Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMÁRIO
Sobre a autora.............................................................. 7
Introdução.................................................................... 9
Capítulo 1 - O medo constrói realidades........................11
1.1 O que é o medo para você?............................................11
1.2 O Como é o olhar da ciência sobre o medo......................13
1.3 Mas o que acontece no cérebro humano
diante do medo?..........................................................14
1.4 A pandemia da Covid-19 e o medo..................................17
1.5 Existe antídoto para o medo?.......................................18
1.6 Onde o medo encontra a realidade? .............................19
1.7 Crise interna ou externa .............................................24
Ferramenta - 30 características “Eu Sou”.........................25
Capítulo 2 - Contexto de crise:
desafios e oportunidades.............................................27
2.2 Cases: as empresas, onde estão nisso tudo? ................32
2.3 Como se desenvolver em meio à crise?.........................35
Ferramenta - Seis leis para a conquista
da autorresponsabilidade.................................................37
Sobre a autora
Lílian Carmo
Diretora e proprietária da unidade de Campinas da Febracis, a maior institui-
ção de Coaching do mundo, e atua também como palestrante nas áreas de
liderança, gestão, carreira e desenvolvimento pessoal, além de ser mentora e
coach de empresários e executivos C-level.
Lilian participou do board da Johnson & Johnson por ter atuado como res-
ponsável pela implementação da metodologia Growth Accelerator, criada pela
INSEAD, em unidades de negócio da empresa considerados estratégicos e
que necessitava alavancagem.
Introdução
Refletindo sobre a crise atual, alinhada com o impacto econômico e social que
ela está causando no mundo, percebi que a vida é dinâmica e a crise pode
alcançar qualquer pessoa.
Eu mesma costumava dizer “o ano de 2019 me fez forte e 2020 me fará ven-
cedora”, porém, desde 31 de dezembro de 2019, quando a China alertou a
Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre uma pneumonia de origem des-
conhecida, a vida no planeta não é a mesma!
10
Porém deixa eu te falar: o mundo já passou por diversas crises, e está passan-
do e ainda vai passar por muitas.
Momentos bons e ruins estão aí, o que diferencia é como lidar com as dificul-
dades, as encarando como oportunidades de superá-las.
11
Capítulo 1
Gostaria de te explicar de uma forma mais simples. Por isso, vale ressaltar que a
palavra medo tem origem do Latim “METUS” e, para a psicologia ele se trata de um
estado afetivo causado pela consciência diante de uma situação de grande risco.
É por isso que ao sentir medo é normal sentir aquele desconforto, frio na bar-
riga, e, logo após UM ESTADO DE PARALISIA.
Talvez você esteja se perguntando: mas como sei quando o medo é real ou
imaginário?
A nossa mente, às vezes, pode ser o nosso pior inimigo ao dar vida, como
uma imagem real, a esses perigos imaginários com os quais todos já sofremos
alguma vez.
12
Quando a sensação de medo nos invade, nosso corpo ativa um circuito para
nos proteger e preparar para a fuga.
Por exemplo, o coração bombeia mais rápido para o caso de ser necessário
correr, se produz mais suor, a respiração acelera, o sistema digestivo e o imu-
nológico deixam de gastar energia para o caso de ser necessário lutar ou fugir,
e uma grande quantidade de sangue fica concentrada nos membros inferiores
para o caso de precisarmos sair correndo.
13
Por fim, põe-se o dilema de retornar para a caverna e libertar seus companhei-
ros, mesmo podendo ser taxado como louco. Ou viver a sua própria liberdade
neste “novo mundo”.
Eu te contei toda essa história para que você entenda qual era a intenção de Platão:
ele evidencia os graus de conhecimento, sendo que o mais limitado está associado
ao imaginário, uma vez que o mais amplo permite conhecer novas realidades.
14
Por essa pesquisa foram identificadas evidências de que três estruturas ex-
tremamente primitivas na escala evolutiva do cérebro, presentes em espécies
animais desde a época dos dinossauros, desempenham tarefas fundamentais
em situações de risco antes mesmo de ser acionada a amígdala cerebral –
estrutura surgida posteriormente, com os primeiros mamíferos, e diretamente
associada nas respostas de defesa do organismo a situações de perigo.
Ou seja, numa savana ao e deparar com um Leão feroz, toda esta descarga
“adrenal” de hormônios, irá com certeza fazer você agir para se salvar. Correr
e buscar uma rota de fuga, com velocidade e destreza de quem luta pela so-
brevivência. E isso é bom. Isso é muito bom!
Que antagônico isso, não! O mesmo estímulo cerebral que salva, também pode
prejudicar e matar. É a dose que distingue, o antídoto, do veneno.
15
Gostaria de levar você a refletir com mais um exemplo: uma pessoa que está
sozinha em casa, já deitada e se preparando para dormir. De repente, ouve um
barulho vindo de outro ambiente da casa onde ela sabe que não tem ninguém.
De qualquer forma, lidar com o medo é fator essencial para o ser humano,
pois a incapacidade de superá-lo pode levar a casos mais graves de doen-
ças, como síndrome do pânico. Há níveis de intensidade deste sentimento que
podem ir desde o sentimento de prudência e concentração, que provocam
16
Se, por um lado, representa o receio diante de uma situação de perigo e pode
levar a desenvolver doenças, também pode ser considerado essencial para
preservação e o desenvolvimento da espécie humana. Afinal, ao enfrentar o
perigo uma pessoa elabora uma estratégia para superar desafios.
Alguns empresários, por exemplo amam superar desafios para obter sucesso
no mundo dos negócios. Sente-se estimulados a agir diante da dificuldade.
Outra prova disso, são os montanhistas que enfrentam seus medos escalando
rochas ou ainda as pessoas que gostam de filmes de terror, apesar do medo
que sentem. Em todos estes casos, elas optam em vivenciar as consequências
químicas provocadas pelo sentimento.
17
Mas foi a palavra medo a mais citada como sentimento para denominar o
estado mental da pessoa diante da pandemia. Talvez porque essa palavra seja
a personificação de tudo que nos atemorize. Em um artigo publicado na re-
vista Debates em Psiquiatria, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
pesquisadores afirmam que “em uma pandemia, o medo aumenta os níveis
de ansiedade e estresse em indivíduos saudáveis e intensifica os sintomas
daqueles com transtornos psiquiátricos preexistentes”.
Além disso, durante as epidemias, o número de pessoas cuja saúde mental é afe-
tada tende a ser maior que o número de pessoas afetadas pela infecção. Apesar
18
do dado ser assustador, à primeira vista, os autores desta pesquisa fazem algumas
recomendações para garantir saúde mental neste período, entre elas estão cuidar
de si e dos outros, prestar atenção às suas próprias necessidades, sentimentos e
pensamentos e comunicar a alguém quando sentir tristeza ou ansiedade.
Conseguir identificar quais são as emoções que estão surgindo e quais gati-
lhos elas estão acionando é importante para que você possa controlar os seus
sentimentos, e impedir que tudo isso se transforme em um quadro mais grave!
19
Posso ficar aqui fazendo inclusive várias citações que embasam esta minha
conclusão, mas quero citar apenas mais uma última referência e não menos
importante, na minha opinião:
Com isso, podemos concluir que a solução para acabar com o medo é o amor.
Somos nossos próprios amigos e inimigos: quando existe “Quem ama não teme,
medo você é seu próprio inimigo, quando não existe, você é quem ama confia”.
seu próprio amigo.
Segundo o escritor e PhD, Paulo Vieira; meu mentor e atual CEO da Febracis
(empresa líder no segmento de cursos e treinamento de inteligência emocio-
20
Então, é preciso alterar estas crenças para criar um ambiente mais favorável à
superação de medos imaginários e prejudiciais? Exatamente.
