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6. EXTRUSÃO
Praticamente qualquer peça com perfil (seção transversal) vazado ou cheio pode
ser produzida por extrusão. Mas vale salientar que, como a geometria da matriz permanece
inalterada durante todo o processo, os produtos extrudados devem apresentar seção transversal
constante – conforme apresentado na Fig. 6.2. Nesta figura pode-se ainda destacar a elevada
complexidade dos perfis obtidos por extrusão, os quais podem ser classificados conforme sua
complexidade. Classificação esta que será detalhada em tópico a seguir.
Além da classificação dos perfis obtidos por extrusão pode-se, por sua vez,
classificar o processo de extrusão em cinco tipos principais, conforme o tipo de deformação e
da configuração de ferramental utilizado, que são:
Extrusão Direta: nesta operação – ilustrada na Fig. 6.4, o tarugo metálico a ser
processado é colocado numa câmara e forçado através de um orifício da matriz pelo êmbolo (ou
pistão), sendo este acionado por sistemas hidráulicos, geralmente. Neste tipo de extrusão, bem
como nos demais, é comum utilizar um “disco ou placa de pressão” (ou falso pistão) entre o
êmbolo e o material, visando proteger o êmbolo das altas temperaturas e da abrasão proveniente
da extrusão. Para isso, são utilizados materiais ligados que evitem ou minimizem tais
características, como aqueles aplicados em matrizes submetidas a trabalho a quente.
Ao
FT FT complexidade
Af
Tab. 6.1 – Faixas de temperaturas ideais para a extrusão a quente de alguns materiais.
Material Faixa de temperatura [°C]
Chumbo e suas ligas 200 a 250
Alumínio e suas ligas 375 a 475
Cobre e suas ligas 650 a 950
Aços 875 a 1300
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Além disso, os valores da constante de extrusão “K”, que considera o efeito global
das variáveis do processo, podem ser obtidos conforme o tipo de material e sua temperatura,
através da Fig. 6.10.
PSI
MPa
resultado da não uniformidade de deformação do material ao longo do processo. Por sua vez,
esta não uniformidade é consequência do movimento e da velocidade mais acentuada do material
junto ao centro do tarugo, se comparado com sua periferia. Logo, surgem “zonas mortas” na
interface do tarugo e da parede da câmara, as quais tende a ser as últimas a se deformarem
durante a extrusão, colaborando para o surgimento de uma “solda fria” destes diferentes fluxos
de material. Esse defeito pode ser minimizado alterando-se o padrão de fluxo para um
comportamento mais uniforme, minimizando os gradientes de temperatura e atrito, ou ainda, não
efetuando a extrusão total do material.
- Arrancamento: defeito que consiste na perda de material extraído da superfície do tarugo
extrudado, gerado pela violentamente passagem deste junto à matriz. Esse defeito pode ser
minimizado através da diminuição da velocidade, do atrito e da temperatura de extrusão.
Além destes, outros defeitos – representados na Fig. 6.11, podem ainda ser
encontrados nos perfis extrudados, como: torções, ondulações, emendas, riscos, empenamentos,
etc.
Tab. 6.2 – Materiais típicos utilizados para fabricação de perfis, barras e arames extrudados.
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