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4 Etica Na Capelania Unic
4 Etica Na Capelania Unic
APRESENTAÇÃO DO
MATERIAL
O material aqui presente tem como objetivo introduzir a aprendizagem dos discentes,
anexando conteúdos livres no material, para enriquecimento dos mesmos.
O conteúdo aqui apresentado possui dados legais, não dispondo, assim, de autor ou
autores próprios.
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL
INTRODUÇÃO
REFERÊNCIA
CAPÍTULO 1
ÉTICA CRISTÃ
Ética Pastoral
É uma responsabilidade de
grande valor, que tem implicações no
céu, na terra e no inferno. Como
cooperador de Deus (I Co 3.9) e
embaixador de Cristo (II Co 5.20), é
constituído no maior instrumento
humano, destinado pela providência
divina como senção para mundo.
Desenvolvendo uma abordagem
pastoral:
O pastor tem por dever espiritual e moral só fazer coisas certas, diante de Deus,
da igreja e dos homens. O seu testemunho é fundamental para o êxito da obra que lhe é
confiada pelo Senhor. Nos dias atuais, o nome do pastor tem sido grandemente desgastado
com escândalos, por falta de zelo ministerial, perdendo a nobre missão de ministro do
Evangelho de Cristo. É indispensável adotar princípios éticos, emanados da Palavra de
Deus, para que o ministério seja abençoado. Neste estudo, abordaremos a Ética Pastoral,
como parte de Ética Cristã, não tendo intenção de esgotar o assunto, que é amplo e
complexo.
Conceitos:
Origem da palavra ética: Vem do grego ethos, que significa costume, disposição,
hábito. No latim, vê de mos, com o significado de costume, uso, regra. Definição: “A
teoria da Natureza do bem e como ele pode ser alcançado”. Mostra o que é bom, mau,
certo ou errado; o que deve ou não deve ser feito. Em resumo: “A ética é a conduta ideal
do indivíduo”.
Ética Cristã: Podemos dizer que é o conjunto de regras de conduta aceitas pelos
cristãos, tendo por fundamento a Palavra de Deus.
Ética Pastoral: É a parte da Ética Cristã aplicada à conduta do ministro
evangélico. Pode ser entendida, também, como Ética Ministerial.
Abordagens Éticas:
Antinomismo: É a falta de normas. Tudo depende das pessoas, das
circunstâncias. É subjetivista: cada um faz o que entende ser o melhor sob um ponto de
vista (Jz 17.6; 21.26).
Generalismo: Aceitas normas, mas elas não devem ser universais. Baseia-se no
utilitarismo. As normas só têm valor dependendo do resultado de sua aplicação. “Os fins
justificam os Meios”.
Situacionismo: É um meio-termo entre antinomismo e o generalismo. O
primeiro não tem regra nenhuma; o segundo tem regra para tudo, mas elas não são
universais. O situacionismo só tem uma regra: a do amor. Segundo eles, baseiam-se em
Cristo, que resumiu a Lei (Normas) numa palavra: amar a Deus e ao próximo (Mt 23.34-
40). Mas admitem certas condutas discutíveis a luz da Bíblia. Ex.: O Adultério para salvar
a família da fome.
CAPÍTULO 2
DEMONSTRAÇÃO DA ÉTICA CRISTÃ
A lei da preservação da vida exige que o indivíduo fuja à morte não só das
próprias mãos, mas também das de outrem, e isto, justifica-se em certas ocasiões, os atos
mais extremos. A Lei de Defesa Própria dá ao homem o direito de defender-se até onde
for necessário. Esta lei é uma das mais fundamentais do nosso ser. É ela uma explicação
especial do princípio universal de conservação, convém observar, porém que o homem
só pode gozar deste direito enquanto está livre de toda e qualquer culpa. (Rm. 8.1-3).
A Vida física
A vida física não é mais suprema neste mundo. Não há dúvida que a preservação
da vida física do corpo é um dever sagrado do homem. Porém, não é o seu dever supremo.
Há outros deveres mais altos, como por exemplo, os deveres em relação ao espírito, à
sociedade, à humanidade e bem pode o homem sacrificar o corpo no altar destes interesses
mais altos. Os mártires são exemplos disto: eles conseguiram mais pelo sacrifício do
corpo do que teriam conseguido pela preservação do mesmo. Antes morrer do que trair a
verdade e a justiça, antes morrer do que abandonar os princípios de retidão, negando a fé.
Também na defesa dos inocentes e desamparados, nas defesas dos direitos da família e
da pátria, se necessário, o homem pode e deve sacrificar a sua própria vida, sem sacrificar
os princípios da ética cristã. A vida física na é o tesouro mais importante que o homem
possui e nem é sua preservação o dever mais elevado.