Aquilo que vivemos ao longo de nossas vidas, ou sob forte impacto emocional,
determina como nos posicionamos no mundo e moldam como enxergamos a
nós mesmo e as pessoas ao nosso redor, além de orientarem como devemos
lidar com as situações pelas quais passamos. Essas conexões, especifica-
mente, estão diretamente relacionadas as nossas emoções, e funcionam como
uma lente para a outras situações.
Desta forma, não se trata do ambiente e nem dos eventos das nossas vidas,
mas sim o significado que atribuímos a esta realidade. Ou seja, como nós a
interpretamos, moldamos quem somos e o que nos tornaremos.
21
Para se ter uma noção, Pablo Marçal, em seu livro “Antimedo”, explica que
a melhor maneira de combater o medo é a dessensibilização sistemática, ou
seja, o enfrentamento ao medo
Falar sobre medo ainda é tabu para a grande maioria das pessoas – que seguem
preferindo esconder e negligenciar seus traumas e limitações. Por isso, o primeiro
e mais importante passo é adquirir consciência de suas barreiras e medos.
22
Pare e pense por um instante sobre os seus reais medos. Tome consciência
deles e anote abaixo:
Medo Descrição
1
2
3
4
5
6
7
Feito? Agora, você está preparado para seguir com a leitura.
23
Assim você trará ao seu coração afirmações que lhe trazem esperança. Ne-
nhuma crise, interna ou externa, resiste à segurança de quem sabe o seu valor
e a sua contribuição. Pense nisso!
24
Por isso, é necessário ter preparo psicológico para lidar com essas mudanças
na rotina. E não transformar uma crise externa e uma crise interna.
Obviamente ter medo é normal em tempos de pandemia, mas ele está te pa-
ralisando? Medo de perder o trabalho e assim, torna-se improdutivo, medo de
investir em qualificações profissionais e ficar sem dinheiro, medo de sair na rua
e ser infectado.
A única notícia positiva que podemos tirar das crises é que elas passam. Assim
como a gripe espanhola declinou ao final do ano de 1918 o coronavírus tam-
bém será apenas uma lição de tempos difíceis.
O mundo continuará a crescer (mesmo que demore algum tempo para retomar
suas atividades econômicas).
A crise vem, causa mudanças e nós também devemos ser responsáveis por elas.
25
Ferramenta
1. Eu sou _________________________________________________________
2. Eu sou _________________________________________________________
3. Eu sou _________________________________________________________
4. Eu sou _________________________________________________________
5. Eu sou _________________________________________________________
6. Eu sou _________________________________________________________
7. Eu sou _________________________________________________________
8. Eu sou _________________________________________________________
9. Eu sou _________________________________________________________
26
27
Capítulo 2
Como você enxerga estes números? E quais as oportunidades que podem ser
observadas para a sua construção pessoal e profissional neste cenário?
O ambiente hostil pode ser encarado como uma mola que vai te ajudar a criar
oportunidades e não te paralisar na espera de que elas caiam na sua frente,
28
como mágica. Entenda que há solução para cada problema que se instala e tal
solução pode estar bem diante seus olhos, mas disfarçada.
Às vezes, não dá para enxergar com clareza mas, acredite, está lá!
Solo fértil
É preciso criar um ambiente fértil para que as dificuldades te inspirem
oportunidades, afinal, nenhuma planta cresce sem um bom adubo. Aqui, é
preciso encarar as mudanças que estão acontecendo ao seu redor, como
adubo para fertilizar sua terra.
Atravessar um rio com uma forte correnteza pode ser algo difícil e arriscado,
porém, com a segurança de uma corda, é possível se aventurar e avançar na tra-
vessia. Esse é o conceito de assimetria defendido por Nassim Nicholas Taleb, em
Antifrágil. Na obra, o autor explica que o equilíbrio não está em se arriscar mais
onde se sente seguro e menos onde é inseguro. Pelo contrário, ele diz que é a
assimetria que proporciona equilíbrio, pois aquilo que lhe confere segurança, ser-
virá como âncora para que você possa se arriscar onde tem menos segurança.
29
Obviamente, ninguém tem bola de cristal, portanto, aqui vale a tentativa e o erro.
Invista naquilo que tira você da sua zona de segurança e, se não der certo, tente
de novo! Nassim Taleb também defende que essa experiência (ou empirismo
como ele chama), se trata de tentativa e erro. Ele afirma que esse processo
precisa acontecer e será fundamental para que as oportunidades surjam.
30
Em um exemplo apresentado por Carlos Domingos em seu livro, diz que “ace-
lerar enquanto os outros freiam, pode ser uma boa opção”. Ele cita o caso do
ataque às Torres Gêmeas nos Estados Unidos em 11 de setembro, aconteci-
mento que gerou a maior crise da história no setor de aviação. Sem passagei-
ros, por conta do medo de novos ataques, o setor promoveu demissões em
massa e rapidamente encolheu.
Foi então que a Gol Linhas Aéreas, empresa brasileira, optou por medidas mui-
to diferentes das suas concorrentes: aumentou investimentos, negociou bons
contratos com fabricantes de aeronaves, fez aquisições de equipamentos por
preços mais atrativos e se preparou para o pós-crise. Nos anos seguintes, o
crescimento apresentado pela companhia foi surpreendente.
31
Anthony Robbins, autor do best-seller “Poder sem limites”, aborda essa questão ao
explicar a Programação Neurolínguistica (PNL). Ele explica que, por meio da PNL,
é possível dirigir o cérebro de uma forma favorável para atingir, frequentemente, os
resultados que deseja - alcançando o que o autor chama de “resultado optimum”.
Apesar de tudo isso, seu cérebro não vai funcionar sozinho. Você precisa ter
convicção de que vai conseguir atingir seus objetivos. Pergunta: a sua auto-
confiança é suficiente para continuar enxergando as oportunidades? Mesmo
em meio ao caos? Se você não está adequadamente pronto, dificilmente terá
convicção para percorrer essa estrada. As decisões que você toma ao longo
da sua jornada, também caracterizam um tipo de aprendizado que te ajuda a
ter uma visão mais clara das alternativas e possibilidades mais adequadas.
Veja o caso da Apple, citada por Carlos Domingos como exemplo de convicção e
obstinação. O fundador da marca, Steve Jobs, foi demitido da empresa em 1985,
após desentendimentos com o CEO que ele mesmo havia contratado. Desilu-
dido, Jobs vendeu suas ações (menos uma), se recompôs e voltou ao mercado
com a criação de outra empresa, a NeXT Computers. A nova marca lançou um
dos computadores mais revolucionários do mercado, cresceu, e em 1990 foi ad-
quirida pela Apple - que passava por problemas financeiros. Steve Jobs retornou
à companhia em 1997 e lançou grandes sucessos a partir daí: iPod, iPhone, iPad.
Tenha várias opções para cenários variados. Muitas em- Na Febracis, desde o
presas estão superando as dificuldades adotando esta começo do isolamento por
estratégia. Em “Antifrágil”, Nassim Taleb alerta que é
COVID-19, o crescimento
preciso abrir seu leque de opções e ter mais “opcionali-
foi de 22% graças aos
dade” diante dos cenários adversos.
cursos à distância que
a empresa já possuía.
32
33
Sem nada para fazer, ele ficava em casa, tentando distrair os filhos contando
histórias e criando brincadeiras. Certo dia, resolveu ensinar aos pequenos um
jogo que havia conhecido no trabalho e que simulava a negociação de imóveis
por valores fictícios. Charles desenhou na toalha de mesa uma cidadezinha
com casas e prédios parecidos que as construções da vizinhança. Para facili-
tar, ele mesmo estabeleceu as regras e começou a diversão.
34
São poucas as empresas que conseguem tirar proveito de uma crise e crescer.
Mais recentemente, outra crise mundial impactou nos hábitos das pessoas,
fazendo surgir novos negócios. Foi em 2008, quando muitos passaram a re-
pensar o consumo por conta da recessão global. Desta vez, a tecnologia e
as redes sociais deram novo sentido para o termo compartilhar, que deixou o
mundo virtual e se transformou em negócio real e inovador.
