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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA

CURSO DE PÓS GRADUAÇÃOLATU SENSUEM ENGENHARIA ESTRUTURAL

Thiago Da Silva Nunes Correia

Modelagem de estruturas de Pontes no programa SAP2000N:


Principais recomendações da AASHTO

Rio de Janeiro-RJ
2015
Thiago Da Silva Nunes Correia

MODELAGEM DE ESTRUTURAS DE PONTES NO PROGRAMA SAP2000N:


Principais recomendações da AASHTO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Pós Graduação em Engenharia
Estrutural do Centro Universitário Augusto
Motta como requisito parcial à obtenção ao
título deEspecialista.

Orientador: EspecialistaEngenheiro Civil Igor


Charles

Rio de Janeiro-RJ
2015
Thiago da Silva Nunes Correia

MODELAGEM DE ESTRUTURAS DE PONTES NO PROGRAMA SAP2000N:


Principais recomendações da AASHTO

Trabalho de Conclusão de Cursoapresentado


ao Curso de Pós Graduação em Engenharia
Estruturaldo Centro Universitário Augusto
Motta como requisito parcial à obtenção ao
título deEspecialista.

Data da aprovação

________________________________________
JOSE EUDES MARINHO DA SILVA – MsC
UNISUAM/ IME

________________________________________
LUIZ EDUARDO AMANCIO AGUIAR – MsC
UNISUAM/ UFF

________________________________________
MARCELO DE JESUS RODRIGUES DA NÓBREGA – Pós Doc
CEFET/RJ
DEDICATÓRIA

A minha Esposa Patrícia e meus filhos Erick


e Larissa, por prescindirem da minha
atenção enquanto eu precisava estudar
para concluir está pós-graduação.
RESUMO

No presente trabalho propõe-se compreender a modelagem de pontes no programa SAP 2000N.A


pesquisa realizada foi exploratório-descritiva, onde os dados foram extraídos do referencial teórico para
estabelecimento de relações com os objetivos da pesquisa. A análise de dados, confrontando-se aspectos
quantitativos e qualitativos das teorias e conceitos da AASHTO LRFD 2007 com a modelagem de uma ponte de
vigas mestras no programa SAP2000N, Mostrou ser preciso um conhecimento mínimo de recomendações da
AASHTO LRFD 2007 para se obter expertise com o uso do programa para a modelagem de pontes, bem como a
necessidade do conhecimentodas diferentes formas de análise que o programa oferece: “Static, Multistepstatic,
Modal, Response spectrum, Time history, MovingLoad, Buckling, SteadState, Power spetraldensity, Hyperstatic;
para se ter o controle sobre o processamento do modelo gerado.

Palavras-chave: Estrutura. Pontes. Modelagem.


ABSTRACT

In this paper we propose to understand the modeling of bridges in SAP 2000N program. The research
was exploratory and descriptive, where the data were extracted from the theoretical framework for establishing
relations with the research objectives. Data analysis , clashing quantitative and qualitative aspects of the theories
and concepts of the AASHTO LRFD 2007 with the modeling of a bridge girders in SAP2000N program has
proved to be necessary minimal knowledge of AASHTO LRFD recommendations of 2007 to obtain expertise as
using the program for modeling bridges, and we need to know the different forms of analysis that the program
offers : "Static , Multistep static , modal , Response spectrum , Time history , Moving Load, Buckling , Stead
State , Power Spetral Density, Hyperstatic; to have control over the processing of the generated model .

Keywords: Structure. Bridges.Modeling.


LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Equivalência entre unidades do sistema Americano e unidades do padrão SI.


.................................................................................................................................................. 15
Tabela 2: Fatores de resistência adotados na AASHTO LRFD. ........................................ 21
Tabela 3:Critérios simplificados para estados limites de serviço. ..................................... 28
Tabela 4: Fatores de distribuição de carga utilizados pelo programa SAP2000N. .......... 65
LISTA DE EQUAÇÕES

Eq. (1) ....................................................................................................................................... 17


Eq. (2) ....................................................................................................................................... 17
Eq. (3) ....................................................................................................................................... 17
Eq. (4) ....................................................................................................................................... 20
Eq. (5) ....................................................................................................................................... 28
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Variabilidade das cargas e resistências e a faixa de ruptura do método LRFD. ....... 18
Figura 2: Nível de confiabilidade ............................................................................................. 18
Figura 3: Nível de confiabilidade para a superestruturas, mesoestrutura e fundações da ponte.
.................................................................................................................................................. 19
Figura 4: Ponte com tabuleiro de lajes maciças. ...................................................................... 22
Figura 5: Ponte constituída de vigas mestras com seções padronizadas na AASHTO. ........... 23
Figura 6: Seções padronizadas na AASHTO para vigas mestras. ............................................ 23
Figura 7: Propriedades das seções padronizadas na AASHTO. ............................................... 24
Figura 8: Ponte em segmentos sucessivos. ............................................................................... 24
Figura 9: Abreviação das cargas da AASHTO. ........................................................................ 25
Figura 10: Combinações para os Estados Limites da AASHTO. ............................................. 25
Figura 11: Tandem de projeto do veículo hipotético HL-93. ................................................... 26
Figura 12: Carga da pista de rolamento do carregamento hipotético HL-93. .......................... 27
Figura 13: Combinação mais desfavorável para o veículo hipotético HL-93. ......................... 27
Figura 14: Distribuição de cargas por fatores simplificados por faixa de rolamento para o
momento das vigas interiores. .................................................................................................. 28
Figura 15: Combinação de ação usual para concreto armado. ................................................. 29
Figura 16: Combinação de ação usual para aço. ...................................................................... 29
Figura 17: Combinação de ação usual para concreto protendido. ............................................ 29
Figura 18: Obtenção do momento positivo máximo. ............................................................... 30
Figura 19: Obtenção do cortante máximo ................................................................................ 30
Figura 29: Consideração do efeito da pressão do vento. .......................................................... 31
Figura 21: Consideração do efeito da temperatura. .................................................................. 31
Figura 22: Visão geral do Bridge Modeler do SAP 2000N. ..................................................... 33
Figura 23: Definição da linha de referência da ponte no modelador de pontes do SAP2000N.
.................................................................................................................................................. 33
Figura 24: Layout horizontal das linhas de referência. ............................................................ 34
Figura 25: Tipos de seção para o tabuleiro da ponte. ............................................................... 35
Figura 26: Propriedades de seção de tabuleiro. ........................................................................ 35
Figura 27: Propriedades do diafragma da ponte. ...................................................................... 36
Figura 28: Propriedade restrainer. ............................................................................................ 37
Figura 29: Propriedades de rolamento da ponte. ...................................................................... 38
Figura 30: Propriedade de molas de fundação.......................................................................... 38
Figura 31: Bent properties. ....................................................................................................... 39
Figura 32: Propriedade dos encontros das pontes. ................................................................... 39
Figura 33: Variação de gradiente de temperatura. .................................................................... 40
Figura 34: Show “modify assignments” dos objetos do modelador de pontes no SAP2000N. 40
Figura 35: Parâmetros predefinidos no banco de dados do programa SAP2000N. ................. 41
Figura 36: Ponte de vigas mestras que será modelada no programa SAP2000N. .................... 42
Figura 37: Seção padrão AASHTO adotada para as vigas mestras da ponte. .......................... 43
Figura 48: Modelo de espinha. ................................................................................................. 43
Figura 49: 3º Método de distribuição dos fatores de carga do programa SAP2000N. ............. 44
Figura 50: Distribuição uniforme de carga para as vigas mestras da ponte. ............................ 44
Figura 41: Tela de definição da Layout line ............................................................................. 45
Figura 42: Propriedades do material tabuleiro da ponte. .......................................................... 45
Figura 43: Propriedades do material das vigas mestras da ponte. ............................................ 46
Figura 44: Material para o cabo de protensão das vigas mestras da ponte. .............................. 46
Figura 45: Seção para da AASHTO para as vigas mestras. ..................................................... 47
Figura 46: Configuração de parâmetros para a seção do tabuleiro da ponte. ........................... 47
Figura 47: Propriedade do aparelhos de apoio 1. ..................................................................... 48
Figura 48: Propriedade do aparelho de apoio 2. ....................................................................... 48
Figura 49: Características da interação entre a subestrutura e o solo de suporte. .................... 49
Figura 50: Características dos encontros da ponte. .................................................................. 49
Figura 51: Objetos da ponte...................................................................................................... 50
Figura 52: Locação da estrutura da ponte ................................................................................. 50
Figura 53: Segundo encontro da ponte ..................................................................................... 51
Figura 54: Características dos cabos de protensão da ponte. ................................................... 51
Figura 55: Seleção do perfil do cabo de protensão para as vigas mestras. ............................... 52
Figura 56: Ajuste do perfil do cabo de protensão. .................................................................... 52
Figura 57: Copia do cabo de protensão criado para todas as vigas. ......................................... 53
Figura 58: Visualização dos cabos de protensão locados. ........................................................ 53
Figura 59: Definição da faixa de rolamento. ............................................................................ 54
Figura 60: Escolha do veículo tipo. .......................................................................................... 54
Figura 61: Escolha da carga da faixa de rolamento. ................................................................. 55
Figura 62: Combinação de cargas ad faixa de rolamento com o veículo tipo. ......................... 55
Figura 63: Configuração dos casos de carregamento ............................................................... 56
Figura 64: Casos de carregamento considerados ...................................................................... 56
Figura 65: Atualização do modelo da ponte no programa........................................................ 57
Figura 66: Modelo carregado no programa. ............................................................................. 57
Figura 67: Tela de seleção dos casos de carregamento a serem processados........................... 58
Figura 68: Modelo deformado após processamento ................................................................. 58
Figura 69: Escolha do código utilizado para as análises de projeto. ........................................ 59
Figura 70: Escolha dos estados limites a serem considerados na análise de projeto da ponte. 59
Figura 71: Geração automática de combinações de ações pelo programa. .............................. 60
Figura 72:Fatores da primeira combinação automática gerada pelo programa. ....................... 60
Figura 73: Fatores da segunda combinação automática gerada pelo programa. ...................... 61
Figura 74: Fatores de combinação automática gerada para envoltória de carregamentos. ...... 61
Figura 75: Requisição para análise de projeto em relação a força cortante. ............................ 62
Figura 76: Requisição para análise de projeto com relação ao momento fletor. ...................... 63
Figura 77: Tela de comando de processamento das requisições. ............................................. 63
Figura 78: Envoltória do esforço cortante na vigas da ponte. .................................................. 64
Figura 79: Envoltória do momento fletor nas vigas mestras da ponte. .................................... 64
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 13