A Preservação da vida Espiritual
Além das forças que procuram tirar a vida do corpo há também aqueles que
anseiam em tirar a vida do espírito. A elas o homem está exposto e tem por isso o dever
de resistir-lhes o mais possível. O cumprimento da missão do homem depende mais da
vida espiritual, ou do espírito, do que da vida física. É por isso que consideramos o dever
da preservação da vida espiritual mais imperioso. Nesta vida o espírito está cercado de
males que procuram destruí-lo, e por isso mesmo, a resistência é necessária. Quem não
luta será vencido e impossibilitado de cumprir a sua missão moral.
Defender-se de Si mesmo
Este é o primeiro dever do homem. Precisa defender a sua vida espiritual, até de
si mesmo. Muitas vezes o próprio homem é o seu mais terrível inimigo, especialmente
em se tratando de vida espiritual. O indivíduo tem muito cuidado em satisfazer as
necessidades do corpo, embelezando-o quando pode e mantendo-lhe o vigor físico, mas
esquece quase por completo as necessidades mais urgentes do espírito. Devemos lembrar-
nos de que o espírito é o homem.
Não há justificação alguma deste desleixo próprio. Com prejuízo certo de seu
bem-estar, a falta geral de cuidado da preservação do espírito é um dos maiores inimigos
do processo da humanidade. Só se faz progresso quando progride o espírito.
Defender-se dos Outros
O homem precisa defender o seu espírito dos outros. Mais imperioso é o dever
de combater os inimigos que lhe atacam que o de guerrear os que atacam o corpo. O corpo
é a casa em que o espírito habita. As pessoas que não respeitam o nosso bem estar
espiritual devem ser repelidas e consideradas até mesmo inimigas, se for necessário.
Nosso próximo não tem o direito de enfraquecer o nosso espírito. Se tentar fazê-lo, temos
o direito de nos defendemos. Para a conservação do seu espírito o individuo tem pleno
direito de lançar mão de todos os recursos ao seu alcance.
Dever de Cuidado Próprio
Para que o ser humano desfrute de boa saúde, é necessário que ele considere
como importantes: a sua alimentação, a sua higiene, os seus exercícios físicos e o seu
descanso. É importante lembrar que os mesmos cuidados dispensados ao homem exterior,
devem também ser dispensados ao homem interior.
CAPÍTULO 4
ÉTICA NA BÍBLIA
Os profetas
A eles coube a responsabilidade de interpretar e popularizar o ensino da lei, eles
eram vigilantes e promotores do desenvolvimento espiritual e social da nação, como
mensageiros da vontade divina, confirmavam a fé dos humildes e temente a Deus,
condenavam a autossuficiências dos arrogantes e elevaram a fidelidade e justiça divinas
a cima de todo e qualquer padrão humano. Ex.: Amós suas profecias dos meados do
século VIII a.C. Dirige-se aqueles que estão absolvidos nos negócios na especulação e
nas permutas de uma economia comercial (Am 8.4-6) e aqueles que eram donos de
castelos, casas de férias (Am 3.10,11,15) a cidade crescem e surgiu uma classe ociosa,
em contraste com os pobres da terra, eram oprimidos por eles (Am 6.4-68,4-6). Ao invés
de rudes altares de terra, esses indivíduos edificaram santuários, com sacerdotes locais e
sacrifícios diários.
Os sábios
O Patriarca Jó foi um homem que sofreu e não se afastou do seu redentor (Jó
19.25) Davi através dos salmos proféticos falou das limitações. Deus e o Senhor do
universo e vela por nós (Sl 121).
Salomão através dos provérbios imortais e do seu Eclesiastes aprendemos que a
verdadeira sabedoria tem a fonte em Deus e qualquer tipo de vida ou ocupação
descentralizada de Deus e pura vaidade.
Paulo escreveu tudo quanto autora foi escrita para o nosso ensino foi escrito a
fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança (Rm
15.4) Tanto o novo testamento quanto antigo testamento fala dos sábios e a atualidade
dos profetas, como revelação da vontade de Deus para nossa vida hoje.
As doutrinas do homem e do Pecado
Tudo que o homem faz, esta inevitavelmente relacionado com o que ele é, o que
quer ele ser alguma maneira está relacionado com aquilo que ele foi.
As doutrinas do homem
A Bíblia apresenta duplo relato da origem do homem, o primeiro no capitulo
1:26/27 e capitulo 2:7, ambos dos livros de gênesis, conclui-se que:
a) A Criação do homem foi precedida por um solene conselho divino;
b) A Criação do homem foi um ato imediato de Deus;
c) O homem foi criado segundo um tipo divino;
d) Os elementos da natureza humana (espírito, alma, e corpo) se desligue;
e) O homem foi criado coroado da criação de Deus.