35
Outra empresa que surgiu no pós-crise de 2008 foi a Uber. Nos Estados Unidos
e em boa parte dos países da Europa a economia enfrentava um estágio lento
de recuperação, fazendo seus cidadãos buscarem alternativas para comple-
mentar a renda. Foi então que Travis Kalanick e Garrett Camp, após terem difi-
culdade para pegar um táxi em Paris, tiveram a ideia de criar o serviço facilitar
o acesso ao transporte.
Inicialmente, contava apenas com carros de luxo, mas o negócio cresceu, am-
pliou a oferta e hoje se tornou uma opção de renda para muitos brasileiros em
meio à crise de empregos. Seu valor de mercado chegou a 82,4 bilhões de
dólares, em 2019.
Ou, segundo o autor libanês Nassim Nicholas Taleb, ser antifrágil, que acredita
que é um engano achar que o oposto de fragilidade é robustez ou resistência,
uma vez que a principal característica de quem é Antifrágil é ser capaz de
suportar situações extremas sem se alterar. Para o autor, ao buscar apenas
essas duas características, uma pessoa não melhora o caos, ao contrário, ela
se mantém no estado.
36
Porém, se o indivíduo decide seguir pelo caminho que ele chama de antifrágil,
também encontrará obstáculos, mas eles servirão como ferramenta de apri-
moramento pessoal. Para o escritor deste livro Antifrágil, se alguém realmente
deseja crescer pessoal e profissionalmente, não deve evitar o caos. Afinal fugir
de mudanças ou se proteger de ataques pode parecer seguro, mas não é a
melhor opção para o desenvolvimento.
Assim recomenda ainda que cada um analise suas fraquezas e passe a enfren-
tá-las. Se uma companhia área é antifrágil, ela melhora após cada acidente
aéreo. Parece uma constatação no mínimo estranha, mas depois de acidentes
com aviões os protocolos de segurança são revisados, assim como equipa-
mentos e as aeronaves, tornando a operação ainda mais segura.
37
sabilidade. Assim, se uma pessoa acredita ser a única responsável pela vida
que tem levado, cabe a ela então construir seus comportamentos a partir dos
acontecimentos de sua vida.
Ferramenta
38
39
Capítulo 3
O fator superação
Existe uma relação direta entre fracasso e sucesso. Na verdade, o mundo tem
esse equilíbrio entre coisas boas e ruins e aceite que isso é bom para o seu de-
senvolvimento. Isso significa que o fracasso precisa fazer
parte da sua jornada. É claro que não há uma defesa para o fracasso precisa
que o fracasso seja uma opção, mas é preciso aprender fazer parte da sua
com o sucesso, mas também, com seus fracassos. Nin- jornada, ele te ensina
guém é só sucesso ou só fracasso! tanto quanto o sucesso.
Certa vez uma de minhas lideradas disse: “Eu acho que eu nunca vou ser tão
boa quanto você na tomada de decisão.” Foi então que eu afirmei: “Sabe o
que me fez chegar até aqui? Os meus erros e fracassos! Foram eles que me
fizeram aprender a fazer melhor. Portanto, a única coisa que nos faz ser dife-
rente hoje, é que eu já errei muito mais que você. Certamente, você fará o seu
caminho, mas apenas se aprender com cada erro”.
Quando comentam sobre o carro novo do chefe, muitas pessoas nem sempre o que
julgam aquilo como um indicador de sucesso na carreira, mas é sucesso pro
esse pode ser um julgamento equivocado. Analise outras hipóte-
outro, é sucesso
ses: talvez a família tenha aumentado, esteja viajando mais, tenha
para você também!
sido um negócio vantajoso e inúmeras outras possibilidades. O
conceito de sucesso é pessoal e depende do que cada um en-
tende como conquista para a própria vida.
Costumo dizer que os parâmetros de sucesso são tão individuais que cada
um tem os seus e, por isso, digo: questione-se o que é ser bem-sucedido para
você! Tome um tempo para pensar sobre isso e liste a seguir pelo menos 7
pontos de sucesso e de fracasso de acordo com a sua avaliação.
40
Sucesso
1
2
3
4
5
6
7
Fracasso
1
2
3
4
5
6
7
41
42
É importante alertar que ser vulnerável não é ser vitimizado. Ficar com pena
de si mesmo, pode despertar a autocomiseração o desejo inconsciente de ter
a piedade das pessoas. O que pode lhe trazer o personagem da vítima sofre-
dora que é o oposto do herói aprendiz. Também é diferente de se acomodar,
apenas reconhecendo a sua vulnerabilidade, sem tentar mudá-la. Assumir as
vulnerabilidades é o primeiro passo para aprender e buscar novos caminhos.
Caso você decida mudar de carreira porque entende que isso é muito impor-
tante para o seu futuro, você vai precisar enfrentar o medo de ficar sem empre-
go, sem dinheiro e de não conseguir pagar as suas contas. Mas veja, o medo
é imaginário e você pode transformar esse medo em poder – quando entender
43
que o novo traz novas formas de fazer e para quem tem atitude e não desiste
(persistência), nunca irá fracassar. Irá tentar novos caminhos até alcançar.
Ressignificar o sucesso passa por não alimentar seus medos. O sofrimento por
temer o fracasso não está no fracasso em si, mas na avaliação que você faz
a respeito disso. Quando entende que fracassar é aprender o que não fazer e
descobrir uma nova maneira de agir. Tudo muda, não é mesmo.
44
Essa atitude é vital para o sucesso pessoal. Se você foca apenas na crise, irá
mergulhar profundamente nesta situação. A imagem mental, positiva ou nega-
tiva, vista repetidamente ou sobre forte impacto emocional, tende a ser tornar
uma verdade sináptica, ou seja, uma programação mental. Isso quer dizer que
os registros neurais produzidos com o ensaio mental gerarão mudanças con-
cretas dentro e fora da pessoa.
45
À primeira vista, isso não é fácil, pois o próprio ambiente ao redor da pessoa
desmotiva. Inclusive, não faltarão sugestões externas de que a mudança que
você escolheu fazer não será possível. Ou até mesmo seus pensamentos cria-
rão diálogos internos, estabelecendo barreiras para a instalação de uma men-
talidade positiva. Isso mesmo. Nosso cérebro é poderoso e vai tentar blindar as
mudanças que geram mais trabalho para ele. Afinal, ele já tem um programa, o
que você está fazendo é mudar o programa do seu computador. O que exige
muita energia no início.
46
Desta forma, ao começar a sentir um padrão negativo, você tem que deixar de lado
o desespero para começar a romper com este estado. É o que eu chamo visão de
helicóptero! Uma visão de fora e do alto, que tira a miopia da decisão a ser tomada.
47
como o problema deixa de ter peso na vida da pessoa. Não é preciso ignorá-lo,
mas sim alterar o estado mental e emocional diante da situação para não apenas
conseguir encontrar a solução, mas também agir com base nelas. Costumamos
falar, na Febracis, que é preciso adequar as lentes através das quais você enxerga
o mundo! Ele pode ser cinza ou multicolorido, depende da lente que você utiliza.
48
Neste sentido, toda a tomada de decisão se resume a uma definição do que acre-
ditamos e do que buscamos como motor propulsor do nosso desenvoldimento.
De acordo com Daniel Kahneman o cérebro humano conta com duas formas de
pensamento: o Sistema 1, mais rápido e automático; e Sistema 2, que se concen-
tra e toma decisões mais trabalhosas. Assim, quando uma decisão é tomada pelo
Sistema 1, ela se dá sem esforço e rapidamente, pois se baseia nas impressões
que a pessoa carrega, ou seja, seus conhecimentos e experiências acumulados.
Porém, para que o processo decisório ocorra, a pessoa precisa escolher entre
possibilidades ou caminhos diante de muitas possibilidades. Como vivemos
49
Vale lembrar que autoconhecimento é necessário para a pessoa mudar sua forma
de agir e conquistar autonomia e segurança na tomada de decisão. Ao aprender
algo, é normal repetir muitas vezes até aquilo fazer parte da nossa lógica.
