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CLASSES DE PALAVRAS
São dez as classes de palavra: artigo, substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo,
advérbio, conjunção e interjeição. Podemos diferenciar estas classes através de alguns
critérios distintivos. O primeiro destes critérios refere-se à capacidade de um vocábulo em
flexionar-se:
Quando o 2º elemento limita o significado do 1º, isto é, lhe indica semelhança ou finalidade,
somente o 1º elemento vai para o plural. Ex.: caneta-tinteiro – canetas-tinteiro (canetas
do tipo tinteiro); banana-maçã – bananas-maçã (bananas do tipo maçã).
Quando a palavra composta é unida por preposição, somente o 1º elemento varia. Ex.: pé-
de-moleque – pés-de-moleque; mula-sem-cabeça – mulas-sem-cabeça.
Em compostos que reproduzem sons, apenas o 2º elemento irá para o plural. Ex.: tique-
taque – tique-taques.
2. Adjetivos
Regra geral, apenas o 2º elemento da composição varia. Ex.: instituto afro-asiático –
institutos afro-asiáticos.
Excetuam-se:
a) A palavra surdo-mudo, que faz plural em surdos-mudos.
b) Adjetivos referentes a cores, que ficam invariáveis quando o 2º elemento da composição
é um substantivo. Ex.: uniforme verde-oliva – uniformes verde-oliva.
c) Os adjetivos azul-marinho e azul-celeste, que são invariáveis.
Uso de advérbios
Um advérbio serve, fundamentalmente, para modificar um verbo, ou ainda, dar ênfase
ao sentido de um adjetivo, de um outro advérbio e, até mesmo, de toda uma frase,
adicionando ao significado desses termos uma circunstância de tempo, modo, intensidade,
afirmação, negação e dúvida.
Coesão textual
Nenhum texto pode ser classificado como tal apenas por apresentar uma seqüência de
frases, deve, para obter textualidade, encadeá-las semanticamente, criando uma espécie de
teia textual, na qual as informações se interligam e criam sentidos maiores. O mecanismo que
produz esse encadeamento chama-se coesão.
Há formas de coesão realizadas através de mecanismos gramaticais, já expressos, e
outras onde esta se constitui como uma relação semântica entre um elemento do texto e
algum outro elemento crucial para sua interpretação, dando a possibilidade de, nesses casos a
referência estar no próprio ato da comunicação.
Enfim, pode-se afirmar que o conceito de coesão textual diz respeito a todos os
processos de seqüencialização que asseguram (ou tornam recuperável) uma ligação lingüística
significativa entre os elementos que ocorrem no texto.
a) Coesão referencial
Uma das formas de se coesionar um texto é fazendo referências a termos do texto ou
do contexto. Tome-se a frase abaixo como exemplo:
Vi Maria ontem. Devolvi-lhe, então, seu livro.
O pronome "lhe" faz referência ao termo "Maria", retomando-lhe na construção. Quando
ocorre de o termo referir-se a outro anterior dá-se o nome referência anafórica. Um outro
exemplo:
Ao chegar à porta da empresa, lia-se esta placa: não há vagas.
Neste caso, o pronome "esta" faz referência a um termo que lhe sucede. Quando o
termo faz esse tipo de referência diz-se que esta é catafórica.
b) Coesão semântica
Trata-se da substituição de um termo por outro do mesmo campo semântico, seja
equivalente, sinônimo, hiperônimo ou hipônimo. As frases abaixo exemplificam esse tipo de
coesão:
Havia um menino bom de bola no treino. O garoto era mesmo fantástico.
Robinho diz estar ansioso para estrear no mundial, contudo o jogador adota o conhecido
discurso da humildade.
O cardiologista receitou-me exercícios físicos, o médico disse-me que eu estava sedentário.
c) Coesão elíptica
Consiste na omissão de um termo anterior em uma ocorrência posterior, indicando-se-
lhe pelas formas verbais ou pronominais do discurso.
O deputado conversou com repórteres ontem em Brasília; (ele) afirmou que aceitará a decisão
do Conselho de Ética.
d) Coesão sintática
Advém do uso de conectivos para estabelecer relações de sentido entre duas sentenças,
marcando-lhes dependência sintática ou semântica, isto é, relações de subordinação e
coordenação.
