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Desenvolvimento e Otimização do
Processo de Escovamento Externo em
Anéis de Óleo com PVD
Development and Optimization of the External Brushing
Process of Oil Pistons Rings with PVD
12/02/2018
DEPARTAMENTO DE
ENGENHARIA MECÂNICA
Autor
Miguel Ângelo Ferreira Branco
Orientador
Professor Doutor Fernando Jorge Ventura Antunes
Engenheiro Pedro Góis
Júri
Professor Doutor José António Martins Ferreira
Presidente
Professor Associado da Universidade de Coimbra
Engenheiro Pedro Góis
Orientador
Engenheiro da Mahle – Componentes de Motores S.A
Professor Doutor Amílcar Lopes Ramalho
Vogais
Professor Associado da Universidade de Coimbra
Colaboração Institucional
Agradecimentos
Este trabalho completa uma das mais importantes e desafiantes etapas da
minha vida, que não seria possível de alcançar sem o auxílio e apoio prestado por algumas
pessoas durante todo o meu percurso académico, às quais dedico este espaço para
expressar a minha gratidão.
Em primeiro lugar agradecer aos meus Pais, Avó e ao meu irmão não só pelo
apoio e confiança que depositaram em mim ao longo destes anos mas também por todo o
carinho, amor e compreensão que demonstraram permanentemente e sobretudo agradecer
por todo o esforço feito para que eu tivesse esta oportunidade de perseguir os meus sonhos.
Ao Professor Doutor Fernando Jorge Ventura Antunes, pela orientação,
disponibilidade e excelência no apoio ao longo dos últimos meses, de forma a garantir que
tinha todo o apoio necessário para a realização deste trabalho.
A todos os engenheiros, trabalhadores e colaboradores da MAHLE
Componentes de Motores S.A, pela sua amizade, simpatia, camaradagem e apoio
incondicional. Um especial agradecimento aos engenheiros Pedro Góis e Carlos Correia
pelo acompanhamento mais próximo contribuindo de forma direta para o sucesso deste
projeto.
A todos os meus amigos e colegas do Departamento pela amizade e pelas
memórias que levo destes cinco anos em Coimbra.
A todo o corpo docente do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) da
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) que de
diversas formas contribuíram para que fosse possível chegar até aqui.
A todos um sincero muito obrigado.
Miguel Branco
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Resumo
Resumo
No âmbito da realização da dissertação de mestrado, este projeto foi
desenvolvido durante um estágio curricular na Mahle Componentes de Motores S.A em
Murtede onde são produzidos anéis de pistão (segmentos).
O principal objetivo deste trabalho passa por desenvolver e implementar
melhorias no processo de escovamento externo em anéis de óleo com PVD, garantindo que
o produto final cumpre às especificações e necessidades exigidas pelos clientes.
Neste caso de estudo o problema inicial trata-se de uma remoção excessiva de
material da face de contacto do anel de óleo com PVD, isto é, havia um arredondamento
excessivo dos raios da face de trabalho do segmento destinado à terceira canaleta.
No decorrer deste trabalho foi feita uma avaliação da situação atual do
processo de escovamento externo para anéis de óleo com PVD.
Foi definido um plano de testes, levantamento dos respetivos resultados, assim
como a definição de parâmetros corretos a usar no processo e apresentação de propostas de
novas escovas a utilizar na operação. Para além disso foi estudada a influência do tempo e
da pressão de escovamento para o processo atual.
No procedimento da análise de resultados dos testes, recorreu-se ao laboratório
de metrologia da MAHLE, onde foram efetuadas todas as medições apresentadas neste
trabalho.
Depois de realizados testes com escovas, de densidades e tamanhos de grão
inferiores, comparativamente com a escova usada atualmente no processo, verificou-se que
há menor remoção de material da face de contacto do anel.
Constatou-se que para a escova flap usada atualmente neste processo, há maior
remoção de material quando se faz variar a pressão de escovamento do que quando se faz
variar o tempo do escovamento.
vi 2018
Abstract
Abstract
In the scope of the master’s dissertation, this current project was developed
during a curricular internship at MAHLE Engine Components S.A in Murtede where
pistons rings (segments) are produced.
The main objective of this project it’s focused in developed and implement of
improvements in the external brushing process in pistons rings with PVD, ensuring that the
final product fulfills the requirements of the costumers.
In this case study the initial problem was an excessive material reduction in the
external face of the piston ring, in other words, the initial problem is an excessive rounding
of the radius of contact face.
In the course of this work an evaluation was made of the current situation of
the external brushing process for PVD oil rings. A test plan was set up, it was made an
analysis of the respective results, as well as the definition of correct parameters to be used
in the process and the presentation of proposals for new brushes to be used in the process.