Em uma série de artigos intitulada “A Teoria da Mente”, revisado por Tania Mara
Sperb e Graciela Inchausti de Jou, é proposta uma relação entre casualidade e
tomada de decisão. Elas defendem que as decisões que tomamos que, por vezes,
parecem aleatórias, são baseadas em memórias anteriores. Se ainda não possuí-
mos uma memória idêntica à da situação que estamos vivenciando, iremos utilizar
memórias similares para optar pela resposta mais próxima da ideal para tal situação.
50
é celebrar, pois quando manda essa mensagem para o cérebro ele entenderá
que algo bom aconteceu, mesmo quando as coisas estavam difíceis.
Tudo vai depender da lente que você vai usar para olhar as circunstâncias.
Como crise? Ou como oportunidade?
O mundo é muito plural e mutante para que você crie verdades absolutas. No
“Poder da Ação”, Paulo Vieira chama essas verdades absolutas de “muralhas”,
pois se tornam obstáculos na sua jornada para o sucesso. Isso significa que,
em meio a tantas opções de respostas o que importa é o outro lado: a pergunta.
Existe uma estratégia muito eficiente (e muito simples) para te ajudar a filtrar
tudo isso. Se as respostas são as variáveis, saiba fazer perguntas. São as
51
52
Como questionar?
Fazer perguntas não é algo tão simples e demanda o entendimento de que as
pessoas se encaixam em níveis, de acordo com o seu poder de questionamen-
to. Na Febracis acreditamos que existem quatro tipos de questionadores:
No primeiro, se você não ocupa um espaço, alguém vai ocupá-lo por você.
Deixar de questionar sobre as suas verdades te conduz por um caminho de
aceitação da verdade de outros. Num cenário de crise, se você não é questio-
nador, aceita verdades do tipo: “a saída para sua empresa é demitir os colabo-
radores e fechar as portas como todo mundo está fazendo”. Veja, essa pode
ser uma opção a se considerar, porém, é a mais adequada para o momento?
E a melhor para você e o seu negócio?
Neste sentido, defendemos que você precisa decidir baseado em três pon-
tos: aceitar a ideia integralmente, recusá-la integralmente ou aceitar uma parte
dessa ideia e recusar outra. Antes disso, questione-se novamente: É o melhor
para mim? Isso condiz com meus valores e crenças? Serei feliz fazendo isso?
É o melhor momento?
53
Por fim, estão os super questionadores. São aqueles indivíduos que superam
as perguntas sobre onde e como chegar, e questionam o porquê deste cami-
nho. “Qual o propósito em continuar atuando neste segmento” ou “Quais as
razões que me mantém nesse emprego”, são exemplos do quanto este tipo de
pergunta pode trazer à tona os valores pessoais de cada um. Essas pessoas
que deixam um legado na Terra.
Outro ponto importante para fechar este capítulo é a construção do que aqui
na Febracis chamamos de PPS’s - Perguntas Poderosas de Sabedoria. Essas
são as perguntas tipicamente realizadas pelos super questionadores e que
aprofundam questões como limites, origens e medos. Este é um recurso que
não pretende apresentar respostas rápidas ou fáceis, mas sim respostas que
expliquem mais do que você quer saber. Elas contribuem para a sua evolução.
Mas, observe que as perguntas comuns devem ser diferentes das PPS’s e
precisam seguir cinco critérios de orientação: para o futuro, para ação e a re-
flexão, para a solução, para metas e objetivos e para a autorresponsabilidade.
Observe que este é o caminho para atingir uma plenitude muito diferente de
não se questiona.
54
FERRAMENTA
Auto-coaching
Avalie as orientações acima e se proponha a construir as suas perguntas po-
derosas de sabedoria.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
55
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
56
57
Capítulo 4
Revolução pessoal
Refletindo sobre este tema, busquei entender como foram as
minhas maiores transformações, e concluí que aconteceram As maiores
nos momentos mais desafiadores. Acredito eu que fui “for- transformações
jada” com fogo a 700 graus, uma prensa e marteladas. Isso ocorrem nos momentos
mesmo, o ambiente de caos e desafios me transformou em mais desafiadores.
uma profissional e pessoa muito melhor.
Poderia relatar aqui vários períodos de caos e crise que aconteceram comigo,
mas prefiro me atentar ao mais recente.
Também vivi neste período um desafio pessoal. Eu e toda a minha família posi-
tivamos em COVID-19 e vivemos além dos sintomas, a dúvida do tratamento,
o pré-conceito das pessoas e até o medo, já que a minha mãe de 71 anos,
cardiopata e politraumatizada após uma fratura de cervical e fêmur, teve com-
plicações no quadro com pneumonia, herpes zoster e trombose por causa do
vírus. Ela foi a primeira a se contaminar, ainda no hospital, por causa do período
de internação para as cirurgias de cervical e fêmur após uma queda de própria
altura no banheiro da nossa casa. Depois, em função da proximidade para
cuidarmos dela, veio o meu contágio, do meu irmão, marido, filho e cunhada.
Neste período, minha fé me sustentou e o meu conhecimento aplicado de in-
teligência emocional e todas as suas ferramentas me fizeram ter iniciativa para
planejar e buscar o melhor tratamento.
58
Poderia contar em detalhes para você como foi toda esta fase crítica e a sua
superação, porém o meu maior objetivo aqui é mostrar que FUNCIONA. Cada
maneira de vencer o medo foi estudada com muita profundidade para passar
para vocês muitas referências científicas, e esse conhecimento de inteligência
emocional aplicado é algo que já vivemos no Método CIS há muitos anos.
Ao propor uma mudança necessária para a sua vida, você está agindo no
campo interno dessas mudanças, naquilo que é mais consciente. Então eu lhe
pergunto: quantos hábitos ruins (improdutivos) você executa durante um único
dia? Você consegue ter consciência destas práticas?
Quando falo de hábitos ruins, me refiro a tarefas diárias que mais lhe afastam
dos seus objetivos e metas. São distrações, ou tarefas improdutivas.
Além disso, coisas do seu dia a dia passam despercebidas em meio a sua roti-
na, como um exame médico que você vive adiando ou uma atividade física que
59
Gandhi disse que “suas crenças se tornam seus pensamentos, seus pensamen-
tos se tornam suas palavras, suas palavras se tornam suas ações, suas ações
se tornam seus hábitos, seus hábitos se tornam seus valores e seus valores se
tornam seu destino”. É uma clara explicação do quanto os hábitos ruins são
cegamente utilizados pelas pessoas e o alto potencial de dano que eles têm.
60
Zona de conforto
Os hábitos são rotinas que se repetem e, pela própria etimologia da palavra,
habitam em algum lugar. E sabe onde os hábitos ruins habitam? Na sua zona
de conforto! É exatamente por isso que são tão difíceis de serem identificados.
Quem é que não gosta de dormir até tarde, não é mesmo? Mas, quando esse
hábito ocorre repetidamente, ele se torna prejudicial. O ser humano deveria des-
pertar com o nascer do sol e adormecer com o surgimento da noite – o chamado
de relógio biológico. Mesmo ciente de que a sua disposição é melhor com esta
rotina, a zona de conforto fala mais alto e você continua dormindo até tarde.
61
Entenda que a consciência sobre estes hábitos ruins será o grande divisor de
águas na sua vida.
O pior dos hábitos ruins é a alienação. Ela impede que sua visão seja clara e
estratégica na busca por oportunidades em meio a uma crise. Existem pessoas
que nem mesmo questionam seus hábitos e, portanto, vivem alienadas em suas
próprias rotinas. O diálogo proposto por Napoleon Hill em “Mais Esperto que o
Diabo” aborda justamente essa alienação como um fator de controle mental. Ele
diz que a mente é, nada mais, nada menos que a soma de todos os seus hábitos.
