Áreas Rurais 

Agricultura: ​ é a atividade do setor primário que tem como objetivo a exploração dos
recursos do solo a fim de satisfazer as necessidades alimentares do Homem e dos animais.

espaço rural​ - espaço onde se desenvolvem as atividades agrícolas, mas também as atividades
ligadas à silvicultura, à pecuária, ao turismo, ao artesanato e à produção de energias
renováveis.

espaço agrário​ - superfície que integra o espaço agrícola e elementos diretamente

relacionados com a atividade agrícola como os caminhos de acesso às explorações agrícolas,
os estábulos, os armazéns, canais de rega, entre outros.

espaço agrícola​ - espaço destinado à produção vegetal e/ou animal.

MORFOLOGIA AGRÁRIA

● Dimensão das explorações

Latifúndios: Exploração agrícola de grande dimensão, geralmente superior a 20 ha
Minifúndios: Exploração agrícola de pequena dimensão, geralmente inferior a 5 ha.
Microfundidos: Exploração agrícola de pequena dimensão ,inferior a 1 ha.

● Forma das explorações​ : Regulares ou Irregulares

● Fragmentação das explorações

● Presença ou ausência de vedações

campos abertos : sem vedação
campos fechados : com vedação

● Dimensão da Rede de caminhos

SISTEMA DE CULTURAS

● Aproveitamento do solo
Regime extensivo
Regime Intensivo

● Variedade de Culturas
Policultura
Monocultura
 ● Rotação de Culturas
Pousio
Rotação de culturas

● Utilização ou não de rega

Agricultura de regadio ​(milho, batata, alface...)
Agricultura de sequeiro ​(castanheiro, trigo)

● Principais métodos de Rega Artificial

Gota a Gota : ​rega realizada através de gotejadores (emissores).
Por aspersão ​: ​sistema estacionário​ (onde os aspersores permanecem numa posição
fixa); ​sistemas móveis​ (os aspersores movimentam-se).
De superfície (gravidade) : ​a água escorre à superfície do solo e vai-se infiltrando.

Emparcelamento​:​ consiste no agrupamento de pequenas explorações de modo a formarem-se

conjuntos mais vastos,através da compra,venda e troca.

POVOAMENTO RURAL
● Disperso
● Concentrado
● Misto

Estrutura fundiária: refere-se à forma e à dimensão das parcelas, à rede de caminhos, à

disposição relativa dos campos, da floresta e das paisagens no espaço rural.

Estrutura agrária:​ ​conjugação dos fatores naturais e humanos e que se traduz na diversidade e
especificidade das paisagens agrárias.

As ​paisagens agrárias caracterizam-se pelos cultivos, pela forma e arranjo dos campos, pela
malha dos caminhos e pelo tipo de povoamento rural. Variam de região para região devido a
fatores humanos e físicos.
FATORES CONDICIONANTES DAS ESTRUTURAS AGRÁRIAS

Fatores Naturais:
★ clima (precipitação, temperatura, insolação) - contrução de estufas/ sistemas de rega
★ relevo - construção de socalcos
★ disponibilidade hídrica - aposta em sistemas de rega modernizados
★ fertilidade dos solos - recurso ao pousio, correção dos solos, escolha de espécies...

Fatores Humanos
★ densidade populacional (elevada no litoral e sul algarvio; baixa no interior)
no norte - prática familiar, artesanato, pouca maquinaria
no sul - relevo plano grandes parcelas, utilização de máquinas, agricultura de mercado

★ passado histórico
conquistas de norte a sul provocou maior concentração populacional no norte/centro
descobrimentos provocou concentração no litoral

★ estrutura fundiária
no norte: minifúndio, agricultura para consumo, policultura, regime intensivo, regadio
no sul: latifúndios, monocultura, agricultura para mercado, de sequeiro

★ políticas agrícolas - medidas legislativas que influenciam as opções dos agricultores:

➢ produtos cultivados
➢ práticas agrícolas
➢ produtos químicos
➢ incentivo à modernização

★ objetivo da produção - autoconsumo / mercado

★ integração na Comunidade Europeia - chegada de produtos estrangeiros mais baratos,

dificuldade dos portugueses escoarem produtos nacionais, diminuição de vendas -
falência e abandono das produções.

região agrária:​ região delimitada com base na homogeneidade das características físicas e
naturais, das estruturas fundiárias e do sistema de culturas dominante.

