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ABR 2001 NBR 5019


Produtos e ligas de cobre -
Terminologia
ABNT – Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

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ABNT/CB-44 - Comitê Brasileiro do Cobre
CE-44:000.07 - Comissão de Estudo de Terminologia
NBR 5019 - Products alloy copper
Descriptor: Copper
Esta Norma substitui a NBR 5019:1982
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ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 30.05.2001
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavra-chave: Cobre 9 páginas
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Prefácio
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fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
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1 Objetivo
Esta Norma define os termos empregados na metalurgia do cobre e das suas ligas, bem como as formas dos produtos de
usinas, refinarias, recuperadoras e transformadoras. Por extensão, os termos definidos aplicam-se também ao intercâmbio
comercial desses metais e aos produtos elaborados com eles.
2 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:
2.1 Termos relacionados com a produção e o refino do cobre
2.1.1 cobre nativo: Cobre encontrado na natureza no estado metálico.
2.1.2 mineral de cobre: Qualquer substância inorgânica contendo cobre associado aos elementos com os quais se
encontra na natureza.
2.1.3 minério de cobre: Agregado natural de um ou mais minerais com outras substâncias, denominadas ganga, do qual
o cobre pode ser extraído.
2.1.4 concentrado de cobre: Produto obtido por operações que enriquecem o minério mediante a eliminação de ganga,
aumentando o seu teor de cobre sem alterar a natureza própria dos minerais.
2.1.5 mate de cobre: Produto intermediário resultante do tratamento pirometalúrgico de minérios de cobre sulfetados.
Compõe-se principalmente dos sulfetos de cobre e ferro.
2.1.6 cobre bruto: Qualquer cobre impuro obtido durante o process o de obtenção do metal a partir dos seus minérios ou
de sucata contaminada. Distinguem-se:
a) cobre empolado (“Blister”):
- cobre impuro produzido soprando-se ar através do mate de cobre em fusão;
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- durante esse processo, denominado “conversão”, são oxidados o enxofre, o ferro e outras impurezas;

- o produto contém normalmente cerca de 98% de cobre;

b) cobre preto:

- cobre impuro, produzido pela fusão de sucata de cobre contaminada ou minérios de cobre oxidados, ou ambos,
geralmente no alto forno;

- o teor de cobre varia largamente, sendo geralmente compreendido na faixa de aproximadamente 60% a 85%;

c) cobre cementado:

- mistura impura, finamente dividida, de cobre e óxido de cobre obtida por precipitação de uma solução aquosa de
compostos de cobre, geralmente por meio de ferro;

- o teor de cobre do produto seco varia largamente, sendo geralmente compreendido na faixa de aproximadamente
50% a 85%;

d) anodo de cobre:

- cobre impuro, resultante do refino a fogo de cobre bruto, numa forma apropriada para o refino eletrolítico posterior;

- contém normalmente mais de 98% de cobre (ver 2.1.7.2 alínea a).

2.1.7 cobre refinado: Metal que contém no mínimo 99,85% em massa de cobre, ou metal que contém no mínimo 97,5%
em massa de cobre e teores em massa de outros elementos iguais ou inferiores aos indicados na tabela 1.
Tabela 1 - Teores máximos de outros elementos
% em massa
Elemento Teor máximo
Ag Prata 0,25
As Arsênio 0,5
Cd Cádmio 1,3
Cr Cromo 1,4
Mg Magnésio 0,8
Pb Chumbo 1,5
S Enxofre 0,7
Sn Estanho 0,8
Te Telúrio 0,8
Zn Zinco 1,0
Zr Zircônio 0,3
1)
Outros elementos , cada 0,3
1)
Outros elementos são, por exemplo, Al, Be, Co, Fe, Mn, Ni, Si.