1.1. Objetivo geral ........................................................................................................... 13

1.2. Objetivos Específicos ............................................................................................... 13

1.3. Justificativa............................................................................................................... 14

1.4. Metodologia .............................................................................................................. 14

2. REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................................... 15

2.1. Principais recomendações da norma AASHTOO 2007........................................ 15

3. O PROCESSO DE MODELAGEM DE PONTES DO PROGRAMA SAP 2000N. 32

4. AS VARIÁVEIS DE CONTROLE DO MODELO DE PONTES NO PROGRAMA


SAP2000N. ............................................................................................................................... 42

4.1. Modelagem de uma ponte vigas mestras protendidas, adaptado de vídeo


tutorial do programa SAP 2000N ..................................................................................... 42

5. CONSIDERAÇÕES ....................................................................................................... 66

6. CONCLUSÃO................................................................................................................. 68

7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 69


1. INTRODUÇÃO

O projeto e análise de estruturas de pontes são de extrema importância para a


engenharia civil por se tratarem de um aspecto relacionado à obras de infraestrutura de um
País e estarem envolvidos valores vultuosos para a sua implementação.

Projetos de estruturas de pontes que atendam com praticidade, segurança e economia


às exigências dos principais códigos e normas nacionais e internacionais, requerem cada vez
mais o entendimento por parte dos engenheiros projetistas, do domínio de sua implementação
computacional, aliado ao conhecimento das recomendações e parâmetros críticos das normas
e códigos relacionados a esta disciplina em questão.

O presente trabalho se delimitará em torno do seguinte problema de pesquisa: Quais as


principais variáveis devem ser controladas para a modelagem e o projeto de uma ponte no
programa SAP2000N?

Os pressupostos amadurecidos durante a pesquisa inicial para o desenvolvimento deste


trabalho permitiram levantar como hipótese: Deve-se ter um conhecimento mínimo de
recomendações da AASHTO LRFD 2007.

1.1. Objetivogeral

Compreender a modelagem de pontes através do programa SAP2000N.

1.2. ObjetivosEspecíficos

• Levantar os tópicos principais da norma AASHTOO 2007 relacionados ao programa


SAP200N.
• Identificar as principais variáveis de controle do modelo no programa SAP2000N.
• Modelar e projetar uma ponte de vigas mestras no programa SAP2000N.
• Mostrar os ganhos que o programa SAP2000N pode proporcionar.
14

1.3. Justificativa

Com o avanço dos sistemas computacionais para análise e projeto de estruturas, deve-
se buscar compreender as variáveis críticas desses programas em confrontação com as normas
e códigos pertinentes. Pois o método dos elementos finitos, que se popularizou como o meio
de processamento dosmesmos,possui uma complexa fundamentação matemática, apesar de
apresentar resultados mais próximos aos dados pelas teorias de mecânica dos sólidos.
Depreende-se então a importância de se compreender o processo de modelagem de pontes no
programa SAP2000, levantando as recomendações do AASHTO 2007, Código que está no
banco de dados da versão utilizada do programa.

1.4. Metodologia

A pesquisa seráexploratório-descritiva, onde os dados serão extraídos do referencial


teórico para estabelecimento de relações com os objetivos da pesquisa. Quanto à análise de
dados, será feita confrontando-se aspectos quantitativos e qualitativos das teorias e
conceitosda AASHTO LRFD 2007 com a modelagem de uma ponte de vigas mestras no
programa SAP2000N.
15

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Principais recomendações da norma AASHTOO 2007

O AASHTO foi o primeiro padrão nacional amplamente reconhecido para a


concepção e construção de pontes nos Estados Unidos, publicado em 1931 pela Associação
Americana de Funcionários do StateHighway (AASHO), o antecessor de AASHTO. Como
advento do automóvel e da criação de departamentos de rodovias em todos os Estados, o que
remonta apouco antes da virada do século, a concepção, construção e manutenção de pontes
norte-americanas era de responsabilidade desses departamentos e, mais especificamente, do
engenheiro-chefe de pontes dentro de cada departamento. Esses engenheiros se tornaram
detentores do primeiro padrão para pontes: “averagedailytrucktraffic (ADTT)” (AASHTO,
2012).

Segundo Hindi (2010) as investigações para a elaboração do AASHTO


LRFDiniciaram em 1986, tiveram desenvolvimento nos dois anos seguintes e possibilitaram o
lançamento da 1ª edição em 1994; 2ª edição em 1998; 3ª edição em 2004; 4ª edição em 2007 e
5 ª edição em 2010. A edição de 2007 da AASHTO LRFD foi a última versão a adotar o
padrão internacional SI, a partir das edições posteriores somente o padrão Americano foi
usado.

Dado que o AASHTO LRFD a partir da versão 2007 adota as unidades do padrão
Americano, segue abaixo tabela com algumas equivalências aproximadas para auxiliar os
engenheiros Brasileiros:

Tabela 1: Equivalência entre unidades do sistema Americano e unidades do padrão SI.

