
brasileiro, o Nordeste é a região com maior concentração de representantes.
Essa cultura tem raízes portuguesas, africanas e indígenas, e sua grande
parcela é voltada para o campo religioso. Essas festas lúdicas e espirituais
sofreram modificações, aderindo novos traços em relação a dança, vestuário e
adereços.
O estado de Alagoas é uma região que abrange mais de vinte e sete
manifestações populares de folguedo e danças. Apesar dessa riqueza, os
poucos grupos resistentes enfrentam dificuldades em manter o reconhecimento
desse patrimônio. O fato é que os grandes mestres folcloristas que fundaram
os grupos envelheceram e atualmente há uma grande escassez de pessoas
interessadas em participar do movimento e manter a tradição viva. É notório o
enfraquecimento da cultura no Estado. Em Maceió, por exemplo, por volta da
década de 90, os ensaios semanais abertos ao público ainda ocorriam, o que
mobilizava a comunidade em torno do acontecimento que ganhava caráter
festivo. Atualmente, a tradição de ensaio semanal é rara, a grande maioria é
feita mensalmente. “Quando eu morrer, o meu Guerreiro vai morrer comigo
porque não tem ninguém para ficar no meu lugar”, lamenta um dos mais antigos
mestres, Mestre Juvenal Domingos.
Há duas décadas a inserção juvenil era frequente, no entanto, ao decorrer
dos anos, mesmo com a metodologia dos mestres em realizar visitas domiciliares
para convidar o público adolescente, pouquíssimas crianças ou jovens
demonstram algum interesse em ver ou participar dos ensaios do grupo. Diante
disso, destacando a pintura e a fotografia como formas de registro documental de
memórias, surge a necessidade de historiar, através desses meios, o folclore e
suas danças, enaltecendo e revitalizando essa cultura no estado de Alagoas e
sobretudo a cidade de Arapiraca. Esse processo se dará mediante à
participação e ao registro das etapas da manifestação: desde a escolha e
confecção das peças utilizadas às impressões pós-apresentação.
Concretizando o objetivo, serão utilizadas pinturas autorais acerca do tema e
fotografias como ferramenta de registro. Por fim, elas serão expostas de maneira
física e digital à população alagoana.

2.2 Caracterização da Região


Atualmente, a capital de Alagoas se mostra como o principal espaço
para fomento da cultura do folguedo dentre todas as cidades do estado com a
ajuda do projeto Giro dos Folguedos que leva essa prática cultural ao centro de
Maceió. Em paralelo a essa realidade, encontra-se Arapiraca, que apesar de
ser a segunda cidade mais desenvolvida do estado, o incentivo à cultura, e
estritamente a do folguedo, se resume a antigos guerreiros ainda residentes na
região e a pequenos grupos.
Isso demonstra escassez de incentivo ao movimento cultural em torno
dessa pauta na região do Agreste. Em uma rápida pesquisa pela web sobre
folguedos ou cultura em Arapiraca, a última fonte de informação confiável foi
divulgada em torno do ano de 2008 com o “Guia Turístico e Cultural Arapiraca,
1º edição”, as demais se limitam a grupos de teatros que passaram em turnê
no local ou apresentações musicais.
Uma pesquisa realizada por estudantes da Universidade Federal de
Alagoas em Maceió demostrou que mesmo esta cidade sendo a parte do
estado com maior incentivo cultural, constatou-se a falta de conhecimento da
própria cultura.
“As principais respostas sobre a cultura foram relacionadas às
praias, como se a beleza natural traduzisse o que o Estado tem de
mais importante para mostrar a quem é de fora, por exemplo. A
cultura popular, de fato, como artesanato, folclore ou as
tradições, foi mencionada algumas vezes, mas os jovens admitiam
que não conheciam o suficiente para falar sobre o assunto” Fala
da pesquisadora Emanuelle Souza. (SOARES,2013)

Segundo os estudiosos do folclore, Alagoas é o Estado brasileiro com


maior diversificação cultural. Existem cerca de quatorze folguedos natalinos,
dois folguedos de festas religiosas, oito folguedos carnavalescos (sendo quatro
com estruturas simples), três danças e dois torés, totalizando vinte e nove
danças e folguedos alagoanos. Tendo em vista essa riqueza cultural, sente-se
a necessidade de ecoar esses traços populares também na cidade de
Arapiraca. A ideia do espaço de trabalho do projeto REC será in loco devido a
diversificação de munícipios no qual a cultura ainda resistente, segue abaixo
tabela com os grupos residentes em Arapiraca:

FOLGUEDO LOCAL QUANT. DE


PARTICIPANTES
Boi da Capoeira Itapoã, Arapiraca 25
Guerreiro Asa Branca Cacimba, Arapiraca 30
Guerreiro Brilho da Noite Vila São José, Arapiraca 23
Guerreiro do Pau Ferro Pau Ferro, Arapiraca 22
Guerreiro Sonhadores da Paz Ouro Preto, Arapiraca 38
Pastoril Estrela Renascente Canafístula, Arapiraca 15
Pastoril Raio de Sol Conjunto Mangabeira, Arapiraca 16
Reisado do Mestre Duda Canafístula, Arapiraca 16
Fonte: Tabela produzida pelos autores baseados nos dados da Secretaria de cultura
do estado de Alagoas,2018.

Além desses locais a serem estudados, as informações coletadas terão


como destino o Centro da cidade de Arapiraca precisamente na Praça
Deputado José Marques da Silva, também conhecida como Praça da
Prefeitura. Os espaços públicos dentro da praça ou adjacentes a serem
utilizados como locais de Amostra cultura do folguedo são: Museu Zezito
Guedes; a área de eventos da praça; Escola Hugo Lima. Sem esquecer da
própria Universidade Federal de Alagoas como ambiente ideal para incitar os
jovens na preservação e valorização desse patrimônio vivo. Juntamente com
esses espaços físicos, também serão criadas páginas virtuais onde serão
divulgadas, em um âmbito global à população as informações coletadas no
decorrer das atividades do projeto
É nesse contexto de desvalorização cultural do folclore alagoano que se
propõe a criação do projeto REC, tornando-se a ponte de ligação entre
Arapiraca e outros lugares que possuam o folguedo de Alagoas ainda vivo.