2.1.7.1 Entre os cobres que contêm no mínimo 99,85% em massa do elemento, distinguem-se os seguintes tipos:
a) cobre tenaz:

- cobre que contém uma quantidade controlada de oxigênio na forma de óxido cuproso, com a finalidade de
contrabalançar a contração do metal quando se solidifica no molde;

b) cobre desoxidado:

- cobre isento de óxido cuproso, contendo quantidades controladas de desoxidantes metálicos ou não-metálicos,
tais como fósforo, lítio, boro e cálcio;

- a fim de distinguir os diversos tipos, pode-se acrescentar o nome do desoxidante;

- o cobre desoxidado com fósforo é o mais comum;

c) cobre isento de oxigênio:

- cobre processado de tal maneira que não tenha nem óxido cuproso, nem resíduo de desoxidantes.
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2.1.7.2 Os tipos de cobre definidos em 2.1.7.1 podem ser produzidos por um ou mais dos seguintes métodos:
a) refino eletrolítico:

- processo no qual o cobre é depositado pela passagem de corrente elétrica através de uma solução de um sal, ou
sais, do metal, usando-se anodos solúveis;

- o produto denomina-se “cobre eletrolítico”;

b) refino químico:

- processo no qual uma solução purificada contendo cobre é tratada por um processo químico ou físico-químico que
precipita o metal, ou um composto do mesmo que é posteriormente reduzido a cobre metálico, geralmente por um
processo pirometalúrgico;

- o produto denomina-se “cobre refinado quimicamente”;

c) refino a fogo:

- processo no qual o cobre em fusão é purificado por oxidação e redução posterior;

- o produto denomina-se “cobre refinado a fogo”;

d) eletrorrecuperação:

- processo no qual o cobre é obtido pela passagem de corrente elétrica através de uma solução de sal, ou sais, do
metal, usando-se anodos insolúveis;

- o produto denomina-se “cobre eletrorrecuperado”.

2.1.8 cobre de alta condutibilidade elétrica: Cobre obtido por qualquer processo, que tenha no estado recozido uma
–2
resistividade elétrica igual ou inferior a 0,15328 Ω.g.m
–2
NOTA - A resistividade de 0,15328 Ω.g.m significa que um fio de 1 m de comprimento que pesa 1 g tem a resistividade de
–2
0,15328 Ω.g.m . Isso corresponde à condutibilidade elétrica de 100% IACS (International Annealed Copper Standard).

2.1.9 cobre primário: Qualquer cobre proveniente diretamente de minério.

2.1.10 cobre secundário: Cobre bruto ou refinado proveniente de sucata.

2.1.11 cobre em pó: Cobre em forma finamente dividida, podendo constituir um produto primário ou ser elaborado a partir
de cobre secundário.

2.1.12 sucata: Retalhos, pontas, canais de fundição etc., bem como produtos fora de uso, que constituem matéria-prima
para iniciar uma nova elaboração.

2.1.12.1 cavacos: Sucata na forma dividida pela usinagem de peças.

2.1.13 escória: Produto líquido ou pastoso produzido durante operações pirometalúrgicas, geralmente contendo sílica, que
se torna sólido à temperatura ambiente.

2.1.14 borra: Produto pulvéreo retirado da superfície de metal em fusão, consistindo principalmente em óxidos, com ou
sem presença de partículas metálicas.

2.2 ligas de cobre: Substâncias metálicas contendo cobre e um o u mais outros elementos, nas quais o cobre predomina
em massa sobre cada um dos outros elementos, desde que:

a) a porcentegem em massa de pelo menos um dos outros elementos seja maior do que o limite especificado na
tabela; ou

b) o conteúdo total dos outros elementos seja superior a 2,5% em massa.

2.2.1 elementos de liga: Elemento, metálico ou não, adicionado ao cobre ou retido nele, com a finalidade de modificar
uma ou mais das suas características.

2.2.2 impureza: Elemento, metálico ou não, presente no cobre ou em uma liga de cobre, porém não intencionalmente
adicionado ao metal nem retido no mesmo.

