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Metais e ligas não ferrosas

• Facilidade de moldação, de conformação e de maquinagem


• Elevada resistência à corrosão

• Aspecto
• Características mecânicas superiores para uma dada
massa em comparação com as ligas ferrosas

• Baixa massa volúmica


• Elevada condutividade eléctrica e térmica
Cobre
Percurso histórico

Em Portugal, as primeiras evidências do uso


do cobre remontam ao período Calcolítico I -
3.000 a. C.

Artefactos de cobre: lâminas de


machado e ponta de seta tipo Palmela
Cobre
Percurso histórico

Distribuição das principais


regiões mineiras do País,
com indicação das fontes
de fornecimento de cobre
Cobre
Características gerais e designação

O cobre apresenta como características gerais:

i. Elevada condutibilidade eléctrica


ii. Elevada condutibilidade térmica
iii. Boa ductilidade
iv. Elevada resistência à corrosão
v. Facilidade de fabrico
vi. Ponto de fusão 1080ºC
vii. Densidade » 8

De acordo com a NP 375 de 1990 , as designações dos cobres não


ligados incluem o símbolo químico do elemento (Cu) seguido por uma
série de caracteres alfabéticos maiúsculos que dizem respeito ao tipo de
cobre Exemplos : Cu-ETP, Cu-DHP, Cu-FRHC
Cobre
Condutibilidade eléctrica
Metal Resistividade Peso específico g/cm3

Ag 1.62 10.5
Cu 1.68 8.94
Au 2.42 19.3
Al 2.66 2.70
Mg 4.46 1.74
Ca 4.60 1.55
Na 4.60 0.97
Mo 4.77 10.2
Mn 5.0 7.2
Rd 5.1 12.5
W 5.5 19.3
Zn 6.0 7.14
K 7.0 0.86
Cd 7.5 8.65
Fe 9.8 7.87
Cobre

• Influência da presença de
impurezas na condutibilidade
eléctrica do cobre puro
(dificulta o movimento dos
electrões )

Necessidade de restringir o
teor admissível de impurezas e
de oxigénio, a valores de 0.4 e
0.1%, respectivamente
Cobre
Condutibilidade térmica
Material Condutibilidade térmica W/m.K

Ag (pura) 428
Cobre (puro) 398
Cobre (OFE) 391
Cobre (ETP) 391
Cu-0.002P 339
Au (Puro) 317.9
Al (Puro) 247
Cu-0.3%Be 208
Mg (Puro) 155
Cu-30Zn 121
Zn (Puro) 113
Cu-4.2Sn-0.2P 84
Ni (Puro) 82.9
Fe (Puro) 80.4
Sn(Puro) 62.8
Cu-6.8Al-2.5Fe-0.35Sn 55
Aço ao Carbono (1020) 51.9
Pb (Puro) 33.6
Cu-30Ni-0.5Fe 29
Aço Inoxidável (410) 28.7
C (Puro) 23.9
Cobre
Características mecânicas

Tensão de rotura 17kg/mm2 Baixa resistência mecânica


Elevada ductilidade
Tensão limite de elasticidade 10kg/mm2

Alongamento após rotura 35-50%

Características que favorecem


Coeficiente de estricção 70-80% as operações de conformação
a quente (forjagem,
Dureza 35-50HB laminagem) e a frio
(laminagem, trefilagem)
Módulo de elasticidade 12000kg/mm2
Cobre
Características mecânicas

O endurecimento deste metal, necessário para a maioria das aplicações,


é obtido essencialmente por deformação a frio

Características mecânicas do cobre, para diferentes estados


Tensão de rotura Limite de Elasticidade Alongamento Dureza
Estado daN.mm-2 daN.mm-2 % HB

Vazado 15-17 - - -

Recozido 20-25 @5 50-40 40-50

Deformado a frio 40 20 5 190


Cobre
Características químicas

Boa resistência à corrosão

A superfície deste metal pode assumir diversas cores aspecto que


os torna indicados para fins decorativos

Cores apresentadas pelo cobre


Cobre
Principais variedades

Consideram-se como cobres não ligados aqueles que contém pelo


menos um teor neste elemento de 99.3%

Podendo existir ainda desoxidantes e alguns elementos de liga


residuais

Os tipos de cobre mais utilizados a nível industrial são:

Cobre ETP (electrolytic tough pitch) - Cobre de elevada condutibilidade,


obtido a partir de cobre electrolítico que é fundido em diferentes formas
de modo a permitir posteriores trabalhos de deformação a quente e/ou a
frio.

