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"Descolonização" Afro-Asiática
"Descolonização" Afro-Asiática
“Descolonização” Afro-Asiática
*Descolonização → Independência
*Após a Segunda Guerra Mundial ocorre a conclusão dos processos de independência das colônias afro-
asiáticas.
1) Fatores desencadeadores
- O fato de certa parcela da população dos países colonizados estudar na Europa, ou até mesmo no seu
próprio país com professores europeus, os aproxima da mentalidade europeia, o que ajuda a despertar e
fortalecer os movimentos nacionalistas de independência da África e da Ásia.
- II Guerra Mundial: Durante a guerra, África e Ásia foram invadidas pelas potências expansionistas
(italianos e alemães no norte da África; japoneses invadindo a Ásia). As populações colonizadas pegaram
em armas para defenderem seus territórios. Essa participação e a luta na guerra incentiva as populações
colonizadas a enfrentar também seus colonizadores.
- A ONU: criada no final da II Guerra Mundial defendia a autodeterminação dos povos, o que favoreceu o
processo de independência das colônias afro-asiáticas.
- A Guerra Fria: a independência afro-asiática era interessante e apoiada pelos EUA e URSS, que
buscavam novas áreas de influência.
- Conferência de Bandung (1955): a reunião entre países africanos e asiáticos que visava declarar apoio a
independência das colônias (sem a influência dos EUA e URSS), defender o fim do armamento nuclear e a
consolidação de um Terceiro Mundo, ou seja, um grupo de países não alinhados nem aos EUA, nem à
URSS.
- Pacífica: os países imperialistas concederam aos poucos a liberdade para as suas colônias a fim de
manter uma influência política e econômica nessas regiões.
** Ausência de uma guerra efetiva entre os países colonizados e seus colonizadores, embpra tenham
ocorrido alguns conflitos.
*Não fazia parte dos planos do regime salazarista português abrir mão de suas colônias nas décadas de
1940 e 1950 (guerras prolongadas – Angola e Moçambique – até a Revolução dos Cravos).
* Queda do regime de Salazar na década de 1970. Após anos de guerras prolongadas, Portugal admite a
independência das suas colônias.
* O processo de independência tardia também foi violento (Angola e Moçambique). Por isso essa divisão
pacífica, violenta e tardia deve ser questionada.
3) Casos específicos
ÁSIA
- Nehru/ Gandhi
- Independência
- Nehru: braço direito de Gandhi, teve grande atuação na questão política, principalmente no diálogo com
os ingleses.
- Era respeitado e idolatrado por hindus e muçulmanos, maiores grupos étnicos da Índia.
- Gandhi era advogado e criticava a dominação inglesa sobre a Índia pelo viés do Direito, da
autodeterminação dos povos o que não surte muito efeito pela massiva presença militar inglesa e pela
violência diária.
- Gandhi acreditava que não seria possível a independência da Índia através do confronto direto com a
Inglaterra, ou seja, responder a violência com violência não funcionaria, pois geraria mais ações violentas
por parte do governo inglês.
- Desobediência civil – Gandhi afirmava que a população da Índia não precisava seguir as ordens inglesas,
visto que as leis feitas pela Inglaterra não lhes dizia respeito.
- Resistência Pacífica = a população não deve responder com violência, uso de passeatas, boicote aos
produtos ingleses, greve de fome (complicado porque se Gandhi morresse poderia ocasionar uma grande
revolução por parte de seus seguidores).
- A postura de Gandhi chama atenção da opinião pública internacional para a luta de Independência da
Índia.
- Em 1947, enfraquecida pela II Guerra e pressionada pela opinião pública, tanto nacional quanto
internacional, a Inglaterra reconhece a independência da Índia (depois de uma série de atrocidades).