Equivalência de Unidades
1 lbf 0,45 Kgf
1 KSI 6,89 MPa
1 Kip 0,45 Tf
1 PSI 6,89 KN/m²
1 Psf 0,05 KN/m² = 0,45 Tf/m²

Fonte: Autor.
16

O código AASHTO é dividido segundo os capítulos abaixo discriminados, segundo o


(AASHTO, 2012):

AASHTO LRFD Bridge Design

Specifications - Chapters

1. Introduction

2. General Design and Location Features

3. Loads and Load Factors

4. Structural Analysis and Evaluation

5. Concrete Structures

6. Steel Structures

7. Aluminum Structures

8. Wood Structures

9. Decks and Deck Systems

10. Foundations

11. Abutments, Piers, and Walls

12. Buried Structures and Tunnel Liners

13. Railings

14. JointsandBearings

O AASHTO compreende a especificação de fatores de carga e resistências de


projetoque buscam uma confiabilidade uniforme para a medida da segurança nos estados
limites últimos dos materiais; os quais estão divididos em: Estado limite de serviço, Estado
limite de fatiga e ruptura, Estado limite para esforços e Estados limites extremos (HINDI,
2010).
17

Na mesma linha de pensamento, para Swanson e Miller (2007) o AASHTO LRFD


contém especificações para projetos de pontes, cargas e informações em geral. Nela se
encontra o pano de fundo e as bases teóricas do método de fatores de resistência. Eles
pontuam, também, que as filosofias de projeto de estruturas adotadas foram se
desenvolvendo: ASD, LFD e LRFD.
O ASD – Allowable stress design é um método que não leva em consideração as
variabilidades dos diferentes tipos de carregamento. Neste método a tensão admissível é
obtida através da tensão máxima permitida minorada por um fator de segurança.

F (1)
Fa =
F .S

Fa Tensão admissível.

F Tensão computada

F.S Fator de segurança

No LFDLoadFactor Design teremos a condição:

∑ γ .Q ≤ Rn (2)

Q Efeito do carregamento

Rn Resistência

γ Fator de carga

No entanto este método não considera cargas e resistência simultaneamente, no LRDF


Load&ResistenceFactor Design teremos:

∑ γ .Q ≤ φ.Rn (3)

γ Fator de carga

φ Fator de resistência

Rn Componente de resistência
18

Q Efeito do carregamento

FD permite-se um modo mais uniforme, sistemático e racional de


A filosofia do LRF
seleção dos fatores de carga e fatores de resistência considerando-se
considerando se a variabilidade dos
mesmos probabilisticamente.NaFigura
probabilisticamente 1 a seguir mostra-se a distribuição dos esforços e a
distribuição das resistências dos materiais indicando-se
indicando a região do ponto de falha ou ruptura.

Figura 1:: Variabilidade das cargas e resistências e a faixa de ruptura do método LRFD.

Fonte: SWANSON; MILLER, 2007

De acordo com o número de desvios padrõestem-se


β um nível de confiabilidade,
confiabilidade a
falha estrutural passaa a ser tratada através de um modelo estatístico inferencial probabilístico,
Figura 2:

Figura 2:: Nível de confiabilidade


19

Fonte: SWANSON; MILLER, 2007

Hindi (2010) da Universidade de Sant Louis também fez uma explanação


explanaçã das
metodologias de projeto que estabeleceram o pano de fundo da LRFD AASHTO, para ele o
método das tensões admissíveis
admissív (ASD) tinha como características: Cargas de peso próprio e
cargas acidentais possuíam pesos iguais e as tensões eram somadas linearmente, o que,
admitia um comportamento elástico linear da curva tensão-deformação
deformação do concreto.
concreto Por outro
lado, o método dos fatores de cargas (LFD) contemplava o comportamento não linear da
curva tensão-deformação
deformação do concreto, porém utilizava-se
utilizava a parte retangular por praticidade;
comportamento dúctil, através do escoamento do aço antes da ruptura do concreto; Cargas
acidentais com variabilidade maior do que as cargas permanentes e fatores de carga
arbitrários.

Segundo Hindi (2010) noo método dos Estados Limites últimos considera-se
considera a
variabilidade
dade de cargas e resistências; fornecendo-se
fornece índices de confiabilidade consistentes
para o estado limite de ruptura e os fatores
fatores ponderadores de carga e resistência são calibrados
estatisticamente.

O Número de desvios
desv padrões adotados pela AISC e AASHTO (American
AssociationofStateHighwayandTransportationOfficials) varia de acordo com a parte estrutural
AssociationofStateHighwayandTransportationOfficials)
e a carga considerada (SWANSON; MILLER, 2007):
2007)

Figura 3:: Nível de confiabilidade para a superestruturas, mesoestrutura e fundações da ponte.


ponte

Fonte: SWANSON; MILLER, 2007


20

Hindi (2010) pontuou que a AASHTO LRFD também utiliza modificadores de carga
ηi :

ηd = Fator de ductibilidade.

• 1,05 para componentes não dúcteis.


• 0,95 para componentes dúcteis.

ηr = Fator de redundância.

• 1,05 para membros não redundantes da ponte.


• 0,95 para níveis de redundância aceitáveis.

ηi = Fator de importância operacional.

• 1,05 para pontes críticas e essenciais.


• 0,95 para pontes menos importantes.

Swanson e Miller (2007) descrevem os estados limites da AASHTO LRFD, a saber:

• Estado limite de serviço: Refere-se a restrições de tensão, deformação, e fissuração em


condições normais de utilização.
• Estado limite último: Assegura-se a resistência da ponte aos esforços e combinações
de carregamento que a mesma sofrerá durante o período de vida útil de projeto.
• Estado de eventos extremos: Garante-se a integridade estrutural da ponte durante
terremotos, colisão de veículos, sobrecargas de neve e recalques de fundação.
• Estado de fatigas: Compreende-se a restrição das tensões a determinadas faixas que
permitam condições de utilização regulares para ciclos de carga esperados.

Estado limite

Q = ∑ηiγiQi (4)

ηi Modificador de carga

Qi Efeito da carga

γi Fator de carga
21

Segundo Hindi (2010) os fatores modificadores do estado limite estão relacionados ao


comportamento estrutural e não aos materiais, admite-se comportamento inelástico para se
prevenir a ruptura. Assim no projeto de componentes de concreto armado, os mesmos são
considerados dúcteis mesmo que o concreto tenha um comportamento frágil. Na mesma linha
de raciocínio, temos para os fatores de resistência:

Tabela 2: Fatores de resistência adotados na AASHTO LRFD.

Fatores de resistência
Seções com compressão controlada 0.75
Seções com tensão controlada 0.90
Cortante e torçor para concretos de peso normal 0.90
Cortante e torçor para concretos de peso leve 0.70
Aparelhos de apoio 0.70

Fonte: Adaptado de HINDI , 2010.

Para Hindi (2010) preliminares de projeto devem compreender a seleção de critérios e


especificações da AASHTO, a seleção dos tipos de pontes em seções padrões ou em vigas
mestras, a segurança, a economia, a durabilidade e a estética. Dentre os tipos de pontes,
descritos a seguir, a AASHTO possui seções padronizadas: “I-GirdersandBulb-Tees e Box
Girders”.

• Concrete Bridge Type

Slab Bridges

I-Girder Bridges

Box-Girder Bridges

U-Beam Bridges

Segmental Bridges

Spliced-Girder Bridges

Arch Bridges

Cable-Stayed Bridges
22

T-Beam Bridges

Precast, Prestressedbridge

Figura 4: Ponte com tabuleiro de lajes maciças.

Fonte: HINDI , 2010.

Para Hindi (2010) as pontes em tabuleiro de lajes maciças possuem como


características:

• Processo construtivo mais fácil.


• São ideais para vencer vãos de aproximadamente 50 ft( 16,5 m ).
• Podem ser moldadas em loco ou premoldadas, em concreto protendido ou concreto
armado.
• Podem ser feitas contínuas nos encontros ou com pier intermediário para suportarem
as ações nos pórticos.
23

Figura 5:: Ponte constituída de vigas mestras com seções padronizadas na AASHTO.

Fonte: HINDI , 2010.

