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Lei, Graça Ou Os Dois
Lei, Graça Ou Os Dois
TEMA:
DEZEMBRO DE 2017
Sumário
LEI MOSAICA.......................................................................................................................3
A Lei e a Graça...............................................................................................................3
Jesus Cristo e a Lei de Moisés...................................................................................5
A Igreja de Jesus deve cumprir a Lei?.....................................................................10
O Concílio de Jerusalém....................................................................................................18
Considerações Finais..........................................................................................................25
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LEI MOSAICA
A Lei e a Graça
É da maior importância compreender o verdadeiro caráter e o
objeto da lei moral, como nos é apresentada neste capítulo [Êx 20].
Existe uma tendência do homem para confundir os princípios da lei
com graça, de sorte que nem a lei nem a graça podem ser
perfeitamente compreendidas. A lei é despojada da sua austera e
inflexível majestade, e a graça é privada de todos os seus atrativos
divinos. As santas exigências de Deus ficam sem resposta, e as
profundas e múltiplas necessidades do pecador permanecem
insolúveis pelo sistema anômalo criado por aqueles que tentam
confundir a lei com a graça. Com efeito, nunca podem confundir-se,
visto que são tão distintas quanto o podem ser duas coisas. A lei
mostra-nos o que o homem deveria ser; enquanto que a graça
demonstra o que Deus é. Como poderão, pois, ser unidas num
mesmo sistema? Como poderia o pecador ser salvo por meio de um
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sistema formado em parte pela lei e em parte pela graça?
Impossível: ele tem de ser salvo por uma ou por outra. (página 203)
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Jesus Cristo e a Lei de Moisés
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– “E que grande nação há que tenha estatutos e juízos tão
justos como toda esta lei que hoje vos proponho?” (Dt 4.8).
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A situação futura das nações será como descreve Isaías 2.3: “Irão
muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à
casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e
andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra
do Senhor, de Jerusalém”. Deus está preparando o cumprimento
dessa profecia. Por isso, não devemos nos admirar quando todo o
poder das trevas se levanta para atrapalhar, pois o que está em jogo
é o domínio divino sobre o mundo, domínio que virá acompanhado de
todas as suas abençoadas conseqüências! Quando o Senhor reinar,
pecado será pecado, injustiça e mentira serão chamadas pelos seus
nomes e acontecerá o que está escrito em Jeremias 25.30-31: “O
Senhor lá do alto rugirá e da sua santa morada fará ouvir a sua voz;
rugirá fortemente contra a sua malhada, com brados contra todos os
moradores da terra, como o eia! dos que pisam as uvas. Chegará o
estrondo até à extremidade da terra, porque o Senhor tem contenda
com as nações, entrará em juízo contra toda a carne; os perversos
entregará à espada, diz o Senhor”. A oração de Jesus também se
cumprirá: “Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu
nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como
no céu” (Mt 6.9-10).
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boas são as tuas tendas, ó Jacó! Que boas são as tuas moradas, ó
Israel!” (Nm 23.9; 24.5). Balaão reconheceu que Deus era com
Israel, que Ele velava sobre esse povo, morava no meio dos israelitas
e lhes dava segurança e estabelecia a ordem através da Lei.
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tudo o que o estrangeiro te pedir, a fim de que todos os povos da
terra conheçam o teu nome, para te temerem como o teu povo de
Israel e para saberem que esta casa, que eu edifiquei, é chamada
pelo teu nome” (1 Rs 8.41-43).
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que hoje as pessoas andam insatisfeitas e infelizes porque desprezam
as ordens divinas? Com toda a certeza, pois o desprezo pelos
decretos divinos sempre acaba conduzindo à ruína – espiritual,
emocional e financeira.
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relações com nosso próximo. Além disso, a Lei é o fundamento que
um dia norteará a sentença que receberemos quando nossa vida for
julgada por Deus. Pela Lei, reconhecemos quem é Deus e como nós
devemos ser e nos portar. Mas existe uma coisa que a Lei não pode:
ela não consegue nos salvar. Ela nos expõe diante de Deus e mostra
que somos pecadores culpados. Essa é sua função.
... que para isso o Filho de Deus, Jesus Cristo, veio ao mundo,
cumprindo as exigências da Lei até nos mínimos detalhes.