In the analysis of test results, it was used the MAHLE metrology laboratory,
where all the measurements presented in this work were made.
Besides that, the influence of time and brushing pressure for the current
process was studied, with the purpose to realize the impact of these parameters in the
reduction of material in the external face of the piston ring.
After testing brushes, with densities and grain sizes lower than the brush that
it´s currently used in the process, it was verified that there is less material removal from the
contact face of the ring. It has also been notice that for the flap brush currently used in this
process there is more material removal when the brushing pressure is varied than when the
brushing time is varied.
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Índice
Índice
Índice de Figuras .................................................................................................................. xi
Índice de Tabelas ................................................................................................................ xiii
Simbologia e Siglas ............................................................................................................. xv
Simbologia ....................................................................................................................... xv
Siglas ............................................................................................................................... xv
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 1
1.1. Enquadramento da Empresa ................................................................................... 2
1.2. Motivação e Objetivos ............................................................................................ 3
2. ANÉIS DE PISTÃO ...................................................................................................... 5
2.1. Nomenclatura dos Anéis ......................................................................................... 5
2.2. Funções dos Anéis .................................................................................................. 6
2.3. Tipos de Anéis ........................................................................................................ 7
2.3.1. Anel de Compressão ........................................................................................ 7
2.3.2. Anel Raspador ................................................................................................. 8
2.3.3. Anel de Óleo .................................................................................................... 8
2.4. Fenómeno Blow-By ................................................................................................. 9
3. ANÁLISE TÉCNICA DO PROCESSO ...................................................................... 11
3.1. Objetivos do Processo ........................................................................................... 11
3.2. Escovamento Externo ........................................................................................... 12
3.2.1. 1 º Escovamento vs 2 º Escovamento ............................................................ 14
3.3. Fechador de Três Sapatas ..................................................................................... 15
3.4. Processo de Deposição Física em Fase de Vapor (PVD) ..................................... 17
3.4.1. Deposição do Revestimento .......................................................................... 18
4. ANÁLISE DO PROBLEMA ...................................................................................... 21
4.1. Avaliação da Situação ........................................................................................... 21
4.2. Levantamento do Estado Atual do Processo ......................................................... 23
4.2.1. Máquina ......................................................................................................... 23
4.2.2. Método ........................................................................................................... 31
4.2.3. Material .......................................................................................................... 35
5. ANÁLISE DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ..................................................... 39
5.1. Potenciais Modos de Falha ................................................................................... 39
5.2. Problemas Detetados ............................................................................................. 40
6. PLANEAMENTO DE EXPERIÊNCIAS ................................................................... 45
6.1. Procedimentos ....................................................................................................... 45
6.1.1. Medições ........................................................................................................ 46
6.2. Design of Experiments (DOE) .............................................................................. 47
6.2.1. Fatores e Níveis ............................................................................................. 48
6.3. Resultados ............................................................................................................. 50
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Índice de Figura
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1.1. Mahle Murtede, Portugal .................................................................................... 3
Figura 1.2. Localização das arestas vivas; a) Face de contacto do perfil do anel; b) Pontas
do Gap Adaptada Manual Técnico MAHLE Original ............................................ 4
Figura 2.1. Nomenclatura do anel; a) Abertura livre; b) Abertura com diâmetro de trabalho
................................................................................................................................. 6
Figura 2.2.Montagem típica de anéis de pistão, Adaptada MS-Motor Service International
GmbH ...................................................................................................................... 7
Figura 2.3.Anel de compressão Adaptada MS-Motor Service International GmbH............. 8
Figura 2.4. Anel raspador Adaptada MS-Motor Service International GmbH ..................... 8
Figura 2.5. Anel de óleo com PVD Adaptada MS-Motor Service International GmbH ....... 9
Figura 2.6. Fenómeno Blow-By ............................................................................................. 9
Figura 3.1. Linha de processo do anel de óleo com PVD ................................................... 11