Segundo Hindi (2010) as pontes de vigas mestras são o tipo mais popular nos estados
Americanos,
os, vencem vãos de até 160 ft (53m);
(53m); as seções padronizadas mais são
AASHTO/PCI I –IV
IV e BULB –TS.

Figura 6:Seções
:Seções padronizadas na AASHTO para vigas mestras.

Fonte: HINDI , 2010.


24

Na Figura 7 a seguir, obtem-se


obtem o espaçamento máximo das vigas mestras em função:
do tipo de viga padronizado na AASHTO, do vão em ft (pés), da laje do tabuleiro de 8” (20
cm) e do veículo tipo HS 20-44.
20

Figura 7: Propriedades
des das seções padronizadas na AASHTO.

Fonte: HINDI , 2010.

Figura 8:: Ponte em segmentos sucessivos.

Fonte: HINDI , 2010.

Para Hindi( 2010 ) as pontes estaiadas representam concepções e técnicas da


engenharia moderna, com as características:

• São Econômicas, duráveis e esteticamente interessantes.


• São construídas vão a vão ou em balanço sucessivos.
• São moldadas em loco ou prémoldadas.
• Utilizam o método de aduelas protendidas pós tensionadas ou aduelas estaiadas por
cabos em um pilar central.
• São perfeitamente adaptáveis para mudanças de greide e curvaturas.
25

O Programa
ma SAP2000N permite a análise de pontes estaiadas com segmentos
sucessivos
os para cada estágio da construção, porém não se abordará neste trabalho devidoà
limitação de tempo.

As especificações LRFD para o projeto de pontes exigem um exame de várias


combinações
inações de carga que correspondem
corresponde aos estados limites, cujas
as abreviações das cargas
estão na Figura 9 abaixo:

Figura 9:: Abreviação das cargas da AASHTO.

Fonte: HINDI , 2010.

Figura 10:: Combinações para os Estados Limites da AASHTO.

Fonte: HINDI , 2010.


26

No AASHTO adota-se
adota um veículo tipo hipotético HL-93 para o projeto de pontes, o
qual representa a combinação mais
ma s desfavorável entre a carga de um caminhão, a carga de um
eixo e carga distribuída na pista de rolamento. A razão
azão para propor este modelo de carga
acidental, é prescrever um conjunto de cargas de tal forma que se produzao
produz efeito da carga
extrema aproximadamente igual ao produzido
prod pelos veículos acima do limite legal da pista,
mas que são autorizados a operar rotineiramente (AASHTO HL-93
93 LOADING HIGHWAY
DESIGN).

Três Cargas básicas para pontes compõem o chamado HL-93


HL Carregando
desenvolvido em 1993.

• Veículo tipo:: Chamado HS-20-44


HS com 20 toneladas de carga
rga nos primeiros dois eixos.
• Tandem:: Consiste de dois eixos pesando 25 Kips (110 KN) cada, espaçados de 4ft (
1,2 m).

Figura 11:: Tandem de projeto do veículo


v hipotético HL-93.

Fonte: AASHTO HL-93


93 LOADING HIGHWAY DESIGN.

• Carga da Pista de rolamento: Consiste de uma carga uniformemente distribuída de 64


Kips/ft (9.3 KN/m) ocupando 10 ft (3m) transversalmente.
27

Figura 12:: Carga da pista de rolamento do carregamento hipotético HL-93.


HL

Fonte: AASHTO HL-93 LOADING HIGHWAY DESIGN.

O HL-93 será o máximo entre as duas combinações:

• Tandem + Carga da pista de rolamento.


rolamento
• Veículo tipo + Carga da pista de rolamento.

Figura 13:: Combinação mais desfavorável para o veículo hipotético HL-93.


HL

Fonte: AASHTO HL-93


93 LOADING HIGHWAY DESIGN.

No AASHTO Contempla-sefatores
Contempla atores de distribuição simplificados para a distribuição
das cargas do veículo tipo do tabuleiro para as vigas mestras da ponte. Para se aplicar a
distribuição de fatoressimplificado
toressimplificados, as seguintes condições devem ser atendidas
(AASHTOO, 2012).

• Largura do tabuleiro da ponte deve ser constante.

• Número de feixes de vigas ,Nb ≥ 4

• As vigas devemser paralelas


paralela e com a mesma rigidez

• A curvatura da ponte deve ser inferior a 4 °


28

Esses fatores de distribuição são aplicáveis para tabuleiros de concreto arm


armado sobre
vigas mestras de aço e vigas mestras de concreto protendido ou concreto armado
armado. O
carregamento de momento fletor e cortante na viga mestra,será o produto da carga da faixa de
rolamento
olamento na viga pelo fator de distribuição apropriado (SWANSON
(SWANSON e MILLER, 2007).

Mu , LL = ( DF ).( Mviga ) (5)

Figura 14:: Distribuição de cargas por fatores simplificados por faixa de rolamento para o momento das vigas
interiores.

Fonte: HINDI, 2010.

Quando a ponte a ser projetada não se enquadrar no critério de fatores de distribuição


de momento e cortante do carregamento do tabuleiro para as vigas, outros métodos podem ser
utilizados como: Elementos finitos, Diferenças finitas, Analogia de grelha, mé
método das linhas
de influência e outros descritos no AASHTO (HINDI, 2010).

Tabela 3: Critérios simplificados para estados limites de serviço.

CARGA LIMITE
Carga de veículo tipo Vão/800
Carga de veículo tipo e/ou pedestre Vão/1000
Carga do veículo tipo em partes em balanço Vão/300
Carga do veículo tipo e/ou carga de pedestres em partes em balanço vão/375

Fonte: SWANSON; MILLER, 2007

Swanson e Miller (2007) destacaram


destaca as combinações de ação comumente utilizadas
para concreto armado, aço e concreto protendido,
protendido, as quais constam nas figuras a seguir
seguir.
29

Figura 15:: Combinação de ação usual para concreto armado.

Fonte: SWANSON; MILLER, 2007

Figura 16:: Combinação de ação usual para aço.

Fonte: SWANSON; MILLER, 2007

Figura 17:Combinação
:Combinação de ação usual para concreto protendido.

Fonte: SWANSON; MILLER, 2007

A seguir Swanson e Miller (2007) mostram a configuração


configuração de carregamento para a
obtenção do momento positivo e cortante máximos,
máximo no primeiro vão da ponte, Para a
obtenção do cortante máximo desconsidera-se
desconsidera se a carga do primeiro eixo do veículo tipo
conforme Figura 19.
30

Figura 18:: Obtenção do momento positivo máximo.

Fonte: SWANSON; MILLER, 2007

Figura 19:: Obtenção do cortante máximo

Fonte: SWANSON; MILLER, 2007

Há considerações sobre a disposição das cargas para análise da fatiga, análise


dinâmica, força centrífuga, força de frenagem,
frenagem, pressão do vento, pressão da água e forças que
surgem durante colisões que precisam ser avaliadas pelas recomendações do AASHTO e não
foram feitas neste trabalho devido à sua extensão.
extensão

A velocidade básica que causa a pressão do vento na ponte é assumida com sendo
100mph (160 Km/h). O vento é aplicado uniformemente distribuído
distribuído na soma das áreas de
toda a estrutura com direção variada para se localizar a condição mais desfavorável
(SWANSON e MILLER, 2007).
31

Figura 20: Consideração do efeito da pressão do vento.

