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Rm 12. 6-8 “tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja
segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina,
esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta, faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade;
o que preside, com diligencia; quem exerce misericórdia com alegria”
Ef 4.11 “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas, e outros para pastores e mestres”
I - O que é um Dom?
a) A palavra dom vem do latim (DONU) que significa DONATIVO, DÁDIVA, PRESENTE, DOTE OU
QUALIDADE NATURAL. Observemos que todas estas palavras nos mostram que os DONS nos são
concedidos por GRAÇA, sem nada termos feito para merecê-los.
At 8.20 “Pedro, porém, lhe respondeu: o teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste
adquirir por meio dele o dom de Deus”
b) É uma habilidade dada por Deus para o seu serviço e é recebido por todo membro do corpo de
Cristo (IGREJA).
1- Quanto à habilidade natural = A habilidade natural para ensinar é devido ao DOM de ensino.
2- Quanto à qualificação = Uma pessoa está qualificada como Pastor-Mestre devido ao DOM de
Pastor-Mestre e não por sua formação teológica ou indicação de homens.
3- Quanto à responsabilidade = Cada um é mordomo diante do Senhor quanto ao seu uso ou desuso
do DOM. Prestaremos contas.
Ter um talento natural para ensinar não implica ter o DOM de ENSINO na Igreja.
Deus na sua soberania, aproveita, ou não, as tendências e talentos naturais.
E devemos distinguir os DONS dos OFÍCIOS numa Igreja local – São oficiais na Igreja os Anciãos
(Presbíteros ou Pastores) e os Diáconos. Estes possuem DONS individualmente, mas o seu ofício
não é um DOM em si.
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c) Descrição dos Dons.
Classificação geral:
I Pe 4.10-11 “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons
despenseiros da multiforme graça de Deus”
Pedro não fala especificadamente de nenhum tipo de DOM, mas deixa claro que existem dois tipos
distintos de DONS:
Classificação pormenorizada.
Rm 12.6-8 “tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja
segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que
ensina, esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta, faça-o com dedicação; o que contribui,
com liberalidade; o que preside, com diligencia; quem exerce misericórdia com alegria”
Ef 4.11 “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas, e outros para pastores e mestres”
ICo 12.6-10; 28-30 “E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo
em todos. A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso.
Porque a um é dada, mediante ao Espírito, a palavra de sabedoria; e a outro, segundo o
mesmo Espírito, a palavra de conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro
operações de milagres, a outro profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um variedades
de línguas; e a outro capacidades para interpretá-las. A uns estabeleceu Deus na igreja,
primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois
operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Por
ventura são todos apóstolos? Ou todos profetas? São todos mestres? Ou operadores de
milagres? Têm todos dons de curar? Falam todos em línguas? Interpretam-nas todos? ”
Dom de Profecia = Capacidade de receber e de transmitir a verdade que tem sido dada por
revelação direta de Deus. Ex: Ágapo.
At 11.28 “e, apresentando-se um deles, chamado Ágapo, dava a entender, pelo Espírito, que
estava para vir grande fome por todo o mundo, a qual sobreveio nos dias de Cláudio”
Dom de Ministério = Capacidade para servir fielmente atrás da cena (não gosta de aparecer). De
uma maneira prática encoraja e fortalece outros também espiritualmente. Ex: Febe.
Rm 16.1 “Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia”
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Dom de Ensino = Duas características distintas: Interesse e entusiasmo no estudo pessoal da
bíblia e capacidade para comunicar claramente as verdades e aplicações da palavra de Deus.
Depois de ouvir um “ensinador”, a reação do povo de Deus é a seguinte: “agora entendemos” Ex:
Paulo.
At 18.11 “E ali permaneceu um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus”
At 19. 8-10 “Durante três meses Paulo freqüentou a sinagoga onde falava ousadamente,
dissertando e persuadindo, com respeito ao reino de Deus. Visto que alguns deles se
mostravam empedernidos e descrentes, falando mal do caminho diante da multidão,
Paulo, apartando-se deles, separou os discípulos, passando a discorrer diariamente
na escola de tirano. Durou isto por espaço de dois anos, dando ensejo a que todos os
habitantes da Ásia ouvissem a palavra do Senhor, tanto judeus com gregos”
Dom de Exortação = Exortar literalmente significa “chamar alguém ao seu lado para dar
assistência”. A idéia de consolar está também presente Ex: Barnabé.
At 4.36 “José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho de
exortação, levita, natural de Chipre”
At 9.27 “Mas, Barnabé tomando-o consigo, levou-o aos apóstolos e contou-lhes como ele vira o
Senhor no caminho, e que este lhe falara, e como em Damasco pregava ousadamente
em nome de Jesus”
Dom de Contribuição = Capacidade de contribuir das suas posses para a obra e o povo de Deus,
de uma forma constante, liberal, sacrificial, sábia e alegre Ex: Dorcas.
