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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO

GRANDE DO SUL – CAMPUS CAXIAS DO SUL

TÉCNICO EM PLÁSTICOS INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO

REOLOGIA – 2ª TÉCNICO EM PLÁSTICOS (TARDE)

ANÁLISE DE VISCOSIDADE

DEIVID CAMARGO MACHADO

MARIANA ZULIANELO

PAOLA DUARTE MEIER

SOPHIA BORGES BARROS

YASMIN BARAZZETTI TONIOLLI

Caxias do Sul, maio de 2019.


OBJETIVO

Determinar a viscosidade do amaciante e do óleo com o uso do viscosímetro Brookfield e dos


spindles adequados.

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SUMÁRIO

1. REVISÃO TEÓRICA 4
1.1 VISCOSIDADE 4
1.2 VISCOSÍMETRO BROOKFIELD 4
1.3 FLUIDOS NEWTONIANOS E NÃO-NEWTONIANOS 4

2. MATERIAIS E MÉTODOS 6
2.1 MATERIAIS 6
2.2 MÉTODOS 6

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 7

4. CONCLUSÃO 9

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11

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1. REVISÃO TEÓRICA

1.1 VISCOSIDADE

A viscosidade de um material polimérico é uma propriedade física que está


relacionada à análise do escoamento destes materiais a uma determinada temperatura [1]; ou
seja, é a sua resistência ao fluxo quando em estado fundido. Se um material polimérico for
bastante viscoso, ele terá mais dificuldade para passar pelo bico da injetora ou pela matriz da
extrusora, ao contrário de um material polimérico pouco viscoso, que escorreria com
facilidade. A viscosidade varia com a temperatura e tem relação com a fluidez: quanto maior
a temperatura, menor será a viscosidade e maior a fluidez. Além disso, é possível alterar a
fluidez de um material polimérico com o uso de aditivos, como os agentes nucleantes [2].

1.2 VISCOSÍMETRO BROOKFIELD

O viscosímetro Brookfield é responsável pela medição de viscosidade rotacional e


análise de dados, a fim de controlar a qualidade do material. É utilizado pelas indústrias e
instituições de ensino, e realiza análises a partir de viscosidades próximas à da água, até
viscosidades extremas. É constituído por um elemento rotante de forma cilíndrica, inserido
em um copo de Becker contendo o fluido no qual se deseja medir a viscosidade. É exercido
um torque no elemento rotante para colocá-lo em movimento. Mede-se então o torque
necessário para se chegar a uma determinada velocidade de rotação, que depende da
viscosidade do fluido. O equipamento é mais indicado para o estudo de fluidos não-
Newtonianos, mas também pode ser utilizado para o estudo de fluidos Newtonianos [3].

1.3 FLUIDOS NEWTONIANOS E NÃO-NEWTONIANOS


Inúmeras operações nas indústrias utilizam fluidos com características complexas. O
estudo completo do comportamento mecânico de cada um desses fluidos é necessário para
determinar suas aplicações. Os fluidos podem ser classificados como newtoniano ou não
newtoniano. 
1. Os fluidos Newtonianos são considerados fluidos ideais, pois apresentam
propriedades bem definidas e seguem o modelo proposto pela Lei de Newton. São fluidos em
que a viscosidade não altera com a taxa de cisalhamento, a uma dada temperatura. Esta classe
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abrange todos os gases e líquidos não poliméricos e homogêneos. Ex: água, leite, soluções de
sacarose, óleos, vegetais.
2. Os fluidos não-Newtonianos, diferente dos ideais, não exibem o comportamento
ideal descrito por Newton. Eles podem ser classificados em dois principais grupos, são eles:
Dilatantes e Pseudoplásicos.
⦁ Pseudoplásticos: Em repouso apresentam suas moléculas desordenadas, e quando são
submetidos a uma tensão, suas moléculas tendem a direciona-se na direção da mesma.
Possuem como característica o fato da viscosidade diminuir com o aumento da taxa de
cisalhamento. 
⦁ Dilatantes: Possuem a mesma característica do fluido Pseudplástico, a única diferença é que
a viscosidade aumenta quando a taxa de cisalhamento é aumentada [4].

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2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 MATERIAIS
Durante o processo de análise de viscosidade, alguns materiais foram utilizados para a
confecção do mesmo.
 Viscosímetro Brookfield (Figura 1.a);
 Spindles 61, 62 e 63;
 Copo de Becker;
 Amaciante- marca comercial Amacitel (figura 1.b);
 Óleo de cozinha- marca comercial Corcovado (figura 1.c).