Apresenta um teor mínimo em cobre de 99.90% e contem um teor


controlado de oxigénio entre 0.02 e 0.07%.
Cobre
Principais variedades

Cobre OFHC (oxygen free high conductivity copper) - Cobre electrolítico


sem a presença de óxidos nem de agentes desoxidantes. O teor mínimo
em cobre está compreendido entre 99.95 e 99.99%.

Cobre DLP (phosphorous deoxidized, low residual phosphorus) - Cobre


desoxidado com fósforo, com baixo teor deste elemento. Este cobre é
fundido e vazado em molde, não apresentando na sua composição Cu2O em
consequência da presença do fósforo.

Como os teores de fósforo são baixos o seu efeito na diminuição da


condutibilidade eléctrica é pouco significativo. O teor mínimo em cobre é de
99.90%
Cobre
Principais variedades

Cobre DHP (phosphorous deoxidized, high residual phosphorus) - Cobre


desoxidado com fósforo, com alto teor deste elemento, podendo atingir o
valor de 0.040%.

O teor mínimo de cobre encontra-se no intervalo de 99.80 a 99.90%. Os


teores de fósforo presentes já implicam uma diminuição mais significativa da
condutibilidade eléctrica

Dentro das variedades de cobre há ainda a assinalar os seguintes tipos:


cobre OFS (oxygen-free with Ag), cobre FRHC (fire-refined high
conductivity), cobre OFS (oxygen-free with Ag) e cobre STP (tough pitch
with Ag).
Cobre
Aplicações
Das principais características do cobre, nomeadamente da elevada
condutibilidade eléctrica e térmica, da boa ductilidade e resistência à corrosão
resultam as seguintes aplicações:

Condutores eléctricos;
Permutadores de calor, tubos de condensadores e aparelhos de aquecimento;

Indústria alimentar (cervejas e açúcar);


Caldeiraria, tubos e condutas;

Redes de utilização de gás;

Indústria do petróleo;
Decoração;
Fabrico de ligas, destacando-se os latões e os bronzes
Cobre
Aplicações
• Cabos e condutores eléctricos Tubagens para gás e para água

• Decoração Indústria alimentar


Cobre
Aplicações

As aplicações são função do teor em cobre e dos elementos presentes na sua


composição

O cobre electrolítico (ETP) encontra aplicação quando se pretende:

elevada condutibilidade - cabos eléctrico , transformadores, bobines


de instrumentos, contactos eléctricos, interruptores, radiadores de
automóveis, fios para instalações domésticas e industriais, peças de
rádios e de televisores

Em equipamentos industriais destinados ao processamento químico


como caldeiras, destiladores e alambiques

no processamento de alimentos

na construção civil e na arquitectura, em telhados, fachadas, pára-


raios, painéis e revestimento
Cobre
Aplicações

O cobre isento de oxigénio (OFHC) é geralmente reservado para as


aplicações eléctricas e electrónicas em que se pretende uma
condutibilidade eléctrica máxima e para condições de serviço de
elevadas temperaturas e atmosferas redutoras

No caso do cobre desoxidado com P, quer o DLP quer o DHP, podem


ser usados na construção mecânica, na indústria (caldeiras,
destiladores e alambiques) e na construção civil e arquitectura

Tubagens para água quente e fria, para líquidos e gases pouco


corrosivos são frequentemente produzidos a partir de cobre DLP
Ligas de Cobre
Características gerais

As ligas de cobre apresentam como características gerais:

Excelente resistência à corrosão - permite a sua aplicação em


equipamentos ou acessórios que trabalham em contacto com água, em
ambientes industriais corrosivos, em processos químicos na indústria
alimentar, láctea e de bebidas

Propriedades mecânicas favoráveis - algumas ligas de cobre apresentam


níveis de resistência mecânica que lhes permite competir com os aços
temperados e revenidos