2.3 justificativa
O processo de construção de uma cultura está ligado às expressões
humanas do dia a dia, principalmente aos diálogos. A partir dessa interação
social são geradas simbologias e razões que ao serem compartilhadas
produzem coerência entre si, dando início a um processo de identidade
cultural. Esse processo é responsável por diferenciar um povo de uma
determinada região entre as demais que a circunda. Pois cada elemento e
significado usado para identificar esse povo o faz único e ímpar.
A Unesco define como Patrimônio Cultural Imaterial “as práticas,
representações, expressões, conhecimentos e técnicas – junto com
os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são
associados – que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os
indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio
cultural (BAUER,2011).

O principal gestor e condutor de uma determinada identidade cultural é a


geração presente que possui algum tipo de laço com o patrimônio originado
naquela região. No entanto, a interação social com experiências que fogem do
âmbito tradicional causa constantes recriações culturais. Transformações que
contribuem para a promoção a respeito da diversidade cultural e da criatividade
humana. Entretanto, por outro lado essas modificações acarretaram em
problemas fundamentais na transmissão de alguns saberes.
A globalização, como um elemento inserido recentemente nas
comunidades sociais, bem como as estratégias do capitalismo, apresenta
culturas de domínio de massas através da publicidade, da música, do cinema,
das redes sociais e etc. E, por consequência desses fatores, deu origem a
modismos e novos hábitos em comunidades, deixando de lado suas origens e
ancestralidades.

PEDROSO (l999), afirma que “um povo que não tem raízes acaba se
perdendo no meio da multidão. São exatamente nossas raízes
culturais, familiares, sociais, que nos distinguem dos demais e nos
dão uma identidade de povo, de nação. Percebe-se a importância de
se conhecer as raízes da própria cultura, para que haja a formação
de identidade, com o propósito de se definir enquanto cidadão e
saber se situar na sociedade.” (BARRETO, 2010)

É justamente o ato de registrar e promover informações ligadas a


identidade cultural de uma região, por meio dos mesmos artifícios que deram
origem à globalização, que irão promover tais manifestações artísticas que
estão em processo de desvalorização, originando a possibilidade de enaltecê-
las e transmiti-las as gerações presentes e futuras.
O folclore alagoano de danças e folguedos é um exemplo de cultura que
está passando por esse processo. A cada geração, ele perde um pouco de sua
força, principalmente quando se trata da população jovem. Isso se deve à falta
de meios que introduzam essas festividades em mecanismos comuns aos
jovens que possibilitam a intermediação do diálogo entre as culturas
tradicionais e a cultura contemporânea em que os jovens estão inseridos. Além
disso, poucos são os recursos da gestão pública que se atente a esse objetivo,
as lacunas na história alagoana são grandes.
O Presidente da Associação dos Folguedos Populares de Alagoas,
Keyle da Silva, entre 2012 a 2015 afirma que “
Folclore é um termo que está caindo em desuso. No Ministério da Cultura, é
um termo que não se usa. Um estrangeirismo que perdeu sentido. Hoje,
podemos dizer que estamos numa eterna luta entre o que é tradicional e o que
é contemporâneo. A cultura popular tem que saber utilizar as novas mídias a
seu favor, pois torna-se mais “fácil” difundi-la e só podemos difundir o que se
faz conhecer. Então, Cultura Popular (ou Folclore) continua sendo estudo de
toda manifestação que define um povo, como seus costumes, modos de fazer
etc. E hoje é também uma forma de autoafirmação de um povo”.
Diante desse cenário, é imprescindível que haja a realização de
pesquisas voltadas a esse campo cultural em Alagoas. Uma vez que existem
poucas iniciativas que busquem registrar essas memórias, principalmente com
enfoque na dança, na pintura e na fotografia. Este trabalho tem como objetivo o
registro das danças e folguedos alagoanos, através da produção de pinturas
autorais relacionadas a esse tema. Bem como a reunião de um acervo
fotográfico dessas culturas e a organização de eventos com a participação de
grupos de danças do Estado. Visando, assim, impulsionar a prática e enaltecê-
la. E, em seguida, será feita a divulgação do material recolhido para que todas
essas informações sejam permitidas a um maior número de pessoas. Dessa
forma, será propiciado ao público alagoano conhecer mais profundamente a
própria cultura, tornando-o capaz de entender a sua importância e a ajudar a
mantê-la viva na memória, protegendo-a e valorizando-a de maneira a
preservar a sua identidade.

3. OBJETIVOS
3.1. Objetivo Geral do Trabalho
O projeto REC objetiva registrar as memórias do folclore alagoano e
suas danças com o intuito que as raízes culturais ecoem em Arapiraca e para
as futuras gerações e que estás continuem o legado.
3.2. Objetivos Específicos
Objetivo META –Mês/ano (quantificar)

EXTRAIR E ANALISAR RELATOS


ORAIS DE PESSOAS QUE POSSUEM
CONHECIMENTOS A RESPEITO DOS
FOLGUEDOS, FOCANDO EM
ASPECTOS SOCIOCULTURAIS, ALÉM
DE RETRATAR POR MEIO DA
Objetivo 1: Obter informações históricas FOTOGRAFIA OS CENÁRIOS DE
sobre a cultura dos folguedos e fazer PESQUISA.
registros fotográficos durante essa coleta de
dados entre os grupos que se propuserem a FAZER REGISTRO DE, NO MÍNIMO, 20
participar. RELATOS (HISTÓRIAS LOCAIS).

(MÍNIMO DE 30 FOTOGRAFIAS)

CINCO MESES

(MAIO A SETEMBRO DE 2018).


REALIZAR PERFORMANCES
ARTISTICAS E OBTER MATERIAL
FOTOGRÁFICO DE QUALIDADE
PARA A FORMAÇÃO DO ACERVO
DOCUMENTAL.