At 9.36 “Havia em Jope uma discípula, por nome Tabita, nome este que traduzido quer dizer
Dorcas; era ela notável pelas boas obras e esmolas que fazia.”
Tt 1.5 “Por esta causa te deixei em Creta para que pusesses em ordem as coisas restantes,
bem, como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi”
Dom de exercer misericórdia = Assistência imerecida em relação aos aflitos, doentes, ansiosos,
abatidos, pobres, viúvas, excepcionais, etc. Ex: Dorcas e Barnabé. (versos já citados).
Dom de Apostolado = Capacidade para falar com grande autoridade em questões de fé e prática
cristã devido ao seu conhecimento íntimo dos ensinamentos de Deus e
revelação direta mediante o Espírito Ex: Paulo.
Gl 1.1, 11, 12 “Paulo, apóstolo, não da parte de homem, nem por intermédio de homem algum,
mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos. Faço-
vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o
homem; porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante
revelação de Jesus Cristo”
Ef 3 – Ler em casa.
Dom de Evangelismo = Possui quatro características:
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1a Paixão devoradora pelas almas.
2a Compreensão clara do evangelho.
3a Habilidade no apresentar o evangelho com clareza.
4a Gozo excepcional ao ver pessoas nascendo de novo pela fé pessoal em Cristo.
Ex: Felipe.
At 21.8 “No dia seguinte, partimos e fomos para Cesaréia; e, entrando na casa de Filipe, o
evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele”
Dom de Pastor-Mestre = Um dom duplo. Como Pastor, a capacidade de alimentar, guiar e proteger
o rebanho de Deus. Como Mestre, a capacidade de servir uma dieta bem equilibrada de nutrição
espiritual para que haja crescimento e naturalidade no povo de Deus.
Ex: Paulo.
Dom de fé = Capacidade para ver algo que precisa ser feito e ter convicção que Deus realizará por
seu intermédio, mesmo que pareça impossível. Pessoas de visão, que sonham grandes sonhos e
tentam grandes tarefas para Deus Ex: Estevão.
Dom de Curas = Capacidade para curar doenças (no plural) milagrosamente. A natureza deste
DOM é melhor compreendida, observando-o na vida do Senhor Jesus. As curas eram:
1o Instantâneas.
2o Completas.
Mt 14.36 “e lhe rogavam que ao menos pudessem tocar na orla da sua veste. E todos os que
tocaram, ficaram sãos”
3o Permanentes.
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Mc 1.40 “Aproximou-se dEle um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, pode purificar-me”
5o Em descrentes que não exerceram nenhuma fé e sem saber quem era Jesus.
Jo 9.25 “Ele retrucou: Se é pecador, não sei; uma coisa sei: Eu era cego, e agora vejo”
Lc 9.6 “Então, saindo, percorriam todas as aldeias, anunciando o evangelho e efetuando curas
por toda parte”
Jo 3.2 “Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da
parte de Deus; por que ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não
estiver com ele”
At 2.22 “Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por
Deus diante de vós, com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou
por intermédio dEle entre vós, como vós mesmos sabeis”
Hb 2. 3-4 “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo
sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a
ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários
milagres, e por distribuições do Espírito Santo segundo a sua vontade”
Mc 5.39 “Ao entrar, lhes disse: Por que estais em alvoroço e chorais? A criança não está morta,
mas dorme”
Jo 11.44 “Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras, e o
rosto envolto num lenço, então lhes ordenou Jesus: Desatai-o, e deixai-o ir”
At 9.40 “Mas Pedro, tendo sair a todos, pondo-se de joelhos, orou; e voltando-se para o corpo,
disse: Tabita, levanta-te. Ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, sentou-se”
Se estas são as evidências do DOM de Curas, muitos que alegam ter este dom são facilmente
desacreditados.
Dom de Milagres = Capacidade de realizar “obras de poder” Ex: Ananias e Safira mortos aos pés
de Pedro.
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At 5. 9-11 “Tornou-lhe Pedro: porque entrastes em acordo tentar o Espírito? Eis aí à porta os
pés dos que sepultaram o teu marido, e eles também te levarão. No mesmo instante
caiu ela aos pés de Pedro e expirou. Entrando os jovens, acharam-na morta e,
levando-a, sepultaram-na junto ao marido. E sobreveio grande temor a toda a Igreja e
a todos quantos ouviram a notícia destes acontecimentos”
II Co 12.12 “Pois as credenciais do apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda a
persistência, por sinais, prodígios e poderes miraculosos”
Dom de discernimento de espíritos = Capacidade de determinar se uma pessoa está falando sobre
impulso do Espírito, de seu próprio espírito humano ou mesmo dos espíritos maus. Agora com a
Bíblia completa, temos um padrão para julgar a doutrina Bíblica. Nos dias da Igreja primitiva, sem
tal padrão, este DOM era bem necessário.