Propriedades tribológicas - As excelentes propriedades tribológicas das


ligas de cobre permitem que estas ligas encontrem aplicação, em grande
escala, nos diversos tipos de chumaceiras.
Ligas de Cobre
Características gerais

Cu-Be (2%Be) Relação entre a


Bronze Fosforoso (8%Sn) resistência à tracção do
Cu-Be (0.65%Be) cobre e das suas ligas
Prata de níquel (27%Zn)

Latão de corte fácil

Latão

Cu-Cr (1% Cr)

Bronze comercial

Cobre

0.0 400.0 800.0 1200.0 1600.0

Resistência à tracção (MPa)

Nenhuma classe de materiais de engenharia pode igualar ou atingir a


combinação de resistência mecânica, resistência à corrosão,
condutibilidade eléctrica e térmica numa tão larga gama de
temperaturas como as ligas de cobre
Ligas de Cobre
Características gerais

Custos razoáveis

Resistência às incrustações de microrganismos - O cobre inibe


efectivamente o ataque de superfícies submergidas por algas e outros
microrganismos marinhos (tubos, bombas e válvulas )

Elevada condutibilidade eléctrica e térmica - elas conduzem o calor e a


electricidade bastante melhor do que outros materiais estruturais como
os aços inoxidáveis e o titânio

Facilidade de produção - podem ser facilmente conformadas recorrendo a


processos de conformação comuns e a operações de forjamento.
A sua boa vazabilidade torna possível a obtenção de peças por recurso a
distintas técnicas de moldação
A sua maquinabilidade é elevada.
As ligas de cobre podem ser soldadas por recurso a diversas técnicas.
Cobre
•Produção de ligas
Latões – Cu-Zn
Bronzes – Cu-Sn

• Latões CuZnx (x-teor de zinco na liga)

Vantagens da adição do zinco

Aumenta a resistência mecânica


Baixa o ponto de fusão Teor de zinco nas ligas com
interesse comercial < 50%
Melhora a capacidade de moldação
Ligas de Cobre
Definição e características

Latões - ligas binárias de cobre e zinco, designadas de acordo com a


norma ISO 1190/1

Apresentam de uma forma geral boa resistência mecânica e boa


resistência à corrosão

As ligas com interesse industrial apresentam teores em zinco compreendidos


entre 5 e 45%

A estas ligas binárias podem ser adicionados outros elementos, como


Pb, Sn, Al, Fe, Si, Ni, As e Mn, para aplicações em que se exigem
propriedades específicas O seu teor não excede normalmente os 5%
Ligas de Cobre
Características gerais

A versatilidade de propriedades, conseguida através de diferentes


composições químicas ou da realização de tratamentos térmicos ou
mecânicos, torna estes materiais aplicáveis em distintas situações
Latão
Produção de latões

Latões de produção primária – Obtidos por extracção dos metais (Cu, Zn e


Pb) constituintes dos minérios respectivos, que por fusão e dissolução dão
origem às ligas

menos utilizados (custos superiores)


propriedades similares aos latões secundários
aplicação sempre que exigido um baixo grau de impurezas e de
elementos residuais

Latões de produção secundária – Produzidos a partir de sucatas e de


resíduos por processo de reciclagem. São os responsáveis pela maior
parte dos latões empregues em fundição

Possibilidade de adição de metais puros para acerto da composição


(Zn – perdas por evaporação e Al – refinação do grão)
Tipos de latões e suas propriedades
Latões monofásicos ou latões a
Latões bifásicos (a+b)

Outros elementos podem


estar presentes em teor <5%

Diagrama de fases do sistema Cu-Zn


Latão
Latões Monofásicos a < 35% Zn
Apresentam apenas uma fase, a fase alfa (solução
sólida de zinco no cobre, com estrutura CFC)

Pouco duros; Dúcteis

Apropriados para trabalho mecânico a frio

Podem endurecer por encruamento

Acima dos 500ºC a maleabilidade baixa


consideravelmente

maior teor em Zn Þ Latões menos dúcteis


Þ Latões mais económicos

Produção de varão, chapa, peças para estampagem, etc (moedas, cartuchos de


armas, imitações de joalharia, tubos de radiadores, rebites, pregos, rosca das
lâmpadas)
Latão
Influência do grau de encruamento nas propriedades mecânicas dos
latões: a) CuZn10 e b) CuZn30
80