Figura 3.2. Sentido de rotação da escova abrasiva e da árvore de anéis, Adaptada Beato
2006 ....................................................................................................................... 13
Figura 3.3.Descrição da escovadora externa ....................................................................... 14
Figura 3.4. Escovas usadas no processo; a) Escova Flap ; b) Escova Nylon ...................... 15
Figura 3.5. Máquinas usadas no processo; a) Layout; b) Disposição das máquinas na área
de trabalho ............................................................................................................. 16
Figura 3.6. Máquina de montagem das árvores de anéis; a) Vista frontal; b) Vista de topo
............................................................................................................................... 17
Figura 3.7. Variantes do processo PVD .............................................................................. 18
Figura 3.8. Câmara de deposição Adaptado de Pinto, et al,2004 ........................................ 18
Figura 3.9.Fases de revestimento do anel ............................................................................ 19
Figura 4.1. Pareto de refugo do AN74971 em 2016 ............................................................ 22
Figura 4.2. Velocidade periférica em diferentes pontos ...................................................... 25
Figura 4.3. Forças aplicadas na árvore durante a operação ................................................. 28
Figura 4.4. Polias do motor e chumaceira acoplada por uma correia Adaptada Costa Lino
(2013) .................................................................................................................... 29
Figura 4.5.Força tangencial aplicada na polia Adaptada Costa Lino (2013) ...................... 30
Figura 4.6.Diagrama de forças aplicadas na árvore de anéis............................................... 31
Figura 4.7. Procedimentos da operação ............................................................................... 33
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Índice de Tabelas
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 3.1. Diferenças entre os escovamentos .................................................................... 14
Tabela 4.1.Velocidades rotacionais ..................................................................................... 24
Tabela 4.2. Velocidades periféricas ..................................................................................... 26
Tabela 4.3. Diferença do nº de rotações da escova para cada máquina............................... 27
Tabela 4.4. Especificações dos cilindros pneumáticos ........................................................ 28
Tabela 4.5.Especificações do motor elétrico da árvore ....................................................... 28
Tabela 4.6.Propriedades mecânicas do material MF053-L (Norma S-R-MS-0038-en,
MAHLE Componentes de Motores S.A.) ............................................................. 35
Tabela 4.7. Composição química do material MF053-L (Norma S-R-MS-0038-en,
MAHLE Componentes de Motores S.A.) ............................................................. 35
Tabela 4.8. Descrição dos tipos de escovas usadas no processo ......................................... 37
Tabela 5.1.Identificação de potenciais modos de falha do processo ................................... 40
Tabela 6.1. Especificações técnicas das escovas de teste .................................................... 48
Tabela 6.2. Matriz de testes para a Escova A usada atualmente ......................................... 49
Tabela 6.3. Matriz de testes; a) Escova com densidade média; b) Escova com densidade
baixa ...................................................................................................................... 49
Tabela 6.4. Matriz de testes; a)Escova com grão super fino; b) Escova com grão ultra fino
............................................................................................................................... 49
Tabela 6.6. Número de medições efetuadas para cada uma das boxplot ............................. 52
Tabela 6.7.Número de medições efetuadas para cada uma das boxplot .............................. 53
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Simbologia e Siglas
SIMBOLOGIA E SIGLAS
Simbologia
ni – Frequência rotacional para a máquina; i = ESC – 06; ESC - 08
nº rotações i – nº de rotações num determinado tempo para a máquina i
ta – Tempo a adicionar a ESC – 08
- Força aplicada pelo contraponto
- Força aplicada pela escova
- Momento torsor
d- Diâmetro
i – Relação de transmissão
n – Frequência rotacional
P – Perímetro
r – Raio
t – Tempo de escovamento
v- Velocidade periférica
w – Velocidade angular
Siglas
Cr Crómio
CrN – Nitreto de Crómio
DEM – Departamento de Engenharia Mecânica
DOE – Design of Experiments
ESC-06 – Escovadora Externa 06
ESC-08 – Escovadora Externa 08
FCTUC – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
FEC-05- Fechadora de três sapatas 05
FEC-13- Fechadora de três sapatas 13
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INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Com o crescimento da industrialização há necessidade das empresas se
conseguirem destacar das restantes, e para isso têm de ser capazes de oferecer produtos
com melhor qualidade e/ou com preços mais competitivos. Assim sendo, é preciso
estabelecer e desenvolver novos produtos/serviços e/ou novos processos de fabricação de
forma a se adaptarem e destacarem nos mercados atuais.
O presente trabalho foi desenvolvido durante o estágio curricular na Mahle
Componentes de Motores S.A, e visa o desenvolvimento e implementação de melhorias no
processo de escovamento externo de anéis de óleo com PVD, pois no processo atual
verifica-se uma remoção excessiva de material da face de contacto do anel, ou seja, há um
arredondamento excessivo dos raios da face de contacto, o que faz com que o anel não
cumpra as especificações definidas pela MAHLE em parceria com o cliente.
O conjunto de anéis utilizados no pistão permite criar uma vedação da câmara
de combustível em relação ao cárter, impedindo que os gases da combustão passem para o
cárter do motor, evitando assim a perda de rendimento do motor e contaminação do óleo.
Todos estes fatores contribuem para um bom funcionamento do motor e
consequentemente, levam a uma maior fiabilidade do produto assegurando que este vai ter
um tempo de vida maior, proporcionando ao consumidor final um menor custo de
manutenção e um aumento da sua satisfação (Lourenço, 2015).
