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Primeiramente para falarmos de missões, precisamos

entrar em um ponto primordial, o ponto base para distribuição da igreja


em missões são os dons.

É de suma importância sabermos os nossos dons para


fins de logística e distribuição nas missões.

Ensina a o apóstolo que todo cristão tem um dom, pelo


menos um.

A título de exemplo, vamos imaginar que em uma


manhã, no culto, uma irmã se lamenta com você por não ter nenhum
dom. mas, esta senhora acordou de madrugada para vender sorvete e
levantar recursos para a obra social da igreja, sem nada em troca. Então,
pelo menos um dom a senhora tem: o dom da misericórdia (conforme
1Coríntios 12.28) ou do socorro (conforme Romanos 12.8).
Possivelmente, a senhora tenha ainda outros dons.

Deus tem uma infinita variedade de dons para dar.

Em sua Primeira Carta aos Coríntios, Paulo arrola 13


dons (12.8-11, 28-30), assim apresentados:

1. dom da palavra da sabedoria (capacidade intelectual


para agir sabiamente diante de situações específicas).

2. dom da palavra da ciência (capacidade espiritual de


conhecer a Palavra de Deus e aplicá-la).

3. dom da fé (além da fé salvadora, é a disposição de


viver pela fé, esperando em Deus nas mais diversas situações de vida,
vivendo num modo fora dos padrões naturais).

4. dom da cura (física, emocional e espiritual).

5. dom do milagre (operação de obras poderosas de


Deus).
6. dom do discernimento de espíritos (percepção dos
falsos profetas, como ter um telefone com identificador de chamadas, que
indica que número está ligando).

7. dom da profecia (exposição daquilo que Deus diz,


apresentação da mente de Deus, interpretação do seu pensamento
claramente aos ouvintes)

8. dom de falar em línguas (falar em línguas não-


naturais, mas espirituais, provindas diretamente de Deus e não da
aprendizagem ou do inconsciente humano).

9. dom de interpretar línguas (interpretar essas mesmas


línguas, para a edificação dos ouvintes)

10. dom do apostolado (dom de fundar igrejas e mantê-


las unidas na doutrina e na prática)

11. dom do ensino (exercido por mestres, cf. Efesios


4.11, por professores de Bíblias)

12. dom do socorro (ou misericórdia, cf. Romanos 12.8,


ou da diaconia em geral, da ação social em geral)

13. dom do governo (ou presidência, cf. Romanos 12.8,


na direção das igrejas ou de segmentos das igrejas).

Você não tem nenhum destes dons? Não se preocupe. O


mesmo apóstolo acrescenta outros, em Romanos 12 e Efésios 4, num
total de, pelo menos, 17 (que podem ser 18 ou 19, conforme a
interpretação).

14. Dom do ministério (ou pastorado, cf. Efésios 4.11).

15. Dom da exortação.

16. Dom do repartir (suas posses) com os outros.


17. Dom da evangelização.

Diante da exposição feita acima, temos que discernir os


dons espirituais dos ministeriais:

Os dons Espirituais, são manifestações sobrenaturais e


espontâneas do Espírito visando a edificação da Igreja que podem ser
dados a qualquer um, segundo o propósito Soberano de Deus (1 Co 12).
Já os dons Ministeriais são vocações especiais dadas por Deus para
aqueles que são chamados para Ministros do Evangelho. Segundo Ef 4.11
esses dons são 5: Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Mestres.

Os estudiosos classificam os dons espirituais em três


categorias. Nessas os dons são agrupados de acordo com a similaridade com
os outros dons do mesmo grupo.

a) Dons de Elocução, de Manifestação Verbal ou da fala


:São os dons relacionados com a verbalização. São dons cujo principal meio
de manifestação é através da boca de quem está sendo usado. Convém
salientar aqui que as pessoas que são usadas nesses dons não ficam como
que “fora de si” mas que mantém plena consciência do que estão fazendo ou
falando. Ainda que, por um ato soberano e esporádico de Deus alguém perca
o controle, não é essa a forma habitual de Deus ma
nifestar esses dons através das Pessoas. Esses dons são três: Variedade de
Línguas, Interpretação de Línguas e o dom de Profecia.

b) Dons de Revelação ou Dons de Saber: São os dons


relacionados com a sabedoria de Deus. Através deles temos um pequeno
“vislumbre” da sabedoria do nosso Deus. Esses dons são: Palavra de
Sabedoria, palavra de Conhecimento e Discernimento de Espíritos. Dentro
desses tópico abrimos um parentese reforçar que apesar de ser muito citado
no meio pentecostal, não existe biblicamente o “dom de Revelação”.
Geralmente aquilo que se chama de “dom de revelação” é a manifestação da
palavra de Conhecimento.

C) Dons de Poder: São aqueles que manifestam a


onipotência de Deus. São eles: Dom da Fé, Os Dons de Curar(e não dom de
curar!)e o dom de Operação de Maravilhas. Esses dons muitas vezes operam
juntos. Um serve como uma espécie de “apoio” para o outro.

1) O Dom de Variedade de Línguas: Diferente das línguas


para a edificação recebidas no batismo com o Espírito Santo, é um milagre
linguístico sobrenatural. Nem todos os crentes batizados com o Espírito
Santo tem esse dom.(1 Co 12.30).As mensagens em línguas mediante esse
dom devem ser interpretadas para que a igreja receba edificação (1 Co
14.5,27). O crente que tem esse dom, ao falar em línguas perante a igreja,
se não houver intérprete deve falar consigo mesmo e com Deus (1 Co
14.4,28).