2.2.3 Ligas dúteis

2.2.3.1 Termo genérico para as ligas que suportam sem ruptura uma deformação plástica relativamente elevada, a frio ou
a quente, e são suscetíveis à elaboração mediante processos mecânicos, tais como: laminação, extrusão, trefilação,
forjamento, etc., exclusivamente ou em combinação1).

________________
1)
O termo "ligas dúteis" é adotado como o equivalente a wrought alloys em inglês, knetlegisrungen em alemão e alliages corroyées em
francês.
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2.2.3.2 Se for empregado o termo “liga de cobre” sem qualificação, entende-se que se trata de uma liga dútil.

2.2.4 ligas para fundição: Termo genérico para as ligas que se destinam à produção de artigos na sua forma final, ou
próximos desta, mediante a solicitação do metal num molde apropriado. Freqüentemente não suporta deformação plástica
importante.
2.2.5 liga-mãe: Liga que se destina unicamente a ajustar a composição ou controlar o teor de impurezas de uma carga de
metal em fusão.

2.2.6 Ligas cobre-zinco (latões)

2.2.6.1 Ligas de cobre e zinco, com ou sem outros elementos. Se houver outros elementos:

a) a porcentagem em massa de zinco deve ser superior àquela de cada um dos outros elementos;

b) se o níquel estiver presente, a sua porcentagem em massa deve ser inferior a 5% (ver 2.2.9);

c) se o estanho estiver presente, a sua porcentagem em massa deve ser inferior a 3% (ver 2.2.7).

2.2.6.2 Uma liga de acordo com 2.2.6, que contenha elementos diferentes do cobre, zinco e chumbo, exceto como
impurezas, é denominada “liga cobre-zinco especial” (latão especial).

2.2.7 Ligas cobre-estanho (bronzes)

2.2.7.1 Ligas de cobre e estanho, com ou sem outros elementos2). Se houver outros elementos na liga:

a) a porcentagem em massa do estanho deve ser superior àquela de cada um dos outros elementos, exceto conforme
indicado a seguir;

b) se o teor for igual ou superior a 3% em massa, a liga pode conter zinco em quantidade inferior a 10% em massa.

2.2.7.2 Uma liga de acordo com 2.2.7, que contenha elementos diferentes de cobre, estanho, chumbo e fósforo, exceto
como impurezas, é denominada “liga cobre-estanho especial” (bronze especial).

2.2.7.3 As ligas contendo cobre, estanho e fósforo, com ou sem chumbo, são freqüentemente denominadas “bronzes
fosforosos”.

2.2.8 ligas cobre-níquel: Ligas de cobre-níquel, com ou sem outros elementos, porém, com teor de zinco igual ou inferior
a 1% em massa. A porcentagem em massa do níquel deve ser superior àquela de cada uma dos elementos de liga.

2.2.9 ligas cobre-níquel-zinco (alpacas): Ligas de cobre, níquel e zinco, com ou sem outros elementos. O teor de níquel
deve ser igual ou superior a 5% em massa (ver 2.2.6).

2.2.10 ligas cobre-alumínio: Ligas de cobre-alumínio, com ou sem outros elementos. Se houver outros elementos, a
porcentagem em massa do alumínio deve ser superior àquela de cada um dos mesmos.

2.2.11 outras ligas de cobre: As ligas de cobre não incluídas nas definições dadas em 2.2.6 a 2.2.10, inclusive, são
denominadas de acordo com os elementos de liga contidos nas mesmas; por exemplo: cobre-berílio, cobre-silício-
manganês.

2.3 Termos relacionados com a forma dos produtos não trabalhados (forma de refinaria)

2.3.1 produtos não trabalhados: Termo genérico para os produtos obtidos por processos de refino ou de refino e
fundição, que se destinam ao processamento posterior. O termo inclui os produtos de diversas seções transversais,
obtidos por fundição contínua e cortados no comprimento desejado.