Este trabalho divide-se em três partes. Uma primeira parte referente ao produto
em si, procedendo-se à identificação dos vários tipos de anéis e as suas diferenças
revelando também quais as funcionalidades.
A segunda parte será focada numa análise técnica do processo alvo de estudo,
mais em concreto no processo do escovamento externo, onde são apresentadas as máquinas
necessárias para o processo.
A terceira, e última parte, é dedicada a análise do problema, através da
identificação de possíveis falhas existentes no processo. Ao longo desta parte final é
abordada a influência dos parâmetros usados na operação com a finalidade de realizar
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INTRODUÇÃO
(zona que contém a área de contacto do anel) e a Figura 1.2 b) é relativa aos chanfros na
zona do gap do anel.
a) b)
Figura 1.2. Localização das arestas vivas; a) Face de contacto do perfil do anel; b) Pontas do Gap Adaptada
Manual Técnico MAHLE Original
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ANÉIS DE PISTÃO
2. ANÉIS DE PISTÃO
“Os anéis de pistão são molas metálicas que, quando instaladas nos cilindros
dos motores, se tornam circulares e auto expansivas, proporcionando uma vedação móvel
entre a câmara de combustão e o cárter do motor” (Possamai, 2011). Contudo, esta
definição, assim como muitas outras que já foram formuladas, não consegue expressar com
a precisão necessária toda a responsabilidade que o anel de pistão tem para um bom
funcionamento do motor.
Inicialmente os anéis de pistão eram “circulares” e a força que exerciam contra
a parede do cilindro era dada por deformação de origem térmica.
Com a evolução dos motores cada vez mais potentes e sofisticados, houve
necessidade de aumentar a rotação dos pistões o que originou bastantes problemas
funcionais, tais como flutuação ou perda de carga. Isto fez com que o pacote de anéis
sofresse obrigatoriamente uma alteração, evoluindo em simultâneo com os motores.
(MAHLE original).
Atualmente, para o processo de fabricação destes anéis de pistão é exigido um
nível tecnológico bastante elevado, trabalhando-se normalmente em unidades de
micrómetros, o que faz com que a precisão de trabalho seja elevada.
a) b)
Figura 2.1. Nomenclatura do anel; a) Abertura livre; b) Abertura com diâmetro de trabalho
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ANÉIS DE PISTÃO
Figura 2.2.Montagem típica de anéis de pistão, Adaptada MS-Motor Service International GmbH
combustão passe para o cárter através da folga entre o pistão e a camisa, evitando assim a
perda de rendimento do motor e a contaminação do óleo lubrificante.
Do pacote de anéis montados no pistão, o anel de compressão é aquele que está
sob maior pressão e temperatura e apresenta uma força de expansão maior, ou seja, tem um
diâmetro livre superior ao seu diâmetro de confinamento quando instalado dentro da
camisa do pistão, exercendo pressão sobre a parede da camisa.
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ANÉIS DE PISTÃO
Figura 2.5. Anel de óleo com PVD Adaptada MS-Motor Service International GmbH
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ANÁLISE DO PROBLEMA
ser implementadas. Logo, os objetivos a ter em atenção, de forma a garantir que os anéis
estejam de acordo com as especificações do cliente, são:
Remoção da rebarba no canal externo do gap;
Arredondamento das arestas vivas na face de contacto do anel;
Arredondamento do chanfro do gap;
Assegurar um aspeto polido da face de contacto do anel;
Assegurar a limpeza do canal externo;
Evitar o aparecimento de lascas devido a uma má aderência do
revestimento.
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ANÁLISE DO PROBLEMA
Escova Abrasiva
Árvore de anéis
Figura 3.2. Sentido de rotação da escova abrasiva e da árvore de anéis, Adaptada Beato 2006
1) Sistema de extração
2) Escova abrasiva
3)Sistema de rotação da
árvore
4) Carro transversal
5) Árvore de anéis
6) Contraponto rotativo
7) Comando de controlo
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ANÁLISE DO PROBLEMA
a) b)
Figura 3.4. Escovas usadas no processo; a) Escova Flap ; b) Escova Nylon
a) b)
Figura 3.5. Máquinas usadas no processo; a) Layout; b) Disposição das máquinas na área de trabalho
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ANÁLISE DO PROBLEMA
a) b)
Figura 3.6. Máquina de montagem das árvores de anéis; a) Vista frontal; b) Vista de topo
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ANÁLISE DO PROBLEMA
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ANÁLISE DO PROBLEMA
4. ANÁLISE DO PROBLEMA
A indústria automóvel tem parâmetros de exigência elevados que são
transversais a todas as áreas envolvidas na produção. Neste caso de estudo, os anéis de
óleo têm especificações rigorosas, impostas pelas marcas com quem a MAHLE tem
parceria, e é imperativo que estas especificações sejam cumpridas.