Elas são criadas para que você possa justificar as suas falhas e insucessos, sem
se responsabilizar neste contexto. Essas historinhas são estruturas linguísticas,
verbais e mentais, que podem surgir de maneira disfarçada ou escancarada.
Enquanto houver historinhas e justificativas, ninguém muda ou aprende.
Mas é fato que ninguém gosta de assumir fragilidades. Falamos sobre assumir as
vulnerabilidades, mas é sabido que, para muitas pessoas, ainda se trata de algo
desafiador. Mas faça um esforço: reconhecer onde você está sendo negligente
consigo mesmo é libertador! Porque este é o primeiro passo para a mudança.
62
Para que essa programação (sintaxe mental) seja modificada de modo a prio-
rizar a solução, é preciso mudar o foco que você tem aplicado às situações
da vida. Olhar por outro prisma ajuda diretamente na aquisição de uma nova
consciência e de novas alternativas para as dificuldades que surgem à sua
frente. Aqui, lembra-se do exemplo da janela e das laterais por onde se obser-
va a mesma paisagem em diferentes ângulos. Novamente temos a conclusão
de que o problema não está na situação em si, mas na maneira com que você
interpreta ele.
63
64
foco. Mas não é nada disso. Significa dizer não às centenas de outras boas
ideias que existem. Você precisa selecionar cuidadosamente”.
Para isso é preciso ter maturidade emocional na definição dos seus objetivos,
mirando sempre aquilo que realmente importa. Pessoas imaturas começam
algo, mas logo se distanciam do que é importante realizar. Isso explica, por
exemplo, a realização de uma tarefa que deveria ser realizada em 2 horas e
termina por demorar o dia todo. Aqui, o imaturo encararia como foco a entrega
da tarefa, enquanto aquele que tem inteligência emocional, como a sua contri-
buição para o resultado que todo o time precisa conquistar.
Este ponto se conecta com o seu propósito. Lembra-se das PPS’s, as Pergun-
tas Poderosas de Sabedoria? São elas que direcionam o seu entendimento
para o que, de fato, é o seu propósito. A lógica defendida aqui é focar nas
coisas que contribuam para este propósito.
Com esta programação definida, será possível avaliar com clareza os resul-
tados da sua mudança de atitude. Ao final, olhando para trás, você vai se
surpreender ao notar que esse caminho te apresentou uma nova realidade e
uma nova rotina. Contudo, isso não significa que você precisa assumir essa
nova rotina para sempre.
65
e isso tem relação direta com a mudança de hábitos que estamos discutindo.
Se uma empresa não adota uma rotina com seus colaboradores, e estes não
adotam uma rotina com suas tarefas, o resultado final será no mínimo desas-
troso: fornecedores sem pagamento, clientes sem respaldo, obrigações fiscais
atrasadas e nenhum futuro que motive todos a continuar.
Mais do que criar rotinas para subsidiar suas mudanças, é preciso adotar um
estilo de rotina inteligente, que fundamente as ações da maneira mais correta
possível. O Paulo Vieira chama essa abordagem de “rotina de excelência”.
Para ele, acrescentar a palavra excelência à sua rotina te proporciona uma
visão focada no que é mais importante para você, aumentando sua produtivi-
dade de cinco a dez vezes mais do que a média das outras pessoas.
É uma busca por um fator de diferenciação que vai destacar suas habilidades
e permitir que você tenha mais tempo para cuidar de outras áreas da sua vida,
como a sua saúde ou momentos com sua família. Como recurso para atingir
a rotina de excelência, o Paulo propõe uma ferramenta exclusiva do Método
CIS, chamada de Agenda da Vida Extraordinária.
Diferente de qualquer outra agenda que define tarefas e horários, a agenda ex-
traordinária vai além e abraça um estilo de vida – conceito muito mais abrangen-
te – que permite percorrer outras áreas da sua vida e não apenas essa ou aquela
tarefa. Afinal, ninguém vive apenas de tarefas domésticas ou profissionais.
Diante disso, pense: para quantos pilares da sua vida você está direcionando
o seu foco? O Paulo Vieira, que possui milhares de horas como coach profis-
sional, aponta que as pessoas dispensam cerca 80% do seu foco para uma ou
duas áreas de suas vidas, apenas. Com a resposta anterior, você está dentro
ou fora desse percentual?
66
Já se perguntou por que tanta gente usa o final de semana para focar em
áreas como família (almoçar com os pais), espiritualidade (ir à igreja), praticar
exercícios físicos ou até mesmo interagir com seus filhos? Mas, e durante a
semana? Elas não precisam focar nessas áreas também?
» Espiritual
» Parentes
» Conjugal
» Filhos
» Social
» Saúde
» Servir
» Intelectual
» Financeiro
» Profissional
» Emocional
Vale lembrar que (você já deve estar se perguntando isso) a agenda não con-
templa o sábado e o domingo pois, com base nas aplicações do CIS, a rotina
de excelência praticada de segunda à sexta-feira é suficiente para que o sá-
bado e o domingo sejam livres de programação, permitindo que a criatividade
flua sem amarras. Inclusive já tratamos sobre isso, demonstrando que a criati-
vidade é essencial para que novas soluções aflorem.
67
Essa ferramenta é uma proposta e não uma prisão. Ela não pode se tornar um
símbolo de sofrimento caso você não consiga cumprir suas programações.
Segundo o livro, um hábito possui três fatores que se complementam para que
a ativação cerebral aconteça: gatilho, rotina e recompensa. Os gatilhos são
as estruturas que acionam o “piloto automático”; a rotina trata de executar o
comando que ativou o cérebro; enquanto a recompensa positiva prova para o
cérebro que vale memorizar tal hábito para o futuro.
Essa explicação é necessária para que você entenda que, quando um hábi-
to surge, o cérebro para de participar integralmente da tomada de decisões,
criando o que Duhigg chama de “loop do hábito”.
68
A ansiedade gerada pelo loop é tão grande que afeta a racionalidade do que
você precisa fazer. Se estiver em um relatório importante, por exemplo, o es-
forço para se concentrar será ainda maior e mais desgastante. Segundo o
livro, essa programação mental é tão intensa que os hábitos ruins não podem
ser eliminados, mas sim modificados.
Mas saiba: este não é um processo mágico, e precisa haver persistência. Re-
tomando o caso de verificar as redes sociais durante o trabalho, se o gatilho
é a vontade de estar por dentro do que acontece, e a recompensa é estar
informado, altere a rotina para acessar o celular durante a ida ao banheiro ou
no intervalo para um café.
Duhigg diz que a chave para o sucesso é ter clareza na recompensa, ou seja,
se você não perceber esse “prêmio”, a estratégia vai fracassar.
69
programar seu celular ou deixar sua roupa à vista quando acordar. Com a
repetição desses passos, o cérebro vai criar um loop, automatizar o processo
e assim você o consolida como um bom hábito.
De nada vai adiantar você colocar tudo isso em prática se não tiver força de
vontade para perseverar nessa rotina. Muitas pessoas desejam a mudança
de hábitos, mas não se questionam sobre seus valores pessoais, comporta-
mentos e objetivos. Depois de um tempo, tudo isso perde o sentido de ser
para essas pessoas e elas acabam desistindo destes esforços, abrindo novas
experiências de fracasso.
O Paulo Vieira alerta que a sociedade tem por desejo primário o “ter” antes
do “ser”, e que isso torna todo o seu propósito em algo efêmero, ou seja,
passageiro. Sem essa concretude como principal agente motivador, nenhuma
mudança de hábito será possível.
Agora, faça o exercício de listar quais são os hábitos mais prejudiciais que
você gostaria de mudar em si mesmo e isole o gatilho, a rotina e recompensa
que programam eles. Proponha, também, alterações para essas rotinas de
modo que esses hábitos sejam modificados para favorecer os seus objetivos.