Dom de Línguas = Capacidade para falar numa língua existente sem aprendê-la. Entre outros
fatores, os seguintes são notórios:
Hb 2. 3-4 “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo
sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a
ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários
milagres, e por distribuições do Espírito Santo segundo a sua vontade”
ICo 14. 21-22 “Na lei está escrito: falarei a este povo por homens de outras línguas e por lábios
de outros povos, e nem assim me ouvirão, diz o Senhor. De sorte que as línguas
constituem um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos; mas a profecia
não é para os incrédulos, e, sim, para os que crêem”
5o Não era para edificação da própria pessoa e sim da Igreja, daí ser necessária a interpretação.
Dom de Interpretação = Capacidade para traduzir na sua própria língua outra língua nunca falada
ou estudada pela pessoa que está traduzindo.
Segundo a sua Natureza = Existem DONS de fala e DONS de serviço. Um tipo não é mais
importante que o outro.
Segundo a sua Duração = Alguns DONS são provisórios e outros são permanentes. Embora não
haja uma linha que separe o provisório do permanente, há cinco linhas de evidências que
precisam ser consideradas.
A evidência dos escritores da história do velho testamento – Nem sempre ouve milagres – Embora
a Bíblia esteja cheia de milagres, não está cheia de pessoas que fazem milagres.
Hb 2. 3-4 “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo
sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram;
dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres, e
por distribuições do Espírito Santo segundo a sua vontade”
At 19. 11-12 “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem
aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as
enfermidades fugiam das suas vitimas e os espíritos malignos se retiravam”
ICo 13.8 “O amor jamais acaba; mas, havendo profecia, desaparecerão; havendo línguas,
cessarão; havendo ciência, passará”
A Evidência da natureza de alguns Dons – Alguns Dons eram de necessidade temporária. Línguas
por exemplo, era para Israel e Deus cessou de tratar com ela a partir do ano 70 d/C.
Também o Dom de profecias não mais usado como no passado, uma vez que toda revelação de
Deus já tem se realizado e está completa.
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Ap 22. 17-21 – Ler com todos.
Hb 12.23 “E Igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos
espíritos dos justos aperfeiçoados”
Hoje temos as Sagradas Escrituras e temos com base a “Doutrina dos Apóstolos”.
ICo 3.10 “Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente
construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica”
II - Descobrindo o Dom
É um ponto de referência orientando o crente no caminho da vontade de Deus para a sua vida.
Diz-nos que à vontade de Deus é boa, agradável e perfeita. O Dom está em perfeita harmonia
com a vontade de Deus para o crente.
É importante no estabelecimento de propriedades para a vida. Uma vez que o Senhor tem
confiado um Dom ao crente, este estabelecerá propriedades onde o Dom será desenvolvido e
executado. Isto ajuda o crente a desfazer-se de uma série de coisas que não têm nada a ver com
o seu Dom específico.
Ajuda na aceitação própria. Muitas vezes, o crente ao tentar realizar tarefas para Deus tem
experiências de falhas, frustrações sentimentos de incapacidade e desânimo. Ao descobrir o seu
Dom ele descobrirá um novo mundo de possibilidade.
É iniciado por oração – Oração específica para descobrir o Dom e não para recebê-lo.
É esclarecido por estudo – Fazer lista de Dons, defini-los, ver exemplos Bíblicos dos mesmos e
fazer a si mesmo a pergunta, enquanto estuda: “Este é o meu Dom?”.
É confirmado por desejo – Deus coloca desejos no coração na direção de atividades e serviços
consistentes com o Dom espiritual da pessoa.
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É o gozo de corações que apreciam e agradecem.
E a edificação dos crentes.
E o consolo dum coração quebrantado.
E o estabelecimento de um crente afastado.
E o término dum projeto bem sucedido.
A benção de Deus acompanha.
1- Falta de envolvimento.
Enquanto a pessoa não estiver envolvida no trabalho de ajudar aos outros, não será fácil
descobrir o Dom.
Enquanto a pessoa não compreender que ela é como é, devido ao propósito de Deus e que é
tolice ficar comparando-se com os outros, não será fácil descobrir o Dom.
Enquanto houver pecado na vida, o Senhor não mostrará com clareza o próprio Dom que nos
tem dado.
Conclusão:
Nenhum cristão pode cumprir o propósito de Deus quanto a sua vida, sem possuir e usar Dons
espirituais.
Nenhuma Igreja local pode funcionar como Deus quer, sem estes Dons.
São indispensáveis, tanto na vida particular do Cristão. Quanto no testemunho coletivo da Igreja,
pois o trabalho do Senhor é um trabalho espiritual que só pode ser feito por meios espirituais.