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O GUIA DA SIMULAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS

Como iniciar na área de Simulação por Elementos Finitos do Jeito Certo

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AUTOR
Bruno Seixas começou sua jornada como Técnico em
Mecânica (CEFET-RJ), depois cursou a graduação em
Engenharia Mecânica na Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ) onde também conclui seu Mestrado em
Engenharia Mecânica na COPPE/UFRJ.
Na graduação conheceu o mundo de projetos e simulação e
se encantou! A partir daí aprofundou-se em diversos cursos
teóricos e práticos sobre o assunto e a cada dia vem
especializando-se mais nessas áreas!
Trabalha há vários anos com projetos mecânicos, simulação e
análises numéricas aplicadas a problemas de engenharia em
diversas áreas.

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BEM-VINDO
Ao Guia Introdutório da Simulação por Elementos Finitos!
Este livro foi criado para ajudar apresentar os fundamentos
teóricos e práticos da simulação dos elementos finitos, uma
das técnicas mais poderosas e versáteis disponíveis para
resolver problemas de engenharia.
Além disso, meu intuito é orientar os profissionais que desejam
trabalhar com Simulação mostrando como podem atuar nessa
área repleta de oportunidades.
Você irá aprender: fundamentos da simulação por elementos
finitos, como começar na simulação, princípios básicos da
simulação por elementos finitos, softwares de elementos
finitos, como aprimorar seus conhecimentos com simulação e
como trabalhar com simulação!
Boa Leitura!

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siMULAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS

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CAPÍTULO 1
SIMULAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS
Um problema de Engenharia pode ser entendido como um desafio que
requer a aplicação de conhecimentos científicos e técnicos para encontrar
soluções práticas e efetivas. Esses problemas podem ser encontrados em
diversas áreas da engenharia, como mecânica, elétrica, civil, química, entre
outras, e podem envolver desde questões simples até problemas complexos
e multidisciplinares. A resolução desses problemas muitas vezes requer a
aplicação de princípios matemáticos e físicos, além de ferramentas e técnicas
específicas de cada área da engenharia.

Em geral, para resolver um determinado problema de Engenharia pode-se


utilizar alguns métodos de solução, como: Métodos Experimentais, Métodos
Analíticos ou Métodos Numéricos.

Os Métodos Experimentais para resolver um problema de Engenharia


envolvem a realização de testes e medições em um protótipo físico do
produto / sistema, a fim de verificar se ele atende aos requisitos de
desempenho e segurança. Esse método permite avaliar o desempenho do
produto ou protótipo em condições reais de uso e identificar possíveis
problemas ou pontos de melhoria. A grande vantagem desse método é que
ele fornece o comportamento real do componente, ou seja, em condições
equivalentes às condições de operação. Entretanto uma grande
desvantagem é o alto custo. Em geral, validações experimentais envolvem
grandes custos com aparatos técnicos, equipamento e mão-de-obra para
serem executados.
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Figura 1. Aparato experimental.

Já os Métodos Analíticos são os métodos que utilizam equações e


expressões matemáticas conhecidas para analisar problemas de engenharia.
Os métodos analíticos podem acontecer por equações de resistência dos
materiais ou por normas de projeto. A validação analítica por meio de
equações de resistência dos materiais é um método que utiliza cálculos
teóricos para verificar se o projeto irá se comportar de maneira segura e
atender aos requisitos de resistência. São basicamente expressões deduzidas
a partir de equações de resistência dos materiais.

Por exemplo, supondo que o interesse de um projeto seja calcular o


deslocamento máximo da viga mostrada na Figura abaixo. A teoria da
Resistência dos materiais fornece uma equação, deduzida a partir de cálculos
analíticos e considerando o comportamento linear do material, que relaciona
o deslocamento com a carga aplicada, características geométricas e o
material da viga.

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Figura 2. Problema de Viga engastada.

𝐹. 𝑙3
𝛿𝑀Á𝑋 =
3. 𝐸. 𝐼
Equação 1. Determinação do deslocamento máximo da viga.

É importante ressaltar que a validação analítica por equações de resistência


dos materiais é uma técnica que apresenta limitações e incertezas, pois os
cálculos teóricos nem sempre conseguem representar com precisão o
comportamento real do material e da estrutura. Muitas vezes as equações
utilizadas foram deduzidas considerando algumas hipóteses e simplificações
que podem não ser representativas em relação as condições de projeto.
Caberá ao engenheiro/projetista identificar se as equações são aplicáveis ou
não.

Outra validação analítica é através de normas de projeto. As normas


padronizam os cálculos de certos parâmetros de projeto e estabelecem
critérios para aprovação a partir de equações empíricas definidas. A Figura
abaixo indica um trecho com algumas equações retiradas da Norma ASME
VIII Div. 2.

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Figura 3. Trecho com Equações analíticas retirado da norma ASME VIII Div 2.

Já os Métodos Numéricos são métodos utilizados para resolver problemas


de Engenharia através de simulação computacional. A Simulação
computacional é uma técnica utilizada para prever o comportamento de um
componente ou montagem em um ambiente virtual através de softwares
específicos. Essa técnica permite analisar diversos aspectos de um sistema,
tais como comportamento estrutural, térmico, acústico, dinâmico, entre
outros.

Em análise estrutural, a simulação computacional utiliza o Método dos


Elementos Finitos (MEF) para prever o comportamento de componentes,
equipamentos e estruturas. O método dos elementos finitos (MEF) é uma
técnica numérica que consiste em representar o objeto de estudo em um
ambiente virtual (software) e dividi-lo em elementos pequenos e simples
(elementos finitos), formando uma malha, que representam a geometria e as
propriedades físicas do objeto. Cada elemento é composto por um conjunto
de equações matemáticas que descrevem o seu comportamento. Essas
equações são combinadas para criar um sistema de equações, que é
resolvido numericamente para obter uma solução aproximada para o
problema. A ideia do MEF é prever o comportamento da estrutura a partir
do comportamento de cada um dos seus elementos.

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Abordarei os aspectos relacionados ao Método dos Elementos Finitos ao
longo desse livro.

Simulação por Elementos Finitos_________________________________


A simulação por elementos finitos é uma técnica de análise numérica que
permite a modelagem e simulação de sistemas complexos, tais como
estruturas, máquinas, sistemas mecânicos, entre outros. A Simulação baseada
no Método dos Elementos Finitos (MEF) é utilizada para resolver problemas
complexos de engenharia em que é necessário analisar o comportamento de
estruturas e sistemas sujeitos a condições de carregamento, vibração,
transferência de calor, entre outros. Ele consiste em discretizar (dividir) a
geometria do problema em pequenos elementos finitos, definindo uma
malha que representa a região de interesse.

Os elementos finitos são pequenas regiões ou subdomínios que são


utilizados para aproximar o comportamento de sistemas complexos. Eles são
a base fundamental dessa técnica de análise numérica e são usados para
dividir o domínio do problema, de maneira a tornar o problema mais simples
e fornecer uma solução aproximada. Essa discretização irá construir uma
Malha de elementos finitos.

Figura 4. Geração de uma Malha de Elementos Finitos.

Cada elemento finito é uma região com geometria definida, geralmente com
formas simples, como triângulos, quadriláteros, tetraedros ou hexaedros, que
são conectados a seus elementos vizinhos através de pontos (vértices),

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chamados de nós. Esses nós são pontos em que as propriedades do
elemento são definidas e que também são usados para resolver as equações
que descrevem o comportamento do sistema.

Figura 5. Indicação de Elementos e Nós em uma malha.

Para solucionar um determinado problema, em cada elemento são


estabelecidas equações que descrevem o seu comportamento físico, levando
em consideração as propriedades dos materiais e as condições de contorno
aplicadas. Essas equações são geralmente expressas em forma de matrizes,
que representam as relações entre as variáveis do sistema. As equações são
então resolvidas numericamente, utilizando técnicas de álgebra linear e
análise matricial. A solução dessas equações fornece informações sobre as
variáveis de interesse, como deslocamentos, deformações, tensões, entre
outros.

Figura 6. Resultado de Deslocamento de uma Simulação de Elementos Finitos.

