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1. Introdução
URCAMP
Análise de Sistemas
Análise Orientada a Objeto
1. Introdução (Histórico das Linguagens O.O.)
3. Conceitos Básicos
Vamos definir agora os principais conceitos que estão por trás da
análise orientada a objetos. Eles são de fundamental importância para a
análise e, são eles que "fazem a diferença" com relação aos outros
métodos.
3.1Objeto
A característica básica dos métodos orientados a objeto é a façanha da unificação
dos formalismos utilizados na análise, projeto e programação.
A partir do momento que nossa mente nos habituou a pensar
abstratamente, começamos a formar conceitos sobre as coisas que nos
cercam. Isto nos permitiu separar coisas semelhantes, segundo algumas
características e atribuir um nome genérico ao conjunto. Por exemplo, um
avião teco-teco, um avião de carga, um avião a jato; todos eles poderiam
ser agrupados em um conjunto chamado Avião. Ou seja, o avião é uma
abstração da realidade - trata-se de uma generalização de um aspecto da
realidade.
Um objeto é qualquer coisa, real ou abstrata, a respeito da qual
armazenamos dados e os métodos que os manipulam. É entidade qualquer
objeto com identidade própria que é caracterizada por seu comportamento
(método) e estados (atributos).
Objeto é uma representação abstrata de coisas do mundo real, que sob o ponto de vista do nosso problema
possuem atributos e métodos comuns.
3.1.1 Identificação de Objetos
A identificação de objetos inicia-se ao examinar a declaração do
problema ou ao executar uma "análise gramatical" da narrativa de
processamento do sistema a ser construído. Objetos são determinados
sublinhando-se cada nome ou cláusula nominal e colocando-se numa
tabela.
Os objetos podem ser:
•Entidades Externas (por exemplo, outros sistemas, dispositivos, pessoas) que produzem ou
consomem informações a serem usadas por um sistema baseado em computador.
•Coisas (por exemplo, relatórios, displays, cartas, cartazes) que fazem parte do domínio
de informação do problema.
•Ocorrências ou eventos (por exemplo, uma transferência de propriedade ou a conclusão de
uma série de movimentos de robô) que ocorrem dentro do contexto de operação do
sistema.
• Papéis (funções) (por exemplo, gerente, engenheiro, vendedor) desempenhados por
pessoas que interagem com o sistema.
•Unidades Organizacionais (por exemplo, divisão, grupo, equipe) que são pertinentes a uma
organização.
•Lugares (por exemplo, piso de fábrica ou área de descarga) que estabelecem o contexto
do problema e a função global do sistema.
•Estruturas (por exemplo, sensores, veículos de quatro rodas ou computadores) que
definem uma classe de objetos ou, ao extremo, classes relacionadas de objetos.
Os objetos podem ser definidos durante os primeiros estágios de
análise, através da análise gramatical da narrativa de processamento.
Extraindo os nomes, que serão as entradas na lista, estamos definindo os
Objetos em Potencial dessa lista.
Características de seleção que devem ser usadas ao se examinar cada objeto em
potencial para inclusão no modelo de análise:
•Informação Repetida: O objeto em potencial será útil durante a análise somente se a
informação sobre ele precisar ser lembrada de forma que o sistema possa funcionar.
• Serviços Necessários: O objeto em potencial deve ter um conjunto de operações
identificáveis que podem mudar o valor de seus atributos de alguma forma.
•Múltiplos Atributos: Durante a análise de requisitos, o foco deve recair sobre informações
importantes; um objeto com um único atributo pode, de fato, ser útil durante
a fase de projeto, mas provavelmente ele será mais bem representado
como um atributo de um outro objeto durante a atividade de análise.
•Atributos Comuns: Um conjunto de atributos pode ser definido para o objeto em potencial,
e esses atributos aplicam-se a todas as ocorrências do objeto.
•Operações Comuns: Um conjunto de operações pode ser definido para o objeto em
potencial, e essas operações aplicam-se a todas as ocorrências do objeto.
•Requisitos Essenciais: Entidades externas que aparecem no espaço problema e produzem
ou consomem informações que são essenciais à operação de qualquer solução para o
sistema quase sempre serão definidas como objetos no modelo de requisitos.
A decisão de inclusão de objetos em potencial no modelo de análise é um tanto
subjetiva, e uma avaliação posterior pode fazer com que o objeto seja descartado ou
reconsiderado.
Os objetos também apresentam algumas propriedades:
1. Estado
Diz respeito à situação em que pode estar um determinado objeto. Por
exemplo, o objeto caneta, pode estar no estado, “com tinta” ou “sem tinta”.
Podemos ainda atribuir a caneta outros estados “inteira para uso” ou
“quebrada”. O estado depende da natureza do objeto.
2. Comportamento
Qualquer objeto apresenta um comportamento. O comportamento é o meio
através do qual o objeto passa de um estado para outro. Normalmente isto
dá mediante uma condição/ação (a ação será sempre um método a ser
executado)
3. Identificação
Todo objeto é identificável. Embora se possam ter várias canetas de
um mesmo tamanho, cor, fabricante e modelo, cada uma delas é uma
caneta em particular, tem sua própria identidade, são, portanto, distinguíveis
entre si.
3.2 Atributos
Um atributo é a abstração de uma única característica possuída pelas entidades que
foram abstraídas com um objeto. O Objetivo é arranjar um conjunto de atributos que
sejam:
• completos - eles abrangem todas as informações pertinentes ao objeto que esta
sendo definido;
• totalmente fatorados – Cada atributo capta um aspecto separado da abstração do
objeto;
• mutuamente independentes – os atributos assumem seus valores ficando
independentes uns dos outros.
Os atributos podem ser identificados fazendo referência:
• às características das instâncias do objeto;