Fonte: SWANSON; MILLER, 2007

Momentos devido à variação uniforme de temperatura são calculados usando-se


usa os
seguintes limites, Figura 21:
21

Figura 21: Consideração do efeito


feito da temperatura.
temperatura

Fonte: SWANSON; MILLER, 2007


32

3. O PROCESSO DE MODELAGEM DE PONTES DO PROGRAMA SAP 2000N.

O SAP2000 é um programa internacionalmente conhecido destinado à modelagem e


análise de estruturas pelo método dos elementos finitos. Trata-se de uma ferramenta
importante que permite a análise de diversos tipos de estruturas modeladas com elementos de
barra, área, sólidos, estado plano de tensão ou de deformação, cada um com diferentes opções
de formulação. Bem como, a análise de estruturas com não-linearidade física e geométrica e
Estruturas submetidas a esforços dinâmicos. Muitas vezes o lançamento do modelo estrutural
é feito utilizando-se as ferramentas do próprio programa. No entanto, dependendo das
necessidades os dados podem ser importados de programas de desenho tipo CAD (arquivos
formato DXF) ou podem ser inseridos através de tabelas, com auxílio de programas de
planilha eletrônica.

O método dos elementos finitos (MEF) é um procedimento numérico aproximado


utilizado para análise estrutural. O processo consiste na discretização de um meio contínuo
em um número finito de partes (elementos), Cada elemento possui um determinado número
de nós pelos quais podem ser definidos seus deslocamentos, que são aproximados no interior
do elemento por funções de interpolação polinomiais. Os nós se ligam a elementos vizinhos e
através destes é feita a compatibilização das deformações dando continuidade entre
elementos.Definindo-se matematicamente o comportamento de cada elemento é possível
formar-se um sistema de equações no qual os deslocamentos de toda a estrutura são obtidos e
por meio desses os esforços. Nesse ponto existe uma certa similaridade com o método dos
deslocamentos, em que existem elementos cujos comportamentos são definidos por matrizes
de rigidez dos elementos que formam a matriz de rigidez da estrutura.

No entanto o procedimento de obtenção das matrizes de rigidez dos elementos é bem


diferente no MEF, derivando de métodos variacionais. Utilizando-se esses métodos é possível
obter polinômios que representam o comportamento de uma infinidade de elementos, lineares,
planos ou tridimensionais.

Uma das características do programa SAP2000N é o Modelador de Pontes, onde faz-


se um tour pelos passos para a criação de um modelo de pontes. Tem-se a Linha de referência
que compreende o alinhamento horizontal e vertical da ponte, Propriedades dos materiais dos
33

tabuleiros e vigamento, Propriedades das pontes.Itens de análise e parâmetros como: Faixas


de rolamento, veículos tipo e casos de carregamento.

Figura 22:: Visão geral do Bridge Modeler do SAP 2000N.

Fonte: Programa SAP2000N.

As linha de referências são o primeiro passo para a definição da ponte, as mesmas


podem ser curvas ou retas, tanto verticalmente quando horizontalmente.

Figura 23:: Definição da linha de referência da ponte no modelador de pontes do SAP2000N.

Fonte: Programa SAP2000N.

O comprimento da ponte coloca-se no campo “Endstation”.Têm


Têm-se em seguida as
propriedades dos materiais utilizados na ponte, que podem ter o comportamento não linear.No
linear.
34

SAP2000 as propriedades seção “frames”,podem ser usadas para a definição de elementos


ropriedades da seção,
da ponte, tais como:

• Vigas de diafragma e colunas em definições


definições de propriedade de encontros intermediários

• Seções de viga em algumas definições


definições de propriedades da seção do tabuleiro.

• Seções de feixe contínuo em algumas definições


definições de propriedade de encontros.

• Seções
eções de quadro em algumas definições de propriedade de diafragma

O “Link properties”é
properties” um item opcional avançado
ado no modelador de pontes do
SAP2000N, Pode
ode ser usado nas definições das seguintes propriedades:

• Definições
efinições de propriedades
propriedade dos cabos de suporte.

• Definições de propriedades de aparelhos de apoio.

• Definições
efinições de propriedades
propriedade das molas de Fundação

As linhas
inhas de referência horizontais podem ser selecionadas de formas predefinidas e
em seguida ajustadas.

Figura 24:: Layout horizontal das linhas de referência.

Fonte: Programa SAP2000N.

Os tabuleiros usados para a definição da superestrutura


superestrutura podem ser selecionados e
definidos conforme abaixo ou especificadoss variando parametricamente ao longo de seus
comprimentos.
35

Figura 25:: Tipos de seção para o tabuleiro da ponte.

Fonte: Programa SAP2000N.

Várias seções paramétricas para o tabuleiro da ponte estão disponíveis, as quais


abrangem viga de concreto,
concreto laje plana de concreto, viga de concreto pré-moldado
pré e seções de
tabuleiro com vigas de aço. Para o estudo de caso adotou-se
se o tabuleiro “ Precast I Girders”.

A superestrutura da ponte pode ser variada ao longo do seu comprimento


parametricamente, usando--se o seguinte método para definir e atribuir
ir essa variação:Após a
definição das propriedades de material
material e geometria da superestrutura do tabuleiro, o mesmos
pode ser variado através dos objet da ponte “Bridge object”.
os objetos

Figura 26:: Propriedades de seção de tabuleiro.

Fonte: Programa SAP2000N.


36

Ao menos uma propriedade de seção de tabuleiro e uma linha de referencia devem


estar definidas antes que um objeto da ponte possa ser modificado.. Os objetos da ponte
“Bridge objectdefinition”compreendem:
compreendem:

• Definição dos vãos


• Associação das propriedades das seções do tabuleiro em todos os vãos.
vão
• Encontros da ponte incluindo suas angulações e sua associação à ponte.
• Suportes intermediários, Piers ou “Bents”
“Bents” são associados a sua locação.
• Superelevações.
• Cabos de protensão..
• Grupos de estágios de construção.
• Rótulas podem ser associadas a cada vão.
• Diafragmas (Transversinas)podem
(Transversinas) ser associados.

Os diafragmas
as são seções transversais ao tabuleiro da ponte que aumentam a sua
rigidez. Podem ser de concreto;
concreto aço X , V ou K,, ou uma única viga de aço . Diafragmas de
concreto são aplicáveis apenas em locais
locais onde existem seções do tabuleiro da superestrutura
de concreto e diafragmas
gmas de aço só são aplicáveis em locais onde existem
xistem secções de tabuleiro
da superestrutura em vigas.

Figura 27:: Propriedades do diafragma da ponte.

Fonte: Programa SAP2000N.

Os “ restrainers”são propriedades
p que especificam os dados para cabos
cabo que são usados
como laços de tensão em todos
todo os pontos de descontinuidades da superestrutura . Podem ser
37

atribuídos em Pilares e estruturas de apoios intermediários onde a superestrutura é


descontínua. Podem ser especificados
especificado como uma propriedade de ligação / suporte ou podem
pode
ser definidos pelo usuário.
usuário O limitador definido pelo usuário é recomendado,
re
poiséespecificado
especificado por um comprimento,
comprimento área e módulo de elasticidade conforme Figura 28.

Figura 28:: Propriedade restrainer.

Fonte: Programa SAP2000N.

Propriedades dos aparelhos de apoio “Bearings”especificam dados para


par os rolamentos
da ponte e são
ão usadas em encontros e articulações. Nos pilares os rolamentos são utilizados na
ligação entre as vigas e a subestrutura.
subestrutura

No encontro intermediário,
intermediário, rolamentos são utilizados na ligação entre as vigas mestras
e a viga de rigidez doo grupo de pilares do encontro.Nas
encontro. rótulas,, rolamentos são utilizados na
ligação entre as vigas
igas nos dois lados.
lados

Uma propriedade de rolamento pode ser especificada como uma propriedade de


ligaçãoo / suporte ou pode ser definida pelo usuário.. O rolamento definido
defi pelo usuário é
recomendado. Pois permite que cada um dos seis graus de liberdade seja especificado como:
fixos, livres ou parcialmente contidos
contido com uma constante de mola elástica
tica.
38

Figura 29:: Propriedades de rolamento da ponte.

Fonte: Programa SAP2000N.