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Dessa maneira, a ideia por trás do MEF é entender o comportamento de um
determinado componentes / estrutura a partir do comportamento de cada
um dos elementos que são conectados nos nós.

O método dos elementos finitos é amplamente utilizado na engenharia


mecânica, civil, aeroespacial, naval, entre outras, e permite a análise e
otimização de projetos complexos com alta precisão e eficiência.

A precisão de uma simulação irá depender do número e da qualidade dos


elementos finitos usados. Uma malha fina, ou seja, com muitos elementos
finitos pode fornecer resultados mais precisos, mas também pode exigir mais
recursos computacionais para ser processada. Uma malha grosseira com
poucos elementos finitos pode ser mais rápida, mas também pode levar a
resultados menos precisos.

Figura 7. Comparação entre uma Malha Grosseira e uma Malha Refinada.

Embora os termos "método dos elementos finitos (MEF / FEM)", "análise por
elementos finitos (AEF / FEA) " e "simulação por elementos finitos (SEF / FES)"
sejam frequentemente usados de forma intercambiável, há algumas
diferenças sutis entre eles.

O método dos elementos finitos se refere a essa técnica matemática utilizada


para aproximar soluções de equações diferenciais e integrais. Já a análise por
elementos finitos é uma aplicação específica desse método, usada para
resolver problemas de engenharia, como problemas de análise estrutural. Já
simulação por elementos finitos é um termo mais amplo que se refere a todo
o processo de simulação, incluindo a análise por elementos finitos, além de
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outras etapas, como a criação de modelos, a definição de condições de
contorno e a interpretação dos resultados da simulação.

Apesar dessas diferenças sutis, é comum o uso dos temos como sinônimos
dependendo do contexto.

Vantagens_____________________________________
A simulação por elementos finitos oferece diversas vantagens em relação aos
métodos analíticos e experimentais. Algumas vantagens são:

 Redução de custos desenvolvimento: a simulação permite que os


engenheiros e cientistas simulem e testem diferentes cenários de
projeto em um software antes da construção de um protótipo físico.
Isso pode reduzir significativamente os custos de desenvolvimento,
pois a produção de protótipos pode ser dispendiosa.

 Redução de tempo desenvolvimento: Testando diferentes


configurações de um projeto em ambiente virtual (no computador) o
tempo de desenvolvimento também pode ser reduzido, pois a
simulação permite que os projetos sejam avaliados mais rapidamente.

 Avaliação de diferentes cenários de projeto: a simulação permite que


os engenheiros, projetistas e cientistas avaliem diferentes soluções de
projeto de forma rápida e eficiente. É possível testar diferentes
geometrias, materiais e condições de operação para encontrar a
melhor solução para o sistema em questão.

 Análise de sistemas complexos: a simulação é capaz de simular


sistemas complexos, como estruturas, máquinas, sistemas mecânicos,
entre outros. Isso permite que seja avaliado o comportamento desses
sistemas em situações extremas, por exemplo, como sob cargas
elevadas, condições de temperatura extremas, entre outras.

 Melhoria da precisão e confiabilidade: uma simulação bem modelada


e construída oferece uma solução numérica precisa e confiável,
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permitindo que sejam obtidas informações detalhadas sobre o
comportamento dos sistemas que estão sendo analisados.

 Análise de sensibilidade: a simulação permite que os engenheiros


avaliem a sensibilidade de um sistema às mudanças em parâmetros,
como as propriedades dos materiais ou as condições de operação. Isso
pode ajudar a entender como o sistema irá se comportar em diferentes
cenários.

 Melhoria da segurança: a simulação pode ser usada para avaliar a


segurança de um sistema antes de sua construção ou operação. É
possível simular situações extremas e avaliar como o sistema irá se
comportar nessas condições, ajudando a identificar possíveis falhas e
aprimorar a segurança do sistema.

Sendo assim, como observado, uma simulação por elementos finitos


apresenta várias vantagens, por isso o seu uso tem sido cada vez mais
crescente em empresas e industrias.

Tipos de Análise com Elementos Finitos______________


No âmbito estrutural, uma simulação por elementos finitos permite realizar
uma série de análises, tais como:

 Análise de tensão e deformação: a análise de tensão e deformação é


um dos tipos mais comuns de análise realizadas por elementos finitos.
Ela envolve a aplicação de cargas a um modelo para avaliar como ele
se deforma e como as tensões são distribuídas ao longo da estrutura.

 Análise Modal: a análise modal é usada para prever as frequências


naturais e os modos de vibração de uma estrutura. Isso é importante
para evitar a ressonância e a fadiga causada por vibrações excessivas.

 Análise dinâmica: a análise dinâmica envolve a análise de como uma


estrutura responde a cargas dinâmicas, como carregamento variando
rapidamente no tempo, como cargas de ventos, ondas etc. Isso é
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importante para garantir que a estrutura seja projetada para resistir a
essas forças externas.

 Análise de fadiga: a análise de fadiga é usada para prever a vida útil


de componentes mecânicos sujeitos a ciclos repetidos de carga e
descarga. A análise de fadiga por elementos finitos leva em
consideração a tensão cíclica e a resistência à fadiga do material para
prever a vida útil do componente.

 Análise térmica: a análise térmica é usada para avaliar como uma


estrutura ou componente responde a mudanças de temperatura. Isso
é importante para garantir que a estrutura ou componente seja
projetado para lidar com as temperaturas que serão encontradas no
uso real.

Além dessas, existem outros tipos de análise que podem ser realizadas com
Simulação.

Aplicações____________________________________
Devido a essa série de vantagens que a Simulação por Elementos Finitos
apresentar, ela é amplamente utilizada em empresas de diversos setores,
como engenharia civil, mecânica, aeroespacial, automotivo, entre outros.
Abaixo, estão alguns exemplos de aplicações reais da simulação por
elementos finitos.

Indústria automotiva: A simulação por elementos finitos é amplamente


utilizada na indústria automotiva para otimização de projetos de chassis,
carroceria, suspensão, freios, entre outros. Por exemplo, a Ford utiliza a
simulação por elementos finitos para otimizar a resistência e rigidez do
chassis de seus veículos, garantindo maior segurança e conforto aos usuários.

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Figura 8. Aplicações de Simulação em um Chassi.

Indústria aeroespacial: A simulação por elementos finitos é utilizada na


indústria aeroespacial para análise de componentes e sistemas de aeronaves,
tais como asas, motores, fuselagem, entre outros. Por exemplo, a Airbus
utiliza a simulação por elementos finitos para analisar o comportamento de
seus componentes e sistemas em diferentes condições de voo, garantindo a
segurança e eficiência de seus aviões.

Figura 9. Aplicações de Simulação na estrutura de um avião.

Indústria naval: A simulação por elementos finitos é utilizada na indústria


naval para análise de estruturas de navios, tais como cascos, compartimentos,
sistemas de propulsão, entre outros. Por exemplo, a empresa alemã Meyer
Werft utiliza a simulação por elementos finitos para otimizar o projeto de
seus navios de cruzeiro, garantindo maior conforto e segurança aos
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passageiros. A empresa italiana Fincantieri utiliza a simulação por elementos
finitos para análise de estruturas e sistemas de seus navios, garantindo
segurança e eficiência na navegação.

Figura 10. Aplicações de Simulação em estruturas de Navio.

Indústria de energia: A simulação por elementos finitos é utilizada na


indústria de energia para análise de componentes de usinas hidrelétricas,
térmicas, eólicas, entre outras. Por exemplo, a General Electric utiliza a
simulação por elementos finitos para análise da turbina de suas usinas
hidrelétricas, garantindo maior eficiência e durabilidade dos componentes. A
empresa alemã Siemens utiliza a simulação por elementos finitos para análise
de componentes de suas turbinas eólicas, garantindo eficiência e
durabilidade em sua operação.

Figura 11. Aplicações de Simulação em Turbinas Eólicas.