POSSÍVEIS LOCAIS DE REALIZAÇÃO:


Objetivo 2: Organizar apresentações PRAÇA LUIZ PEREIRA LIMA E
artísticas públicas e produzir fotografias das CAMPUS UFAL ARAPIRACA.
danças em si e também do ambiente em que
elas serão realizadas, como a decoração e o (MÍNIMO DE 2 APRESENTAÇÕES)
público presente.
(MÍNIMO DE 50 FOTOGRAFIAS)

CINCO MESES

(OUTUBRO A FEVEREIRO DE 2019)

ILUSTRAR POR MEIO DA ARTE COM


TINTAS PARTICULARIDADES DO
FOLGUEDO ALAGOANO E SEUS
REPRESENTANTES.

Objetivo 3: Representar por meio de pinturas (MÍNIMO DE 15 ILUSTRAÇÕES)


cenas vividas durante o processo de
pesquisa e realização de apresentações. QUATRO MESES

(MARÇO A JUNHO DE 2019).

ORGANIZAR EXPOSIÇÕES
ITINERANTES DO MATERIAL
RECOLHIDO EM PARCERIAS COM
INSTITUIÇÕES PÚBLICA E
EXPOSIÇÕES VIA INTERNET

Objetivo 4: Efetuar a exposição do material LUGARES A SEREM EXPOSTAS OS


acolhido durante a pesquisa com o objetivo REGISTROS: REDES SOCIAIS
de promover a divulgação e a exaltação da (FACEBOOK E INSTAGRAM), CASA
cultura regional, o folguedo alagoano. DA CULTURA DE ARAPIRACA,
PRAÇA LUIZ PEREIRA LIMA, UFAL
ARAPIRACA.

(MÍNIMO DE 3 EXPOSIÇÕES)

QUATRO MESES
(JULHO A OUTUBRO DE 2019)
REUNIR TODO O MATERIAL OBTIDO
(FOTOGRAFIAS, PINTURAS E
RELATOS TEXTUAIS) QUE
RESULTARÁ NA ELABORAÇÃO DE
UM LIVRO, O QUAL SERÁ
Objetivo 5: Catalogar e reunir o material DISPONIBILIZADO.
recolhido em um livro, em que serão
ilustradas as fotografias e pinturas junto aos LOCAL DE DISPONIBILIZAÇÃO:
textos e entrevistas produzidos. Para, por ONLINE E NA PRÓPRIA BIBLIOTECA
conseguinte serem disponibilizados a versão DA UFAL DE ARAPIRACA.
digital e o exemplar físico ao público.
(1 EXEMPLAR)

QUATRO MESES

(JULHO A OUTUBRO DE 2019)

4. METODOLOGIA
A pesquisa exploratória a ser utilizada no projeto consiste na busca e no
registro do conhecimento acerca da cultura regional, o folguedo alagoano. Isso
se dará por meio de entrevistas com pessoas da região que tiveram algum
contato com o movimento a ser estudado e através de exposições artísticas,
tais como exposições de registros fotográficos, de pinturas e apresentações de
danças. O processo acontecerá durante 18 meses (junho de 2018 até
dezembro de 2019) na cidade de Arapiraca. O Coordenador do projeto
vislumbra a necessidade de três bolsas para a realização desse projeto e sua
justificativa se encontra presente nas etapas da metodologia a seguir e no
plano de atividades de cada bolsista no item nove desse relatório.

4.1 Metodologia geral e específica


Etapa 1: Levantamento histórico e fotográfico
Primeiramente, será necessário colher informações de pessoas que
possuam algum vínculo com a cultura dos folguedos, na tentativa de extrair
destas quaisquer lembranças sobre sua origem, o impacto que tais
manifestações geravam na sociedade da época (em que ocorria o ápice da
cultura em questão), quais suas influências.
Todas as entrevistas realizadas serão gravadas e transcritas para o
estudo da pesquisa. Além disso, será feita a inserção da fotografia documental
no projeto, no intuito de torná-la instrumento de conservação de dados e
testemunha ocular dos registros até então feitos. Durante esse processo serão
necessários no mínimo mais três bolsistas, visto que, mediante a quantidade
de atividades paralelas como os registros visuais e o escrito, que já demandam
cerca de dois alunos, ainda há a necessidade de manter um diálogo constante
e atencioso, devido, a certa idade do público a ser entrevistado. Logo todos os
bolsistas mencionados nesse relatório realizarão essa etapa do projeto.
Etapa 2: Apresentações e levantamento fotográfico
Após o recolhimento dos dados, serão feitas apresentações de danças
em praças e na própria universidade, objetivando enaltecer e registrar os
folguedos. Para complementar, é imprescindível que haja o registro fotográfico
dessas mostras culturais para o resultado e a divulgação de todo o material
conseguido em pesquisa, pois será ela quem manterá viva as memórias de
todo o trabalho realizado. Caberá ao bolsista Welton a função de registro
fotográfico durante os eventos organizados por todos os integrantes do projeto,
além disso, as edições das imagens também ficarão a cargo do bolsista.
Etapa 3: Pinturas de cenas artísticas
Posterior aos registros fotográficos das apresentações realizadas, serão
selecionadas algumas fotografias para o auxílio da realização de pinturas. O
intuito destas será, além de enaltecer a cultura dos folguedos, utilizar a
metalinguagem, a arte dentro da arte, para chamar atenção das pessoas e lhes
causar impacto. Elas serão expostas junto às fotografias em redes sociais e em
exposições itinerantes em lugares públicos pela cidade de Arapiraca e no
campus da UFAL Arapiraca. Essas atividades serão realizadas pela bolsista
Vitória Vívia, detentora de habilidades artísticas em artes plásticas.
Etapa 4: Exposição de todo material coletado
Será possível montar a divulgação de um material acessível à
população, tanto no campo digital por meio de publicações em redes sociais,
facebook e o instagram, como também em exposições itinerantes em lugares
como na Museu Zezito Guedes, em Arapiraca, UFAL (Universidade Federal de
Alagoas), Praça Luiz Pereira Lima, dentre outros lugares que se colocarem a
disposição de parcerias nesse aspecto. O bolsista Eduardo da Silva Lima ficará
a cargo da administração das páginas virtuais, assim como o controle de dados
dessas, além de ser a responsável pela busca de parcerias para a realização
das exposições públicas, uma vez que, possui boa oratória e facilidade em
comunicação. É preciso esclarecer que as atividades que estão tendo seu
cronograma estipulado, porém, a depender do material levantado na primeira
etapa, a criação da página e as negociações para apresentações podem iniciar
antes do previsto.
Etapa 5: Catalogação do material recolhido
Por fim, será feita a união de todos os registros feitos durante o processo
de pesquisa e execução do projeto. Isso ocorrerá por meio da elaboração de
um livro, no qual serão ilustradas as fotografias e as pinturas obtidas
associando-as aos textos e entrevistas recolhidos. Dessa forma, os principais
objetivos do trabalho serão alcançados: registrar, enaltecer e trazer um pouco
dessa cultura alagoana para a vida dos jovens. Após a conclusão de sua
elaboração, o livro será disponibilizado via internet e o seu exemplar físico será
doado para a biblioteca do campus da UFAL de Arapiraca, para a preservação
do seu conteúdo e para que esse material seja de fácil acesso aos estudantes
e ajude na elaboração de futuras pesquisas. Essa etapa será feita de maneira
grupal, sem distinção de funções.
4.2 Materiais
Serão necessários: canetas, lápis, uma caixa de lápis de cor, borracha,
tintas (de tecido e aquarela), telas e papéis para aquarela, impressão das
fotografias em papel fotográfico, fitas adesivas, aluguel dos dançarinos.

5. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
A avaliação do projeto se dará por meio de reuniões quinzenais, no qual
haverá atas registrando a data da reunião e todo o planejamento pensando
para as atividades da metodologia serem realizadas conforme o cronograma
naquele determinado período. Além disso, haverá fotos e relatos coletados
comprovando o comprometimento de cada integrante
a) carga horária total do projeto (incluindo todas as ações): 8 (oito) semanais,
totalizando 576 horas no final do projeto; essa carga horaria será devidamente
distribuída em funções como levantamento histórico, registro fotográfico,
exposições, apresentação de dança.
b) número de participantes (com direito a certificado), ou seja, alcance do
trabalho (indicador quantitativo – número de envolvidos): serão ao todo 15
(quinze) envolvidos: três bolsistas; quatro colaboradores servidores; seis
colaboradores alunos e duas orientadoras servidoras.

c) número de alunos de graduação envolvidos no projeto: 9 (nove) alunos;

d) quantidade de áreas (interdisciplinaridade - áreas de conhecimentos


mobilizados nas ações) do projeto (quantitativo/qualitativo): arquitetura e
urbanismo (8), Engenharia Civil (1).
e) Após as pesquisas feitas em Arapiraca nos grupos ativos de folguedo: Boi
da Capoeira no bairro Itapoã, Guerreiro Asa Branca no bairro Cacimbas,
Guerreiro Brilho da Noite na Vila São José, Guerreiro do Pau Ferro em Pau
Ferro, Guerreiro Sonhadores da Paz no bairro Ouro Preto, Pastoril Estrela
Renascente na Canafístula, Pastoril Raio de Sol no Conjunto Mangabeiras,
Reisado do Mestre Duda na Canafístula; no qual totalizará cerca de 185
pessoas das comunidades envolvidas, os resultados serão expostos em sua
maioria no centro da cidade de Arapiraca, precisamente na Praça Deputado
José Marques da Silva, também conhecida como Praça da Prefeitura, Museu
Zezito Guedes, Escola Hugo Lima, e na Universidade Federal de Alagoas.

f) relevância para a formação dos estudantes envolvidos (qualitativo): o resgate


do folguedo enriquecerá os estudantes envolvidos nos âmbitos artístico e
cultural, dando espaço para uma reflexão sobre os movimentos artísticos locais
e a função destes na sociedade, além da troca de conhecimento e experiência
entre os envolvidos (alunos e público alvo), proporcionando uma vivência social
que concede conhecimentos que não são obtidos dentro da universidade.

g) relevância para a comunidade (qualitativo): a cultura dos folguedos encontra-


se em um constante afastamento do conhecimento popular, o projeto REC visa
a aproximação dela com esse público. O contato com as culturas regionais é
imprescindível para qualquer cidadão, pois é por meio destas que serão
destacadas suas características e diferenciadas das demais culturas. O acesso
a esse conhecimento tem caráter indenitário e traz a valorização, não apenas
de um conjunto de pessoas, mas também pessoal.

h) descrever se os resultados alcançados solucionarão, de alguma forma,


alguma/as situação/ões ou problemas verificados durante a elaboração da
proposta da ação extensionista na comunidade ou público-alvo envolvido:
durante todo o processo de execução do projeto, através da divulgação que
ocorrerá simultaneamente às ações realizadas, a cultura em questão será
trazida de alguma forma para as pessoas que tiverem algum contato com a
área de exposição, seja ela de maneira virtual ou itinerante. Isso resultará no
registro desses movimentos culturais na memória dessas pessoas. Além disso,
o livro produzido ajudará a outras pesquisas que buscam conhecimento nessa
área.

i) Nos produtos finais da ação estão contidos:


1. Relatos históricos transcritos: 15 relatos históricos transcritos;
2. Arquivo fotográfico documental: 80 fotografias;
3. Pintura sobre a temática produzida por alunos: 15 pinturas sobre
a temática produzida por alunos;
4. Manifestações artísticas em âmbito público: 2 manifestações
artísticas;
5. Criação de redes sociais para divulgação audiovisual: uma página
no facebook e uma página no instagram;
6. Produção de livro, uma versão física e uma versão digital.