70
Ferramenta
Mudança de Comportamento
Com essa ferramenta, e por meio de perguntas certeiras, você estará apto a identifi-
car comportamentos e hábitos nocivos para você mesmo além de identificar o gatilho
emocional que inicia esse comportamento no seu dia a dia. Assim, consegue criar
ações para impedir que ele venha à tona.
» Quando ocorre?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
71
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
72
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
73
Capítulo 5
Aristóteles ensina isso ao explicar que viver de maneira coletiva é a única chance
de sermos humanos. Ele diz que o ser humano é carente de algo que o leva a um
determinado desejo (desafio) e de alguém que o leve a se associar a grupos (co-
nexão). Isso demonstra que somos incompletos e que necessitamos de outros
seres humanos, também incompletos, para alcançar uma vida autossuficiente.
74
A construção de uma comunidade da qual você fará parte, servirá como base
para estabelecer relações saudáveis em outras áreas da sua vida. Observe
que um dos pilares que mencionamos no capítulo anterior é o social, e isso
também precisa ser notado. Você pode ter muito sucesso na vida financeira e
ainda assim ser carente de relações de amizades e de conexões que te ajudem
a satisfazer o desejo nata de pertencer a um grupo.
Quantas pessoas você conheceu que possui muito sucesso numa determina-
da e área e não possuí relações de amizade? Acontece.
75
pressupõe que o vendedor, com interesse direto na operação, não será tão sin-
cero quanto alguém do seu círculo de confiança.
Você já está se perguntando o quanto dos seus hábitos têm relação com a
influência das pessoas com quem se relaciona? A ideia é justamente analisar-
mos isso neste capítulo.
Analise como exemplo o padrão de pessoas que trabalham numa startup, com
ambientes informais, roupas confortáveis e linguagem mais simples. É comum
que, ao entrar neste convívio, um indivíduo passe a se comportar da mesma
maneira ou até mesmo altere a sua visão sobre o modelo tradicional de trabalho
76
por causa dessa nova influência. Você se faz valer das experiências deste gru-
po para tomar a decisão de que essas novas práticas são o melhor para você.
Nos anos de 1960, Stanley Milgram conduziu um estudo que mostrou que
as pessoas estão conectadas por, em média, seis graus de separação. Eles
pediram que alguns moradores de Nebraska enviassem uma carta para um
empresário de Boston. Todas tinham de usar como ponte uma pessoa que
conheciam pessoalmente.
O objetivo era medir o número de etapas necessárias para que a carta chegas-
se ao executivo. Em média, o experimento resultou em seis etapas. Tempos
depois, em 2002, o sociólogo Duncan Watts e dois colegas usaram e-mail em
escala global, obtendo os mesmos resultados – seis graus de separação.
Outro estudo que comprovou o quanto estamos conectados foi liderado por
Stanley Milgram, em 1968. Ele investigou a importância do reforço de múltiplas
pessoas sobre o comportamento. Para isso, observou 1.242 pedestres que ca-
minhavam por uma calçada e sua reação quando encontravam atores olhando
fixamente para cima, na direção de uma janela do outro lado da rua. Os pedes-
tres foram filmados para registrar se paravam e se olhavam para cima também.
77
Quando havia apenas 1 ator parado, 4% dos pedestres pararam e 42% olharam
para cima; quando havia 15 atores, 40% pararam e 86% olharam para cima.
Christakis e Fowler descobriram que a influência numa rede social segue a regra
dos 3 graus, ou seja, tudo o que fazemos ou dizemos avança por nossa rede de
relacionamento impactando inicialmente nossos amigos (1º grau), depois os ami-
gos de nossos amigos (2º grau) até achegar aos amigos, dos amigos de nossos
amigos (3º grau). Acima destes níveis, a influem deixa de ser tão significativa.
78
E somos, cada um de nós, influenciados pela nossa rede social nestes três
graus. Logo, se nossos relacionamentos são com pessoas felizes, seremos
contagiados por este sentimento.
79
Por isso, é importante que você saiba escolher as pessoas com quem se re-
laciona de acordo com as metas que busca para sua vida. Se você pretende
ter uma vida financeiramente mais próspera, tem de gerenciar melhor suas
redes de relacionamento. A estratégia efetiva para mudar sua vida é composta
por crenças (aquilo que cada um acredita), programações mentais (padrões
de vida) e, finalmente, chega-se ao contágio emocional. Ao atingir estes três
elementos, certamente, você alcançará o sucesso que busca.
Provavelmente, algumas pessoas acham este tipo de atitude fria e que repre-
senta uma mudança radical, contando até com rupturas com pessoas de con-
dição social diferente daquela que a pessoa escolhe. Não é isso. Há sempre o
que trocar entre as pessoas de uma mesma rede social. Uns podem te trazer
sucesso financeiro, outros, espiritual, por exemplo.
80
Você deve estar se perguntando como fazer isso. A primeira ação é mudar a sua
comunicação. Por exemplo, se alguém vier com atitudes ruins, responda com
silêncio e amor, principalmente se for uma pessoa da família. No caso de um
amigo que reclama muito, afaste-se também. Mas, se for pai, mãe ou cônjuge,
trate a pessoa com amor, temporalidade e espacialidade. Como o meu mentor
Paulo Vieira menciona, temporalidade é a quantidade de tempo suficiente para
comunicar amor e não receber contágio negativo, enquanto espacialidade é o
distanciamento físico em um determinado período que te permite ficar sem ver
e conviver com esta pessoa sem que haja prejuízo para ambos.
81
82
Esse “lastro” fica muito claro quando, durante o dia, você se depara com al-
guém muito simpático e cortês. Esse sentimento se propaga nas suas relações
ao longo do dia. Por outro lado, o mesmo ocorre com os sentimentos negati-
vos, como de raiva ou fracasso. Ao se deparar com alguém irritado logo pela
manhã, você pode se contagiar negativamente e reproduzir este padrão.
83
Isso acontece pois, segundo Christakis & Fowler, as conexões tendem, conscien-
te ou inconscientemente, a se associar com pessoas que se pareçam conosco –
como as conexões que ocorrem entre os amantes de café ou de esportes radicais.
84
Analise as pessoas que fazem parte das suas redes de relacionamentos e se
pergunte: são boas redes sociais? Você é a média das cinco pessoas com as
quais mais se relaciona, então fica o alerta, principalmente sobre as pessoas
que mais gosta. Elas exercem uma influência muito forte sobre você.
Ninguém está pedindo que você desista de suas amizades que não contribuem
positivamente, mas sim que tenha consciência do contágio prejudicial ao qual
você está suscetível. Com isso em mãos, é possível criar uma blindagem para
não ser afetado e, ao mesmo tempo, contribuir positivamente no contágio de
emoções, sentimentos, pensamentos e atitudes mais positivas.
Ferramenta
Mapa de Modelagem
Essa ferramenta vai te ajudar a identificar pessoas que podem te influenciar
positivamente para que você alcance seus objetivos com mais velocidade.
1. Selecione uma áreas da sua vida que precisa melhorar o contágio social:
⃣ Espiritual ⃣ Servir
⃣ Parentes ⃣ Intelectual
⃣ Conjugal ⃣ Financeiro
⃣ Filhos ⃣ Profissional
⃣ Social ⃣ Emocional
⃣ Saúde
2. Agora liste pelo menos 5 pessoas que você entende que podem lhe
influenciar positivamente nesta área, em função de já terem alcançado
resultados que você também almeja nesta área.
1. _____________________________________
2. _____________________________________
3. _____________________________________
4. _____________________________________
5. _____________________________________
85
Capítulo 6
Para ele, a maior parte das pessoas acredita que, ao se empenhar, terá suces-
so e, logo, será feliz. Entretanto, após mais de uma década de pesquisas nos
campos da Psicologia Positiva e da Neurociência, foi comprovada a relação
entre sucesso e felicidade acontece de maneira inversa: primeiro vem a felici-
dade e ela será o combustível necessário para o sucesso.