Ele foi criado de elementos diferentes
1. Espírito - O Espírito e o âmago e a fonte da vida humana, ele recebe expressão
mediato o corpo, esta na parte interior da natureza do homem, e capaz de renovação e
desenvolvimento – e a sede da imagem de Deus no homem. (1 Co 15.49; 2 Co 3.18; Cl
3.10).
2. Alma – e uma entidade espiritual, incorpórea, que pode existir dentro de um
corpo ou fora dele, sobrevive a morte porque o espírito dá-lhe essa capacidade, alma e
espírito são inseparáveis.
3. Corpo – é o instrumento, o tabernáculo, a oficina do espírito. É age no mundo
material. O corpo é o órgão dos sentidos e o laço que une o espírito ao universo material.
Imagem e semelhança de Deus
O termo “Imagem de Deus” referente ao homem, inclui tanto os dons naturais
como qualidades designadas como justiça original. Ele foi formado “Semelhança de
Deus”.
Semelhança natural e moral. Além disto, o homem se assemelha o Deus
ainda nos seguintes aspectos:
a) Semelhança triuna (1 Ts 5.23)
b) Semelhança que inclui a imagem pessoal, pois também Deus, como o homem,
possui personalidade (Ex 3.13,14).
A doutrina do pecado
O pecado é uma classe específica de mal, tem um caráter absoluto e sempre se
relaciona com Deus e sua vontade, inclui tanto a natureza corrompendo herdade de Adão,
quanto à corrupção.
A vontade de Deus
Compreende a capacidade ou atributo divino de, por si mesmo recolher o melhor
para os seus e para suas criaturas de um modo geral. Essa vontade é que leva Deus à ação,
independentemente de qualquer lei conhecida pelo homem, ou por qualquer tipo de
coação. ( Mt 5.45)
Vontade Permissiva de Deus, é traduzido em ação por circunstâncias,
independente de interesse revelador de Deus. (Lc 11.5-8) ex. Jó.
a) A fé de Jó foi fortalecida em Deus;
b) Satanás foi confirmado na mentira;
c) O testemunho de Deus acerca do seu servo foi confirmado verdadeiro. Jesus
e o Reino de Deus.
Para Jesus, o reino de Deus era tão elevado valor que a pessoa que quisesse tomar
posse dele deveria estar disposta a abrir mão de tudo para possuí-lo (Mt 13.45,46). A
entrada na posse do Reino resulta em vida eterna.
Condições para entrar no Reino
1) Arrependimento ( Mt 3.2)
2) O Novo Nascimento (Jó 3.3)
3) Justiça superior à dos escribas e fariseus (Mt 5.20)
A família Cristã
Deus é o elemento central da família Cristã. A autoridade primeira no lar, é de
Deus, depois do marido, ele tem o dever de cultivar vida de constante comunhão com
Deus, ao marido e pai, Deus designa a dupla responsabilidade de sacerdote e profeta. (ex.
Jó)
O mal
No novo testamento a palavra Mal é Kalia, poneros, significa a qualidade do
mal, seu caráter essencial e seus efeitos ou influências danosas. É empregado tanto no
sentido físico como no sentido moral.
1. Mal é tudo o que se pões à vontade de Deus
2. Os profetas já consideravam Deus como a causa final do mal. Ele tolera o mal
no universo, mal esse que reverte ao homem causando dor, calamidade, etc.
3. Deus usa o para castigar perversidades individuais e racionais ( Is 2.17; 45.7;
seu 3.6)
4. O mal sofrido pelo Cristão por meio de tribulações e perseguições, é
divinamente permitido, visando bênçãos espirituais (Tg 1:2-4; 1 Pe 1.7)
5. O mal será eliminado do universo, e a criação compartilhará do destino
glorioso do homem redimido. Tardo o mal físico como o mau moral serão um dia sanados
eternamente (Ap 21. 1-8).
Comportamento e caráter
É o conjunto de ações que observáveis objetivamente que identifica o homem
com a vontade de Deus, colocando-o como benção não só no seu reino mas também na
sociedade da qual faz parte ( Mt 5.16) o comportamento do cristão deve Ter como
objetivo maior a glorificação de Deus através do que é e do que faz. Se o mundo não
consegue ver a glória, Deus, veja na vida dos seus filhos.
Caráter
O comportamento tem a ver com a que fazemos, enquanto o caráter tem a ver
com o que somos, ele é o triunfo de nossa determinação sobre nossa inclinação, é o
conjunto de qualidades que distinguem uma pessoa, quando um homem possui um
comportamento irrepreensível, seu caráter é igualmente irrepreensível (Gl 5.25)
Personalidade
A personalidade é a soma total das qualidades individuais tanto no que diz
respeito à capacidade ou não de agir ou reagir positivamente, quanto à impressão ou
reflexo que pode causar aos seus semelhantes.