6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Cultura é um conjunto de ideais e práticas de uma sociedade, bem como
os hábitos comportamentais de um grupo de pessoas e os valores que
superam o que é tangido pela matéria. Todo lugar possui a sua cultura e os
seus princípios referentes a ela. Entretanto, os costumes de cada região
possuem as suas peculiaridades, e são exatamente esses detalhes diferenciais
que tornam uma cultura única e especial. Ou seja, uma cultura é representada
por um aglomerado de características expressas por meio de ações humanas
compartilhadas por esses indivíduos em meio a seus ambientes sociais.
Esse conjunto de características são passadas de pais para filhos, e,
assim, de gerações a gerações. Contudo, considerando o mundo em que o ser
humano se encontra hoje, é raro deparar-se com costumes tradicionais que
continuem em vigor ou que sejam lembrados como deveriam, partindo do
pressuposto que toda cultura integra a identidade e o patrimônio histórico de
um lugar e seus habitantes. Porém, existe lugares em que as pessoas lembram
as práticas de seus antepassados com orgulho e afinco.
Podemos dizer que a cultura é um misto de significados, símbolos
transportados por gerações e que em algumas sociedades são
respeitados e venerados, fazendo com que as tradições não se percam
no tempo, em um mundo globalizado no qual nos encontramos. Mas é
preciso enfatizar que o processo de globalização enquanto processo
que promove impactos sobre as identidades culturais do indivíduo, não
implica em uma forma de depreciação de tradições culturais em uma
determinada sociedade, ele condiz em uma forma mais ampla de
compreensão da humanidade. É entendê-la como ela é, tanto do ponto
de vista político e social, quanto cultural (MONA CLEIDE, 2009, p. 23).

Isso ocorre porque, nessa sociedade em questão, as memórias


referentes a essa cultura foram mantidas vivas com a mesma estima e valor
que os seus precursores tinham e conseguiram passar adiante, mesmo com
todas as modificações que esses costumes sofreram ao decorrer do tempo. Em
contrapartida, existem aquelas que estão passando por um processo de
desvitalização, em que certas práticas vão se perdendo durante o processo de
aprimoramento dessas culturas, das quais as gerações presentes não se
interessam em participar por estarem “ocupadas demais” com outros costumes
contemporâneos como as tecnologias. Consequentemente, estes jovens
acabam perdendo uma parte importante de sua identidade cultural.

Percebe-se que nos nossos dias, há um grande desinteresse por parte


dos jovens, em cultivar estas tradições, ou seja, este conjunto cultural.
Percebe-se que os pais já não conseguem fazer com que os filhos
mantenham sua cultura viva. Com tanta tecnologia e aceleração da
mídia, os meios de comunicação em grande maioria estão ganhando
mais tempo dos jovens do que os próprios pais (JULIANA BORTOLINI,
2011).

É possível notar essa mesma problemática sobre o folclore alagoano.


Muitas das danças características desses movimentos estão sendo esquecidas
aos poucos. Os motivos dessa desvalorização são diversos, mas o que se
destaca é a falta de interesse por parte da população, principalmente pela
parcela jovem. Já que são esses jovens os principais agentes responsáveis
pela memória atual desses costumes que serão passados para as próximas
gerações. Entretanto, não se pode atribuir essa culpa diretamente à população
juvenil. O desinteresse por parte desses adolescentes e crianças nada mais é
do que uma consequência do descaso da população alagoana como um todo.
O desligamento de uma grande porcentagem de pessoas que participam
dessas manifestações artísticas é notório. A falta de reconhecimento leva
esses participantes a desistirem de suas paixões nesse quesito, pois a
ausência de público, além de desmotivar a continuidade dessas festas, gera
uma baixa no investimento financeiro desse tipo de arte.

Nos dias de atuais, percebe-se que o Guerreiro encontra-se oculto, não


por vontade dos seus participantes, mas pelas dificuldades enfrentadas
no que diz respeito a sua manutenção e reconhecimento na cidade de
Maceió. Os entrevistados alegam que o Guerreiro não é reconhecido
pela sociedade nem pelas autoridades locais. Dessa forma, são aos
poucos esquecidos, gerando uma desmotivação dos participantes
(MONA CLEIDE, 2009, p. 63).
Apresentações como as do guerreiro, que é um exemplo de dança típica
do folclore alagoano, demandam um significativo financiamento e um local para
a execução das mesmas. Já que elas requerem a confecção de vestimentas
elaboradas para que o produto final resulte em demonstrações fieis às
tradicionais e o seu caráter simbólico seja mantido. Contudo a taxa de
investimento tem caído ao decorrer do tempo, além da ausência de um espaço
em que se possa ocorrer essas atividades. Em virtude disso, muitos dos
participantes dessas festas acabam desistindo do movimento.

Com a análise do processo de ação cultural desenvolvido pelos


equipamentos culturais de Maceió, pode-se detectar inúmeras
dificuldades por partes dos grupos de Guerreiro, no que concerne a
atuação destes espaços como os dos equipamentos culturais. Com
isso, em meio às atividades desenvolvidas no âmbito da cultura
popular, eles relataram a falta de financiamento, de espaço para a
elaboração de suas apresentações e o desconhecimento por parte da
sociedade (MONA CLEIDE, 2009, p. 72).

Possuindo ciência dessas questões, faz-se necessário a valorização de


tais culturas. Por este motivo, quaisquer atividades que visem o registro
memorial desses movimentos são muito bem-vindos. Pois, é por meio de
iniciativas vindas diretamente dos próprios grupos de jovens que culturas como
essas serão gravadas mais facilmente em suas memórias. Entretanto, faz-se
necessário não apenas a exaltação dessas culturas por meio de registros
ilustrativos, é preciso também criar memórias textuais, as quais façam com que
esses movimentos se eternizem na história do Estado e seja passada adiante,
é necessário chamar a atenção da população a essas manifestações ricas em
cultura que estão se perdendo.