CARACTERÍSTICAS DA AGRICULTURA PORTUGUESA

De uma forma geral, na atualidade, a agricultura portuguesa caracteriza-se:

➔ pela diminuição do número de explorações agrícolas em geral, e dos minifúndios

➔ pelo aumento das explorações de grande dimensão;
➔ pelo aumento do sistema de cultura extensivo;
➔ pelo aumento da mecanização e especialização
➔ pelo decréscimo do número de agricultores, o seu envelhecimento e baixa instrução

Formas de Ocupação do Espaço Rural -

❖ superfície agrícola ocupada​ (culturas permanentes, culturas permanentes, pastagens

permanentes, horas familiares)
❖ superfície florestal​ - destinada à produção florestal/silvicultura
❖ incultos​ - áreas com vegetação espontânea, terras abandonadas
A SAU portuguesa é ocupada em metade pelo Alentejo e 0,1% com a Madeira.

Em dez anos,houve uma alteração expressiva na ocupação da SAU:

. As culturas temporárias e o pousio diminuíram.
. As pastagens permanentes aumentaram, ocupando quase metade da SAU.

MODOS DE EXPLORAÇÃO DA SAU

● Formas de exploração: conta própria e arrendamento
● natureza juridica: produto singular e sociedade

VANTAGENS

Conta própria ​ ​Arrendamento

obtém maior rendimento e produtividade; preserva as espécies autóctones
preserva os solos; impede o abandono dos campos
investe na melhoria dos campos;

DESVANTAGENS

Conta própria Arrendamento

dificuldade na modernização e inovação pouco interesse em preservar o solo e a
das explorações agrícolas. exploração agrícola

O abandono das terras agrícolas está associado a ​fatores naturais e humanos​.

● na Beira Interior tem-se verificado devido à falta de viabilidade económica da
agricultura.
● no Algarve tem resultado do envelhecimento demográfico.
● nas regiões agrárias do litoral tem sido consequência da valorização das pressões
urbanas e do desenvolvimento do setor terciário.

A especialização produtiva apresenta vantagens para os produtores:

➔ simplifica o trabalho agrícola;
➔ exige menor diversidade de máquinas e equipamentos;
➔ reduz os custos de produção;
➔ aumenta a produtividade e os rendimentos dos agricultores.

rendimento agrícola​ - quantidade de produção obtida por unidade de superfície

produtividade agrícola​ - produção sobre a mão de obra, traduz-se em número de horas

culturas forrageiras​ - plantas herbáceas destinadas a consumo animal

PECUÁRIA EM PORTUGAL
antiga atividade complementar da agricultura e destinava-se ao consumo familiar.
hoje em dia assume-se independente e voltada exclusivamente para o mercado.

pecuária extensiva​ - criação de gado ao ar livre, técnicas tradicionais, o rendimento obtido é

baixo, método menos agressivo para o ambiente.
pecuária intensiva​ -​ prados permanentemente ocupados, técnicas modernas, alimentação de
ração, muita produção, agressiva para o ambiente.

CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA PORTUGUESA

A diminuição da população ativa na agricultura está associada a fatores como:

● diminuição das explorações agrícolas
● progressos tecnológicos, como a mecanização dos campos;
● êxodo rural
● envelhecimento da população agrícola
● pouca atratividade da agricultura para a população mais jovem.

O decréscimo, o envelhecimento e o baixo nível de instrução e qualificação profissional dos

agricultores nacionais condicionam a adesão a inovações, capacidade de investir/arriscar.

pluriatividade​ -​ é a prática, em simultâneo, do trabalho na agricultura e em outras atividades.

plurirrendimento​ -​ rendimentos oriundos da atividade agrícola e de outras atividades.

PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA AGRICULTURA PORTUGUESA

pontos fracos:
● predomínio de explorações agrícolas de pequena dimensão;
● baixa densidade populacional e envelhecimento demográfico;
● baixos níveis de instrução dos agricultores.
● fraca capacidade de inovação e modernização.
● falta de competitividade externa.
● abandono dos espaços rurais.
● elevada percentagem de solos com fraca aptidão agrícola.

pontos fortes
● condições climáticas propícias para certos produtos
● aumento da especialização das explorações.
● aumento da disponibilidade de água para rega.
● potencial de produção com qualidade diferenciada para o azeite, as hortofrutícolas, o
vinho e os produtos da floresta.
● potencial para produzir com qualidade e diferenciação.
● utilização crescente de modos de produção amigos do ambiente.