2) Interpretação de Línguas: É um dom tão sobrenatural


quanto o dom de variedade de línguas. Não é uma tradução de línguas, mas
interpretação. Tradução tem a ver com as palavras mas a interpretação tem
a ver com o sentido. Pode ser que alguém fale “50 palavras em línguas” e sua
interpretação seja apenas uma frase. Quando essas línguas são
interpretadas, assemelham-se ao dom de profecia (1 Co 12.10,30).

3) Dom de Profecia: Esse tem sido sem dúvida nenhuma o


dom mais mal compreendido de todos os dons espirituais. A Profecia é a
expressão de algo que Deus trouxe ou traz ao coração de alguém de uma
forma sobrenatural e essa expressão é dada no nível de conhecimento do
profeta a quem Deus está usando. Por isso que por vezes podemos ver
alguém com um nível ”intelectual baixo” profetizando num português
coloquial, ou até mesmo, “errado”, e mesmo assim a mensagem ser genuína.
Outra coisa que devemos observar que o dom de profecia não existe para
controlar a vida das pessoas, nem deve ser usado como meio de “consulta”
da vontade de Deus, como algumas vezes têm sido usado. Sua finalidade é
“edificar, exortar e consolar”(1 Co 14.3). Outra observação que deve ser feita
é que a profecia hoje não está no mesmo nível da profecia no Antigo
Testamento, pois esta é Infalível (1 Pe 1.20) e aquela deve ser julgada.
Também devemos estar cientes de que quando alguém profetiza não é “Deus
quem está falando”, mas sim o profeta que está transmitindo uma
mensagem que ele acredita estar recebendo de Deus. Se fosse o próprio Deus
que estivesse falando, para que seria necessário o julgamento da
mensagem?(1 Co 14.29). Pode alguém julgar a Deus? Toda palavra profética
deve estar de acordo com as Escrituras e não tem autoridade para estipular
doutrinas ou normas de conduta para as Pessoas. Para tal, já temos as
Escrituras (2 Tm 3.16)

4) Palavra de Sabedoria: É uma revelação dada pelo


Espírito revelando fatos sobre o futuro. É um senso de direção Divina, um
discernimento com relação a Vontade de Deus. É um dom muito necessário
a Igreja, principalmente para aqueles que exercem cargos de liderança. (Mt
22.2)

5) Palavra de Conhecimento: É a ação reveladora do


Espírito através da qual podemos ter conhecimento sobrenatural sobre a
vida, características e o interior de um indivíduo, como sobre assuntos,
ocasiões e acontecimentos passados, como também sobre o Ser e Obras de
Deus. (1 Rs 14.1-8, 2 Rs 5. 25-26, At 5.1-10).

6) Discernimento de Espíritos: É a capacidade de, guiado


por Deus, sabermos qual a origem das manifestações comuns ou
sobrenaturais, profecias etc, se são manifestações humanas, diabólicas ou
divinas. Também inclui a capacidade de ver e ouvir no Reino espiritual.

7) Dom da Fé: Não se trata da fé para salvação, mas de


uma Fé sobrenatural especial comunicada pelo Espírito Santo, capacitando
o crente a crer em Deus para realização de coisas extraordinárias e
milagrosas. Esse dom frequentemente opera em conjunto com o dom de
maravilhas e não opera de modo trivial ou costumeiro, mas sim em tempos
de crise, desafios e emergências (Lc 17.6, Mt 17.20, 1 Co 13.2, Mc 11.22-
24).

8) Dons de Curar: No original a palavra “dom’ está no


plural, indicando curas de diversas enfermidades e de diversas formas. É a
restauração sobrenatural da saúde de alguém. Embora todos possamos e
devamos orar pelos enfermos (Mc 16.18), nem todos os crentes tem os dons
de curar (Mt4.23-25, At 3.6-8;4.30).

9) Operação de Milagres e Maravilhas: São atos


sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza. Como já foi dito,
esse dom opera em conjunto com o dom da Fé. É o dom da Fé que habilita
o dom de maravilhas a agir. Um outro exemplo de manifestação do dom de
Maravilhas em conjunto com outros dons é no caso da ressurreição de um
morto: O Dom da Fé nos habilita a crer, os dons de Curar restauram os
tecidos mortos e o Dom de Maravilhas traz o Espírito do Morto de volta a
Vida (Mt 14.13-21, Lc 8.22-25, At 8. 38-40).

Diante de todo exposto, para termos início a uma logística


de missões totalmente eficaz, é imprescindível que cada um descubra seu
dom, para que os membros da igreja sejam distribuídos regularmente dentro
da missão eclesiástica.
A igreja de Jesus Cristo tem uma missão a cumprir:
proclamar o evangelho em um mundo hostil às verdades de Cristo e
descrente de Deus. Diante desta tão sublime tarefa, a igreja necessita do
poder divino. Os dons espirituais são um “arsenal” à disposição do corpo
de Cristo para o cumprimento eficaz de sua missão na terra. Como já foi
dito, o propósito dos dons é edificar toda a igreja, todo Corpo de Cristo
para ser abençoado, exortado e consolado. Por isso, nunca devemos usar
os santos dons de Deus em benefício particular, como se fosse algo
exclusivo de certas pessoas. Somos chamados a servir a Igreja do Senhor,
e não a utilizar os dons de Deus para nós mesmos.

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