86
Prova disso foi um levantamento feito pelo Harvard Crimson que evidenciou
que quatro em cada cinco alunos da universidade sofriam de depressão ao
menos uma vez no ano letivo e, cerca de metade de todos os alunos era aco-
metida por um estado depressivo tão debilitante que não conseguia desempe-
nhar suas atividades. Esse é um dado alarmante!
O que Shawn Achor prova pra gente é que é justamente ao contrário: “a fe-
licidade precede o sucesso, e não resulta dele”. Isso porque a felicidade e o
otimismo resultam em desempenho e a realização, dando a você a vantagem
competitiva que o autor chama de Benefício da Felicidade. Para sua surpresa,
enquanto você espera a felicidade chegar, você limita o potencial do seu cére-
bro para o sucesso, enquanto que, ao cultivar a positividade, aumenta a sua
motivação, eficiência, criatividade e outras características necessárias para
melhorar seu desempenho.
A dica de ouro aqui é praticar o otimismo, sempre, em todos os campos de sua vida.
87
Assim, irá encontrar a motivação necessária para superar todos os obstáculos que
encontrar. Em seus estudos em psicologia positiva, Shawn Achor identificou sete
princípios que levam ao sucesso e à realização pessoal em todos os setores da vida.
88
89
» Motivação
» Capacidade
» Oportunidade
Agora pare e reflita por um momento: qual posição da pirâmide você ocupa
atualmente?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
90
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Pessoas do primeiro tipo gostam mais de receber do que dar, costumam co-
locar seus interesses à frente das necessidades alheias e acreditam que o
mundo é um lugar competitivo no qual precisam ser melhores do que os ou-
tros. Este grupo se empenha em exibir seus feitos. Eles não são maldosos, são
defensivos.
Ao comparar estes dois tipos, fica evidente que eles são diferentes em atitu-
des e iniciativas. Enquanto os tomadores ajudam outras pessoas para obter
alguma recompensa ou conquistar algo, os doadores fazem isso sem esperar
nada em troca. Mahatma Gandhi, Santa Dulce e madre Teresa de Calcutá são
exemplos de doadores.
Pela lógica um dos dois tipos seguintes seriam fortes candidatos a ocupar
o topo da pirâmide, mas Adam concluiu que isso não acontece. Ao analisar
91
92
» Ignore o efeito capacho – ser doador não é ser uma pessoa que co-
mumente é passada para trás. Um doador de verdade sabe até onde ir
e valoriza pessoas ou situações que precisam.
Quando você diz que está morrendo de fome, não está literalmente morrendo,
mas sim com uma fome muito grande. No trabalho, ao dizer que está carregando
o departamento nas costas, na verdade está dizendo que está sobrecarregado,
com muitas reponsabilidades e tarefas. Estes são exemplos de metáforas!
93
Mas onde as metáforas se aplicam aqui? A todo momento este livro trata de
superar seus medos por meio de uma mudança de mentalidade, de modo
que você consiga enxergar as possibilidades que estão à sua volta. Falamos
que mudar a maneira com que você olha para as adversidades lhe permite
ter o controle sobre o quanto elas exercem poder sobre você e com as pala-
vras acontece a mesma coisa. As metáforas que repetimos cotidianamente se
transformam em hábitos com alta carga emocional, capazes de alterar não só
nossa convicção diante das coisas, mas o nosso corpo.
Os símbolos podem ter origem em objetos, imagens, sons e nas palavras. Por-
tanto, Robbins diz que as metáforas também exercem esse poder de influência
e, sendo assim, acabam possuindo muito mais intensidade emocional e com
capacidade de promover transformações instantâneas.
Se você acha que esse entendimento é surreal, preste atenção nas frases:
» Desde que que voltamos do almoço o tempo está se arrastando, olha a hora.
» Desde que voltamos do almoço o tempo está voando, olha a hora.
94
Note que elas conduzem você por experiências de significado diferentes, onde
a primeira é negativa e a segunda é positiva.
É preciso selecionar as metáforas que farão parte do seu dia a dia para que
os outros não as escolha por você. Lembra-se que falamos sobre como somos
influenciados por outras pessoas no capítulo anterior? Segundo Robbins, as nos-
sas metáforas advém das pessoas ao nosso redor como amigos, pais, professo-
res entre outros. Selecione suas metáforas e comece a aplicar já essa mudança.
95
As mudanças que você deseja realizar na sua vida não podem conflitar com o
que você deseja ou necessita. Se esta relação desrespeitar outras coisas que
você acredita, não haverá uma oportunidade plena de sucesso. É aqui onde
entram os seus valores.
Os valores têm origem na sua criação, quando seus pais diziam o que podia
e não podia fazer e recompensava você pelas ações denominadas corretas.
Algo como o bom comportamento ser premiado com um doce ou suas boas
notas na escola resultarem em um passeio no fim de semana. Do contrário,
sofreria punições – como o castigo por ter desobedecido uma ordem.
96
gem que você tem de si mesmo. Essa auto-identificação, termo utilizado por
Robbins, vai estar refletida em seu comportamento, em sua fala, maneira de
se vestir e pessoas com quem se relaciona mais intimamente. Veja, quando
alguém que possui muito dinheiro transita com um automóvel simples, ela co-
munica que o carro não compõe seus valores e que eles podem estar relacio-
nados com economia, por exemplo.
Segundo o autor, grande parte dos conflitos que temos durante a vida ocorrem
por um desconforto em relação aos valores diferentes de outras pessoas. Por
isso, é muito importante descobrir o que é importante para você em uma es-
cala de hierarquia. Se nessa escala o trabalho vem antes da família, fatalmente
você vai deixar sua família de lado durante um jantar para atender uma ligação
de trabalho. Analisar essa hierarquia de valores explica muito sobre o seu com-
portamento de outras pessoas também.
Os valores carregam alta carga emocional e os mais altos da sua lista (hierar-
quia), constituem a melhor ferramenta para conectar pessoas. Veja o exército
como um exemplo de pessoas que se alinham pelos seus valores mais altos de
patriotismo e coragem. Por outro lado, criar comportamentos que coloquem
97
Robbins é categórico ao dizer que é crucial criar mapas que identifiquem com
máxima correção os seus valores e os valores das outras pessoas. Assim, será
possível não só reordenar suas prioridades para cada uma delas, como tomar
consciência de quais valores você precisa adquirir para se conectar com as
mesmas pessoas. O mundo muda e as pessoas mudam.
Os valores também precisam seguir este fluxo a fim de projetar mais possibili-
dades de superar sua situação de medo.
98
Ferramenta
Ordenação de Valores
1. Liste na coluna “Valor” tudo que considera mais importante na sua vida
2. Na coluna “ED” (estado desejado), enumere por ordem de prioridade
(mais importante para o menos importante).
3. Na coluna “EA” (estado atual), enumere por ordem de prioridade que
você da hoje (quanto tempo você está se dedicando a este valor)
1._______________________________
2._______________________________
3._______________________________
4._______________________________
5._______________________________
4. Agora reflita:
99
Capítulo 7
100
Quando está determinado a agir em prol dos seus objetivos, é preciso ter um
entendimento que supere o pensamento cartesiano, defende o autor. Pensa-
mento cartesiano é o pensamento óbvio, simples, e esse nome tem origem no
filósofo e matemático francês que o criou, Descartes. Portanto, seu pensa-
mento precisa ir além e enxergar mais à frente.
101
Assim, você terá clareza sobre o que dá certo e adquirirá experiência e enten-
dimento do que precisa ser melhorado. Você transfere o poder do seu medo
para as suas atitudes, como um antídoto.
Para te ajudar a definir suas próximas ações, é possível utilizar uma ferramenta
bastante conhecida no mundo empresarial, a 5W2H. Essa ferramenta de ges-
tão surgiu no Japão, criada por profissionais da indústria de automóveis que
buscavam aprimorar a qualidade de produção. A ferramenta ganhou amplitude
e tem sido utilizada na elaboração de planos estratégicos com muita eficácia.