- Mesmo com a luta de Gandhi para manter a Índia unida, o território acaba se dividindo: os muçulmanos
formam o Paquistão e os hindus a Índia. Nesse processo, ocorreram muitos conflitos e milhares de
pessoas morrem. Até hoje é uma região conturbada, principalmente, a região da Caxemira – temor de um
enfrentamento nuclear.
b) Indochina
- Derrota da França – Batalha de Dien Bien Phu – a França é obrigada a reconhecer a independência da
região.
- Por influência dos EUA e URSS, no contexto da Guerra Fria, o território do Vietnã acaba sendo dividido:
- Governo do sul impede as eleições e implanta uma ditadura capitalista afastando a possibilidade de Ho
Chi Minh assumir o país com ideias socialistas.
- Os socialistas (vietcongs – Frente de Libertação Nacional – FLA) do sul começam a ser perseguidos pela
ditadura. Ho Chi Minh começa a ajuda-los, dando início a uma guerra civil.
- (1960 – 1975) Guerra do Vietnã = Vietnã do norte x Vietnã do sul – guerra civil com o envolvimento direto
dos EUA (desde 1962, fica pior guando em 1964 mais de 500 mil norte americanos são enviados para o
Vietnã.
- 1963 – Cia patrocinou um golpe contra Diem e colocou uma junta militar no poder
- Muhommad Ali se nega a ir para a guerra, alegando que não havia motivos para ele enfrentar o povo
vietnamita.
- Napalm – ataque a aldeia vietnamita para conter vietcongs. Erro de estratégia militar, crianças
vietnamitas são atingidas.
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- Após o bombardeio mal sucedido os EUA retiram suas tropas do Vietnã gradativamente. Acordo de
Paris.
- O exército do norte avança e domina Saigon 1975 = unificação do país sob a ideologia socialista (Ho Chi
Minh).
- Pol Pot (Khmer Vermelho) ditadura violenta – eliminou a metade da população em 3 anos.
Revoluções Socialistas
1) Revolução Chinesa
• Ao longo da história, a China foi explorada abusivamente por europeus, principalmente pela
Inglaterra no século XIX. Essa exploração foi muito profunda, pois as elites locais apoiavam essa
dominação ao embasarem-se na filosofia Confucionista, que pregava o respeito à hierarquia e ao
passado, mantendo as tradicionais estruturas de privilégios existentes.
• Inconformado com a presença estrangeira - Sun Yat-Sen, fundou em 1894 a União pelo
Renascimento da China, cujo programa tinha por base o nacionalismo e a modernização do país.
• Sun Yat-Sen foi exilado, devido à propagação de suas ideias. Seu discurso político passou a
atender mais aos interesses de uma burguesia ocidentalizada que surgia, do que às necessidades
da grande parte dos chineses que viviam em áreas rurais.
• Revolução Xinhai (1911)- colocou fim no sistema monárquico chinês, com a proclamação da
República da China e a deposição do último imperador Pu-Yi.
• Sun Yat-Sen assumiu o governo provisório, mas renunciou logo em seguida por não conseguir o
apoio da tradicional elite rural chinesa.
• Para decepção geral, assume a presidência o despótico general Yuan Shin-kai, que acaba por
fazer maiores concessões aos estrangeiros devido ao escasso apoio interno e a desorganização
geral do país
• O desaparecimento do poder central acelerou a proliferação pela China das trágicas figuras dos
“senhores da guerra” (tukiuns), déspotas locais que possuem exércitos privados, que ao mesmo
tempo em que espoliam os camponeses, lutam entre si.
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• Chiang Kai-Shek foi o responsável pela unificação da China contra os “senhores da guerra”, que
dominavam importantes regiões do país.
• Em 1919, com o fim da Primeira Guerra, estourou uma onda de contestações às concessões
dadas às potências imperialistas sobre a China pelo Tratado de Versalhes.
• Até meados da década de 1920 não houve muitos atritos entre o Kuomintang e o PCC, que crescia
de forma exponencial. A ausência de atritos estava relacionada a uma necessidade comum, que
era a autonomia frente ás potências ocidentais , resultando em uma Frente única contra o
imperialismo e o poder dos “senhores da Guerra”
• A partir de 1925, Chiang Kai-shek assumiu o comando do exército nacionalista e iniciou uma
política agressiva contra o PCC e os chefes militares locais. Isso fez romper a Frente Única e iniciar
uma guerra civil em 1930.
