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cee tTmovimento de Defesa do i ; ] D Centro Histérico de Bvora uma iniciativa de cidaddaos Financgas nao cumprem a Lei Finangas de Evora recusam cumprir 0 Artigo 44° da Lei do Orcamento para 2010, invocando despacho desconhecido do Director Geral dos Impostos Desde o més de Dezembro, varios cidadaos propri- etdrios de imdveis no Centro Histérico de Evora receberam oficios dos servigos de Financas infor- mando que, contrariamente ao disposto no Artigo 44° da Lei do Orcamento para 2010, Ihes nao reconhece a isencgao do Imposto Municipal sobre Iméveis com base num despacho de 17 de Novembro do Director Geral dos Impostos. Torna-se claro que as Finangas se consideram acima de leis da Republica e em condicdes de escarnecer das deliberagées dos Deputados da Nacao que, em 12 de Margo do ano passado, confirmaram o espirito da legislagdo nesta matéria ao votar por unanimidade que aisencao do IMI nos Centros Historicos classificad- os pela UNESCO como Patriménio da Humanidade era automiatica e universal. Com efeito, por aplicagao conjugada do Estatuto dos Beneficios Fiscais e da Lei do Patriménio, foi concedida a partir de finais de 2001 a isen¢ao do Imposto Municipal sobre Iméveis aos prédios sitos nos centros histéricos que tinham obtido aquela classificacao, no quadro de uma politica de defesa e recuperacao desses importantes conjuntos patrimoniais. [continua no verso] uu, sien jseneao dol sioaut:mdch-evora.blogspot.com eman:mdchevora@gmail.com Entretanto, e por iniciativa do Presidente da Camara Municipal de Evora, esta isengéo comecou a ser posta em causa em 2009 com base em interpretacdes invias da legislagao pelo servico de Finangas. Os protestos suscitados levaram a Camara e a Assembleia Municipal de Evora a reconhecer a isencéo estabelecida por lei, e a solicitar aos Deputados eleitos pelo circulo de Evora o esclarecimento da questao na Assembleia da Republica. O Parlamento viria a reafirmar 0 espirito da lei, mediante votacgao por unanimidade do Artigo 44° da Lei do Orcamento de Estado para 2010, reforcado por nota explicativa que esclarecia qual era o espirito do legislador ao declarar tal isengao automatica e universal nos referidos centros histéricos. O Ministério da Cultura cumpriu a parte que Ihe competia na execucao da lei, enviando em Setembro passado as Finangas a relacao dos monumentos, conjuntos e sitios classificados em que se aplica a isencao do IMI, e na qual constava obviamente todo 0 Centro Histérico de Evora. Foi por isso com surpresa que o MDCH tomou conhecimento dos oficios que as Finangas de Evora estao a enviar a proprietdrios de iméveis do nosso Centro Historico, recusando o reconhecimento da isengao do IMI pelo facto de esses prédios nao estarem individualmente classificados. Esta argumentagao das Financas é absurda, pois a Lei do Patriménio estabelece que a classificagao de um conjunto patrimonial como Monumento Nacional “consome” todas as outras classificagées de nivel inferior. Ou seja, nao s6 nao podera haver novas classificagdes dentro do Centro Historico de Evora, como também deverao ser eliminadas todas as anterior- mente existentes como de imével de interesse pUblico ou de interesse municipal que porventura existissem a data da classificagao daquele centro histérico como Monumento nacional. Mas tal nao preocupa o Ministério das Finangas que, visivelmente, nao pretende cumprir a lei, mas apenas evitar que esta questao seja resolvida institucionalmente pelo 6rgao de soberania competente, a fim de forcar os cidadaos a um recurso aos Tribunais cuja morosidade é penalizadora da parte mais fraca. O que esta neste momento em causa, para além da defesa de um beneficio fiscal que é um direito legal de cidadaos individuais, e de um instrumento de defesa de um conjunto patrimonial importante, é a legalidade que nao esta a ser respeitada por entidades publicas a quem compete cumpri-la. A defesa da Ter Core M i Ce Meret Meme elec Mii MCLE Ms (ory cidadaos, mas também a barreira a opor a todos quantos queiram voltar a impor em Portugal o direito do mais forte, e Crate Meee Micett Beta Cat

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