No início deste estágio curricular foi introduzido o problema inicial
proveniente do processo do escovamento externo. Para dar início aos trabalhos de
desenvolvimento e otimização do processo foi necessário numa fase inicial fazer um
levantamento do estado atual do processo para compreender quais seriam as potenciais
falhas no processo que deviam ser abordadas.
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ANÁLISE DO PROBLEMA
4.2.1. Máquina
Como já foi indicado no Capítulo 3, para a operação do escovamento externo
são utilizadas duas máquinas, uma responsável pela montagem e desmontagem de pacotes
de anéis em árvores (Fechadora de Três Sapatas) e outra máquina responsável por efetuar o
escovamento da superfície de contacto dos anéis (Escovadora Externa).
Na totalidade existem seis escovadoras externas usadas pela MAHLE
Componentes de Motores S.A, distribuídas pelas várias linhas de produção da fábrica, este
trabalho apenas se aplicou a duas dessas máquinas (ESC-08 e ESC-06) que correspondiam
às máquinas onde o escovamento externo do anel de óleo com PVD é realizado.
Estas duas máquinas, apesar do seu princípio de funcionamento ser igual,
possuem algumas diferenças, nomeadamente no circuito pneumático. Uma das tarefas
elaboradas no âmbito deste trabalho foi a atualização do circuito pneumático de ambas as
máquinas visto que ao longo dos anos foram feitas algumas modificações sem serem
registadas.
O circuito pneumático atualizado de ambas as máquinas encontra-se no Anexo
A. Depois de identificados os vários elementos pneumáticos criou-se o diagrama do
circuito pneumático com recurso ao programa “Fluiddraw” da FESTO.
Depois de uma análise a ambas as máquinas verificou-se que o escovamento
era mais rápido na Escovadora 06 (ESC-06) do que na Escovadora 08 (ESC-08) para os
mesmos parâmetros de operação. Para perceber qual o motivo para este acontecimento,
procedeu-se a um levantamento das velocidades de rotação de ambas as máquinas, com
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ANÁLISE DO PROBLEMA
(1)
(2)
(3)
(4)
Considerando uma escova nova com diâmetro de 150 mm, e que se efetua um
escovamento de anéis com 75 mm de diâmetro, as velocidades periféricas da escova e da
árvore para ambas as máquinas estão apresentadas na Tabela 4.2.
(5)
(6)
(7)
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ANÁLISE DO PROBLEMA
Como foi indicado na secção 4.2.1 o circuito pneumático foi atualizado e parte
desta tarefa consistiu em identificar os elementos pneumáticos e as suas caraterísticas
técnicas, ambos disponíveis no Anexo A. Na Tabela 4.4 são apresentadas as dimensões dos
cilindros pneumáticos e as especificações técnicas necessárias para representar o diagrama
de forças.
Tabela 4.4. Especificações dos cilindros pneumáticos
(8)
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ANÁLISE DO PROBLEMA
Figura 4.4. Polias do motor e chumaceira acoplada por uma correia Adaptada Costa Lino (2013)
(9)
(10)
(12)
(13)
(14)
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ANÁLISE DO PROBLEMA
(15)
71 mm 130 mm 73 mm
⇒ ⇒ (16)
4.2.2. Método
Numa fase inicial, procedeu-se a um acompanhamento de alguns lotes de
produção para compreender qual a cronologia de movimentos para a montagem e
desmontagem de pacotes de anéis e quais os procedimentos para a realização do
escovamento externo. A metodologia para a realização da operação é a seguinte:
Todos estes passos são demonstrados na Figura 4.7, onde está representada toda a
sucessão de movimentos necessários para a montagem e desmontagem das árvores de
anéis que são introduzidos na escovadora.
32 2018
ANÁLISE DO PROBLEMA
i) ii) iii)
iv) v) vi)
Observa-se então que para uma pequena variação de 0,5 bar há um aumento de
quase 100 N, ou seja, este fator pode ter uma influência direta nos resultados finais do
processo sendo um dos aspetos a ter em atenção para o planeamento dos testes
experimentais.
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ANÁLISE DO PROBLEMA
4.2.3. Material
Neste caso o material base do anel em estudo pertence à família CVB86XRC
de ferro fundido nodular com revestimento em PVD (Physical Vapour Deposition).
O ferro fundido nodular é uma liga composta basicamente por carbono e
silício, com o carbono (grafite) livre na matriz metálica com forma esferoidal.