2.3.2 cátodo: Produto plano e áspero, obtido por eletrodeposição e destinado normalmente à refusão. Geralmente, tem a
superfície do lado maior de aproximadamente 1 m 2 e a espessura de 5 mm a 26 mm, podendo ser fracionado nas medidas
requeridas (ver figura 1).

________________
2)
Deve-se evitar o uso de termos como "bronze de alumínio" para as ligas cobre-alumínio e "bronze manganês" para latões especiais nos
quais o manganês é apenas um constituinte menor.
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1
de cátodo
4

1
de cátodo
2

Figura 1 - Cátodo

2.3.3 Lingote para refundir

2.3.3.1 Produto fundido em forma apropriada somente para refusão, p esando usualmente de 10 kg a 35 kg. É fre-
qüentemente entalhado, a fim de facilitar o seu fracionamento (ver figuras 2a e 2b).

2.3.3.2 Se for usado o termo “lingote” sem qualificação, entende-se que se trata de um lingote para refundir.

a) Lingote

b) Barra de lingote

Figura 2 - Lingote para refundir

2.3.4 lingote para fio: Produto fundido que se destina essencialmente à laminação a quente em vergalhão ou produtos
planos para a elaboração posterior de fios, arames, tiras ou perfis. Tem usualmente a seção transversal aproximadamente
quadrada, de 85 mm a 145 mm de lado, o comprimento de 965 mm a 1 375 mm e massa de 60 kg a 190 kg.
As extremidades podem ser em forma de cunha ou retas (ver figura 3).

Figura 3 - Lingote para fio


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2.3.5 placa: Produto de forma aproximadamente paralepipedal, destinado essencialmente à obtenção de produtos planos
por laminação, obtido por fundição num molde horizontal (placa horizontal) ou vertical (placa vertical), ou ainda por
fundição contínua (ver figuras 4a e 4b).

a) Placa horizontal

b) Placa vertical

Figura 4 - Placas

2.3.6 tarugo: Produto fundido, de seção transversal circular, destinado à produção de tubos, barras, perfis ou peças
forjadas.
2.3.6.1 tarugo de bronze: Peça de bronze de seção transversal circular, obtida por fundição estática ou contínua, com ou
sem usinagem posterior. Se tiver um furo central, denomina-se “bucha de bronze”.
2.4 Termos relacionados com os processos de fabricação
2.4.1 fundição: Processo de vazamento de um metal ou de uma liga em fusão, num molde de forma apropriada, no qual o
metal ou a liga se solidifica.
2.4.1.1 fundição em areia: Fundição na qual o molde é feito de areia.
2.4.1.2 fundição em coquilha: Fundição na qual o molde é feito de m etal e o metal ou a liga em fusão é introduzido por
gravidade ou sob pressão baixa.
2.4.1.3 fundição sob pressão: Fundição na qual o molde é feito de m etal e o metal ou a liga em fusão é injetado sob
pressão alta.
2.4.1.4 fundição contínua: Fundição na qual o metal ou a liga em fusão entra continuamente numa parte de um molde e
sai de uma outra parte na medida em que se solidifica, sendo a seção transversal do produto fixado pela forma do molde e
o seu comprimento independente das dimensões do mesmo.
2.4.1.5 fundição semicontínua: Processo idêntico à fundição contínua, exceto que é interrompido periodicamente
quando o produto atinge um determinado comprimento.
2.4.1.6 fundição centrífuga: Processo no qual a peça fundida é formada por força centrífuga num molde em rotação.
O eixo maior da peça coincide com o eixo de rotação e a sua espessura depende das dimensões do molde e da
quantidade de metal vazada (ver 2.4.1.7).