A balança alimentar portuguesa é deficitária em muitos produtos, mantendo uma forte

dependência externa.
Autoprovisionamento​: grau de dependência externa de um país
Produção Florestal/ Silvicultura
A floresta é fundamental na medida em que permite:
● a manutenção da biodiversidade da fauna, da flora e dos habitats;
● a qualidade e a quantidade da água;
● a capacidade de retenção de CO2;
● o fornecimento de fontes de energia (biomassa) alternativas aos combustíveis fósseis;
● a criação de emprego e o desenvolvimento rural.

Fatores responsáveis pela redução global da área florestal:

● a aumento da área destinada à agricultura
● pragas e doenças
● a crescente expansão urbana
● a construção de vias de comunicação
● o aumento de incêndios

A distribuição das principais espécies florestais pelo território nacional:

● o pinheiro bravo - centro, norte
● o pinheiro manso - alentejo e lisboa
● o sobreiro e a azinheira – alentejo e ribatejo e oeste
● o castanheiro - norte interior
● o carvalho – norte, centro interior
● o eucalipto - dispersa-se por todo o território continental

A aplicação inadequada dos sistemas de produção leva ao empobrecimento dos solos:

➢ no sistema extensivo a utilização do pousio facilita a erosão dos solos.
➢ a prática da monocultura leva ao empobrecimento e esgotamento dos nutrientes.
➢ a excessiva mecanização.
➢ no sistema intensivo a utilização de fertilizantes químicos e pesticidas degrada e
polui os solos, diminuindo a sua fertilidade.

A Política Agrícola Comum - PAC

Após a 2ª Guerra Mundial, havia dois problemas: racionamento alimentar e produção
agrícola insuficiente.

Consequências da guerra na agricultura:

➔ Destruição dos campos e infraestruturas agrícolas.
➔ Produção agrícola deficitária,com graves crises alimentares.
➔ Agricultura pouco desenvolvida.
➔ Forte dependência externa no campo agroalimentar.
➔ Grande desnível de rendimento entre pop. agrícola e urbana

Os objetivos da PAC eram:

● aumento da produtividade
● melhoria do nível de vida dos agricultores, aumentando os seus rendimentos
● estabilização do mercado
● segurança do aprovisionamento
1º Pilar da Pac (1962):
➢ preferência comunitária:​ ​proteção do mercado interno face aos produtos importados
de países terceiros a preços baixos
➢ mercado unificado:​ remete para a livre circulação de produtos agrícolas no território
dos estados-membros;
➢ solidariedade financeira:​ ​criação de um fundo comunitário – Fundo Europeu de
Orientação e Garantia Agrícolas, em que todas as despesas e gastos resultantes da
aplicação da PAC seriam suportadas pelo orçamento comunitário;

1964 - FEOGA é subdividido em

❏ Garantia​ financia :
despesas da organização comum dos mercados agrícolas, como:
- a compra e o armazenamento de excedentes
- o fomento das exportações dos produtos agrícolas
as medidas rurais como:
- ações de desenvolvimento rural que acompanham o apoio dos mercados

❏ Orientação​ financia outras despesas de desenvolvimento rural como o investimento

em equipamentos e tecnologias

Desde o início da PAC os progressos foram:

● aumento da produção
● redução da mão de obra agrícola.
● aumento da produtividade agrícola.
● aumento dos rendimentos dos agricultores

As consequências das medidas de 62 foram:

● excesso de produção
● subida dos preços comparativamente aos dos mercados mundiais

A produção excedentária acabou por traduzir:

● grandes desequilíbrios nos mercados (oferta e a procura)
● graves problemas ambientais
● problemas ao nível da segurança e qualidade dos alimentos

Medida de 1984 ​- ​foi introduzido o ​sistema de quota​s​ na produção agrícola, com o objetivo
de definir limites de produção relativamente aos produtos excedentários.

Medida de 1988- ​set-aside​ visava evitar a produção excedentária.