As molas de fundação especificam


especificam dados para a ligação entre a subestrutura e o solo
suporte. Noss apoios intermediários as molas de fundação podem ser usados
usado na base de cada
coluna .Uma
Uma propriedade de molas de fundação pode ser especificada como uma propriedade
de Link / Suporte ou pode ser definida pelo usuário.
usuário. A mola definida pelo usuário é
recomendada,Pois permite que cada um dos seis graus de liberdade possa
poss ser especificado
como fixo, livre ou parcialmente contido com uma constante de mola elástica especificada.
especificada

Figura 30:: Propriedade de molas de fundação.

Fonte: Programa SAP2000N

As Propriedades “Bent” especificam propriedades geométricas e secção da viga


diafragma das colunas e encontros intermediários (Pier) e também
ambém especificama condição de
suporte de base dessas
sas colunas.
colunas
39

Figura 31: Bentproperties.

Fonte: Programa SAP2000N

Propriedades dos encontros “Abutments” especificam as condições de apoio nas


extremidades da ponte e naa ligação
l entre o pilar e as vigas,tanto
anto quanto,que
quanto, a infra-estrutura
do encontro possa ser especificada como
omo uma série de molas, uma para cada viga.

Figura 32:: Propriedade dos encontros das pontes.

Fonte: Programa SAP2000N

Várias definições de gradiente de temperatura especificadaspelo


spelo código do banco de
dados do SAP2000N estão disponíveis, bem como definições de gradiente de temperatura do
usuário são permitidas.
40

Figura 33: Variação de gradiente de temperatura.

Fonte: Programa SAP2000N

O controle de todos os objetos que compõem a ponte é feito por meio do


“modify/show assignments” no “Bridge Object Data” conforme Figura 34, A qualquer
momento que a definição do objeto de ponte é modificada o modelo vinculado deve
d ser
atualizado para que as alterações apareçam no modelo do programa SAP2000N.
SAP2000

Figura 34: Show “modifyassignments


modifyassignments” dos objetos do modelador depontes no SAP2000N.

Fonte: Programa SAP2000N

Se for preciso variar


riar a seção ao longo de um vão utiliza-se a variação
ariação paramétrica que
define as mudanças na seção do tabuleiro aoo longo do comprimento da ponte, seja
Linearmente, parabolicamente ou circularmente.
41

Figura 35:: Parâmetros predefinidos no banco de dados do programa SAP2000N.

Fonte: Programa SAP2000N

Por meio dos objetos da ponte pode-se


pode mudar a inclinação inicial ou final do tabuleiro,
as propriedades de diafragmas,
diafragma se houver; a elevação vertical e horizontal de locação da
subestrutura, a propriedade de rolamento dos aparelhos de apoio, a elevação e ângulo de
rotação da ponte padrão e etc.
42

4. AS VARIÁVEIS DE CONTROLE
CONTROL DO MODELO DE PONTES NO PROGRAMA

SAP2000N,, ESTUDO DE CASO.


CASO

4.1. Modelagem de uma ponte vigas mestras protendidas, adaptado de vídeo tutorial
do programa SAP 2000N

rá do tipo “ Precast I Girder” com as características:


A ponte a ser modelada será características:

• Comprimento: 110 feet


• Vigas Mestras AASHTO Type VI.
• Tabuleiro de concreto :8”
• Largura da ponte: 55’-4.5”
55’
• A ponte possui duas faixas de tráfego
• Veículo Tipo e cargas das faixas de rolamento adotados: HS20-44
44 AASHTO 2007

Figura 36:: Ponte de vigas mestras que será modelada no programa SAP2000N.

Fonte: Programa SAP2000N

• Seção das vigas mestras protendidas adotada: AASHTO Type VI


43

Figura 37:: Seção padrão AASHTO adotada para as vigas mestras da ponte.

Fonte: Programa SAP2000N

O Programa SAP2000N oferece 4 opções de tratamento dos fatores de distribuição das


cargas vivas nas vigas mestras de concreto protendido da
d ponte.. Esses fatores de distribuição
controlam as parcelas de esforço cortante
cortante e Momento fletor, absorvidas pelas vigas mestras
que suportam o tabuleiro da ponte.

Na primeira modelagem usam-se fatores definidos pelo usuário para a distribuição do


cortante e do momento fletor nas vigas mestras internas e externas.Um
externas. único pórtico
representa toda a ponte através de um modelo de espinha ou modela-se
modela se com objetos de área
como se pode observar na Figura 38. Seja
eja qual for o caso, somente uma faixa da ponte sobre
uma viga é representada no modelo.

A 2ª modelagem usa os fatores de distribuição da AASHTO 2007 LRFD para o


cortante e o momento fletor nas vigas mestras internas e externas.
externas

Figura 38: Modelo de espinha.

Fonte: Programa SAP2000N


44

No 3º método a distribuição das cargas vivas é feita a partir de análise do programa e


todas
odas as faixas são modeladas.

Figura 39:: 3º Método de distribuição dos fatores de carga do programa SAP2000N.

Fonte: Programa SAP2000N

No método 4 as cargas são distribuídas uniformemente para todas as vigas mestras.

Figura 40:: Distribuição uniforme de carga para as vigas mestras da ponte.

Fonte: Programa SAP2000N

Neste trabalho será adotado o segundo método para os fatores de distribuição do


cortante e do momento fletor nas vigas mestras.Embora
mestras Embora o programa permita a análise em
elementos finitos, essa ferramenta não será usada. Os fatores de distribuição de momento
fletor e cortante nas vigas mestras
m serão calculados segundo recomendaçõesdo
recomendaçõesd AASHTO
2007.

A ponte será modelada pelo“Bridge WizardModeling” do SAP 2000N,


2000N Ver Figura 22.
45

se pela definição da “Layoutline”, que representa a linha referencia para a


Inicia-se
ponte.Para
Para este modelo a linha de referencia será reta sem nenhuma mudança no greide.

Figura 41:: Tela de definição da Layoutline

Fonte: Programa SAP2000N

O comprimento da ponte coloca-se no campo “Endstation”, A direção de


movimentação da ponte “InitialBearing” e a variação percentual do greide “initialgreide
percentual” também podem ser configuradas.

Definem-se as propriedades
opriedades dos materiais do tabuleiro,
tabuleiro das vigas mestras e dos cabos
de protensão, com controle das propriedades:
propriedades: peso por unidade de volume, módulo de
elasticidade, coeficiente de Poisson, coeficiente de expansão térmica, módulo de elasticidade
transversal e a resistência à compressão do concreto que neste caso foi de 4,0 PSI (27,5 Mpa).

Figura 42:: Propriedades do material tabuleiro da ponte.

Fonte: Programa SAP2000N


46

Seguindo a mesma linha de raciocínio,definem-se


raciocínio as propriedades para as vigas
mestras.Ressalta-se
se que a resistência a compressão do concreto foi de 6,0 PSI (40,0 Mpa).

Figura 43:: Propriedades do material das vigas mestras da ponte.

Fonte: Programa SAP2000N

Quanto as propriedades para o cabo de protensão temos: Aço A416Gr270,


A416Gr270 Módulo de
elasticidade 28500 Kip/in² (195,500 KN/mm²), tensão de escoamento 245,1 Kip/in² (169,0
KN/cm²), tensão de ruptura 270,0 Kip/in² ( 186,60 KN/cm²).

Figura 44:: Material para o cabo de protensão das vigas mestras da ponte.

Fonte: Programa SAP2000N


47

O programa já possui em seu banco de dados as seções


seçõ padrões da AASHTO 2007
para vigas mestras e permite a modificação da sua geometria, selecionou-se
selecionou a seção
padronizada AASHTO I TYPE VI para as vigas mestras do tabuleiro da ponte.

Figura 45:: Seção para da AASHTO para as vigas mestras.

Fonte: Programa SAP2000N

Para o tabuleiro selecionou-se


selecion a opção de vigas mestras de concreto protendido“
protendido
Precast I Girder ”fornecida
fornecida pelo programa conforme Figura 25.. Alterou-se
Alterou o números de
vigas interiores para 4 vigas e ajustou-se
ajustou os parâmetros conforme Figura 46.

Figura 46: Configuração de parâmetros


râmetros para a seção do tabuleiro da ponte.