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Indústria de construção civil: A simulação por elementos finitos é utilizada
na construção civil para análise de estruturas de edifícios e pontes,
garantindo a segurança e eficiência das estruturas. Por exemplo, a empresa
americana Simpson Strong-Tie utiliza a simulação por elementos finitos para
análise do comportamento de conexões estruturais em edifícios e pontes,
permitindo a otimização de seus produtos.

Figura 12. Aplicações de Simulação em pontes.

Indústria de bens de consumo: A simulação por elementos finitos é


utilizada na indústria de bens de consumo para análise de embalagens e
produtos, garantindo a resistência e durabilidade dos mesmos. Por exemplo,
a empresa americana Procter & Gamble utiliza a simulação por elementos
finitos para análise de embalagens de seus produtos de limpeza, permitindo
a otimização dos mesmos em termos de resistência e eficiência.

Figura 13. Aplicações de Simulação em análise de garrafas.

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Indústria de equipamentos médicos: A simulação por elementos finitos é
utilizada na indústria de equipamentos médicos para análise de próteses,
implantes e instrumentos cirúrgicos, garantindo a segurança e eficiência dos
mesmos. Por exemplo, a empresa sueca Elekta utiliza a simulação por
elementos finitos para análise de próteses de quadril, permitindo a
otimização dos mesmos em termos de desempenho e durabilidade. A
empresa americana Stryker utiliza a simulação por elementos finitos para
análise de seus implantes ortopédicos, garantindo melhor adaptação aos
pacientes.

Figura 14. Aplicações de Simulação em próteses.

Esses são apenas mais alguns exemplos de aplicações da simulação por


elementos finitos em diferentes setores da indústria. Existe uma infinidade de
outras aplicações práticas, já que a técnica é bastante versátil e pode ser
utilizada em diversos tipos de projetos.

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POR ONDE COMEÇAR NA SIMULAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS

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CAPÍTULO 2
POR ONDE COMEÇAR NA SIMULAÇÃO
POR ELEMENTOS FINITOS

Conhecimentos Teóricos e sua Importância___________


Um erro muito comum de estudantes de engenharia, engenheiros, projetistas
e outros profissionais de áreas correlatas, que tem interesse em começar a
mexerem ou trabalharem com Simulação, é partir diretamente para um
Software de elementos finitos sem antes entender a teoria que está por trás
da ferramenta. Ao fazer isso, esses profissionais acabam negligenciando a
teoria e muitas vezes tiram conclusões equivocadas em relação aos
resultados apresentados no Software.

É necessário entender que, assim como um bisturi é uma ferramenta para um


médico cirurgião, um software de elementos finitos nada mais é do que uma
ferramenta computacional que auxilia os profissionais de engenharia a
fazerem o projeto. Um médico cirurgião precisa ter conhecimento do corpo
e seu funcionamento antes de começar a utilizar um bisturi para fazer a
cirurgia. Já o engenheiro deve ter conhecimentos teóricos sobre os
fundamentos físicos e matemáticos envolvidos no processo antes de começar
a utilizar um software de elementos finitos.

Os conhecimentos teóricos permitirão ao engenheiro utilizar qualquer


software, pois ele entenderá os fundamentos físicos e matemáticos
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envolvidos no processo de simulação por elementos finitos, o que possibilita
a escolha adequada de configurações e parâmetros da análise. Além disso, o
conhecimento teórico permite que o engenheiro e/ou projetista compreenda
e interprete corretamente os resultados obtidos, podendo realizar ajustes e
melhorias no modelo quando necessário. Dessa forma, a teoria é essencial
para garantir que o uso do software de simulação por elementos finitos seja
efetivo e seguro.

Existe uma série de conhecimentos teóricos importantes para um Engenheiro


ou Projetista ter conhecimento antes de utilizar um software. Não é objetivo
desse curso se aprofundar em todos os assuntos teóricos, existem uma série
de livros que fazem isso com muito mais propriedade e profundidade.
Entretanto irei mostrar e descrever brevemente alguns assuntos que
considero importante saber. Lembrando que alguns assuntos você não
precisa dominar totalmente todos os aspectos, mas ter conhecimentos
básicos já auxilia na hora de você trabalhar com simulação.

Sendo assim, considero importantes os seguintes assuntos teóricos:

 Resistências dos Materiais (Mecânica dos Sólidos)


 Métodos dos Elementos Finitos
 Cálculo
 Álgebra Linear
 Ciência dos Materiais
 Métodos Numéricos
 Informática
 Modelagem CAD

Resistência dos Materiais_________________________


A Resistência dos Materiais, também conhecida como Mecânica dos Sólidos,
é um ramo da engenharia que estuda o comportamento dos materiais
quando submetidos a forças e deformações. O objetivo é compreender como
os materiais se comportam sob diferentes tipos de carga, como tração,
compressão, cisalhamento, flexão, torção, entre outras, e como as tensões e
deformações resultantes podem afetar a integridade e a segurança de
estruturas e componentes mecânicos. A Resistência dos Materiais utiliza
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princípios da física, matemática e da ciência dos materiais para projetar e
analisar estruturas e componentes mecânicos que são seguros e eficientes.

Ter conhecimentos sobre Resistência dos Materiais é essencial para trabalhar


com simulação por elementos finitos, pois permite compreender como os
materiais se comportam quando submetidos a diferentes tipos de carga. O
conhecimento dessa teoria permite a escolha adequada dos modelos de
elementos finitos, dos materiais e das propriedades físicas e mecânicas a
serem consideradas na simulação. Além disso, a resistência dos materiais
permite interpretar corretamente os resultados da simulação e avaliar se a
estrutura ou componente mecânico é seguro e eficiente para o uso
pretendido. A seguir, destacarei brevemente alguns assuntos dentro da
Mecânica dos Sólidos que considero importantes.

_____Tipos de esforços
Um conhecimento fundamental é entender o comportamento dos materiais
quando submetidos a diferentes tipos de esforços. Esses esforços podem ser
classificados em vários tipos, sendo os mais comuns: tração, compressão,
flexão, torção e cisalhamento. Cada um desses tipos de esforço provoca um
comportamento característico no material, que é importante para projetar
estruturas e dispositivos que possam resistir às cargas aplicadas. Abaixo é
feita uma breve descrição de cada um desses carregamentos:

Tração: A tração é o esforço que tende a esticar o material, provocando o


aumento do comprimento e a redução da seção transversal. Quando um
material é submetido a uma carga de tração, as forças internas geradas pelas
ligações entre as partículas do material aumentam, até que atinjam um ponto
de ruptura. Materiais como aço, alumínio e polímeros reforçados com fibras
têm alta resistência à tração. A tensão de tração (𝜎) em um material
submetido à tração é dada pela razão da carga aplicada (𝐹) pela área
transversal original do material (𝐴0 ):
𝐹
𝜎=
𝐴0
Equação 2. Cálculo da Tensão de Tração.
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Figura 15. Carregamento de Tração.

Compressão: A compressão é o esforço que tende a encurtar o material,


provocando o aumento da seção transversal e a redução do comprimento.
Quando um material é submetido a uma carga de compressão, as forças
internas geradas pelas ligações entre as partículas do material diminuem, até
que atinjam um ponto de ruptura. Materiais como concreto, pedra e madeira
têm alta resistência à compressão. A tensão de compressão (𝜎𝑐 ) em um
material é dada pela razão da carga aplicada (𝐹) pela área transversal (𝐴):
𝐹
𝜎𝑐 =
𝐴
Equação 3. Cálculo da Tensão de Compressão.

Figura 16. Carregamento de Compressão.

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Flexão: A flexão é o esforço que tende a dobrar o material, provocando a
deformação na curvatura da peça. Quando um material é submetido a uma
carga de flexão, as forças internas geradas pelas ligações entre as partículas
do material aumentam na face inferior e diminuem na face superior da peça,
gerando tensões de tração e compressão. Materiais como aço, concreto
armado e madeira laminada têm alta resistência à flexão. A tensão (𝜎) em
um material submetido à flexão é dada pela razão do momento fletor (𝑀)
multiplicado pela distância da linha neutra do material (𝑦) pelo momento de
Inércia da seção transversal do material (𝐼):

𝑀. 𝑦
𝜎=
𝐼
Equação 4. Cálculo da Tensão de Flexão.