50 Rm Rm fio
70

Rm chapa
60

A (%)
40

R 0,5
R , chapa
50

Rm , R 0, (kg/mm2) -
A (%)

05

30
R m , R (kg/mm 2) -

40

30

5
20

20
A (%) chapa
10
10 A (%) fio
A (%)

0
0
0 50 100 150 0 20 40 60 80 100 120 140 160
Encruamento (%) Encruamento (%)

As propriedades mecânicas dos latões monofásicos a são então função do


teor em zinco da liga, do grau de encruamento e do tamanho de grão
Latão
Latões monofásicos

Latão vermelho:15% Zn (tubos, condensadores, etc.)

Latão Cartridge: 30% Zn (radiadores, parafusos, molas, munições, etc.)

Latão amarelo: 34% Zn (puxadores, ferragens, etc)


Latão
Latões Bifásicos a + b - 35-46% de Zn
Apresentam duas fases: alfa + beta; a % das duas fases varia com
o teor de zinco

­ Teor de zinco Þ ­ % de fase beta

Fase beta é um composto intermetálico de cobre e zinco, CCC

Fase dura, frágil e pouco dúctil

Traduzem-se em:
Latões com elevada resistência mecânica
Baixa deformabilidade a frio
Estampagem, laminagem ou extrusão efectuada a quente

Fabrico de produtos estampados e de produtos fundidos


(torneiras, acessórios, ferragens etc.)
Latão
Aos latões bifásicos corresponde uma vasta gama de propriedades
obtidas por variação das quantidades relativas das fases a e b, com
características distintas
A presença da fase b’, nos latões bifásicos,
incrementa a dureza e a tensão de rotura,
diminuindo simultaneamente a extensão
após rotura e a resiliência.

Os latões bifásicos possuem ainda


elevada vazabilidade, permitindo a sua
produção por vazamento em coquilha por
gravidade ou sob pressão, boa resistência
à corrosão e um menor custo
Latão
• Latões

Latões Monofásicos b >46 % de Zn

Pouco dúctil , menos resistente à corrosão com sensibilidade à


dezincificação.

Estes latões não se podem estampar a quente porque partem e ao fundir,


como são muito duros, fissuram ao solidificar
Latão
Latões especiais
Os latões podem apresentar na sua composição chumbo, estanho, alumínio, ferro,
níquel, silício, manganês, arsénio, bismuto, fósforo e antimónio, resultantes de
adições voluntárias, com o objectivo de potenciar alguma propriedade específica ou
da introdução de impurezas

A influência que cada um dos elementos exerce no equilíbrio de fases dos latões,
pode ser avaliada através da expressão do zinco equivalente ou da expressão do
título fictício em cobre

%Znequiv = %Zn + 10 x %Si + 6 x %Al + 2 x %Sn + Pb + 0.9 x %Fe + 0.5 x %Mn-1.2 x %Ni

TfCu = 100 x %Cu / (%Cu + %Zn + 10 x %Si + 6 x %Al + 2 x %Sn + Pb + 0.9 x %Fe + 0.5 x
%Mn- 1.2 x % Ni + 2 x %Mg)
Latão
Latões especiais
Latão
Cu + Zn

Estanho
Alumínio
Magnésio
Ferro
Silício
Conferem aos latões propriedades específicas Chumbo
Latão

Os elementos com coeficiente de equivalência em peso de zinco


superior a 1 (Sn, Al, Si), designam-se por betagéneos e aumentam a
proporção de fase b, enquanto que os elementos com coeficientes
inferiores a 1 (Ni, Fe, Mn) aumentam a proporção de fase a,
denominando-se alfagéneos
Latão

Como exemplos de latões especiais cita-se:

Latão Almirantado - CuZn29Sn1 – Apresenta elevada resistência à corrosão,


permitindo a sua utilização em placas e tubos de permutadores térmicos

Latão com alumínio - CuZn22Al2 – Consequência da adição de alumínio, a liga


apresenta boa resistência à corrosão para além de boa resistência à erosão.
Aplicação em permutadores de calor, para centrais térmicas e refinarias de
petróleo, arrefecidos com águas do mar, quentes ou frias, águas ácidas ou
poluídas