O ferro fundido nodular é obtido por processo de fundição centrifugada e
possui excelentes propriedades como elevada tenacidade, resistência à tração, ductilidade,
resistência ao desgaste e à fadiga. Estas características permitem que seja um dos materiais
mais utilizados na indústria automóvel devido às exigências impostas para a fabricação de
motores de combustão interna.
O anel alvo de estudo será AN0076560 com 75 mm de diâmetro, que tem uma
matriz que é essencialmente temperada martensítica devido a um rápido arrefecimento,
com carbonetos finos uniformemente distribuído. Na sua estrutura não existirá ferrite livre.
O material base deste anel é MF053-L. Segundo a norma as propriedades do
material base são indicadas na Tabela 4.6 e a composição química é indicada na Tabela 4.7
Tabela 4.7. Composição química do material MF053-L (Norma S-R-MS-0038-en, MAHLE Componentes de
Motores S.A.)
Elemento C Si Mn P S Ni Cr Mo Cu Mg
3.30- 2.40- 0.20- 0.15 0.015 0.30- 0.10 0.30 0.12 0.02-
%
3.90 2.90 0.80 máx máx 1.50 máx máx máx 0.07
A árvore é uma peça em aço tratado, retificada com rigor (Anexo B) onde vão
ser colocados os anéis, colares e espaçadores. No seu conjunto fazem parte uma porca na
extremidade da árvore que permite o aperto e desaperto, e uma arruela em que é colocado
na extremidade da árvore entre o colar e a porca de aperto/desaperto. Na Figura.4.10 é
possível verificar a disposição dos elementos numa árvore de anéis devidamente montada.
Colares
Porca de aperto
Arruela
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ANÁLISE DO PROBLEMA
Designação da
Escova Flap (Figura 3.4 )) Escova Nylon (Figura 3.4 b)
escova
Tipo de
Scotch Brite (malha abrasiva) Nylon 0,6 mm
filamento
Tipo de
Caburo de Silício Óxido de Alumínio
abrasivo
Densidade Alta Alta
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ANÁLISE DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
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ANÁLISE DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
2) Repetição do escovamento
Por vezes assistia-se a uma repetição de escovamento de anéis, isto acontece
quando os operadores completam o pacote de anéis com anéis escovados
anteriormente devido a não terem anéis suficientes por escovar para
completar a árvore.
3) Restrições da máquina
Verificou-se que as máquinas têm algumas restrições relativamente ao
diâmetro minino da escova que se pode usar, de forma a garantir que há
contacto entre a escova abrasiva e o pacote de anéis.
Na Figura.5.2 está representada a distância entre o eixo da escova na
posição final de avanço do carro e o eixo da árvore para a ESC-08. Logo, se
pretendemos escovar um anel de 75 mm de diâmetro, de forma a garantir
que há escovamento, o diâmetro da escova deve ser maior do que 85 mm.
80 mm
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ANÁLISE DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
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PLANEAMENTO DE EXPERIÊNCIAS
6. PLANEAMENTO DE EXPERIÊNCIAS
6.1. Procedimentos
Depois de realizada uma análise detalhada sobre os parâmetros usados durante
a operação, é possível criar uma matriz de testes onde fazemos variar alguns desses
parâmetros para se verificar qual é o verdadeiro impacto no que diz respeito à remoção do
material.
Para a criação das matrizes de testes há necessidade de, em primeiro lugar,
definir quais os parâmetros que se pretende variar assim como o que se pretende avaliar
com estes testes.
Assim estes testes são divididos em 2 avaliações distintas:
Numa primeira fase pretende-se avaliar a influência da pressão e do tempo de
escovamento no processo atual. (Testes realizados com escova atual).
Numa segunda fase pretende-se avaliar a influência da densidade e do tamanho de
grão da escova, para isso foram utilizadas escovas com especificações diferentes da
escova atual.
Para obter dados concretos em relação à remoção de material da face de
contacto do anel, retirou-se uma amostragem de anéis antes de se efetuar a operação, e
procedeu-se à sua gravação numérica, para de seguida se efetuar as medições do raio da
face de contacto e dos chanfros do gap.
A gravação numérica facilita a identificação dos anéis e permite efetuar um
acompanhamento preciso dos testes. Para além disso, certifica-se que se medem os
mesmos anéis antes e após o processo podendo comparar resultados nos mesmos anéis.
No Anexo C encontra-se a lista utilizada para o acompanhamento dos testes,
onde são explícitos os parâmetros usados para cada experiência e se indica o número do
anel introduzido em cada experiência.
A rebarba é inspecionada visualmente antes e depois do processo. É de extrema
importância verificar se a rebarba é removida pós processo de escovamento, para assegurar
que há deslizamento da mola.