Figura 17. Carregamento de Flexão.

Cisalhamento: O cisalhamento é um tipo de esforço mecânico que ocorre


em um material quando é submetido a duas forças de intensidade igual, mas
direções opostas, aplicadas em planos paralelos próximos. Essas forças
deslizam uma camada de material em relação a outra, produzindo um
deslocamento relativo e uma deformação angular, sem que haja uma
alteração significativa no comprimento ou na espessura do material. A
deformação por cisalhamento é comum em materiais que possuem pouca
capacidade de alongamento ou compressão, como metais, e pode ocorrer
em diferentes situações, como no corte de materiais, na torção de um eixo
etc. A tensão de cisalhamento (𝜏) em um material submetido a uma força de
cisalhamento é dada pela razão da força de cisalhamento (𝜏) pela área da
seção transversal paralela ao plano de cisalhamento (𝐴):
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𝐹
𝜏=
𝐴
Equação 5. Cálculo da Tensão de Cisalhamento.

Figura 18. Carregamento de Cisalhamento.

Torção: A torção é o esforço que tende a torcer o material, provocando a


deformação na torsão da peça. Quando um material é submetido a uma
carga de torção, as forças internas geradas pelas ligações entre as partículas
do material geram tensões de cisalhamento, que podem levar à deformação
plástica e à ruptura da peça. A resistência à torção é um parâmetro
importante para avaliar a capacidade do material de suportar esforços de
torção. Materiais como aço e alumínio têm alta resistência à torção. A tensão
de cisalhamento (τ) em um material submetido à torção é dada pela razão
do momento torsor (𝑇) multiplicado pelo raio polar (r) dividido pelo
momento de inércia polar (𝐽):
𝑇. 𝑟
𝜏=
𝐽
Equação 6. Cálculo da Tensão de Torção.

Figura 19. Carregamento de Torção.


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Além desses comportamentos básicos, existem outros tipos de esforços que
podem ser aplicados a um material, como a flexo-torção, e a flexão
composta. Cada um desses esforços provoca um comportamento
característico no material, que deve ser considerado.

_____Teoria da Elasticidade
A teoria da elasticidade dos materiais estuda o comportamento de sólidos
deformáveis quando submetidos a esforços externos. Ela é amplamente
utilizada na engenharia para projetar estruturas, dispositivos e materiais que
possam resistir às forças externas e deformações sem sofrer rupturas ou
danos.

A teoria da elasticidade considera que um material deformável é composto


por partículas (átomos, moléculas ou cristais) que interagem entre si através
de forças intermoleculares, formando uma estrutura sólida. Quando o
material é submetido a um esforço externo, as partículas se deslocam de suas
posições originais, gerando uma deformação. Essa deformação será elástica
se, ao cessar a aplicação da força externa, as partículas retornarem às suas
posições originais. Se não retornarem totalmente à posição original, será uma
deformação plástica.

Figura 20. Região de Regime Elástico de um Material.

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A teoria da elasticidade permite calcular o comportamento de um material
quando submetido a um esforço externo, determinando a distribuição de
tensões e deformações dentro do material. Ela se baseia em leis
fundamentais da física, como a lei de Hooke, que estabelece que a
deformação é proporcional à tensão aplicada, desde que essa relação esteja
dentro do limite elástico do material. Para materiais elásticos lineares, a
relação entre a tensão e a deformação pode ser descrita pela lei de Hooke
na forma:

𝜎 = 𝐸. 𝜀
Equação 7. Tensão elástica.

onde σ é a tensão aplicada, ε é a deformação resultante e 𝐸 é o módulo de


elasticidade do material, que representa a rigidez do material.

_____Teoria da Plasticidade
Em alguns tipos de simulação deve-se considerar o comportamento plástico
do material, ou seja, o momento em que o material deixa de apresentar uma
proporcionalidade linear entre a tensão e a deformação. Nesses casos, é
importante ter um conhecimento básico a respeito da Teoria de Plasticidade
que descreve o comportamento de materiais que sofrem deformações
plásticas quando submetidos a esforços mecânicos. Essa teoria considera
que, quando um material é submetido a uma carga, ele pode se deformar
plasticamente, ou seja, sua forma pode ser alterada de forma permanente,
mesmo após a retirada da carga.

A teoria da plasticidade é importante para análise de estruturas ou em


projetos no qual há deformação permanente do material, como processos
de conformação mecânica (estampagem, dobra, trelição etc). Alguns
Softwares de Elementos Finitos possuem modelos capazes de representar o
comportamento plástico dos materiais.

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Figura 21. Deformação Plástica de uma chapa em um processo de dobra.

_____Critérios de Falha
Os critérios de falha são equações matemáticas que definem as condições
em que um material falhará sob certos tipos de carregamentos. Esses critérios
são usados na resistência dos materiais para determinar se um material é
seguro para uso em determinada aplicação ou se pode ser necessário fazer
algum ajuste no projeto para garantir sua confiabilidade e segurança.

Existem diversos critérios de falha, cada um aplicável a um tipo específico de


carregamento ou comportamento do material. Alguns exemplos de critérios
de falha comuns incluem o critério de von Mises, o critério de Tresca, entre
outros. A seguir é apresentado uma breve descrição de cada um deles.

Critério de Von Mises: é usado para prever a falha em materiais dúcteis


submetidos a tensões multiaxiais. Ele se baseia na hipótese de que a falha
ocorre quando a energia de deformação elástica atinge um certo valor crítico.
A equação do critério de von Mises é dada por:

(𝜎1 − 𝜎2 )2 + (𝜎2 − 𝜎3 )2 + (𝜎1 − 𝜎3 )2


𝜎𝑣 = √
2

Equação 8. Tensão de Von Mises.

Onde 𝜎1 , 𝜎2 e 𝜎3 são as tensões principais no material.


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Critério de Tresca: também conhecido como critério de cisalhamento
máximo, é aplicado em materiais que apresentam comportamento frágil e
são submetidos a tensões de cisalhamento. Nesse critério, a falha ocorre
quando a tensão cisalhante máxima em qualquer plano atinge um valor
crítico. A equação do critério de Tresca é dada por:

𝜎𝑡 = 𝜎1 − 𝜎3
Equação 9. Tensão de Tresca.

onde 𝜎1 e 𝜎3 são as tensões principais no material.

Cada um desses critérios tem suas próprias limitações e é aplicável apenas


em certas situações. A escolha do critério de falha adequado depende do
material, das condições de carregamento e do tipo de falha que se espera.

Métodos dos Elementos Finitos_____________________


A Teoria do Métodos dos Elementos Finitos envolve o conceito de rigidez. A
rigidez pode ser entendida como a capacidade de um elemento estrutural
resistir à deformação quando é submetido a uma carga. Matematicamente
ela expressa a relação entre a carga e o deslocamento. Em uma mola, por
exemplo, a relação entre a Força e o deslocamento pode ser dada pela Lei
de Hooke.

Figura 22. Relação entre a força e o deslocamento em uma Mola.

𝐹 = 𝑘. 𝑑
Equação 10. Lei de Hooke.
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Em um problema de Elementos Finitos esse conceito é estendido para os
Elementos Finitos, ou seja, em cada elemento finito é associado uma
determinada rigidez que depende de seus graus de liberdade. No elemento
são estabelecidas as relações entre as cargas aplicadas nos nós e seus
deslocamentos através de sua matriz de rigidez. Nesse caso, temos a
equação.

{𝑓} = [𝑘]𝑒 . {𝑢}


Equação 11. Equação para um elemento finito.

Onde {𝑓} é o vetor dos carregamentos que atuam sobre os nós do elemento,
como forças e momentos, [𝑘 ]𝑒 é a matriz de rigidez do elemento e {𝑢} é o
vetor que contém os deslocamentos nodais do elemento.