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...à ética da Lei de Moisés. Ela exige: “Não adulterarás” (Êx
20.14). Mas Jesus disse: “qualquer que olhar para uma mulher com
intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mt 5.28). A lei
de Moisés impõe: “Não matarás” (Êx 20.13). Mas Jesus ensina: “Eu,
porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos
perseguem” (Mt 5.44).
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palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por
ele graças a Deus” (Cl 3.17). Na prática, devemos nos comportar
como se tudo o que fizermos levasse a assinatura de Jesus. Somente
quando nos entregarmos completamente ao Senhor Jesus poderemos
produzir fruto espiritual. Quando submetermos nosso ser ao Senhor,
o fruto do Espírito poderá crescer em nós em todos os seus nove
aspectos. Talvez nós mesmos nem o percebamos, mas certamente as
pessoas que nos cercam perceberão que o Espírito está frutificando
em nós. Que seja assim na vida de todos nós!
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lo, os israelitas tinham plena convicção de que todas as suas
instruções eram provenientes de Deus, e isso os motivaram a chamá-
lo também de: "livro da lei do Senhor" e "livro da lei de
Deus".3 Assim, por este meio literário, a nação israelita obtinha
direcionamento tanto nas questões políticas-administrativas quanto
nas questões religiosas. Nota-se ainda que o seu vasto conteúdo
guiava, direta ou indiretamente, os israelitas aos princípios exigidos
pela lei de Deus (Dez Mandamentos). Deste modo, eles poderiam
aprender, vivenciar e ensinar os propósitos de Deus para a
humanidade.4
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exclusivamente dentro da arca da aliança e nenhum outro sistema
legislativo encontrava-se ali.
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justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão."
(Gálatas 2:21 RA). Ele demonstrava que seguir as prescrições
cerimoniais da lei de Moisés pertinentes a antiga aliança, sobretudo
aquelas que representavam o sacrifício de Cristo, era desprezar o Seu
sangue ofertado para perdoar os pecados; era anular a Sua graça.
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é obedecer aos mandamentos de Deus." (I Coríntios 7:18-19 NVI). E
a circuncisão é um procedimento descrito na lei de Moisés, apesar de
ter sido instituída na época de Abraão (Gênesis 21:4; Atos 7:8),
enquanto os mandamentos de Deus que Paulo exorta para serem
obedecidos encontram-se nas duas tábuas de pedra (cf. Romanos
13:8-10).
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O Concílio de Jerusalém
Judeus e Gentios
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Além da circuncisão havia outros assuntos conflitantes
envolvendo judeus e gentios, como o consumo de carne sacrificada
aos ídolos. Muitos dos gentios convertidos ao cristianismo, viviam
entre pessoas que faziam frequentes sacrifícios e ofertas aos deuses
pagãos, e os sacerdotes desses cultos comercializavam as ofertas.
Isso ocasionava nos judeus, o receio de que os cristãos gentios
promovessem descrédito à igreja ao comprar aquilo que tinha sido
sacrificado aos ídolos; o que de certa forma seria uma aprovação aos
costumes idólatras.
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Diante desses conflitos, o concílio decidiu que os gentios
deveriam evitar as práticas listadas nos versos acima, e serem
alertados de que a obrigatoriedade da circuncisão não tinha o
consentimento dos apóstolos (cf. Romanos 2:25-29). Não houve
orientação para que os cristãos (principalmente os gentios)
descumprissem inteiramente a lei de Moisés. O concílio não foi
convocado para decidir se a lei era ou não aplicável para os gentios, e
o próprio veredito confirma isso: dentre as quatro proibições
enfatizadas, duas (idolatria e promiscuidade) estão
ligadas diretamente ao segundo e sétimo mandamentos das "tábuas
de pedra" (lei de Deus), que posteriormente foram transcritas para a
lei de Moisés(c). As demais proibições estão vinculadas aos preceitos
éticos e salutares, também encontradas na lei mosaica (Levítico
7:26-27 cf. Gênesis 9:4, Levítico 19:26).