Figura 1.a Figura 1.b Figura 1.c

2.2 MÉTODOS
O processo foi iniciado com a nivelação do equipamento. Em seguida, ligou-se o
viscosímetro sem o spindle e foi verificado se o motor estava desligado para que não
acontecessem danificações ao equipamento no momento em que fosse fixado o spindle.
Depois de fixado, ajustou-se uma velocidade de rotação baixa e foi mergulhado no fluido até
a marca indicada, com o motor ligado, após um tempo, a máquina se estabilizou. Assim, foi
possível o início da análise.
Para a análise, foi utilizado cinco velocidades: 5, 10, 20, 50 e 100 RPM, onde o
spindle rotacionou por trinta segundos em cada uma das amostras e suas respectivas
velocidades. Assim foi feito nos dois fluidos, começando com o amaciante (marca comercial
Amacitel), onde foram utilizados os spindles 63 e 62 e depois feito o mesmo processo com o
óleo de cozinha (marca comercial Corcovado) com os spindles 62 e 61, possibilitando a
análise do spindle mais indicado para cada um dos fluidos e a coleta dos dados de viscosidade
e torque.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para a coleta de dados acerca da viscosidade dos fluidos - amaciante e óleo de cozinha-
utilizou-se o viscosímetro Brookfield, equipamento indicado para estudar líquidos não-
Newtonianos. Com as amostras a uma temperatura de 30°C e um tempo de análise de 30
segundos, obteve-se os seguintes resultados:

N° Amostra Spindle Torque (%) rpm Viscosidade (mPa.s)

1 4,9 5 1180
2 5,9 10 710
3 63 7,3 20 438
4 10,2 50 245
5 13,8 100 166
Amaciante
6 17,9 5 1074
7 21,2 10 636
8 62 26,1 20 398
9 35,7 50 214,2
10 46,7 100 140,1
11 0,0 5 0,0
12 1,7 10 51
13 62 3,9 20 58
14 11,3 50 62,8
15 23,5 100 70,5
Óleo de cozinha
16 4,9 5 59
17 10,6 10 63, 6
18 61 21,6 20 64,8
19 55,1 50 66,1
20 ERRO 100 ERRO

Dentre todas as análises realizadas, apenas uma obteve um resultado de erro, isto é,
não teve um resultado. Foi a análise de número 20, feita com a amostra de amaciante, com o
spindle 61, a uma velocidade de 100 RPM. Esse resultado de erro foi obtido devido ao fato da
velocidade utilizada (100 RPM) ser muito elevada para as condições de análise citadas
anteriormente.
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Depois das análises serem realizadas, foi observado que sob a ação do spindle 62, o
amaciante, em todas as velocidades, apresentou uma viscosidade menor em relação ao spindle
63. Isso indica que o segundo spindle utilizado (62) é o mais adequado para esta análise, já
que o amaciante é um fluido mais viscoso quando comparado ao óleo de cozinha, por isso
deve ser utilizado um spindle menor, ou seja, o 62. Além disso durante as 4 primeiras análises
o equipamento piscava, indicando que o spindle usado não era coerente ao tipo de fluido.
Também foram notados alguns erros durante as análises: na análise 1, foi contado um tempo a
mais, o que pode ter acarretado em certo erro no resultado, já na análise 4 o tempo foi um
pouco menor, o que também gerou erros.
Já com relação às análises do óleo de cozinha, foi observado que sob a ação do spindle
61 as análises apresentaram uma viscosidade extremamente elevada chegando a resultar em
erro (análise 20), em relação ao spindle 62. Isso significa que para fluidos menos viscosos,
como o óleo de cozinha, é necessário utilizar um spindle maior, neste caso, o 62.
Comparando as análises com o mesmo spindle (62) do amaciante e do óleo é possível
se ter a percepção de que os resultados obtidos de viscosidade foram menores com o óleo de
cozinha quando comparado com o amaciante, mas também pode se notar que não houve
nenhum tipo de erro nas análises ao utilizar esse spindle, por isso o spindle 62 é o que melhor
funciona tanto para a análise do amaciante quanto para a do óleo de cozinha, com base nestes
fatos, também deve-se destacar que o amaciante é um fluido não-Newtoniano pseudoplástico
enquanto o óleo de cozinha é dilatante.

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4. CONCLUSÃO
Conclui-se que a amostra que apresentou erro no resultado, foi assim obtida pelo fato de a
velocidade em questão, 100 RPM, ser muito elevada paras as condições da amostra.
As análises com o amaciante apresentaram um erro de contagem de tempo, o que
influenciou no resultado de viscosidade obtido; além do fato de que com a amostra 4, em dado
momento o visor parou de piscar, o que significa que os valores de viscosidade eram
coerentes. Também foi concluído que o spindle 62 é melhor para este fluido.
Nas análises com o óleo de cozinha, com a amostra 14 e 15, o visor parou de piscar, o
que também significa que os valores de viscosidade eram coerentes. Além disso, o spindle
adequando para este fluido é o 62.
Com base em todos os fatos estudados e observados, conclui-se que o amaciante é um
fluido não-Newtoniano pseudoplástico e o óleo de cozinha é dilatante.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 Ensaio reológico: viscosidade, reometria capilar, índice de fluidez. Disponível em:


https://afinkopolimeros.com.br/servicos/ensaios-laboratoriais/ensaios-reologicos/.
Acesso em: 23 jun. 2019.

2 Tudo sobre plásticos: fluidez e viscosidade. Disponível em:


https://www.tudosobreplasticos.com/propriedades/fluidez.asp. Acesso em: 23 jun.
2019.

3 Viscosímetro Brookfield. Disponível em: https://www.braseq.com.br/viscosimetro-


brookfield. Acesso em: 30 jul. 2019.

4 Camila Moreira Costa. Caracterização reológica de fluidos complexos. Disponível


em: http://www.puc-rio.br/pibic/relatorio_resumo2017/relatorios_pdf/ctc/MEC/MEC-
Camila%20Moreira%20Costa.pdf. Acesso em: 30 jul. 2019.

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