• Os chefes militares passaram a apoiar Kai-shek por medo da efervecência popular e do próprio
PCC. Chiang também foi bem visto pelas potências invasoras, que passaram a ver o Kuomintang
como vital para a manutenção da China sob seu domínio.
• O PCC sofreu derrotas em Xangai e Pequim e rumaram para o campo. Passaram a organizar suas
bases de apoio e em 1931 proclamaram a República Soviética da China ao leste o país, dando
força e coesão ao movimento comunista.
• Enquanto isso, Chiang mantinha unidade do país com a ajuda de uma série de acordos com os
chefes militares locais.
• O Kuomintang estava pressionado por todos os lados: invasão japonesa, pressão internacional e a
expansão do PCC no campo. Em 1934, os nacionalistas (Kuomintang) organizaram uma massiva
campanha militar para acabar com o avanço do PCC.
• Os japoneses invadiram o território chinês pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial.
• Chiang Kai-Chek concentrou os esforços militares no combate aos comunistas, o que gerou uma
queda na popularidade do governo. Para reveter a situação, o líder da Kuomintang aceita fazer
uma aliança com o PCC contra o inimigo comum, o Japão.
• A União Soviética, estava muito envolvida com seus problemas pós Segunda Guerra e não apoiou
efetivamente o Exército Popular de Libertação, que mesmo sem tal ajuda continuou avançando
contra o Kuomintang.
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• Em 1949, Mao realiza uma grande ofensiva que levou à fuga de Chiang kai-Shek e seus aliados
para a ilha de Formosa (Taiwan) onde estabeleceram um governo apoiado pelos EUA.
• Mao Tse Tung assume o governo da China Ocidental. Era o início da República Popular da China.
• Mao Tse Tung, líder da Revolução, adaptou a teoria marxista para o contexto chinês.
• A China era uma imensa nação, agrícola, com a maior parte da população empobrecida e vivendo
na zona rural.
• Mao contemplou essa realidade agrária, dirigindo o movimento para esse setor.
• O II Plano Quinquenal não apresentou os resultados esperados, pois acabou privilegiando setores
de base não concentrando maiores esforços para desenvolver a agricultura e a melhoria nas
condições de vida da população.
• O resultado foi uma intensa onda de fome e de insatisfação com o modelo stalinista.
• A decisão de Mao Tse-Tung de adotar o “Grande Salto para Frente” decorreu da percepção de
que o modelo stalinista de desenvolvimento era inadequado para a China
• O desenvolvimento agrícola passou a ser privilegiado com grandes obras de drenagem e irrigação.
Era preciso acabar com a fome na China
• Em 1960 Mao Tse-Tung rompe oficialmente com a URSS. Vários fatores contribuíram para esse
acontecimento, dentre eles as discordâncias ideológicas e o não-fornecimento de armas atômicas
para os chineses, conforme o prometido por Kruschev.
• No início da década de 1960, Mao enfrentava a perda de apoio de uma parte importante do PCC.
Para afirmar seu poder, buscou apoio nas massas.
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• A essa tentativa de angariar a devoção irracional das massas por meio de um trabalho de
manipulação ideológica, dá-se o nome de “Revolução Cultural”
• Incitou um culto a sua figura, a rejeição aos valores burgueses e individualistas e aos velhos
costumes.
• Culto ao Livro Vermelho, que continha toda a ideologia e os rumos propostos por Mao.
2) Guerra da Coréia
• Foi travada entre 25 de Junho de 1950 a 27 de Julho de 1953, opondo a Coréia do Sul e seus
aliados, que incluíam os Estados Unidos da América e o Reino Unido, à Coréia do Norte, apoiada
pela República Popular da China e pela antiga União Soviética. O resultado foi a manutenção da
divisão da península da Coréia em dois países, que perdura até aos dias de hoje.