Objetivos da PAC em 1992

● controlar a produção, acabar com os excedentes agrícolas
● apoiar o rendimento dos agricultores (criação de subsídios)
● incentivos a respeito da preservação do ambiente
● evitar o êxodo rural e renovar a população agrícola

A PAC assentou em ajudas diretas aos agricultores,

1. reformas antecipadas
2. reconversão cultural
3. financiamento específico a áreas desfavorecidas
Agenda 2000​ - conduzida devido:
➔ o alargamento da UE
➔ a preparação para a moeda única
➔ a crescente competitividade dos produtos dos países terceiros

2º pilar da PAC - desenvolvimento rural

Contemplava:
● reforçar a competitividade dos produtos agrícolas no mercado
● promover um nível de vida digno para a população agrícola
● melhorar a qualidade e a segurança dos alimentos
● a modernização das explorações agrícolas
● rendimentos estáveis e equitativos para agricultores
● atenuar o êxodo rural
● a valorização da população ativa agrícola através do apoio à fixação de jovens
● melhoria das condições de vida e de trabalho da população
● promoção de igualdade de oportunidades

Reforma de 2003 ​- são aprofundadas as metas da agenda 2000

PAC 2014-2020

É mantida a estrutura de pilares da PAC. O primeiro pilar inclui o apoio ao rendimento e as

medidas de gestão do mercado, o segundo pilar abrange o desenvolvimento rural.

Desafios e objetivos:
➔ económicos​ : segurança alimentar, instabilidade dos preços, crise económica que leva
a uma produção alimentar viável e logo : ​competitividade reforçada

➔ ambientais​ : emissão de gases de efeito de estufa, degradação dos solos, qualidade do

ar, habitats e biodiversidade que leva a uma gestão sustentável dos recursos e ação
científica e logo : ​sustentabilidade melhorada

➔ territoriais​ : viabilidade das áreas rurais, diversidade da agricultura que leva um

desenvolvimento territorial equilibrado e logo: ​melhor eficácia
PAC PÓS-2020

Irá centrar-se em nove objetivos que refletem a multifuncionalidade. Manterá os seus dois
pilares. Propõe para 2021-2027 a introdução de regimes ecológicos, a "Arquitetura
Ecológica”.

A PAC EM PORTUGAL

Em 1977, a agricultura portuguesa encontrava-se economicamente e tecnicamente estagnada.

Em 1986 deu-se a adesão de Portugal na CEE.

1ª Fase (até 1990):

Portugal não esteve sujeito a regras de preço e mercado e recebeu ajudas de investimento, o
que levou à modernização do setor

2ª Fase (1990-1999)
Marcada pela concretização do mercado único, que por estabelecer a livre circulação dos
produtos, expôs o mercado português à concorrência externa.

A agricultura portuguesa confrontou-se com grandes dificuldades acrescidas da adaptação à

reforma da PAC de 1992:
- sofreu limitações à produção, na sequência de um excesso de produção para o qual
não contribuiu.
- foi desfavorecido no sistema de repartição de apoios, feito em função da área de
exploração e rendimento médio.
- os investimentos em projetos cofinanciados por fundos comunitários levaram ao
endividamento dos agricultores.
- o mercado agrícola português foi invadido por produtos comunitários com preços
demasiado competitivos.

A agricultura no final da segunda fase já se encontrava numa situação mais favorável.

aspetos positivos:
● incentivou o emparcelamento e o associativismo
● incentivou novas culturas e à especialização

aspetos negativos:
● devido ao set-aside, à pluriatividade/plurirrendimento, deu-se o abandono da atividade

MODERNIZAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DO SETOR

● mecanização
● alargamento das produções de regadio
● eletrificação das explorações
● modernização de novos caminhos rurais
Os Contrastes no Setor Agrário Português

Velha Pac ​ ​Nova Pac (2014-2020)

Agricultura industrial moderna Agricultura biológica

Massificação (quantidade)
Produção intensiva
Prioridade ao produtor
Produção artificial na pecuária
Uso de medicamentos antibióticos
Consumo de produtos alimentares
nacionais e estrangeiros
Qualidade
Produção extensiva
Prioridade ao consumidor
Regime extensivo na pecuária
Uso controlado de medicamentos
Maior consumo de produtos regionais