Sendo assim, no que concerne às formas de cultura existentes em


Maceió, necessita-se desenvolver projetos centrados com o propósito
não apenas de divulgar o Guerreiro com fins turísticos. Não basta
mostrar que uma instituição está interessada pela cultura local,
pensando na propaganda do Estado e também da cidade e,
posteriormente, deixando essa expressão cultural cair no
esquecimento. É preciso apoiar e não ganhar fama em cima da
produção dos sujeitos. Deve-se, então, oferecer condições para sua
permanência ativa na sociedade, sendo necessário conhecer o
fenômeno cultural em questão para que a partir disto ações pertinentes
sejam trabalhadas (MONA CLEIDE, 2009, p. 64).

Tendo isso em vista, o presente projeto busca valorizar as atividades do


folguedo, divulgando ilustrações dos costumes e do povo que participou
ativamente ou passivamente desses movimentos. Por meio de pinturas e
fotografias, na tentativa de alcançar o maior número de espectadores. Serão
utilizadas não apenas a divulgação dessas imagens, mas também o registro
textual da origem, principais influências e costumes da cultura em questão e de
seu povo, histórias essas que serão contadas pelos mesmos, o que dará aos
registros mais familiaridade à população.
7. PRODUTO ESPERADO

O principal produto adquirido por meio desta pesquisa exploratória é a


reunião de um acervo de memórias culturais, que consiste na obtenção de
fotografias, pinturas e relatos transcritos sobre a história dos folguedos
alagoanos. Assim, serão registadas particularidades socioculturais das pessoas
e dos grupos que possuem vínculo com o movimento artístico em análise, as
quais vêm contribuindo ao longo dos anos para a resistência e propagação do
mesmo. Este estudo resultará na divulgação desses registros obtidos no
decorrer de cada etapa do projeto que serão reunidos em uma espécie de livro
que será composto por partes escritas e partes ilustrativas. Dessa forma, a
memória será gravada de maneira mais didática para o auxílio de futuros
estudos a respeito dessa temática.

8. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Meses
atividades
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Etapa 1 X X X X X

Etapa 2 X X X X X

Etapa 3 X X X X

Etapa 4 X X X X

Etapa 5 X X X X

Etapa 1: Levantamento histórico e fotográfico


Etapa 2: Apresentações e levantamento fotográfico
Etapa 3: Pinturas de cenas artísticas
Etapa 4: Exposição de todo material coletado
Etapa 5: Catalogação do material recolhido
9. PLANO DE ATIVIDADE (BOLSISTA)

PLANO DE ATIVIDADES DO BOLSISTA DE EXTENSÃO

I – IDENTIFICAÇÃO

Bolsista: EDUARDO DA SILVA LIMA

Curso: ARQUITETURA E URBANISMO Matrícula: 15213925

Instituto: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

Campus: UFAL – ARAPIRACA

Endereço: AVENIDA RIO BRANCO, 183, CENTRO, 57300-190


Complemento: CASA

Telefones: Celular: (82) 99957-4484

E-mail: edanado@hotmail.com

Unidade/Curso: UNIDADE EDUCACIONAL (ARAPIRACA) / (ARQUITETURA


E URBANISMO)
Dirigente (a) da Unidade ou coordenador do Curso: Edler Oliveira Silva

Servidor (a) orientador (a): Rosemary Lopes Rodrigues

Telefone/Ramal (Unidade ou Equipamento): (82) 3482-1826

INTRODUÇÃO
Uma das resistências impostas pela sociedade contemporânea é a dita cultura
popular, uma forma característica de protesto e de transformação dos povos,
podendo ser impressa em aspectos multiculturais de convívio humano. Dentre
os diversos traços culturais brasileiros, destaca-se o folclore, o qual possui uma
grande gama de expressões artísticas, como a dança, a música, o artesanato e
lendas. Partindo desta ponderação, a forma cultural escolhida a ser analisada
nesta pesquisa são as manifestações folclóricas alagoanas, o folguedo. Apesar
do Estado de Alagoas ser o maior representante desse patrimônio vivo no país,
essa cultura está sofrendo um processo de desvitalização. Isso ocorre devido à
ausência de interesse popular e de medidas que permitam que a tradição seja
registrada na memória. Visualizando tal problemática, faz-se necessário a
elaboração de métodos que historie tais manifestações artísticas. O presente
projeto pretende catalogar as experiências humanas do folclore e suas danças
através de pinturas, fotografias, relatos textuais e a organização de eventos em
que ocorrerão as apresentações artísticas. E, por fim, a confecção de um livro
de acesso público, que reúna todas as informações coletas no decorrer da
pesquisa.

·JUSTIFICATIVA
O Presidente da Associação dos Folguedos Populares de
Alagoas, Keyle da Silva, entre 2012 a 2015 afirma que “
Folclore é um termo que está caindo em desuso. No Ministério da Cultura, é
um termo que não se usa. Um estrangeirismo que perdeu sentido. Hoje,
podemos dizer que estamos numa eterna luta entre o que é tradicional e o que
é contemporâneo. A cultura popular tem que saber utilizar as novas mídias a
seu favor, pois torna-se mais “fácil” difundi-la e só podemos difundir o que se
faz conhecer. Então, Cultura Popular (ou Folclore) continua sendo estudo de
toda manifestação que define um povo, como seus costumes, modos de fazer
etc. E hoje é também uma forma de autoafirmação de um povo”.
Diante desse cenário, é imprescindível que haja a realização de
pesquisas voltadas a esse campo cultural em Alagoas. Uma vez que existem
poucas iniciativas que busquem registrar essas memórias, principalmente com
enfoque na dança, na pintura e na fotografia. Este trabalho tem como objetivo o
registro das danças e folguedos alagoanos, através da produção de pinturas
autorais relacionadas a esse tema. Bem como a reunião de um acervo
fotográfico dessas culturas e a organização de eventos com a participação de
grupos de danças do Estado. Visando, assim, impulsionar a prática e enaltecê-
la. E, em seguida, será feita a divulgação do material recolhido para que todas
essas informações sejam permitidas a um maior número de pessoas. Dessa
forma, será propiciado ao público alagoano conhecer mais profundamente a
própria cultura, tornando-o capaz de entender a sua importância e a ajudar a
mantê-la viva na memória, protegendo-a e valorizando-a de maneira a
preservar a sua identidade.