Estes testes foram realizados com o anel de óleo AN0076560 (desenho técnico
encontra-se no Anexo D) que possui um diâmetro de 75 mm e cujos parâmetros da
operação usados atualmente na produção deste anel e definidos como a Baseline da matriz
de teste são:
Pressão de escovamento: 1 bar
Tempo de escoamento: 12 segundos
6.1.1. Medições
A execução de todas as medições para a análise dos resultados, foram
realizadas no laboratório de metrologia da MAHLE. Estas medições foram efectuadas num
perfilómetro Surfcom 1800D representado na Figura 6.1, neste caso o anel é inserido no
ponto de medição (180 ᵒ) sendo o valor que se pretende medir obtido através do contacto
da ponta na superfície de contacto do anel.
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PLANEAMENTO DE EXPERIÊNCIAS
Na Figura 6.2 está representado um exemplo das medições dos raios da face de
trabalho do anel, e na Figura 6.3 está representado um exemplo das medições do
arredondamento do chanfro do gap com a face de contacto do anel.
Existem três aspetos do processo que são analisados numa experiência, que
podem ser definidos como fatores, níveis que correspondem aos valores ou estados que
cada fator pode tomar, e saída que neste caso são os resultados.
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PLANEAMENTO DE EXPERIÊNCIAS
Escova A t=6s t = 12 s t = 18 s
P = 0,75 bar Exp. A Exp. B Exp C
P = 1 bar Exp. D Exp. E Exp.F
P = 1,5 bar Exp. G Exp. H Exp. I
Escova B t = 12 s t = 18 s Escova C t = 12 s t = 18 s
P = 1 bar Exp. 1 Exp.2 P = 1 bar Exp. 5 Exp.6
P = 1,5 bar Exp. 3 Exp. 4 P = 1,5 bar Exp. 7 Exp. 8
a) b)
Tabela 6.4. Matriz de testes; a)Escova com grão super fino; b) Escova com grão ultra fino
Escova D t = 12 s t = 18 s Escova E t = 12 s t = 18 s
P = 1 bar Exp. 10 Exp.11 P = 1 bar Exp. 14 Exp.15
P = 1,5 bar Exp. 12 Exp. 13 P = 1,5 bar Exp. 16 Exp. 17
a) b)
6.3. Resultados
Para além de se pretender verificar qual é a remoção de material da face de
contacto do anel, pretende-se também verificar se houve remoção da rebarba no canal
externo na zona do gap.
Logo para complementar essa verificação foi necessário efetuar uma inspeção
visual aos anéis antes destes serem submetidos ao escovamento externo, de forma a
analisar se havia algum tipo de rebarba presente no anel, verificando-se que 65 % dos anéis
gravados anteriormente possuíam rebarba em pelo menos um dos seus gaps.
Após efetuar os testes, foram realizados os mesmos procedimentos com o
objetivo de determinar se houve remoção da rebarba, concluindo-se que para todas as
experiências efetuadas nenhum dos anéis de referência inspecionados anteriormente
possuíam rebarba.
Este acontecimento deve-se ao fato de posteriormente à montagem das árvores
dos anéis se utilizar uma escova de aço na zona dos gaps com o propósito de partir essa
mesma rebarba para que seja mais facilmente removida no escovamento externo.
Na Figura 6.4 a) pode-se verificar a existência de rebarba no canal externo do
anel antes de se efetuar o escovamento, enquanto na Figura 6.4 b) observa-se que para o
mesmo anel após a operação essa rebarba já não existe. As setas vermelhas na Figura 6.4 a)
indicam a localização da rebarba.
a) b)
Figura 6.4.Localização da rebarba; a) Anéis antes do escovamento; b) Anéis após escovamento
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PLANEAMENTO DE EXPERIÊNCIAS
a) b)
Figura 6.5.Pontos alvo de medição; a) Raios da face de contacto; b) Chanfros das pontas do gap
Valores Ideais
Aresta Viva
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PLANEAMENTO DE EXPERIÊNCIAS
arredondamento das arestas vivas, trata-se da Escova E que de todas as escovas testadas é a
que apresenta o tamanho de grão menor.
Valores Ideais
Aresta Viva
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PLANEAMENTO DE EXPERIÊNCIAS
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PLANEAMENTO DE EXPERIÊNCIAS
Figura 6.11.Diferença entre raios com a diminuição do tamanho de grão abrasivo da escova
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
7. CONCLUSÃO
O presente trabalho reflete uma necessidade que está associada à indústria
automóvel, que diz respeito à constante melhoria contínua dos seus processos produtivos
assim como uma constante inovação na criação de novos produtos. Só assim é possível
alcançar sucesso numa indústria que está sempre em constante evolução e competição.