• Em 23 de Junho começam as negociações de paz, que duram dois anos e resultam num ACORDO
ASSINADO EM PANMUNJON, em 27 de Julho de 1953.
• O único resultado é o cessar-fogo. Na guerra coreana morreram cerca de três milhões e meio de
pessoas. O tratado de paz ainda não foi assinado, e a Coreia continua dividida em Norte e Sul.
• Kim Jong Il (1994 até hoje). Este assumiu o poder após a morte de seu pai, Kim Il Sung, em
1994, considerado o “eterno presidente”;
• Concentração fundiária
• Pobreza
• Censura
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• Jovens guerrilheiros, liderados por Fidel Castro, tentam assaltar um quartel para conseguir as
armas necessárias para dar início a uma campanha contra a ditadura de Fulgêncio.
• O movimento conhecido como “Assalto à Moncada” foi fracassado e os principais lideres exilados
no México.
• Durante o exílio Fidel Castro conheceu Che Guevara que se propôs a ajudar numa possível
invasão de Cuba.
• Em 1956, a bordo da lancha Granma, 82 guerrilheiros tentaram invadir Cuba, sem sucesso.
Fulgêncio Batista reprimiu o movimento executando 70 pessoas.
• Os líderes da revolução Fidel e Raul Castro, Ernesto Guevara e Camilo Cinfuegos, formaram os
“focos guerrilheiros” dentro das matas da Sierra Maestra.
• Esse apoio acabou levando um pequeno grupo de rebeldes a se tornarem um grande “Exército
Revolucionário”. Tomando aos poucos cidades, e ganhando adeptos .
• O ponto mais importante desse período foi a tomada da província de Santa Clara próxima a
Havana. Acuado pela guerrilha descontrolada, Fulgêncio foge para a República Dominicana,
abrindo espaço para a consolidação de um novo governo.
• Inicialmente a revolução não teve o caráter socialista. A revolução e o novo governo tinham como
principal característica a luta contra o imperialismo e a tirania da ditadura de Fulgêncio Batista.
• No entanto, as principais medidas nacionalistas tomadas por Fidel abalaram as relações com os
EUA.
• Redução no preço dos artigos de primeira necessidade, além de livros escolares, remédios e
aluguéis.
• Esse contexto e a necessidade de um apoio financeiro levaram Fidel a uma aproximação com a
URSS.
• Em 1961, Fidel anuncia o caráter socialista de seu governo. Foi instituído o unipartidarismo, a
estatização da economia e uma política de controle de informações, além da censura.
• Ainda em 1961, os dissidentes do governo de Batista aliados a forças da CIA tentaram invadir
Cuba e depor o Governo de Fidel.
• O movimento é reprimido e Fidel, numa estratégia ousada, trocou os prisioneiros por remédios para
o abastecimento das farmácias locais.
• Em represália, os EUA realizaram um cerco naval à ilha, ameaçando atacá-la caso os mísseis
soviéticos não fossem retirados.
• Esse é o momento mais tenso da Guerra Fria, tendo como desfecho a desativação dos mísseis.
• A crise e fim do regime soviético abalou a economia cubana levando a uma grave crise de
abastecimento.
• Para tentar reverter a situação, Fidel passou a investir no Turismo, reduziu os efetivos do Partido
Comunista, buscou por novos parceiros comerciais, além da permissão para o ressurgimento do
emprego autônomo.
• A partir de 2006 é iniciado o processo de afastamento de Fidel do poder, por razões de saúde.
• Raul promoveu algumas tímidas reformas da economia, o que levou a uma corrente de
especulações quanto ao fim do regime.
• Por ser a única nação socialista na América, e pelo isolamento imposto pelos EUA, Cuba enfrenta
desafios complexos para manter uma economia viável e um desenvolvimento humano. A pobreza e
a obsoleta economia são um dos maiores problemas enfrentados por Raul.