Latões de alta resistência – A presença Al, Fe e Mn, permite a obtenção de


características específicas. Exemplo - CuZn19Al6, CuZn23Al4 e CuZn30AlFeMn,
empregues no fabrico de hélices marinhas, chumaceiras, engrenagens,
componentes de válvulas, parafusos, etc
Latão
Latões com chumbo
A presença de chumbo confere características de
maquinabilidade superiores às da generalidade das
outras ligas industriais

Praticamente insolúvel nos latões no estado sólido


promove a fragmentação da apara, reduz as tensões
de corte e diminuindo a taxa de desgaste da
ferramenta
Latão
Latões com chumbo
Chumbo
Tem efeito marcante na maquinabilidade dos latões. Favorece a maquinagem

Completamente insolúvel nos latões a baixa temperatura. Apresenta-se na


microestrutura na forma de glóbulos

Durante as operações de maquinagem o chumbo serve de lubrificante,


facilitando a quebra da apara (pequena e descontínua), reduzindo as tensões
de corte e baixando a taxa de desgaste das ferramentas
Nas cavilhas podem existir em teores de 3,5%

Teores elevados promovem fissuração


Latão

Latão com silicio Latão com bismuto


Latão com chumbo Fita curta 1.2 Arco fragmentado 6.2
Lasca 7.1

Liga mãe (0,5% Bi)


Tubular curta 2.2
Bronze
Ligas Cu-Sn, com teores de Sn que variam entre 3-20% (%ponderal)

Þ Boa vazabilidade
Þ Boa resistência à corrosão com maior resistência mecânica do
que os latões
Þ Boa resistência ao desgaste e baixo coeficiente de atrito
Þ Dificuldade de maquinagem

Utilizados principalmente na forma de peças vazadas


Bronze
O Sn funciona como elemento
endurecedor, por solução
sólida, permitindo a aplicação
destas ligas em:

chumaceiras
engrenagens
turbinas
pistões e segmentos
válvulas e acessórios.

Diagrama de fases Cu-Sn


Bronze Diagrama de fases Cu-Sn na
composições químicas dos bronzes.
gama de

monofásico (a): até 11 %Sn;

bifásico (a + d): > 11%Sn


* a fase d é dura e frágil. A resistência
mecânica dos bronzes bifásicos depende
da percentagem da fase d.
Bronze

Os bronzes a são maleáveis a frio e a quente. A deformação a frio confere-lhes


propriedades mecânicas interessantes.
Boa resistência ao desgaste
Muito boa soldabilidade. O teor em Sn deve no entanto ser limitado em função
do tipo de aplicação.

Quanto aos bronzes a+d, a sua estrutura, constituída por grãos duros na matriz
(a), confere a estas ligas boas propriedades de atrito.
As peças vazadas em bronze apresentam uma sanidade superior à dos latões
mas são mais caras e mais difíceis de trabalhar.
Bronze
As propriedades mecânicas melhoram
para teores em Sn até 13% (solução
sólida a), valor a partir do qual as ligas
se tornam frágeis e duras, em
consequência do aparecimento da
fase .

Porque esta fase pode aparecer


mesmo em ligas com baixo teor de Sn,
resultado do largo intervalo de
solidificação e de uma difusão lenta,
as ligas com teores em estanho
superior a 7% são usadas apenas em
Variação das propriedades fundição
mecânicas das ligas Cu-Sn
Bronze

É possível estabelecer domínios de aplicação em função do teor em Sn

Ligas 4-10%Sn – Medalhas e moedas;

Ligas 10 ou 12% Sn – Peças mecânicas: torneiras, acessórios de


tubagem, elementos de máquinas, rodas dentadas, discos de fricção,
órgãos que exijam boa resistência ao desgaste por abrasão;

Ligas 14-18%Sn – Quando se pretende grande resistência ao desgaste,


casquilhos, rodas dentadas, ou em peças em que se pretende resistência
à corrosão pela água do mar.