Jugo insuportável
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nem nós nem nossos antepassados conseguimos suportar?" (Atos
15:10 NVI), ele não estava declarando que a lei de Moisés era
insuportável e que não era mais necessária. Por acaso Deus
estabeleceria uma lei intolerável e impossível de ser obedecida pelo
homem, e em seguida, o alertaria das severas punições caso não
fosse obedecida?2 De modo algum, isso seria uma situação ridícula,
desleal e maldosa. A declaração de Deus quanto à lei é:
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"julgo suave" dos ensinos de Jesus sobre a lei (Mateus 11:28-
30 cf. Gálatas 5:1; I João 5:1-4).
"Coisas essenciais"
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destas coisas constam na lista do concílio, por isso devem ser
descartadas?
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que o descreve está indivisivelmente interligado aos demais preceitos
do Decálogo.
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Considerações Finais
A lei de Deus é distinta por: ter sido pronunciada e escrita pelo
próprio Criador; ter sido guardada dentro da arca da aliança; pela
função de revelar o pecado; e, por ser constituída unicamente de
mandamentos morais, todos inalteráveis, inseparáveis, infindáveis e
universais.9 Enquanto a lei de Moisés caracteriza-se por: ter sido
divulgada e escrita pelo profeta Moisés; ter sido depositada ao lado
da arca da aliança; pelas prescrições de ofertas por causa do pecado;
e, por possuir mandamentos variados, restritos e temporais.
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discípulos; é declarar que Paulo era instável em seus ensinos ao
comparar, por exemplo, Romanos 2:13 e Gálatas 2:16; é
obrigatoriamente assumir que os Dez Mandamentos foram abolidos
na cruz do Calvário, e assim, apoiar um dos maiores sofismas de
Satanás contra eles (Apocalipse 12:17 cf. João 14:30-31, João
15:10). Diversos textos bíblicos são interpretados grosseiramente às
avessas com o intuito de sustentar a fictícia ideia de que todas as
coisas vinculadas a palavra "lei" foram revogadas. E os mais
utilizados com este propósito são: Efésios 2:14-16; Colossenses
2:14 e Hebreus 10:1.
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morte de Cristo, isso ocorreu gradativamente e com fortes conflitos
ideológicos. Quase todas as desavenças que desencadearam a divisão
("parede da separação") entre judeus e gentios originavam-se de
questões litúrgicas da lei de Moisés. E Cristo destruiu essa "parede"
ao encerrar em Si mesmo o conjunto de regras cerimoniais ("lei dos
mandamentos na forma de ordenanças") que simbolizavam a Ele e
Seu sacrifício. Esta é a questão tratada em Efésios 2:14-16.
Ressaltando que essas cerimônias foram cessadas devido o
cumprimento de suas funções e não por causa da turbulência entre
judeus e gentios. A destruição da "parede de separação" foi um
benefício adicional proporcionado pela cruz.
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não é um muro de divisão que nos separa dos judeus, mas
estabelece instruções nas quais os judeus não eram menos
interessados em relação a nós mesmos."
28
cerimonial: festa religiosa, jejum, vestimenta, comida, circuncisão;
todas as coisas que tinham. (...) ele [Paulo] não está falando sobre a
lei moral. Permita-me antecipar isto. Deus tem uma lei moral, e a lei
moral de Deus nunca muda. Nunca. Ela jamais mudou. A lei moral de
Deus não foi abolida. Romanos 1 e 2 dizem que ela está escrita no
coração de cada homem. A lei moral de Deus foi formalizada nos Dez
Mandamentos em Êxodo 20. A lei moral de Deus está resumida
em Mateus 22, onde há um grande mandamento."
"Escrito de dívida"
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2:14 existia (subsistia) por causa das transgressões contra o
regimento da lei, como por exemplo, as violações cometidas contra
as ordenanças. Por isso a afirmativa: "cancelou a escrita de dívida,
que consistia em ordenanças [dogma]" (Colossenses 2:14 NVI).
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A lei de Moisés possui normas cerimoniais que orientavam os
simbolismos, as prefigurações de Jesus Cristo e Seu sacrifício em
oferta pelos pecados da humanidade (Hebreus capítulo 9); normas
que tratavam das questões litúrgicas do santuário terrestre, tais
como: ofertas, holocaustos, abluções, festividades e etc. E estas
liturgias são chamadas por Paulo de "sombra dos bens vindouros" ou
"sombra dos benefícios que hão de vir" (NVI).
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