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microestrutura e/ou qualquer propriedade do material. Sendo possível apenas avaliar o fluxo
do material durante o processo, o surgimento de defeitos superficiais, a formação de rebarba e/ou
o preenchimento da cavidade da matriz – considerando, como exemplo, um processo de
forjamento. Assim, e visando obter previamente tais parâmetros do processo – além de outras
vantagens, são utilizadas as simulações numérico-computacionais.
a) b)
gráficas através de métodos numéricos, que tentam retratar as condições reais. Outra grande
vantagem no uso deste método é a capacidade de se repetir (simular) diversas vezes o
processo, alterando apenas alguns parâmetros de interesse.
Vale ressaltar que a fim de simplificar os modelos e métodos de cálculo, muitas
vezes se faz necessário assumir algumas hipóteses simplificadoras (já citadas em outros
capítulos) que envolvem o material, as ferramentas e as variáveis atuantes no processo, e que na
maioria dos casos pode comprometer a exatidão dos resultados.
Os softwares de simulação, em geral, baseiam-se em dois métodos numéricos de
análise, escolhidos conforme a capacidade de processamento e as características de cada
processo, são eles: o Método dos Volumes Finitos (MVF) e o Método dos Elementos Finitos
(MEF).
O MVF visa obter uma versão discreta de uma equação diferencial parcial que
representa o sistema a ser analisado. O desenvolvimento dessa metodologia se concentra no
fluxo de uma determinada grandeza (ex.: massa e energia) que atravessa regiões (ou volumes
adjacentes) de controle, obtendo a quantidade desta grandeza por unidade de tempo. Logo, esta
técnica permite desenvolver as relações de conservação de massa e energia, resultando em
interpretações físicas diretas, além de viabilizar sua aplicação em malhas com espaçamentos não-
uniformes. Por isso, o MVF é utilizado em escoamento de fluidos e simulações termo-
mecânicas, que envolvem gradiente de temperatura através de volumes discretos. Este tipo de
análise é mais rápido do que aquela realizada por MEF, exigindo menor capacidade de
processamento para a mesma situação.
Por sua vez, o MEF – muito utilizado em análises estruturais, apresenta significativa
aplicação em análises bidimensionais ou tridimensionais envolvendo transferência de calor, taxa
de deformação, propriedades dos materiais, atrito, etc. Este método permite resolver problemas
da teoria da elasticidade (pequenas deformações) e, considerando softwares mais modernos,
também da teoria da plasticidade (grandes deformações), baseado na divisão de um meio
contínuo em um número finito de pequenas regiões. Estas divisões são chamadas de elementos
finitos, já que tornam um elemento contínuo em discreto, e formam uma rede – que cuja malha
pode ser aumentada ou diminuída dependendo do tamanho do elemento escolhido para
representá-la. Os pontos de interseção da rede são chamados de nós, e buscam-se, neste método,
as funções que satisfaçam o domínio de cada elemento.
Devido à mudança de forma envolvida durante a simulação dos processos de
conformação há grande distorção na malha através do MEF, sendo essa modificada por outra, no
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que vem a ser o processo de remalhamento, conforme ilustrado na Fig. 8.3. Esse processo
permite a continuidade da simulação, facilitando o processamento e a obtenção dos resultados.
Fig. 8.4 – Simulação de um processo de forjamento a quente com variação do raio da matriz.
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Nas Fig. 8.5 até 8.7, também são apresentadas outras simulações de diferentes
processos de conformação, e com o uso de diferentes softwares a partir do modelamento em 3D
– embora muitos destes aplicativos também possam fazer análises em 2D.
a) b)
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