Fonte: Programa SAP2000N


48

Define-se em seguida, as características dos aparelhos de apoio,, onde


o um deles terá os
graus de liberdade fixos para todas
todas as translações e o outro terá os mesmos desimpedidos para
a translação ao longo da linha de referencia da ponte.

Figura 47:: Propriedade do aparelhos de apoio 1.

Fonte: Programa SAP2000N

Figura 48:: Propriedade do aparelho de apoio 2.

Fonte: Programa SAP2000N


49

Definem-se
se molas para fundações fixas nos seis graus de liberdade,
liberdade indicando
engastamento da infraestrutura com o solo de suporte.
suporte

Figura 49:: Características da interação entre a subestrutura e o solo de suporte.

Fonte: Programa SAP2000N

Os encontros apóiam as vigas mestras somente pela parte inferior e são suportados
pelas molas de fundação.

Figura 50:: Características dos encontros da ponte.

Fonte: Programa SAP2000N


50

No “Bridge Object”tem-se
” uma visão geral e controle, para alteração dos elementos
que compõem toda ponte:

Figura 51: Objetos da ponte

Fonte: Programa SAP2000N

Em “Abutments”alteram
alteram-se os encontros da ponte e faz-se a locação da estrutura e da
elevação dos apoios:

Figura 52:: Locação da estrutura da ponte


51

Fonte: Programa SAP2000N

O segundo encontro da ponte é idêntico ao primeiro,porém


primeiro deve
deve-se associá-lo ao 2º
apoio:

Figura 53:: Segundo encontro da ponte

Fonte: Programa SAP2000N

Selecionam-seem
em seguida os cabos
cab de protensãopara
para configurarem-se
configurar suas
propriedades e sua locação na estrutura da ponte. Os mesmos,são
são modelados como
com elementos
para possibilitar ao programa o cálculo da capacidade de força. Os cabos de protensão
possuem área de 6,73 in² ( 43,44 cm²), Carga de protensão de 400Kip ( 1800,0 KN/cm²).

Figura 54:: Características dos cabos de protensão da ponte.

Fonte: Programa SAP2000N


52

Em “quick start”no “vertical layout” pode-se selecionar o perfil do cabo na viga


vig
mestra, o qual será reto segundo os maiores momentos.
momentos

Figura 55:: Seleção do perfil do cabo de protensão para as vigas mestras.

Fonte: Programa SAP2000N

Em “Edit vertical layout” pode-se


pode ajustar
tar o perfil para um offset de 35”(89,0 cm) em
relação a linha vermelha superior,
superior, e alocar o cabo segundo as recomendações de estarem
concentrados no centro da peça nas extremidades.

Figura 56: Ajuste do perfil do cabo de protensão.

Fonte: Programa SAP2000N


53

Em seguida, pode-se
se copiar o cabo de protensão para todas as vigas mestras, clicando-se
clicando em
“copytoallgirders”:

Figura 57:: Copia do cabo de protensão criado para todas as vigas.


v

Fonte: Programa SAP2000N

Em “show alltendons” pode-se visualizar a distribuição dos cabos de protensão nas


vigas mestras da ponte.

Figura 58:: Visualização dos cabos de protensão locados.


54

Fonte: Programa SAP2000N

Como os fatores de distribuição dos momentos e cortantes nas vigas, serão extraídos
do AASHTO, pode-se
se definir uma faixa de rolamento:

Figura 59:: Definição da faixa de rolamento.

Fonte: Programa SAP2000N

Define-se o veículo tipo e a carga da faixa de rolamento HS 20-44


44:

Figura 60:: Escolha do veículo tipo.

Fonte: Programa SAP2000N

Para a faixa de rolamento:


55

Figura 61:: Escolha da carga da faixa de rolamento.

Fonte: Programa SAP2000N

Adicionando – se uma classe de combinação para a carga do veículo tipo e para a


carga da faixa de rolamento:

Figura 62:: Combinação de cargas ad faixa de rolamento com o veículo tipo.

Fonte: Programa SAP2000N

O programa possui vários caos de carregamentos, deve-se


deve se configurá-lo
configurá para a análise
de cargas móveis, Neste estudo de caso não será feito análise das frequências naturais da
estrutura, logo será deletado o caso de análise modal.
56

Figura 63:: Configuração dos casos de carregamento

Fonte: Programa SAP2000N

Figura 64:: Casos de carregamento considerados

Fonte: Programa SAP2000N

Após a alteração e configuração dos objetos da ponte, o modelo precisa ser atualizado
Concluindo-se o “Bridge
ridge wizard”e fazendo-se o “updatelinked bridge model” no menu
“Bridge”.
57

Figura 65:: Atualização do modelo da ponte no programa.

Fonte: Programa SAP2000N

Pode-se carregar o modelo como espinha, objetos


objetos de área ou objetos sólidos. Para
P esta
modelagem utilizaremos objetos de áreas.

Figura 66:: Modelo carregado no programa.

Fonte: Programa SAP2000N

Com o modelo
odelo carregado com uma faixa de rolamento definida, pode-se
pode fazer o
processamento
ocessamento dos casos configurados: Peso próprio, carga móvel acidental e Esforços de
protensão conforme Figura 67.
58

Figura 67: Tela de seleçãoo dos casos de carregamento a serem processados.

Fonte: Programa SAP2000N

Após o processamento pode-se


pode verificar a envoltória de deformação através
a de uma
animação em vídeo e focar no projeto da ponte, no menu “ design” , “ Bridge design”, “ view
/ revise preferences”: seleciona-se
selecio o AASHTO LRFD 2007, disponível
onível no banco de dados
desta versão do programa.

Figura 68:: Modelo deformado após processamento


proces

Fonte: Programa SAP2000N


59

Figura 69: Escolhaa do código utilizado para as análises de projeto.

Fonte: Programa SAP2000N

Nomenu
menu de combinação de
d cargas, em default acessa-se o banco de dados do
AASHTO LRFD 2007, onde para essa análise tem-se
tem o estado limite último a ser verificado “
Strenght I” com os fatores de combinação do AASHTO já carregados do programa.

Figura 70:: Escolha dos estados limites a serem considerados na análise de projeto da ponte.

Fonte: Programa SAP2000N

Verifica-se
se que o programa levanta do banco de
d dados os casos
asos de carregamento
gerados requeridos pela AASHTO:
AASHTO
60

Figura 71:: Geração automática de combinações de ações pelo programa.

Fonte: Programa SAP2000N

Figura 72:Fatores
:Fatores da primeira combinação automática
aut gerada pelo programa.

Fonte: Programa SAP2000N


61

Figura 73:: Fatores da segunda combinação automática gerada pelo programa.

Fonte: Programa SAP2000N

ambém foi gerada uma combinação em grupo com envelope de


Observa-se que também d
carregamento:

Figura 74:: Fatores de combinação automática gerada para envoltória de carregamentos.

Fonte: Programa SAP2000N

Para a análise de projeto da ponte, o programa permite a definição dos


“designrequests” que são as verificações que ele fará durante o processamento: Compressão,
cortante e momento. Nessas requisições podem-se
podem se controlar as combinações e envoltórias de
carregamento, qual o trecho da ponte será analisado e qual o método de distribuição será
62

utilizado: Fatores da norma, Fatores definidos pelo usuário, Distribuição uniforme ou fatores
gerados pela análise do programa em elementos finitos.

Figura 75:: Requisição para análise de projeto em relação a força cortante.

Fonte: Programa SAP2000N

Observa-se
se que os fatores de distribuição da carga acidental, serão os provenientes do
AASHTO LRFD 2007.

A segunda requisição de processamento é para a flexão:


63

Figura 76:: Requisição para análise de projeto com relação ao momento fletor.

Fonte: Programa SAP2000N

Após as definições de processamento, Efetua-se


se o processamento das requisições para
a análise das vigas mestras quanto ao esforço cortante e ao momento fletor.

