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PARTE II
Conteudista
Prof. Me. Cesar Luis Mulati
Outro fotografo que jamais pode ser esquecido por alguem que
realmente deseja conhecer linguagem fotografica é o norte-americano Richard
Avedon, nascido em Nova Iorque em 1923 e falecido em 2004, e que teve seu
primeiro contato com fotografia aos 12 anos, e fotografou ate o ultimo dia de
sua vida, quando estava produzindo um ensaio para o The New Yorker e
desenvolvendo um projeto chamado DEMOCRACY, que tinha a eleiçao
presidencial de 2004 nos EUA como foco. Durante toda a sua carreira, Avedon
se dividiu entre a fotografia de moda e o retrato, dois generos dos quais ele se
tornou referência por produzir uma obra riquissima em detalhe e originalidade.
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Outro projeto e talvez um dos mais interessantes da sua carreira, foi os
retratos que Avedon fez de seu pai, Jacob Israel Avedon, durante os ultimos
anos de sua vida. Com dificuldade para aceitar a doença de seu pai, ele utilizou
a fotografia para superar esse momento, dizendo que era como se os
sentimentos saíssem de dentro dele e fossem colocados no papel”. E por
ultimo,vale lembrar o trabalho que Avedon fez no início dos anos 80 e que
culminaria em sua obra prima: In the American West, lançado em 1985, onde
ele retrata os membros da classe trabalhadora norte america; açougueiros,
mineiros, condenados, garçonetes, dentre outros, em frente a um fundo branco.
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http://www.richardavedon.com/
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Usando uma Rolleiflex, a mesma câmera preferida por Richard Avedon,
e buscando no retrato a sua principal forma de olhar e questionar o mundo,
fixando-se especialmente nas pessoas comuns das ruas de Nova Yorque,
Diane Arbus, fotografa norte americana nascida em 1923 e falecida em 1971,
Arbus construí uma obra que valorizava a precisão psicológica acima da
formal, o particular acima do social, aquilo que era permanente acima do
efêmero e do fortuito, a coragem acima da sutileza.
Quase sempre fotografando exclusivamente pessoas, Diane Arbus
estabelecia um forte entrosamento com o seu fotografado, baseado numa
relação de confiança e cumplicidade, o que determinada a intensidade dos
seus retratos e constituiu a sua linguagem. Arbus ao escolher os seus modelos,
não estava preocupada se eram representantes de doutrinas filosóficas, ou de
um estilo de vida ou de um tipo fisiológico. O que lhe chamava a atenção e lhe
motivava fotografar pessoas, eram as qualidades especificas de cada uma,
donas de um mistério único. Graças a essa cumplicidade, seus modelos se
expunham a ela sem reservas, sabendo que não estavam sendo utilizados
para finalidades ocultas.
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http://diane-arbus-photography.com/
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Antes da fotografia se tornar tecnicamente o que é hoje, um processo
digital executado com os mais variados recursos que as novas tecnologias
oferecem ao fotografo, o fazer fotográfico era na verdade uma união de
diversos processos que produziam imagens através das energias naturais,
onde a luz sensibilizava, por exemplo, uma emulsão a base de sais prata e ali
gravava suas reações. Quando esse processo não era intermediado por uma
maquina fotográfica, ou seja, as imagens eram criadas por contato direto de um
objeto ou material com uma superfície fotossensível exposta a uma fonte de
luz, dava-se o nome de fotograma a essa técnica, que teve seu inicio nos
primórdios da fotografia. Já na primeira metade do século XX, ao lado das
colagens, fotomontagens e demais técnicas, o uso do fotograma permitiu
definitivamente que a fotografia fosse incorporada a arte moderna, se
distanciando nesse momento radicalmente da representação figurativa.
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http://www.manray-photo.com/catalog/index.php
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Para ‘revelar’ o mundo é preciso sentir-se implicado no que se enquadra
através do visor. Essa atitude exige disciplina de espírito, sensibilidade e senso
de geometria. É através de uma grande economia de meios que chegamos à
sensibilidade de expressão. Deve-se sempre fotografar com o maior respeito
ao sujeito e a si próprio. Fotografar é segurar o fôlego quando todas as nossas
faculdades se conjugam diante da realidade fugidia; é quando a captura da
imagem representa uma grande alegria física e intelectual.
Fotografar é colocar, na mesma linha de mira, a cabeça, o olho e o coração.
Henri Cartier-Bresson
Ninguém melhor do que o próprio Henri Cartier-Bresson para falar de
como ele pensava e vivia a fotografia. Nascido em 1908, na França, e morto
em 2004, Bresson é considerado por muitos como o pai do Fotojornalismo,
apesar de suas fotos extrapolarem qualquer definição de gênero. Muito
possivelmente em função de ter sido provavelmente o único repórter fotográfico
que estudou com o mestre do cubismo, André Lothe, suas fotos vão muito além
das coberturas fotojornalísticas, sendo na realidade, verdadeiras obras de arte
que reúnem graça, equilíbrio, surpresas, economia, tensão e inteligência visual.
Com o seguinte pensamento: A gente olha e pensa: Quando aperto? Agora?
Agora? Agora?Entende? A emoção vai subindo e, de repente, pronto. É como
um orgasmo, tem uma hora que explode. Ou temos o instante certo, ou o
perdemos…e não podemos recomeçar…, Bresson criou uma forma de
fotografar que chamou de “Momento Decisivo”, onde a imagem acontece em
uma fração de segundo, mesmo que para isso tenha sido preciso esperar por
um dia todo.
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o século XX. Sua forma de fotografar e sua poética influenciaram e continuam
influenciando fotógrafos do mundo todo até hoje.
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http://www.henricartierbresson.org/
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http://www.magnumphotos.com
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Com as fotos de Robert Capa e principalmente com o seu lema que
propõe que devemos chegar mais perto para talvez enxergarmos melhor as
imagens e aí sim fotografarmos, encerramos essa disciplina que não tinha,
como foi dito em seu inicio, nenhuma intenção de aprofundar-se na obra de
qualquer fotografo, e sim, desperta-los para a importância de conhecer os
diferentes olhares que compõem essa historia que em breve deve completar
duzentos anos de uma rica contribuição para formação da identidade visual do
homem contemporâneo. Impossível aprender fotografia sem pesquisar e
conhecer o que fizeram nomes como os que acabamos de citar, aprendendo
com eles suas técnicas, seus conceitos, suas maneiras de olhar e registrar o
mundo em fotografias.
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Bibliografia
PAIVA, Joaquim. Olhares Refletidos – Dialogo com 25 fotógrafos
brasileiros. Dazibao/Ágil, vol. 1, 1989.
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TURAZZI, Maria Inez. Poses e Trejeitos – A fotografia e as exposiçoes
na era do espetaculo: Funarte/MC/Rocco, 1995
Fotógrafos:
o - Brassai
o - Eugene Atge
o -W. Eugene Smith
o - Jacques Henri Lartigue
o - Helmut Newton
o - Duane Michals
o - Bruce Davidson
o - Man Ray
o - Sebastião Salgado
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