TURISMO EM ESPAÇO RURAL

Fragilidades
● Baixo nível de qualificação.
● Predomínio de explorações de
pequena dimensão económica.
● Escassez de emprego.
● Abandono de terras agrícolas.
● Perda e envelhecimento da
população.
● Carência de equipamentos sociais,
culturais, recreativos e serviços de
proximidade.
● Insuficiência das redes de
transporte.
● Baixo poder de compra da
população.
Potencialidades
● Património histórico e natural.
● Valorização dos recursos da região
● Tendência para a melhoria das
infraestruturas coletivas.
● Crescente procura de produtos de
qualidade e atividades de lazer
associadas a regiões e paisagens
rurais.
● Importante valor paisagístico das
culturas e de espécies florestais.
● Baixos níveis de poluição
● Crescente preocupação com a
preservação dos recursos naturais e
do ambiente.

turismo​ -​ viagens de lazer com duração superior a 24 horas

TER (turismo em espaço rural)​-​ conjunto de atividades e serviços de alojamento
disponibilizados a turistas.

Características do TER
● espaços cujo ambiente ou paisagem sejam rurais/com forte ligação à agricultura.
● implica a existência de serviços remunerados de hospedagem.
● preserva as características arquitetônicas e a construção típica da região.
● implica o acolhimento personalizado e de acordo com a tradição de bem receber da
comunidade em que se insere.

O espaço rural para fins de lazer assume-se cada vez mais atrativo especialmente para as
populações urbanas nacionais e estrangeiras.
O turismo no espaço rural oferece a possibilidade de conviver com as práticas, as tradições e
os valores da sociedade rural valorizando o que é típico.
Razões do aumento da procura do TER são:
❏ maior interesse pelo património, pelo meio natural e das suas vantagens para a saúde;
❏ necessidade de repouso e evasão e a procura de paz e tranquilidade;
❏ a opção da população de dedicar mais tempo ao lazer e à cultura;
❏ as melhores acessibilidades para os espaços rurais.

Tipos de Turismo em Espaço Rural

➢ Turismo de Habitação : solares, palacetes, casas antigas, casas de valor arquitetônico

reconhecido. Contribui para o restauro e conservação das mesmas.

➢ Turismo Rural : casas rústicas típicas da região (simples, pequenas e familiares)

➢ Hotel Rural : estabelecimentos com mais de 10 quartos, em espaços rurais

➢ Agroturismo : quintas de hospedagem em casas rústicas de ambiente agrícola, permite

explorações agrícolas que se dedicam ao cultivo de produtos típicos

➢ Casas de Campo : casas rurais/ cabanas de montanha, podem ser a residência do

proprietário, integram-se na arquitectura da região

➢ Turismo de Aldeia : aldeias que mantêm as características arquitetônicas tradicionais

da região

Outras formas de TER

1. Turismo Ambiental
2. Turismo Fluvial
3. Turismo Cultural (valoriza o património arqueológico, histórico e etnográfico local,
castelos, solares, templos, museus, romarias, recriação de atividades tradicionais, etc.)
4. Turismo Gastronómico
5. Turismo Cinegético (cria emprego nas atividades de preservação do ambiente, nas
zonas de caça turística e associativa)
6. Turismo Termal
7. Enoturismo (tira proveito da grande diversidade e qualidade dos vinhos regionais)
 ENERGIAS RENOVÁVEIS NO ESPAÇO RURAL

Agricultura Sustentável​: preserva a qualidade dos solos e da água e a biodiversidade.

Agricultura Convencional​: designação da agricultura moderna (com a utilização intensiva

de máquinas e agroquímicos)

Proteção Integrada​ - avaliação dos métodos de proteção de culturas e da integração de

medidas adequadas para diminuir a população de organismos nocivos, reduzindo os riscos
para a saúde humana e para o ambiente.

Produção integrada​ -​ sistema agrícola de produção de alimentos compatível com a gestão

racional dos recursos naturais.

Bioenergia - ​energia renovável disponibilizada por materiais derivados de fontes biológicas

★ Biocombustíveis Sólidos (biomassa florestal) : consiste na queima de produtos

relacionados com a atividade agrícola/florestal.
★ Biocombustíveis Líquidos​ (​biodiesel e bioetanol)
★ Biocombustíveis Gasosos (biogás) : conseguido a partir de excrementos animais e
restos de alimentos, que se transforma em gases como o metano

Vantagens Fonte de energia renovável e não poluente .

Reduz a dependência do país face aos combustíveis fósseis.

Criação de emprego e a fixação de população.

Desvantagens Alteração da Paisagem.