A ideia principal desta ferramenta é te dar visibilidade de ter tudo o que precisa
nas suas mãos para que uma determinada ação seja executada sem percalços.
Caso você perceba que algum desses pontos não tem uma resposta, não tem
problema, você pode deixar em branco.
102
a razão em si não cria valor, nos seres humanos a todo momento e já falamos so-
bre o quanto isso afeta nossas decisões. O que nós
é preciso acrescentar
sentimos define nosso estado emocional: triste, ale-
emoções de maneira
gre, feliz, com raiva e, consequentemente, acabam
focada e inteligente.
por definir nossos comportamentos.
Pense num dia de muita alegria onde se sentiu invencível, capaz de grandes feitos.
Uma positividade tão forte que repercute em outras coisas da sua vida e você aca-
ba concluindo que seu dia está sendo ótimo! Por outro lado, existem momentos
em que o sentimento de derrota é tão forte que você não consegue tomar um café
sem derrubar sobre sua própria roupa e concluir, rapidamente, que está tendo um
dia péssimo. Estes são os estados neurofisiológicos e são eles que ditam o sobe
e desce das nossas emoções. Anthony Robbins explica, em Poder sem Limites, o
quanto estes estados interferem na busca por nossos objetivos.
103
104
não conserva vida dentro da água, nosso corpo também não. É um conceito
que ele chama de “higiene natural”. Sobre isso, Robbins apresenta seis fato-
res que contribuem para que seu corpo armazene a energia necessária para
impactar nas suas emoções, no seu físico e no seu intelecto.
Por fim, o sexto fator que contribui para a saúde é a proteína animal, ou
melhor, a diminuição dele. O consumo exagerado deste nutriente tem efeitos
nocivos à saúde, bem como o consumo de produtos lácteos. O autor não
sugere parar de comer carnes, mas recomenda uma redução considerável na
sua dieta diária.
105
O problema é que a falta de tempo aumenta o seu estresse, pois seu foco é
direcionado apenas a questões urgentes e que nem sempre são as mais im-
portantes. Sim, você pode desperdiçar ainda mais um dos itens mais valiosos
da vida moderna, o tempo! E a falta de tempo pode estar fazendo com que
você tome decisões erradas. Já pensou nisso? Então vamos entender como
os cientistas comprovam isso.
106
A mesma lógica pode ser aplicada para a falta de tempo. Sem ele, você não
prioriza as questões que são realmente essenciais e termina o dia muito can-
sado, mas com poucas tarefas executadas. Isso porque você não abre espaço
na sua vida para pensar em coisas que podem ter maior significado, como
passar mais tempo com sua família ou amigos.
Para criar um planejamento eficiente, crie uma agenda de tarefas, defina pra-
zos e defina a prioridade de cada coisa, destinando sua atenção para cada
uma delas, no momento certo. Monte um checklist para poder acompanhar
em qual sequência cada coisa tem de ser feita.
107
Ter foco é ser capaz de aproveitar a sua própria força natural e direcioná-la
para suas metas. As pessoas bem-sucedidas posicionaram seu foco no senti-
do de seus planos. Quando a energia é direcionada para um único ponto, leva
à mudança. Concentre toda a sua energia naquilo que deseja, no seu futuro.
Para que esta prática seja eficiente, você precisa aprender o conceito de foco.
Quando você tem a visão futura de onde quer chegar, estabelece o Foco Vi-
sionário. Com ele é possível traçar metas e objetivos, mas é necessário con-
tar também com o Foco Comportamental. Este segundo tipo diz respeito à
quando você tem coerência nos seus comportamentos. Ou seja, você tem um
objetivo e começa a atuar, com toda sua energia, por ele.
Por fim, precisa ter Foco Consistente, ou seja, dedicar o tempo necessário
para mudar seus hábitos a fim de que eles tragam resultados. Para atingir
suas metas, siga a ordem do Foco Múltiplo: primeiro o visionário, depois o
comportamental e finalmente o consistente.
108
Não permita distrações que possam comprometer seu foco. Elimine-as o quan-
to antes. Nada de mudar o rumo dos seus sonhos vendo TV, ficar na Internet
ou conversando nos aplicativos de mensagem instantânea. Mude seus hábitos
agora. Claro que pode continuar fazendo tudo isso, mas no tempo disponível
para estas ações. Se o seu foco é ser o melhor aluno da turma, não tem como
fugir, você precisa ter foco em estudar. Se perder tempo com distrações, muito
provavelmente não vai atingir sua meta.
109
No livro, Desperte o Gigante Interior, Anthony Robbins conta que passou a trans-
formar seus sonhos em realidade ao aprender a utilizar o princípio que chama de
concentração do poder. Ele explica que boa parte das pessoas não tem ideia da
capacidade que têm se determinasse toda sua energia para dominar uma área
de suas vidas. E, se fizessem isso, conseguiriam mudar tudo que quisessem. Isso
porque elas se especializam em coisas secundárias. Ou seja, perdem o foco.
O primeiro passo é elevar os padrões. Ou seja, deixe de lado tudo que não
queira que faça mais parte de sua vida e busque o que gostaria de acrescentar.
Faça uma lista, com as coisas que pretende cortar e outra com o que deseja.
Não se limite à criação da lista, passe a agir de maneira coerente com o que
sonha, o que quer. Se busca conseguir um novo emprego, comece a fazer
contatos e deixe de lado o desemprego.
Se o seu sonho é fazer uma viagem de cinco meses pela Europa, por exemplo,
vai criar a estratégia necessária para ganhar mais dinheiro, comprar as passa-
gens e pagar o roteiro. Se toda sua energia estará direcionada para a viagem
110
dos seus sonhos, certamente ela acontecerá, no prazo que você definir. Lem-
bre-se sempre, a única pessoa responsável pelo seu sucesso é você!
Construa sua história da maneira como quiser. Não há tempo para começar,
há sempre um novo capítulo para escrever. Seja qual for a sua ação, imprimirá
uma reação na sua vida. De acordo com Paulo Vieira, todos os seus atos são
como uma plantação, em algum momento, você colherá o que plantou. Se
começar agora a semear a mudança, em breve vai colher o que deseja.
Eu também entendo que nunca é tarde para recomeçar, que a cada minuto que
se passa agora, estamos tendo a oportunidade de recomeçar, de decidir e de
agir. Com o conhecimento e as ferramentas certas, estou segura de que você
vai ser quem você quiser ser.
Dê um passo para trás e observe sua vida até aqui. Seja profundamente since-
ro com você, assim, poderá perceber que construiu sozinho esta estrada. Quer
tomar outro rumo? Use as ferramentas que encontrou até aqui e comece a agir.
Quando você assume a responsabilidade sobre sua vida, se torna protagonista
de sua história.
111
Ferramenta
Agenda Extraordinária
Domingo
Hora
Sábado
Hora
Sexta-feira
Hora
Quinta-feira
Hora
Quarta-feira
Hora
Terça-feira
Hora
Segunda-feira
Hora
112
Folha da Produtividade
Como usar:
Preencha o campo “Atividade” com a descrição das tarefas que você realiza ao longo
do seu dia em uma semana normal. Seja muito atencioso e detalhista nesse momento. É
preciso identificar quais são os ladrões do seu tempo.
Ao final do dia some as pontuações de cada uma das categorias de avaliação. É nesse
momento que você vai descobrir onde você está utilizando seu tempo. Esse processo
também vai revelar quais são as atividades que estão roubando seu precioso tempo.
Reflita sobre as atividades que você realizou e planeje sua próxima semana com base nas
suas reflexões. O ideal é que você faça apenas as atividades que são “Importantes”. Plane-
je sua nova semana para garantir que seu tempo vai ser empregado de forma estratégica.
113
Semana Extraordinária
Atividade
Hora
DL
DN
I
Dia:
U
Total:
Atividade
Semana normal
Hora
114
Grandes coisas
estão por vir!