2.4.1.7 fundição centrifugada: Processo no qual vários moldes são dispostos simetricamente ao redor de um canal
central no qual o metal é vazado, entrando nos moldes sob a ação da força centrífuga criada pela rotação do conjunto.
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2.4.2 laminação: Processo que consiste na redução da seção transversal do material ao fazê-lo passar entre dois
cilindros que giram a uma mesma velocidade tangencial e em sentido contrário.
2.4.2.1 laminação a frio: Laminação efetuada numa temperatura tal que o metal fique encruado, com aumento da sua
resistência mecânica e dureza e geralmente alguma perda de dutilidade.

2.4.2.2 laminação a quente: Laminação efetuada numa temperatura em que o metal não sofra encruamento.

2.4.3 extrusão: Processo que consiste na deformação plástica a qu ente do material, fazendo-o passar, pela ação de uma
punção ou de pressão hidráulica, através de uma matriz que determina a seção transversal do produto.

2.4.3.1 extrusão por impacto: Processo que consiste na deformação plástica a frio do material, produzido pelo impacto
de um punção sobre o material confinado numa matriz, obrigando-o tomar a forma do espaço compreendido entre ambos,
ou a escoar através de outras aberturas, com uma sensível redução da espessura original do material.

2.4.4 trefilação: Processo no qual a seção transversal de uma barra, vergalhão, arame, perfil ou tubo é reduzida,
tracionando o material a frio através de uma fieira ou entre uma fieira e um mandril interno.

2.4.5 forjamento: Processo no qual o material, colocado entre duas matrizes é deformado plasticamente por impacto,
geralmente a quente. As matrizes podem ser planas ou de formas simples (matrizes abertas), ou podem ter aproxima-
damente a forma final do produto (matrizes fechadas).

2.4.6 estampagem: Processo que consiste no corte ou na conformação do material, ou ambas, geralmente a frio,
utilizando-se matrizes e estampos.

2.4.6.1 estampagem profunda: Produção de peças ocas por estampagem, geralmente com redução na espessura inicial
do metal3).

2.4.7 repuxamento: Processo de conformação, a partir de produtos planos, geralmente discos, mediante uma
combinação de rotação com aplicação de força, para obtenção de peças ocas com formação de figuração de revolução.

2.4.8 esticamento: Deformação plástica por tração a frio com o objetivo de endireitar ou dar planeza ao metal.

2.5 Termos relacionados com as formas dos produtos elaborados

2.5.1 produtos laminados planos: Produtos de seção transversal retangular obtidos por laminação, tendo a espessura
igual ou inferior a um décimo da largura.

2.5.1.1 chapa: Produto laminado plano com espessura uniforme a 0,15 mm, fornecido em unidades retas, sendo as
bordas geralmente cortadas com tesoura ou serradas. Produtos corrugados, gravados, modelados, revestidos, perfurados
ou com acabamento especial das bordas, derivados de chapas e com essa forma geral, são classificados como chapas.

2.5.1.2 tira: Produto laminado plano com espessura uniforme superior a 0,15 mm, fornecido em rolos com as bordas
cortadas com discos (refinadas)4). Produtos corrugados, gravados, modelados, revestidos, perfurados ou com acabamento
especial das bordas, derivados de tiras e com essa forma geral, são classificados como tiras.

2.5.1.3 folha: Produto laminado plano com espessura uniforme igual ou inferior a 0,15 mm, fornecido em unidades retas
ou em rolos5).

2.5.2 vergalhão: Produto dútil intermediário, de seção transversal sólida e uniforme em todo o seu comprimento, fornecido
em rolos. A seção transversal pode ser aproximadamente circular, triangular ou poligonal regular, sendo a sua maior
6)
dimensão superior a 6 mm (ver figura 5).

Figura 5 - Vergalhões

________________
3)
A estampagem profunda é às vezes denominada "embutimento".
4)
As tiras de pequena espessura e largura são freqüentemente denominadas "fitas" e as maiores dimensões "bobinas". Entretanto, não
existe uma linha de demarcação estabelecida entre os dois termos.
5)
Para fins especiais, a folha pode também ser produzida por deposição eletrolítica.
6)
Deve ser evitado o uso incorreto, comum no comércio, do termo "vergalhão" para designar uma barra redonda ou hexagonal.
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2.5.3 barra: Produto dútil de seção transversal sólida e uniforme em todo o seu comprimento, fornecido em unidades
retas. A seção transversal pode ser circular, quadrada, retangular ou poligonal regular (ver figura 6). Para as barras
retangulares, a espessura é superior a um décimo da largura.