INDÚSTRIAS E SERVIÇOS NAS ÁREAS RURAIS

As áreas rurais enfrentam problemas como:

❏ a perda e envelhecimento da população
❏ falta de emprego
❏ baixo poder de compra
❏ insuficiência de redes de transporte

A diversidade associada a multifuncionalidade traduz:

● A manutenção da biodiversidade;
● A criação de emprego;
● A fixação da população;
● A criação de riqueza, através de novas oportunidades de negócio.
 O IMPACTO DAS INDÚSTRIAS NAS ÁREAS RURAIS

A atividade industrial nas áreas rurais deve basear-se em:

❏ absorver a população ativa local;
❏ conseguir um equilíbrio entre os vários setores de atividade
❏ contribuir para o desenvolvimento sustentável
❏ valorizar a preservação e a qualidade ambiental.

A implantação de unidades industriais nas áreas rurais:

➔ provoca o aumento do emprego na região, o que fixará a população local
➔ promove a agricultura, a silvicultura, a pecuária
➔ fomenta o surgimento e o desenvolvimento de outras atividades, como indústrias
complementares, os serviços, transportes e o comércio
➔ promove a criação de riqueza e o desenvolvimento da região;

A INDÚSTRIA E O DESENVOLVIMENTO RURAL

● Produção Agropecuária - conserva de fruta e vegetais, transformação de laticínios e

carne, vestuário, couros
● Exploração Florestal - serrações, carpintarias, corticeiras, mobiliário
● Extração e Transformação - rochas e minerais

A instalação de indústrias nas áreas rurais pode ser favorecida pela existência de:
- Mão de obra a baixo custo;
- Proximidade de mercados regionais com alguma importância;
- Boas infraestruturas e acessibilidades;
- Estruturas e serviços de apoio à atividade produtiva;

Os ​serviços e os equipamentos públicos​ contribuem para a igualdade de oportunidades e

direitos dos cidadãos.Contudo, em muitas áreas rurais portuguesas persistem carências nas
redes ou na qualidade dos serviços.

Os serviços têm também um papel importante no desenvolvimento das áreas rurais, através:
❖ de serviços básicos, ligados à educação, à saúde e à administração;
❖ de serviços pessoais, como a restauração e o comércio;
❖ de serviços às empresas, como de transporte, os bancos, as companhias de seguros, os
centros de formação, entre outros.
❖ de outros mais diversificados relacionados com a cultura, o desporto ou lazer;

Concluindo, elevam a qualidade de vida,criam emprego e apoiam atividades económicas.

 A FLORESTA PORTUGUESA E SILVICULTURA

Funções desempenhadas pelas áreas florestais:

● função social-​ proporcionando ar puro e espaços de lazer;
● função económica- ​produz matérias-primas, gera emprego e riqueza;
● função ambiental- ​ contribui para a preservação dos solos, a conservação da água, o
armazenamento de carbono e a proteção da biodiversidade.

PROBLEMAS SOLUÇÕES
❖ fragmentação da propriedade ❖ melhorar e implementar o
florestal ordenamento e gestão florestal
❖ baixa rendibilidade ❖ promover o emparcelamento
❖ elevado risco de atividade ❖ melhorar a coordenação do
❖ despovoamento e conhecimento combate a incêndios
demográfico ❖ melhorar a prevenção da
❖ abandono de práticas de pastorícia ocorrência de incêndios
e de recolha de mato

O PAPEL DO ARTESANATO NO DESENVOLVIMENTO RURAL

➔ diversifica as atividades rurais

➔ cria emprego
➔ é um elemento representativo da identidade cultural
Tipos de materiais utilizados: madeira, metal, pele, cortiça, lã, linho, e palha.

O PAPEL DOS PRODUTOS REGIONAIS NO DESENVOLVIMENTO RURAL

Tendo em conta a crescente procura de alimentos de qualidade, os produtos constituem uma

importante via para a obtenção de rendimentos suplementares aos das atividades agrícolas
que lhes dão origem.

DOP - Denominação de Origem Protegida

Uma DOP é um nome geográfico ou equiparado que designa e identifica um produto
originário desse local ou região

IGP - Indicação Geográfica Protegida

Uma IGP é um nome geográfico ou equiparado que designa e identifica um produto
originário desse local ou região

ETG - Especialidade Tradicional Garantida

Uma ETG é um nome que designa e identifica um produto ou género alimentício produzido a
partir de matérias-primas ou ingredientes utilizados tradicionalmente