Os elementos finitos podem ser de vários tipos: Elementos de Mola,


Elementos de Treliça, Elementos de Viga, Elementos Bidimensionais e
Elementos Tridimensionais. Em cada elemento a matriz de rigidez associada
é calculada de maneira teórica. Nos elementos de mola, treliça e viga a
rigidez associada é deduzida com base em simples relações de resistência
dos materiais. O Elemento de Viga, por exemplo, possui 12 graus de liberdade
associado aos movimentos de translação e rotação em cada nó (Figura
abaixo). Dessa forma a equação contendo a matriz de rigidez fica conforme
indicado abaixo.

Figura 23. Elemento de Viga.

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Equação 12. Rigidez para um elemento de viga.

Onde
𝐸𝐴 𝐸𝐼𝑧 𝐸𝐼𝑦 𝐺𝐽
𝑎= , 𝑏𝑧 = , 𝑏𝑦 = e𝑡 =
𝐿 𝐿3 𝐿3 𝐿

Já para elementos bidimensionais e tridimensionais é necessário utilizar


funções de interpolação para aproximar o comportamento dos elementos ao
comportamento real do componente. Essas funções de interpolação são
funções matemáticas que são usadas para aproximar o comportamento de
uma grandeza física dentro de um elemento finito. São geralmente
polinômios de baixa ordem, como lineares ou quadráticos, e são definidas
em termos das coordenadas locais do elemento. As funções de interpolação
permitem que sejam avaliadas quantidades desconhecidas, como tensão,
deformação ou temperatura, em pontos arbitrários dentro do elemento
finito, a partir dos valores conhecidos nos nós do elemento.

De uma maneira geral, a matriz de rigidez para esses elementos pode ser
obtida pela seguinte equação:

[𝑘]𝑒 = [∫ [𝐵]𝑇 [𝐷][𝐵]𝑑𝑣𝑜𝑙 ]


𝑣𝑜𝑙
Equação 13. Matriz de Rigidez de um Elemento Finito.

Onde [𝐵] é a matriz Deslocamento-Deformação que relaciona os


deslocamentos nos nós do elemento com a deformação dentro do elemento
e [𝐷]é a matriz que contém as propriedades dos materiais.

Sendo assim, uma vez conhecida a rigidez de cada elemento, a matriz de


rigidez da estrutura toda é obtida a partir do “somatório” da rigidez de cada

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um dos elementos. Nesse caso a expressão geral para um componente ou
estrutura fica como:

{𝐹 } = [𝐾]{𝑈}
Equação 14. Comportamento de um sistema linear.

[𝐾 ] → " (∑[𝑘]𝑒 ) "

Equação 15. Matriz do Sistema como “somatório” da matriz dos elementos.

O sistema matricial acima é resolvido numericamente sabendo-se as cargas


e/ou deslocamentos prescritos. O sistema de solução envolve técnicas de
manipulação de matrizes. Uma vez obtidos os deslocamentos, é possível
obter os demais parâmetros, como tensões, fatores de segurança etc.

As equações descritas anteriormente são para problemas lineares, ou seja,


quando há proporcionalidade entre a carga e o deslocamento e quando não
estão presentes efeitos de inércia (ou seja, a aceleração é nula ou
desprezada). Para casos mais amplos, a equação de equilíbrio que descreve
o comportamento geral de um sistema de elementos finitos é:

[𝑀]{𝑈̈} + [𝐶 ]{𝑈̇} + [𝐾 ]{𝑈} = {𝐹 (𝑡)}


Equação 16. Equação geral de equilíbrio de um sistema.

Onde [𝑀] é a matriz de Massa do Sistema, [𝐶 ] é a matriz Amortecimento do


Sistema, [𝐾] é a matriz de Rigidez do Sistema, {𝐹 (𝑡 )} é o vetor dos
carregamentos externos e {𝑈̈}, {𝑈̇}, {𝑈} os vetores das acelerações nodais,
velocidades nodais e deslocamentos nodais, respectivamente. Um problema
de elementos finitos mais geral é um sistema “Massa-Mola-Amortecedor-
Força”.

Da mesma forma, a equação geral é resolvida a partir do conhecimento dos


carregamentos e/ou deslocamentos prescritos.

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Cálculo_______________________________________
Cálculo diferencial e integral é um ramo da matemática que se dedica ao
estudo de funções e suas propriedades. O cálculo diferencial trata das taxas
de variação das funções, enquanto o cálculo integral trata da acumulação de
quantidades que variam ao longo do tempo ou do espaço. Em outras
palavras, o cálculo diferencial lida com a derivada de uma função, que é a
sua taxa de variação em um ponto, e o cálculo integral lida com a integral de
uma função, que é a área sob a curva da função em um intervalo. O cálculo
diferencial e integral é amplamente utilizado em diversas áreas da
engenharia.

𝑓(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥)
𝑓 ′ (𝑥 ) = lim [ ]
ℎ→0 ℎ
Equação 17. Definição de Derivada.

𝑏 𝑛

∫ 𝑓(𝑥 )𝑑𝑥 = lim ∑ 𝑓(𝑥𝑖 ) ∗ ∆𝑥


𝑎 ∆𝑥→0
1
Equação 18. Definição de Integral.

Saber cálculo diferencial e integral é fundamental para trabalhar com


simulação por elementos finitos, pois a técnica envolve a resolução de
equações diferenciais para descrever o comportamento de um sistema físico.
A modelagem numérica envolvida na simulação por elementos finitos requer
o conhecimento de cálculo para aproximar soluções precisas por meio da
discretização do domínio em elementos finitos. Além disso, muitos dos
problemas que são simulados com elementos finitos envolvem sistemas
complexos e não-lineares que exigem análise matemática avançada para
serem resolvidos. Portanto, um conhecimento de cálculo diferencial e integral
é importante para entender a teoria subjacente à simulação por elementos
finitos e aplicá-la com sucesso em problemas práticos.

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Álgebra Linear_________________________________
Álgebra linear é o ramo da matemática que estuda sistemas de equações
lineares, vetores e espaços vetoriais, transformações lineares, matrizes e
determinantes. Em outras palavras, a álgebra linear é o estudo das
propriedades matemáticas dos espaços vetoriais e das transformações
lineares entre eles. Ela é amplamente utilizada em diversas áreas, como física,
engenharia, computação, estatística, entre outras. Em simulação por
elementos finitos, a álgebra linear é utilizada para a resolução de sistemas
lineares de equações, que surgem durante a discretização do problema
contínuo em um modelo numérico. Além do cálculo das matrizes de rigidez,
solução de sistemas lineares e manipulação de dados de resultados. Essa
resolução é necessária para encontrar as soluções numéricas para as
equações diferenciais parciais que descrevem o comportamento dos
sistemas físicos.

{𝐹 } = [𝐾]{𝑈}  {𝑈} = [𝐾 ]−1 . [𝐹]


Equação 19. Sistema Matricial a ser resolvido em problemas de Elementos Finitos.

Ciência dos Materiais____________________________


Outro assunto que um profissional que irá trabalhar com Simulação por
Elementos Finitos precisa ter é um conhecimento básico é a área da Ciência
dos Materiais que, em certo grau, está relacionado a Resistência dos
materiais.

A ciência dos materiais é um campo multidisciplinar que estuda as


propriedades, estrutura e comportamento dos materiais, desde sua
composição química até as características físicas e mecânicas. Profissionais
da Engenharia costumam trabalham com diversos tipos de materiais em
diferentes projetos, incluindo metais, polímeros, cerâmicas, compósitos e
materiais avançados.

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Figura 24. Materiais em diversas aplicações práticas.

Como a simulação por elementos finitos é uma técnica que envolve a análise
do comportamento de materiais sob diferentes condições de carregamento,
é fundamental ter um conhecimento sobre as propriedades dos materiais
como módulo de elasticidade, coeficiente de Poisson, densidade, resistência
à tração, entre outras. Além disso, é interessante ter conhecimentos sobre
sua microestrutura, processamento e comportamento mecânico.

A ciência dos materiais fornece esses conhecimentos, possibilitando a


escolha adequada de materiais para uma determinada aplicação e o
entendimento de como eles irão se comportar em diferentes situações.