Figura 6 - Barras

2.5.4 arame: Produto dútil de seção transversal sólida e uniforme em todo o seu comprimento, fornecido em rolos ou
sobre carretéis. A seção transversal pode ser circular, quadrada, retangular, triangular, poligonal regular, elíptica ou
achatada (ver figura 7). Para os arames retangulares, a espessura é superior a um décimo da largura. Os arames não se
destinam a fins elétricos.

Figura 7 - Arames

2.5.5 fio: Produto dútil de forma idêntica à do arame, porém usado para condução de corrente elétrica.

2.5.6 vareta de solda ou verguilha de solda: Arame de metal de enchimento para soldagem ou brasagem, fornecido em
rolos ou em unidades retas.

2.5.7 Tubo

2.5.7.1 Produto dútil oco de seção transversal uniforme em todo o seu comprimento, tendo somente um vão com
espessura de parede uniforme. É fornecido em unidades retas ou em rolos. A seção transversal pode ser circular,
quadrada, retangular, poligonal regular ou elíptica (ver figura 8).

Figura 8 - Tubos

2.5.7.2 Distinguem-se:
a) tubos sem costura, produzidos a partir de tarugos por extrusão ou perfuração, com ou sem trefilação posterior;

b) tubos feitos pela conformação de chapas ou tiras e a junção das suas bordas por soldagem ou mecanicamente.

2.5.7.3 Produtos ocos dobrados, roscados, broqueados, aletados, constrigidos, expandidos e de forma cônica, quando
derivados dos tubos conforme definido em 2.5.6, são também classificados como tubos.
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2.5.7.4 Quando se usa o termo “tubo” sem qualificação referente à forma, estende-se que se trata de um tubo redondo.

2.5.8 perfil: Produto dútil de seção transversal uniforme em todo o seu comprimento, diferente da chapa, da tira, da barra,
do arame ou do tubo, fornecido em unidades retas ou em rolos. Distinguem-se:

2.5.8.1 perfil oco: Perfil cuja seção transversal envolve:


a) um vão completo, desde que a seção tranversal seja diferente do tubo; ou
b) mais de um vão completo.

NOTA - Para exemplos das seções tranversais, ver figura 9.

Figura 9 - Perfis ocos

2.5.8.2 perfil sólido: Perfil cuja seção transversal não envolve nenhum vão completo.

2.5.9 esboço: Pedaço de metal de forma regular ou irregular que se destina ao processamento posterior por dobramento,
estampagem profunda ou outro processo de conformação.

2.5.9.1 disco: Esboço circular cortado de um produto laminado plano.

2.5.9.2 pastilha: Esboços de forma geralmente cilíndrica, com ou sem orifício central, que se destina à extrusão por
impacto ou por forjamento. Pode ser cortado de um produto laminado, extrudado ou fundido.

2.5.10 granalha: Produto dividido, de forma aproximadamente plana, cilíndrica ou esferoidal, usado como anodo na
galvanoplastia ou como matéria-prima na indústria química. As suas dimensões são usualmente compreendidas entre
5 mm e 32 mm. Pode ser obtido por fundição ou por processo de cisalhamento.

2.5.11 anodo de cobre: Cobre impuro, resultante do refino a fogo de cobre bruto, numa forma apropriada para o refino
eletrolítico posterior; contém normalmente mais de 98% de cobre7) (ver 2.1.7.2, alínea a).

________________

________________
7)
O termo "anodo" aplica-se também ao cobre refinado elaborado numa forma apropriada para a sua utilização em banhos de
galvanoplastia.

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