Figura 77: Tela de comando de processamento das requisições.

Fonte: Programa SAP2000N

Lembrando que:

• Dreq1: Estado limite da força cortante


• Dreq2 : Estado limite da flexão

Pode-se ter a envoltória e o distanciamento da capacidade limite para cada viga


mestra, interna e externa.
64

Figura 78:: Envoltória do esforço cortante na vigas da ponte.

Fonte: Programa SAP2000N

Figura 79:: Envoltória do momento fletor nas vigas mestras da ponte.

Fonte: Programa SAP2000N

ltados também podem ser exportados para Excel,


Os resultados Excel, Onde se identifica os fatores
de distribuição de carga adotados pelo programa,
programa, para o momento fletor e cortante nas vigas
mestras da ponte:
65

Tabela 4: Fatores de distribuição de carga utilizados pelo programa SAP2000N.

FyVertRe FyLongRe EsLongRe LLDistFa LLDistFac LLDistF


Girder bar bar bar ctV tM act
Text Kip/in2 Kip/in2 Kip/in2 Unitless Unitless Unitless
Left Exterior
Girder 60 60 29000 0.806897 0.806897 0.166667
Interior Girder 1 60 60 29000 0.929274 0.795779 0.166667
Interior Girder 2 60 60 29000 0.929274 0.795779 0.166667
Interior Girder 3 60 60 29000 0.929274 0.795779 0.166667
Interior Girder 4 60 60 29000 0.929274 0.795779 0.166667
Right Exterior
Girder 60 60 29000 0.806897 0.806897 0.166667
Left Exterior
Girder 60 60 29000 0.806897 0.806897 0.166667
Interior Girder 1 60 60 29000 0.929274 0.795779 0.166667
Interior Girder 2 60 60 29000 0.929274 0.795779 0.166667
Interior Girder 3 60 60 29000 0.929274 0.795779 0.166667
Interior Girder 4 60 60 29000 0.929274 0.795779 0.166667
Right Exterior
Girder 60 60 29000 0.806897 0.806897 0.166667
Left Exterior
Girder 60 60 29000 0.806897 0.806897 0.166667
Interior Girder 1 60 60 29000 0.929274 0.795779 0.166667
Interior Girder 2 60 60 29000 0.929274 0.795779 0.166667
Interior Girder 3 60 60 29000 0.929274 0.795779 0.166667
Interior Girder 4 60 60 29000 0.929274 0.795779 0.166667
Right Exterior
Girder 60 60 29000 0.806897 0.806897 0.166667
Left Exterior
Girder 60 60 29000 0.806897 0.806897 0.166667

Fonte: Programa SAP2000N


66

5. CONSIDERAÇÕES

Verificou-se que o SAP2000N é destinado à modelagem e análise de estruturas pelo


método dos elementos finitos. Diversos tipos de estruturas podem ser modelados com
elementos de: barra, área, sólidos, estado plano de tensão ou de deformação cada uma com
diferentes opções de formulação. No entanto, para o estudo de caso em questão foi dado
destaque as recomendações do AASHTO para os fatores de distribuição do momento fletor e
esforço cortante para as vigas mestras da ponte, não sendo feito análise em elementos finitos.

Ele possui um modelador de estruturas de pontes que proporciona agilidade na


modelagem e análise das mesmas, possibilitando o controle: da forma horizontal ou da
variação dogreide da ponte, dos apoios, encontros, fundações, Gradientes de temperatura e
variação paramétrica do tabuleiro. Além disso, o programa fornece quatro modelos para tratar
a distribuição de cortantes e momentos fletores do tabuleiro para as vigas mestras, segundo o
AASHTO.

Constatou-se que o AASHTO compreende a especificação de fatores de carga e


resistências de projeto que buscam uma confiabilidade uniforme para a medida da segurança
nos estados limites últimos dos materiais, os quais estão divididos em: Estado limite de
serviço, Estado limite de fatiga e ruptura, Estado limite para esforços e Estados limites
extremos. De acordo com o número de desvios padrões teremos um nível de confiabilidade, a
falha estrutural passa a ser tratada através de um modelo probabilístico. O AASHTO adota um
veículo tipo hipotético HL-93 para o projeto de pontes, o qual representa a combinação mais
desfavorável entre a carga de um caminhão, a carga de um eixo e a carga distribuída na pista
de rolamento.

A modelagem e projeto de uma ponte de vigas mestras no SAP2000N foi feita com
êxito e revelou importantes características do programa para a modelagem e análise de
resultados. Deve-se atentar para os casos de análise oferecidos pelo programa, os resultados
podem ser considerados por meio de gráficos que demonstram a envoltória dos esforços com
a linha limite da capacidade de resistência e os relatórios que podem ser exportados para
planilhas eletrônicas.A seção padrão para as vigas mestras adotadas, “type VI”, apresentaram
folga na capacidade resistente, como se pode observar nas envoltórias de esforços resultantes
67

das requisições de processamento para momento fletor e esforço cortante. Pela figura 7, a viga
mestra “type II” com espaçamento entre vigas de 2 m poderia ser verificada a favor da
economia.
68

6. CONCLUSÃO

A pesquisa cumpriu o seu papel na medida em que alcançou os objetivos propostos e


trouxe o embasamento necessário para responder o problema levantado sobre o tema
modelagem de pontes no programa SAP2000N. As principais variáveis requeridas para
controle do modelo e projeto de uma ponte no programa SAP2000N foram: O conhecimento
mínimo dos códigos e normas que estão no banco de dados do programa; a compreensão e
seleção apropriada dos casos de análise proporcionados pelo programa, Static,
MultistepStatic, Modal, Response Spectrum, Time History, MovingLoad, Buckling,
SteadyState, Power SpectralDensity e Hyperstatic e o domínio dos conceitos fundamentais do
método dos elementos finitos.Como resultado deste estudo a hipótese que norteou a pesquisa:
É preciso um conhecimento mínimo de recomendações da AASHTO LRFD 2007, pode ser
confirmada como verdadeira.

Podem ser feitos estudos posteriores sobre a modelagem de pontes no SAP2000N,


pois o mesmo permite a análise de construção de pontes estaiadas com aduelas protendidas
por estágios, possibilita a análise dinâmica de veículos tipos com variação velocidades e
freqüência de passagem nas faixas de rolamento da ponte, controladas pelo engenheiro e o
programa efetua o projeto automático de pontes para sismo de acordo com oAASHTO LRFD
GuideSpecifications for Seismic Design of High way Bridge.
69

7. REFERENCIASBIBLIOGRÁFICAS

AASHTO LRFD BRIDGE DESIGN SPECIFICATIONS, American Association of State


Highway and Transportation Officials, 2012.Disponível em
<http://utc2.edu.vn/Uploads/File/AASHTO%20LRFD%202012%20BridgeDesignSpecificatio
ns%206th%20Ed%20%28US%29.PDF> Acesso em: 05 de Maio de 2015.

AASHTO HL-93 LOADING HIGHWAY DESIGN, American Associaltion of State


Highways and Transportation Officials.Disponível em <http://www.aboutcivil.org/aashto-
hl-93-loading-design.html> Acesso em: 05 de Maio de 2015.

Computer and structure, SAP2000/ Bridge Manual: Introduction to SAP2000/Bridge. CSI


Berkeley, California USA, April 2009.

PINHEIRO, JOSÉ MAURÍCIO DOS SANTOS. Da Iniciação Científica ao TCC: Uma


Abordagem para os Cursos de Tecnologia. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda.,
2010.

HINDI, Riyadh, Hindi. Saint Louis University: AASHTO LRFD Bridge design. USA, 2010.

SWANSON, James A; MILLER, Richard A.LRFD Bridge Design: AASHTO LRFD Bridge
Design Specifications, Loading and General Information. Disponível em
<http://www.inti.gob.ar/cirsoc/pdf/puentes_hormigon/16-AAC-Load%20Handout-Color.pdf>
Acesso em: 05 de Maio de 2015.
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