Métodos Numéricos_____________________________
Métodos numéricos são técnicas matemáticas utilizadas para obter soluções
aproximadas de problemas matemáticos que não podem ser resolvidos por
métodos analíticos exatos. Eles envolvem a utilização de algoritmos
computacionais para realizar cálculos numéricos, com o objetivo de fornecer
resultados precisos o suficiente para a aplicação em problemas práticos.
Alguns exemplos de métodos numéricos são: método de Euler para
resolução de equações diferenciais ordinárias, método de Gauss para
resolução de sistemas lineares, método de Monte Carlo para simulação de
eventos aleatórios, entre outros. Esses métodos são amplamente utilizados

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em diversas áreas da ciência e engenharia, incluindo simulação por
elementos finitos.

Figura 25. Ilustração da Aproximação do Método de Euler.

Os métodos numéricos são essenciais para a solução de equações


matemáticas complexas que são encontradas na simulação por elementos
finitos. Esses métodos utilizam algoritmos e técnicas matemáticas para obter
soluções aproximadas de problemas que não podem ser resolvidos de forma
analítica. Assim, um conhecimento básico de métodos numéricos é
fundamental para escolher as técnicas adequadas para a simulação, garantir
a precisão dos resultados, além de permitir a validação dos resultados
obtidos através da simulação.

Informática____________________________________
É interessante um profissional que trabalha com Simulação por elementos
finitos ter conhecimentos básicos sobre o funcionamento de um computador
e suas partes principais, para ser capaz de compreender a relação entre eles
e os resultados / tempo de simulação. Alguns itens fundamentais são:

 Processador: O processador é o cérebro do computador e é responsável


por executar as operações e cálculos necessários para realizar as
simulações. É interessante um profissional ter conhecimentos básicos

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sobre a arquitetura e especificações dos processadores, como velocidade
de clock, número de núcleos, cache, entre outros.

 Memória RAM: A memória RAM é responsável por armazenar


temporariamente os dados que estão sendo utilizados pelo processador.
Conhecimentos sobre a capacidade e a velocidade da memória RAM para
garantir um desempenho adequado na execução das simulações são
válidos.

 Placa de vídeo: A placa de vídeo é responsável pelo processamento gráfico


e é utilizada para exibir as imagens geradas durante as simulações.
Conhecimentos básicos sobre a arquitetura e especificações das placas de
vídeo, como memória dedicada, clock da GPU, número de núcleos, entre
outros são bem-vindos.

 Disco rígido: O disco rígido é responsável por armazenar


permanentemente os dados e arquivos utilizados nas simulações. É
interessante ter conhecimentos básicos sobre as diferentes tecnologias de
discos rígidos, como HDDs e SSDs, e suas características, como capacidade
de armazenamento, velocidade de transferência, entre outros.

Figura 26. Elementos Básicos de um Computador.


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Modelagem CAD________________________________
Modelagem CAD (Computer-Aided Design) é um processo de criação, edição
e visualização de modelos tridimensionais de produtos e componentes
usando software de computador. É uma ferramenta essencial para projetar e
desenvolver produtos em diversas áreas, como engenharia mecânica,
arquitetura, design de interiores, entre outras. A modelagem CAD permite
que os engenheiros e projetista criem modelos precisos e detalhados, que
podem ser testados e analisados por meio de simulação por elementos finitos
antes da fabricação do produto.

Figura 27. Modelagem CAD

A modelagem CAD é uma ferramenta importante para a criação de


geometrias que serão utilizadas na simulação por elementos finitos. Com o
conhecimento de modelagem CAD, é possível criar modelos 3D detalhados,
incluindo a definição precisa de geometrias, dimensões e materiais, que são
essenciais para a simulação. Além disso, o conhecimento em modelagem
CAD permite ao engenheiro criar e modificar facilmente modelos para avaliar
diferentes cenários, ajustar parâmetros e analisar diferentes soluções. Por
isso, a capacidade de usar ferramentas de modelagem CAD é uma habilidade
valiosa para quem trabalha nessa área de simulação.

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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE UMA SIMULAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS

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CAPÍTULO 3
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE UMA
SIMULAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS
Etapas________________________________________
Como comentado, uma Simulação por Elementos Finitos é um conjunto de
etapas para fazer a análise de um projeto, que inclui desde a definição do
objetivo da análise, passando pela geração do modelo CAD, criação da
malha, definição dos materiais, definição das condições de contorno,
processamento (Solver), análise dos resultados até a documentação do
Projeto. O Fluxograma da página seguinte mostra as etapas para fazer um
Simulação por Elementos Finitos.

As etapas de Geração de Modelo CAD, Geração da Malha, Definição de


Material e Definição das condições de contorno são chamadas Etapas de Pré-
Processamento, ou seja, aquelas que antecedem o processamento da análise.
São etapas de setup do modelo.

A etapa de processamento é chamada de Solver, que é a etapa em que as


equações matemáticas do modelo serão resolvidas. A etapa de Análise dos
Resultados é chamada de etapa de Pós-processamento que é realizada
depois da análise ser rodada.

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Figura 28. Fluxograma para fazer uma Simulação por Elementos Finitos.

Cada etapa tem os seguintes objetivos:

Definição do Objetivo: a primeira etapa consiste em definir o objetivo do


estudo, ou seja, identificar com clareza o problema a ser resolvido. Nesta
etapa também é definido o tipo de análise a ser executado, que pode ser:
Análise Estática, Análise Modal, Análise Dinâmica, Análise Não-linear, Análise
Térmica, entre outras.

Geração do Modelo CAD: essa etapa envolve a criação de um modelo


geométrico virtual através um software de modelagem 3D, como o
SolidWorks, Autodesk Inventor, CATIA, entre outros.

Geração da Malha: após a criação do modelo geométrico, o próximo passo


é gerar a malha do modelo. A malha é criada subdividindo a geometria em
elementos finitos menores para que a solução possa ser obtida em cada
ponto da estrutura.

Definição dos Materiais: essa etapa envolve a definição das propriedades


dos materiais, como densidade, módulo de elasticidade, coeficiente de
Poisson, dentre outros e sua associação a cada componente do modelo.

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Definição das Condições de Contorno: nesta etapa são definidas as
condições de contorno em cada parte do modelo, como carregamentos,
restrições e contatos.

Solver: após a geração da malha, definição de materiais e condições de


contorno, o modelo é resolvido utilizando um solver de software de
simulação por elementos finitos. O solver é o algoritmo que contém métodos
numéricos para calcular a resposta do modelo.

Análise dos Resultados: após o processamento da análise, os resultados são


obtidos e podem ser apresentados em forma de gráficos, tabelas, animações
e outras formas. Nessa etapa é feita uma análise crítica para verificar se os
resultados estão dentro dos limites aceitáveis e se o modelo foi construído
adequadamente.

Documentação: essa etapa consiste na formalização de um projeto que


deve conter o conjunto de registros e descrições detalhadas do processo de
simulação e dos resultados obtidos.

A seguir falaremos detalhadamente sobre cada uma das etapas acima!

1° ETAPA: Definição do Objetivo___________________


A etapa de definição do objetivo da simulação por elementos finitos é uma
das mais importantes e é um passo fundamental para garantir que a
simulação produza resultados úteis e relevantes. O objetivo pode variar de
acordo com o tipo de problema a ser analisado e as necessidades do projeto.
Em geral, um projeto pode ter os seguintes objetivos.

 Analisar as Tensões máximas quando submetido a um determinado


carregamento;
 Calcular o Fator de Segurança do projeto;
 Analisar as Reações nos apoios;
 Verificar os deslocamentos máximos da estrutura;
 Calcular a vida à fadiga da estrutura quando submetida a um
carregamento cíclico;
 Verificar condições de instabilidade na estrutura;
 Analisar a interação entre componentes de uma montagem;
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 Calcular as Frequências Naturais e os Modos Naturais de vibração;
 Verificar o Comportamento Dinâmico do componente ou estrutura;
 Verificar se o projeto atende a uma determinada Norma;

Uma dica muito interessante nessa etapa é expressar o objetivo em uma


única frase, como por exemplo: “Analisar as tensões máximas de von mises
de um Suporte quando aplicado um carregamento de 2500N, considerando
o suporte completamente fixo na estrutura”. Essa frase irá guiar toda a
execução do projeto.