Penso. Logo, existo.
Se você me desse uma chance, poderia provar que sou competente.
Não fui ao clube nem ao parque, porque estava doente.
Pronome
É a palavra que designa os seres, ou a eles se refere, em caráter estritamente
gramatical, isto é, em jamais nomeá-los nem conferir-lhes um conceito determinado. O
pronome determina a posição do ser no espaço comunicacional, denotando as três pessoas do
discurso: 1º (quem fala), 2º (com quem se fala) e 3º (de quem se fala).
Pronomes pessoais
São aqueles que se referem diretamente às pessoas do discurso. Dividem-se em dois
casos: o reto, possuindo função de sujeito ou predicativo; e o oblíquo, com função de
complemento. Este último se divide em dois: os átonos, usados sem preposição; e os tônicos,
sempre regidos de preposição.
Retos Oblíquos
Átonos Tônicos
Si eu Me mim, comigo
1º
ng
ul tu Te ti, contigo
2º
ar
3º ele / ela Se, o / a, lhe si, consigo, ele / ela
Pl nós Nos nós, conosco
1º
ur
al vós Vos vós, convosco
2º
3º eles / elas se, os / as, lhes si, consigo, eles / elas
Pronomes possessivos
Estabelece uma relação de posse com as pessoas gramaticais, ou simplesmente denota
uma referência a cada uma delas.
Pronomes demonstrativos
Assinala a posição do objeto designado em relação às três pessoas do discurso. Pode
fazer referência não só ao espaço físico, como também aqueles temporais e até a elementos
do próprio texto.
Pessoa referida Formas variáveis Formas invariáveis
1º este, esta, estes, estas isto
2º esse, essa, esses, essas isso
3º aquele, aquela, aqueles, aquelas aquilo
Pronomes relativos
O pronome relativo possui duplo papel dentro da frase: faz referência a um termo
anteriormente expresso – chamado antecedente – substituindo-o na construção; ao mesmo
tempo em que atua como um conectivo, introduzindo uma oração subordinada adjetiva ao
antecedente. Assume sempre uma função sintática dentro da oração que pertence,
distinguindo-se, assim, das conjunções.
São pronomes relativos: que, quem, o qual/a qual/os quais/as quais, quanto
(precedido de tudo), quantos (precedido de todos), cujo/cuja/cujos/cujas, onde.
Ex.: O sol que brilha em Brasília é muito quente.
No exemplo acima podemos perceber que há duas informações conectadas em um
único enunciado (o sol é muito quente; o sol brilha em Brasília). O pronome toma o lugar do
elemento presente nas duas sentenças, desempenhando seu papel conectivo na estrutura
final.
Conjunção
Palavra ou expressão invariável, de valor puramente gramatical, servindo para conectar
duas orações ou termos de idêntica função, estabelecendo uma relação de coordenação ou
subordinação.
Coordenativas
São aquelas que “coordenam” dois membros da oração, duas orações ou, até mesmo,
dois períodos. São divididas em cinco tipos:
Aditivas e, nem
Adversativas mas, contudo, entretanto, no entanto, porém, todavia
Alternativas ou, ora...ora..., ou...ou..., quer...quer..., seja...seja...
Conclusivas logo, pois (depois de verbo), portanto, por isso
Explicativas que, porque, pois (antes do verbo)
Subordinativas
São aquelas que têm por função “subordinar” uma oração a outra, ou a qualquer
membro do período. São divididas em dez tipos:
Palavras denotativas
São palavras que, por não exprimirem propriamente uma circunstância, classificam-se à
parte, sem nome especial. Denotam inclusão (até, inclusive, mesmo, também, etc), exclusão
(apenas, salvo, senão, só, somente etc), designação (eis), realce (cá, lá, é que, só etc),
retificação (aliás, ou antes, isto é, ou melhor etc) ou situação (afinal, então etc).
Em uma análise, se nos depararmos com uma destas palavras que não modificam o
verbo, nem o adjetivo, nem outro advérbio, convirá dizer somente: palavra ou locução
denotadora de inclusão, exclusão etc.
Hipotaxe, hipertaxe e parataxe
(princípios de coordenação e subordinação)