·OBJETIVOS
O bolsista focará principalmente em realizar o processo de comunicação
e localização dos grupos de folclores para pesquisa, participará ativamente da
organização do relatório do projeto, de acordo com as visitas de determinados
locais. Também irá catalogar as informações coletadas sobre os folguedos e
auxiliará na confecção do livro.

·ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS


 Efetivar visitas de campo aos lugares escolhidos e catalogar
informações, seja em foto, texto ou pintura sobre o local (tarefa grupal);
 Fazer estudos documentais sobre o folclore;
 Catalogar as informações coletas e entrelaça-las com os estudos
documentais;
 Produzir textos para a divulgação da pesquisa e/ou participar de
amostras e eventos. (Tarefa grupal);
 Participar das reuniões ordinárias ou não com o orientador.
PLANO DE ATIVIDADES DO BOLSISTA DE EXTENSÃO

I – IDENTIFICAÇÃO

Bolsista: VITÓRIA VÍVIA BEZERRA DOS SANTOS

Curso: ARQUITETURA E URBANISMO Matrícula: 15213509

Instituto: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

Campus: UFAL – ARAPIRACA

Endereço: RUA VEREADOR MIGUEL TAVARES N72-TEOTÔNIO VILELA AL


- CENTRO
Complemento: CASA

Telefones: Celular: (82) 98133 5580

E-mail: vitoria.vivia.000@gmail.com
Unidade/Curso: UNIDADE EDUCACIONAL (ARAPIRACA) / (ARQUITETURA
E URBANISMO)
Dirigente (a) da Unidade ou coordenador do Curso: Edler Oliveira Silva
Servidor (a) orientador (a): Rosemary Lopes Rodrigues

Telefone/Ramal (Unidade ou Equipamento): (82) 3482-1826

INTRODUÇÃO
Uma das resistências impostas pela sociedade contemporânea é a dita cultura
popular, uma forma característica de protesto e de transformação dos povos,
podendo ser impressa em aspectos multiculturais de convívio humano. Dentre
os diversos traços culturais brasileiros, destaca-se o folclore, o qual possui uma
grande gama de expressões artísticas, como a dança, a música, o artesanato e
lendas. Partindo desta ponderação, a forma cultural escolhida a ser analisada
nesta pesquisa são as manifestações folclóricas alagoanas, o folguedo. Apesar
do Estado de Alagoas ser o maior representante desse patrimônio vivo no país,
essa cultura está sofrendo um processo de desvitalização. Isso ocorre devido à
ausência de interesse popular e de medidas que permitam que a tradição seja
registrada na memória. Visualizando tal problemática, faz-se necessário a
elaboração de métodos que historie tais manifestações artísticas. O presente
projeto pretende catalogar as experiências humanas do folclore e suas danças
através de pinturas, fotografias, relatos textuais e a organização de eventos em
que ocorrerão as apresentações artísticas. E, por fim, a confecção de um livro
de acesso público, que reúna todas as informações coletas no decorrer da
pesquisa.
·JUSTIFICATIVA
O Presidente da Associação dos Folguedos Populares de
Alagoas, Keyle da Silva, entre 2012 a 2015 afirma que “
Folclore é um termo que está caindo em desuso. No Ministério da Cultura, é
um termo que não se usa. Um estrangeirismo que perdeu sentido. Hoje,
podemos dizer que estamos numa eterna luta entre o que é tradicional e o que
é contemporâneo. A cultura popular tem que saber utilizar as novas mídias a
seu favor, pois torna-se mais “fácil” difundi-la e só podemos difundir o que se
faz conhecer. Então, Cultura Popular (ou Folclore) continua sendo estudo de
toda manifestação que define um povo, como seus costumes, modos de fazer
etc. E hoje é também uma forma de autoafirmação de um povo”.
Diante desse cenário, é imprescindível que haja a realização de
pesquisas voltadas a esse campo cultural em Alagoas. Uma vez que existem
poucas iniciativas que busquem registrar essas memórias, principalmente com
enfoque na dança, na pintura e na fotografia. Este trabalho tem como objetivo o
registro das danças e folguedos alagoanos, através da produção de pinturas
autorais relacionadas a esse tema. Bem como a reunião de um acervo
fotográfico dessas culturas e a organização de eventos com a participação de
grupos de danças do Estado. Visando, assim, impulsionar a prática e enaltecê-
la. E, em seguida, será feita a divulgação do material recolhido para que todas
essas informações sejam permitidas a um maior número de pessoas. Dessa
forma, será propiciado ao público alagoano conhecer mais profundamente a
própria cultura, tornando-o capaz de entender a sua importância e a ajudar a
mantê-la viva na memória, protegendo-a e valorizando-a de maneira a
preservar a sua identidade.

·OBJETIVOS
O presente bolsista se voltará por confeccionar pinturas autorais acerca
do tema escolhido, ficando a cargo do mesmo escolher as cenas que irá
retratar. Além disso, estará trabalhando em conjunto com os participantes na
articulação dos artigos e na confecção do livro.

·ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS


 Efetivar visitas de campo aos lugares escolhidos e catalogar
informações, seja em foto, texto ou pintura sobre o local (tarefa grupal);
 Fazer estudos no âmbito da pintura;
 Produzir telas sobre os grupos de forma a entrelaçá-las aos estudos
documentais;
 Produzir textos para a divulgação da pesquisa e/ou participar de
amostras e eventos. (Tarefa grupal);
 Participar das reuniões ordinárias ou não com o orientador.
PLANO DE ATIVIDADES DO BOLSISTA DE EXTENSÃO