Uma vez definido o objetivo, é fundamental verificar qual tipo de análise


deve-se escolher para obter os resultados desejados. Algumas das análises
mais comuns que podem ser realizadas em uma simulação por elementos
finitos incluem:

 Análise Estática: a análise estática é usada para analisar o


comportamento de um componente ou sistema sob condições de
carga estática, ou seja, quando as cargas não variam no tempo ou são
aplicadas muito lentamente. Nesse tipo de análise, a deformação e a
tensão no componente ou sistema são calculadas.

 Análise Modal: a análise modal é usada para analisar o


comportamento de um componente ou sistema em termos de suas
frequências naturais e modos de vibração. Essa análise é usada para
identificar os modos de vibração críticos do sistema e para avaliar a
sua resposta a excitações externas.

 Análise Dinâmica: a análise dinâmica é usada para analisar o


comportamento de um componente ou sistema sob condições de
carga dinâmica, ou seja, quando as cargas variam rapidamente com o
tempo.

 Análise de Flambagem: a análise de flambagem é usada para analisar


o comportamento de um componente ou sistema sob condições de
carga compressiva. Nesse tipo de análise, a carga crítica de flambagem
é calculada, ou seja, a carga máxima que o componente ou sistema
pode suportar antes de se deformar de forma instável.
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Outra classificação das análises pode ser:

 Análise Linear: nessa análise supõe-se que o material seja elástico e


que as deformações e tensões estejam relacionadas por uma lei de
Hooke linear. A análise linear é adequada para sistemas que se
comportam de forma linear, ou seja, cujas deformações e tensões são
proporcionais às cargas aplicadas, como por exemplo em pequenas
deformações.

 Análise Não Linear: a análise não linear é usada para analisar o


comportamento de um componente ou sistema quando as
deformações e tensões não são proporcionais à carga aplicada. Essa
análise é usada quando o comportamento do sistema não pode ser
descrito por modelos lineares, como por exemplo comportamento
plástico dos materiais, condições não-lineares de contato etc.

Antes de definir o tipo de análise, é importante entender o problema com


profundidade e levantar o maior número de informações relevantes possíveis
que irão auxiliar na execução do projeto.

2° ETAPA: Geração do Modelo CAD__________________


A etapa de Geração de Modelo CAD consiste em criar uma representação
geométrica virtual do problema analisado. É com base nessa geometria que
será feita a malha de elementos finitos e todo o restante da simulação.

Figura 29. Exemplo de Modelo CAD


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É importante que a geometria seja criada de forma a representar com
precisão as características físicas do componente ou sistema a ser modelado.
Para isso, é fundamental ficar atento a fatores como simetria, ângulos, raio
de curvatura e pontos críticos. Além disso, o modelo deve ser verificado e
corrigido para garantir que não haja erros, como faces duplicadas ou lacunas,
antes de ser convertido em um formato compatível com o software de
elementos finitos.

Na etapa de geração de modelo CAD é importante verificar se há algum tipo


de simplificação a ser adotada, como simetria por exemplo. Além disso, para
simplificação pode-se fazer uso de recursos de edição para remover defeitos,
suavizar superfícies, tratar cantos do modelo etc. Todo esse processo
representará ganho de tempo e esforço computacional no momento do
processamento da análise. Lembrando que a simetria deve ser aplicada nos
casos em que há simetria da geometria e simetria do carregamento também.

Figura 30. Geometria com Simetrias nos planos.

3° ETAPA: Geração da Malha______________________


Nessa etapa é gerada a malha que nada mais é do que a representação
discretizada da geometria modelada. Essa malha consiste em pequenos
elementos finitos, que são formas geométricas simples, como elementos
unidimensionais (mola, treliça e viga), elemento bidimensionais (triângulos
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ou quadriláteros) ou elementos tridimensionais (tetraedros, hexaedros etc).
Como discutido anteriormente, cada elemento é definido por um conjunto
de nós e possuem equações matemáticas que descrevem seu
comportamento.

Existem vários tipos de elementos finitos utilizados na criação de malhas para


simulações por elementos finitos. A escolha do tipo de elemento a ser
utilizado depende das características do problema a ser resolvido. Abaixo
estão alguns dos tipos de elementos mais comuns:

Elementos 1D: são elementos com um nó em cada extremidade e são


adequados para modelar problemas simples de tensão e deformação.

 Mola: Usado para representar uma rigidez em um ponto do modelo,


como uma mola.
 Treliça: Usado para representar o comportamento de vigas e colunas
sujeitas somente a cargas compressivas.
 Viga: Usado para representar o comportamento de vigas capturando
esforços de tração, torção e flexão.

Figura 31. Elementos Finitos 1D.

Elementos 2D: Podem ser elementos 2D de estado plano, onde os


carregamentos ocorrem somente paralelos a superfície ou elementos de
cascas que contemplam carregamento em mais de uma direção e são usados
para modelam estruturas com espessura reduzida.

 Elementos Triangulares: são elementos com pelo menos 3 vértices e


são utilizados em geometrias mais complexas.
 Elementos Quadriculares: são elementos que possuem pelo menos 4
vértices e são usualmente utilizados para modelar objetos com
geometria regulares (retangular).
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Figura 32. Elementos Finitos 2D.

Elementos 3D:

 Elementos Tetraédricos: são elementos com pelo menos quatro


vértices e são utilizados em geometrias mais complexas.
 Elementos Hexaédricos: são elementos que possuem pelo menos oito
vértices, e são usualmente utilizados para modelar objetos com
geometria regulares (cúbica).

Figura 33. Elementos Finitos 3D.

Além disso, um elemento finito bidimensional ou tridimensional pode ser do


tipo linear ou parabólico. A diferença entre um elemento finito linear e um
elemento finito parabólico está na ordem dos polinômios utilizados para
aproximar a solução da equação diferencial em cada elemento. Um elemento
finito linear utiliza polinômios lineares para aproximar a solução, enquanto
um elemento finito parabólico utiliza polinômios de segunda ordem. O
elemento finito parabólico é capaz de fornecer uma solução mais precisa e
detalhada do problema em questão do que o elemento finito linear.

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Figura 34. Diferença entre elementos Lineares e Parabólicos.

O processo de definir uma malha em uma simulação por elementos finitos é


um processo crítico e pode afetar diretamente a precisão dos resultados.
Existem algumas etapas que devem ser seguidas para garantir a qualidade
da malha e, consequentemente, da simulação:

Definir o Tipo de Elemento: Para definir o tipo de elemento finito em uma


simulação é necessário considerar as características da geometria e do
comportamento mecânico do material da estrutura que está sendo
modelada. Alguns fatores que podem influenciar a escolha do tipo de
elemento finito como: geometria, tamanho da estrutura, as condições de
contorno, o comportamento mecânico do material (como linearidade, não
linearidade) e a precisão desejada na solução.

Para escolher o tipo de elemento mais adequado é necessário entender o


comportamento capturado por cada tipo de elementos. Por exemplo,
elementos de treliça capturam somente carregamentos axiais, ou seja, se uma
estrutura tiver submetida a cargas de flexão, esse tipo de elemento não é
indicado e sim um elemento de viga.

Outro exemplo são elementos tetraédricos que são mais indicados quando a
geometria do modelo é complexa e não pode ser facilmente dividida em
elementos hexaédricos regulares. Eles são mais flexíveis e podem ser usados
para modelar diferentes formas e tamanhos de geometria, tornando-os

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ideais para simulações em engenharia civil, biomedicina e outros campos que
exigem a modelagem de formas irregulares.

Figura 35. Elementos Tetraédricos VS Hexaédricos.

Os elementos hexaédricos, por outro lado, são mais indicados quando o


modelo possui uma geometria mais simples e regular, permitindo uma
discretização mais uniforme da estrutura. Eles podem fornecer uma solução
mais precisa e eficiente, especialmente para análises de alta precisão em
engenharia mecânica, aeroespacial e outras áreas onde a geometria do
modelo é bem definida.