Pode ser:
Uma pessoa positiva quando tem personalidade positiva;
Tímida e vacilante quando possui uma personalidade tímida e vacilante;
Quando o seu, alguns ou todos os atributos são dignos de nota ou
suficientemente desenvolvidos para se impor, trata-se evidentemente de uma
personalidade marcante;
Existem pessoas, sem seres bonitos, são simpáticas e atraentes.
Ética nas Epistolas de Paulo
Epistola aos Romanos “como pode o homem ser justo com Deus” (Jó 9.2)
chamada a “catedral da doutrina cristã”. O ensino de Romanos está resumido da seguinte
maneira:
A justificação dos pecadores, a santificação dos justificados e a glorificação dos
santificados pela fé e pelo poder de Deus.
1ª Epístola aos Coríntios
Foi escrito para corrigir desordens na igreja de Corinto e estabelecer entre os
fiéis, o modelo de conduta cristã com relação à igreja, lar e o mundo. Desordens: divisões,
imoralidade, disputas entre crentes, durante a Ceia do Senhor, durante o culto,
responder pergunta acerca do matrimônio, comer carne oferecida aos ídolos, aos dons
do Espírito Santo, autoridade, necessidade de ordem na igreja e faz apologia quanto a
ressurreição dos mortos.
2ª Epístola aos Coríntios
Paulo consola aos coríntios membros arrependidos da igreja, exorta uma minoria
rebelde, admoesta contra os falsos mestres.
Epístolas aos Gálatas
Nesta epístola Paulo resiste à influência dos mestres judaizantes que estavam
procurando destruir a sua autoridade e reputação, ensinos e obediência a Lei misturada
com a fé para salvação; expõe claramente que o crente não é aperfeiçoado por guardar a
lei, procura restaurar o gálata caído da graça.
Epístolas aos Efésios
A igreja é escolhida, redimida e unida em Cristo de sorte que ela deve andar em
unidade, em novidade de vida, na força do Senhor e revestida da armadura de Deus.
Epístolas aos Filipenses
É a Carta mais formosa, onde ele expõe o seu próprio coração, seu amor mais
terno do que o de uma mulher, ele registra 3 exemplos de abnegação.
1. O exemplo de Cristo que se esvaziou de seu poder e se humilhou até a morte
de Cruz (5-16);
2. O exemplo de Timóteo;
3. O exemplo de Epafrodito.
Serviço Fúnebre
Princípios de etiqueta e de higiene
É bom que o obreiro tome consciência de que o Senhor merece o melhor “não é
ele um dos seus representantes na terra? O seu mensageiro? Porque então não apresentar-
se dignamente quanto ao aspecto pessoal”.
Trazer os calçados sempre bem engraxados, ter a roupa limpa, sempre passada,
sem falta de botões ou descosturada; Buscar combinar as cores da roupa a ser usada, a
começar da gravata;
Ter os cabelos aparados e bem penteados, sempre, e o rosto sempre barbeado.
Cuidado dos dentes.
Cuidado com Linguagem
Obreiro aprovado (II Tm 2.15) apresentar-se apto diante de Deus, não só
espiritual, mas também intelectualmente. Ele deve se esforçar para aprender tudo o que
puder, porque a falta de instrução pode ser um tropeço no exercício do ministério, até
mesmo dos mais santos homens de Deus.
Uso correto da gramática
O obreiro aprovado maneja bem a palavra da verdade (Ef 6.17)
Obreiro evite isto:
Palavras ou frases colocadas.
Evitar demasiada afetação da voz.
Evitar o demasiado uso de lenço para enxugar o suor do rosto, ou saliva presa
aos lábios.
Evitar enterrar as mãos nos bolsos da calça ou de paletó.
Ética no culto
Existem várias formas de cultuar ao nosso Deus.
Cultos evangélicos, de doutrina, de ação de graças, de aniversário, inauguração,
formatura, voto especial.
Muitos são os motivos pelos qual o crente pode tributar culto de ação de graças
a Deus, dia e noite, durante toda sua vida.
Cânticos e Louvor
O cântico é uma das formas mais belas de expressão e de gratidão e
reconhecimento pelos benefícios recebidos do Senhor (Ef 5.18-20).
Louvor – abre os ouvidos, amacia os corações e lubrifica nossa alma.
Reverência e ordem no culto
Devemos Ter ordem e reverência a Deus (Ex 3.5; Js 5.15; Ec 5.1; Sl 93.5).
Como melhorar o culto divino;
Por a igreja em regime de oração;
Levar a igreja a louvor;
Conscientizar da pregação do evangelho;
Ensinar a importância e atualidade dos dons espirituais.
REFERÊNCIAS
Odailson Gonzaga de Campos