O programa de trabalhos deste estágio curricular baseou-se no estudo do
processo de escovamento externo de anéis de óleo com PVD. Para tal, fez-se inicialmente
uma avaliação da situação atual, verificando-se que havia demasiada remoção de material
na face de trabalho do anel sendo os raios da face de contacto o ponto mais crítico.
A primeira ilação que se pode retirar deste trabalho, é que apesar deste tipo de
processo parecer “simples”, há necessidade de alertar para os cuidados que se deve ter
quando se opera com este tipo de anel de óleo, pois trata-se de anéis com uma estrutura
frágil que requerem maior delicadeza de trabalho.
Para a elaboração deste estudo foram realizados testes com o propósito de
compreender qual a influência dos fatores de controlo do processo. Foram também testadas
escovas com diferentes especificações da escova atual e analisaram-se os resultados
obtidos.
Através dos resultados obtidos para a escova usada atualmente no processo
verificou-se que o parâmetro de pressão de escovamento têm bastante influência na
remoção de material, devendo ser o parâmetro que se deve prestar mais atenção durante a
operação. Deve certificar-se que a pressão de escovamento selecionada para o processo
corresponde à pressão indicada na IUA.
Para além disso verifica-se que para pressões superiores a 1 bar há um aumento
significativo taxa de remoção de material, assim estabelece-se que a pressão de
escovamento não deverá ser maior do que 1 bar. Esta pressão de trabalho confere ao
processo uma maior estabilidade relativamente a remoção de material da face de contacto
do anel.
Ao longo das experiências efetuadas com as escovas alternativas verificou-se
que os resultados mais vantajosos foram obtidos para escovas com o menor tamanho de
grão, observou-se também que a diminuição do tamanho de grão tem maior impacto no
que diz respeito à diminuição de remoção de material do que quando se diminui a
densidade da escova.
Através da análise da Figura 6.6 e 6.7 verifica-se que no processo atual o
problema de remoção excessiva de material é mais crítico no caso dos raios da face de
contacto, pois apresenta valores muito próximos da especificação de 0.05 mm.
Contudo verificou-se que o uso de escovas com tamanho de grão ultra fino,
permite obter valores de raios dentro da gama de valores ideias, certificando-se que há
eliminação das arestas vivas do anel sem haver demasiada remoção de material da
superfície externa do anel.
Conclui-se assim que a escova com menor tamanho de grão, isto é, a Escova E,
cuja sua designação é Flap SC81 CD101, deve ser alvo de uma análise mais detalhada com
o objetivo de estudar a sua conformidade ao longo do seu desgaste para que seja aprovada
a sua utilização no processo de escovamento externo de anéis de óleo com PVD.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Faixa na lateral
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Beato J. (2006) “Escovadora COFAP”, Manual de Formação Escovadora Cofap,
Escovamento do Diâmetro Externo
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ANEXO A
ANEXO A
Circuito pneumático da ESC-08
Desenho Nº Discriminação
1 Válvula de abertura e fechamento
2 Filtro regulador
3 Conversor de sinal
4 Válvula solenóide
5 Válvula reguladora proporcional de pressão
6 Válvula de controlo de fluxo unidirecional
7 Manómetro
8 Válvula de controlo de fluxo unidirecional
9 Válvula de controlo de fluxo unidirecional
10 Cilindro normalizado
11 Cilindro com amortecimento regulável
12 Cilindro normalizado
13 Pressostato
Desenho Nº Discriminação
1 Válvula de abertura e fechamento
2 Unidade de tratamento de ar (UTA)
3 Filtro regulador
4 Lubrificador
5 Pressostato
6 Válvula solenóide
11 Cilindro normalizado
12 Cilindro com amortecimento regulável
13 Cilindro normalizado
14 Manómetro
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ANEXO C
68 2018
ANEXO C
ANEXO B
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nº de nº de nº do anel medido
Matriz de testes nº Experiência Pressão (bar) Tempo (s) Observações
pacotes anéis Pacote 1 Pacote 2
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ANEXO C
2 1 18 1 60 25/26
3 1,5 12 1 60 27/28 temp. elevada
4 1,5 18 1 60 29/30 temp. elevada
FLAP SC101 CD125FLAP SC91 CD115 FLAP SC81 CD88
5 1 12 1 60 31/32
6 1 18 1 60 33/34
7 1,5 12 1 60 35/36 temp. elevada
8 1,5 18 1 60 37/38 temp. elevada
9 1 12 1 60 39/40
ANEXO C
72 2018
ANEXO E
ANEXO D
74 2018
ANEXO E
ANEXO E