Ligas com teores em Sn que podem atingir os 30% são usadas em


sinos
Bronze

Tipos de bronzes:
•bronze fosforoso (Cu8SnP) – adição até 0.3%P para aumentar a
resistência mecânica (Cu3P);

•bronze ao chumbo – adição de chumbo até aos ~7% para melhorar a


maquinabilidade, estanquicidade (e atrito para teores mais elevados
(~30%Pb:chumaceiras));

•bronze ao zinco – a adição de Zn melhora a colabilidade e a


maleabilbidade.
Bronze
Os bronzes de fundição possuem geralmente chumbo na sua
composição, para incrementar a maquinabilidade e garantir a
estanquidade.

São particularmente utilizados em anilhas, chumaceiras de apoio. No


entanto, a sua presença diminui a ductilidade e a resistência à tracção
destas ligas

Chumaceira de apoio em bronze ao


Sn com chumbo
Bronze
Ligas Cu-Al (Bronzes de Al)
O teor de alumínio não
ultrapassa os ~12 % (%
ponderal)

Aplicações típicas:
- moldes para conformação
plástica (aço inox, alumínio,
níquel, titânio, aço macio, ligas
de cobre);

Propriedades principais:

- resistência à corrosão (ex: ambientes marinhos);


- resistência ao desgaste;
- boa resistência mecânica;
Bronze
Estas ligas são aplicadas em diversos componentes sujeitos a atmosferas
marítimas:
eixos, componentes de válvulas e bombas que estão em contacto com
água do mar, em contacto com ácidos não oxidantes e outros fluidos de
processos industriais.
São igualmente utilizados em chumaceiras e em ferramentas de máquinas.

Os bronzes de alumínio para fundição,


Excelente resistência à corrosão e à oxidação
elevada resistência mecânica
tenacidade e resistência ao desgaste
boas características de fundição e de soldadura,

produção de peças vazadas de grandes dimensões,


nomeadamente hélices
Bronze
Diagrama de fases Cu-Al na gama de
composições químicas dos bronzes de alumínio.

*a formação da fase g2 (Cu9Al – dura e frágil)


aumenta a resistência mecânica destas ligas.

*as ligas até ~8%Al são monofásicas à


temperatura ambiente (maleáveis a frio); as
ligas bifásicas podem ser trabalhadas acima dos
565 ºC:

monofásico (a): até ~8 %Al;


bifásico (a + g2): > 8% Al (hipoeutectóides)

*a existência de uma transformação eutectóide


permite o tratamento térmico de têmpera
(martensite b’) e revenido (este tratamento é
pouco usado).
Zinco
Estrutura cristalina - HC

Tensão de teste Tensão ruptura % total alongam. % alongamento

para 0,2% along. na fractura após fractura

Rp0,2 Rm A 50mm

N/mm2 N/mm2 % %

min. min. min. max.

100 150 35 0,1

Metal pouco resistente à tracção Poucas possibilidades de utilização como


material de construção
Zinco
Propriedades Unidades Valores
Densidade Kg/dm3 7,2

Coeficiente de expansão m/(m.k) 22x10-6


Térmico
Ponto de fusão ºC 420
Temp. Recristalização ºC 300

Conductividade Térmica W/(m.k) 110

Conductividade Eléctrica MS/m 17

Perigo de faísca - não

Propriedades Magnéticas - diamagnético


Zinco
•Aplicações (baseiam-se essencialmente no seu papel protector
contra a corrosão)

Coberturas
Revestimento metálico de protecção

Fundição de peças (Baixo ponto de fusão, deterioração mais demorada


das coquilhas, elevada precisão dimensional e bom acabamento
superficial)

Em tintas
E ainda como componente nos latões e em outras ligas
Zinco
• Principais produtos
Componentes para automóveis – radiadores, manómetros,
carburadores, etc.
Componentes de aparelhos electrodomésticos
Componentes de relógio
Componentes de equipamentos eléctricos
Brinquedos,miniaturas
Ferragens para construção civil
Zinco
•As ligas de zinco para fundição são divididas em:
ZAMAK – Utilizadas em fundição injectada
ZA – Fundição por gravidade ou injectada
ALZEN – Fundição em areia ou coquilha, injectada ou por
gravidade e em fundição contínua.

Zamak 3 - Al 3.5 a 4.3%; Mg 0.02-0,06%; Zn restante


É a liga mais utilizada em fundição e tem como aplicações:
Peças de tolerância dimensional apertada, indústria
automóvel (carburadores), ferragens, brinquedos etc.

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