I – IDENTIFICAÇÃO

Bolsista: WELTON BARBOSA DE MAGALHÃES

Curso: ENGENHARIA CIVIL Matrícula: 13212413

Instituto: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

Campus: UFAL –DELMIRO GOUVEIA

Endereço: Rua Suely Lopes da Silva, 430, 57301-370


Complemento: CASA

Telefones: (82) 3521-5532 Celular: (82) 98752-9128

E-mail: welton.akuma@gmail.com

Unidade/Curso: UNIDADE EDUCACIONAL (SERTÃO) / (ENGENHARIA


CIVIL)
Dirigente (a) da Unidade ou coordenador do Curso: Rafaela de Oliveira
Rodrigues
Servidor (a) orientador (a): Rosemary Lopes Rodrigues

Telefone/Ramal (Unidade ou Equipamento): (82) 3482-1826

INTRODUÇÃO
Uma das resistências impostas pela sociedade contemporânea é a dita
cultura popular, uma forma característica de protesto e de transformação dos
povos, podendo ser impressa em aspectos multiculturais de convívio humano.
Dentre os diversos traços culturais brasileiros, destaca-se o folclore, o qual
possui uma grande gama de expressões artísticas, como a dança, a música, o
artesanato e lendas. Partindo desta ponderação, a forma cultural escolhida a
ser analisada nesta pesquisa são as manifestações folclóricas alagoanas, o
folguedo. Apesar do Estado de Alagoas ser o maior representante desse
patrimônio vivo no país, essa cultura está sofrendo um processo de
desvitalizarão. Isso ocorre devido à ausência de interesse popular e de
medidas que permitam que a tradição seja registrada na memória. Partindo
desse ponto de vista, faz-se necessário a elaboração de métodos que historie
tais manifestações artísticas. O presente projeto pretende catalogar as
experiências humanas do folclore e suas danças através de pinturas,
fotografias, relatos textuais e a organização de eventos em que ocorrerão as
apresentações artísticas. E, por fim, a confecção de um livro de acesso público,
que reúna todas as informações coletas no decorrer da pesquisa.

JUSTIFICATIVA
O Presidente da Associação dos Folguedos Populares de Alagoas,
Keyle da Silva, entre 2012 a 2015 afirma que “
Folclore é um termo que está caindo em desuso. No Ministério da Cultura, é
um termo que não se usa. Um estrangeirismo que perdeu sentido. Hoje,
podemos dizer que estamos numa eterna luta entre o que é tradicional e o que
é contemporâneo. A cultura popular tem que saber utilizar as novas mídias a
seu favor, pois torna-se mais “fácil” difundi-la e só podemos difundir o que se
faz conhecer. Então, Cultura Popular (ou Folclore) continua sendo estudo de
toda manifestação que define um povo, como seus costumes, modos de fazer
etc. E hoje é também uma forma de autoafirmação de um povo”.
Diante desse cenário, é imprescindível que haja a realização de
pesquisas voltadas a esse campo cultural em Alagoas. Uma vez que existem
poucas iniciativas que busquem registrar essas memórias, principalmente com
enfoque na dança, na pintura e na fotografia. Este trabalho tem como objetivo o
registro das danças e folguedos alagoanos, através da produção de pinturas
autorais relacionadas a esse tema. Bem como a reunião de um acervo
fotográfico dessas culturas e a organização de eventos com a participação de
grupos de danças do Estado. Visando, assim, impulsionar a prática e enaltecê-
la. E, em seguida, será feita a divulgação do material recolhido para que todas
essas informações sejam permitidas a um maior número de pessoas. Dessa
forma, será propiciado ao público alagoano conhecer mais profundamente a
própria cultura, tornando-o capaz de entender a sua importância e a ajudar a
mantê-la viva na memória, protegendo-a e valorizando-a de maneira a
preservar a sua identidade.

·OBJETIVOS
O bolsista terá como objetivo principal organizar fotos autorais para as
exposições, além de as mesmas servirem de inspiração para as pinturas que
serão feitas. Catalogar as informações coletadas sobre os folguedos e auxiliar
na confecção do livro.

·ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS


 Efetivar visitas de campo aos lugares escolhidos e catalogar
informações, seja em foto, texto ou pintura sobre o local (tarefa grupal)
 Produzir textos para a divulgação da pesquisa e/ou participar de
amostras e eventos. (Tarefa grupal)
 Participar das reuniões ordinárias ou não com o orientador.
 Produzir e editar fotografias sobre a temática.
 Organizar o material fotográfico para uma futura exposição.
10. REFERÊNCIAS

BASTOS, Larissa. Conheça os novos pesquisadores da cultura popular


alagoana – II. Gazeta de Alagoas. Maceió, 23 agos. 2015. Caderno B.
BAUER, Jonei. Patrimônio imaterial – preservar a arte é imprescindível à
memória do povo. Fev. 2011. Disponível em:
<https://www.portaldorancho.com.br/portal/patrimonio-imaterial>. Acesso em:
24 de fev. de 2018.
BARRETO, Susie da S. A importância das raízes culturais para a identidade
cultural do indivíduo. 23 abr. 2013. Disponível em:
<http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/artes/a-importancia-das-raizes-
culturais-para-identidade-.htm > Acesso em :24 de fev. 2018.
FARIAS, Michelle. Sem incentivo, folclore alagoano está condenado a cair em
esquecimento. G1 AL. Maceió, 08 jun. 2013. Diário.
SILVA, Mona Cleide Quirino da. O guerreiro e a ação cultural: um estudo dos
equipamentos culturais destinados à promoção da cultura popular. 2009. 134f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Biblioteconomia) - Universidade
Federal de Alagoas, Maceió, 20-?.
SOARES, Manuela. Pesquisa conclui que conhecimento da cultura em Alagoas
tem pouco incentivo de escolas. 25 jul. 2013. Disponível em: <
http://www.ufal.edu.br/noticias/2013/07/pesquisa-conclui-que-conhecimento-da-
cultura-em-alagoas-tem-pouco-incentivo-de-escolas> Acesso em: 05 de Abr.
2018

BORTOLINI, Juliana Patrícia. Como a cultura é vista pelas novas gerações.


2011. Disponível em: <https://www.webartigos.com/artigos/como-a-cultura-e-
vista-pelas-novas-geracoes/57022 >Acesso em 23 de fev. 2018.

Você também pode gostar