Definir o tamanho dos elementos: Em geral, um elemento finito deve ser


grande o suficiente para capturar as características globais da estrutura, mas
também deve ser pequeno o suficiente para permitir uma representação
precisa do comportamento local da estrutura. Se os elementos forem muito
grandes, a solução pode não ser precisa o suficiente para descrever as
características locais da estrutura. Por outro lado, se os elementos forem
muito pequenos, a solução pode levar muito tempo para ser calculada e
pode não ser eficiente computacionalmente.

Em geral, uma malha deve ser refinada em áreas de maior complexidade


geométrica ou de maior interesse para a análise. Para isso, é preciso
identificar os elementos que precisam ser mais bem representados e definir
um tamanho de elemento adequado. É importante lembrar que um tamanho
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de elemento muito grande pode levar a resultados imprecisos nessas regiões,
enquanto um tamanho muito pequeno pode aumentar o tempo de
processamento sem melhorar significativamente a precisão.

Figura 36. Refinos de uma Malha.

Verificar a qualidade da malha: Para definir a qualidade de um elemento


finito em uma malha é importante levar em consideração a sua forma e o seu
grau de distorção, pois isso pode afetar a precisão da solução obtida na
simulação por elementos finitos. Existem vários critérios para avaliar a
qualidade dos elementos, incluindo a razão de aspecto, skewness e
jacobiano.

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Figura 37. Elemento triangular equilátero e distorcido.

A razão de aspecto é a relação entre o comprimento e a largura de um


elemento, sendo que um valor próximo de 1 indica que o elemento é regular.
O skewness indica o quão próximo do ideal (equilateral ou equiangular) um
elemento é, sendo que um valor próximo de 0 indica que o elemento é
regular. O Jacobiano é associado a posição dos nós intermediários. Uma
razão alta de Jacobiano indica que o mapeamento entre o espaço do
elemento e o espaço real está se tornando computacionalmente não
confiável, quanto mais próximo do valor 1 melhor.

Uma malha de baixa qualidade, ou seja, com elementos muito distorcidos,


pode levar a resultados imprecisos e não confiáveis. Para isso, é preciso
garantir que os elementos sejam bem distribuídos e que não haja elementos
com ângulos muito pequenos ou muito grandes. Além disso, é importante
garantir a continuidade da malha nos limites entre diferentes regiões.

Fazer uma convergência de Malha: A convergência de malha é um


processo importante na simulação por elementos finitos que tem como
objetivo garantir a precisão e a confiabilidade dos resultados obtidos. Esse
processo consiste em refinar a malha de elementos finitos em etapas
sucessivas, reduzindo o tamanho dos elementos, até que os resultados
obtidos sejam consistentes e não variem significativamente com o
refinamento adicional da malha.

A convergência de malha é importante porque a precisão da solução obtida


pela simulação por elementos finitos depende diretamente da qualidade da
malha. Elementos muito grandes podem subestimar as tensões e
deformações locais, enquanto elementos muito pequenos podem aumentar
o custo computacional e introduzir erros numéricos na solução.

Para realizar o processo de convergência de malha, inicialmente é gerada


uma malha e os resultados da análise são computados. Em seguida, elege-
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se um parâmetro para ser utilizado como referência entre as malhas, em geral
a Tensão. Para essa malha inicial, anota-se o valor de tensão encontrado e o
número de elementos da malha. Em seguida, a malha é refinada
(globalmente ou localmente) e o problema é resolvido. Registra-se
novamente o valor de Tensão e o número de elementos para essa segunda
malha. Calcula-se então a diferença percentual entre os valores de tensão
entre essas duas malhas. Em geral, se o valor for menor que 5%, pode-se
dizer que a malha está convergida. Caso não seja, realiza-se o mesmo
procedimento com outras malhas.

Figura 38. Gráfico de Convergência

A variação percentual de 5% é um valor prático, mas não necessariamente


será aplicada em todos os casos. Em alguns casos, variação até 10% ou outros
valores podem ser aceitáveis. Por isso, é fundamental o julgamento
adequado do engenheiro que estiver realizando a análise.

4° ETAPA: Definição dos Materiais__________________


Definir os materiais é uma etapa importante em uma simulação por
elementos finitos, pois as propriedades dos materiais influenciam
diretamente no comportamento estrutural do modelo. O primeiro passo é
identificar qual material será utilizado na simulação e obter as informações

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necessárias sobre suas propriedades, tais como módulo de elasticidade,
coeficiente de Poisson, densidade, resistência à tração, entre outras.

Uma vez que as informações sobre o material tenham sido coletadas, é


necessário atribuir essas propriedades aos elementos do modelo. Em muitos
softwares de simulação por elementos finitos já existe uma biblioteca com
alguns materiais que pode ser acessada. Lembrando que é muito importante
conferir as propriedades presentes na biblioteca com as propriedades
levantadas.

Figura 39. Biblioteca de Materiais do SolidWorks.

É válido ressaltar que os materiais podem apresentar um comportamento


linear ou não linear, o que pode afetar a precisão dos resultados da
simulação. Caso o material seja não linear, é necessário definir
adequadamente o modelo constitutivo, que descreve a relação entre o
esforço aplicado e a deformação resultante. Em alguns casos, também pode
ser necessário definir propriedades específicas para diferentes direções ou
planos do material.

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Algumas dicas importantes para definir os materiais em uma simulação por
elementos finitos: obter informações precisas e confiáveis sobre as
propriedades do material; realizar testes experimentais para validação do
modelo de material, se possível; considerar o comportamento não linear do
material, caso aplicável; e revisar cuidadosamente as propriedades atribuídas
aos elementos da malha.

5° ETAPA: Definição Condições de Contorno__________


As condições de contorno em uma simulação por elementos finitos são
essenciais para garantir que o modelo de simulação represente corretamente
as condições reais do problema. Elas descrevem as restrições, carregamentos
e contatos impostos à geometria.

Figura 40. Modelo com Condições de Contorno aplicadas.

Basicamente, as condições de contorno em problema estrutural podem ser


de 3 tipos:

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Condições de restrição: As condições de restrição são usadas para impor
as restrições de movimento em partes da estrutura ou em certas direções.
Essas restrições podem ser fixações, apoios ou deslocamentos prescritos. As
condições de restrição podem ser aplicadas em pontos específicos da malha
ou em grupos de nós ou elementos. Podem ser: condições fixas,
deslocamentos prescritos, etc.

Exemplo: Suponha que queremos analisar o comportamento de uma viga


fixa em uma extremidade e livre na outra extremidade. Nesse caso, a restrição
seria uma fixação de uma extremidade e uma restrição de deslocamento livre
na outra.

Condições de carregamento: As condições de carregamento são usadas


para impor cargas externas ou forças em partes da estrutura. Essas cargas
podem ser distribuídas ou concentradas em certos pontos da estrutura. As
condições de carregamento podem ser aplicadas em pontos específicos da
malha ou em grupos de nós ou elementos. Podem ser: Forças, momentos,
aceleração, pressão etc.

Exemplo: Considere que se deseja avaliar uma estrutura metálica sujeito a


cargas e a gravidade. Nesse caso, deve-se atribuir as forças e momentos nas
regiões adequadas e acionar a aceleração na direção da gravidade.

Condições de contato: As condições de contato são usadas para modelar a


interação entre partes da estrutura que estão em contato físico. Essas
condições podem ser de atrito ou sem atrito, dependendo da presença ou
ausência de atrito entre as superfícies em contato. As condições de contato
podem ser aplicadas em pontos específicos da malha ou em grupos de nós
ou elementos. Podem ser: Contato fixo (Bonded), deslizante, com atrito etc.

Exemplo: Suponha que queremos analisar o contato entre uma engrenagem


e um eixo. Nesse caso, a condição de contato seria a aplicação de uma
condição de contato de atrito entre a superfície da engrenagem e a superfície
do eixo.

A definição adequada das condições de contorno é crucial para obter


resultados precisos na análise por elementos finitos. Se as condições forem
definidas de forma incorreta ou imprecisa, o resultado da simulação pode ser
inválido ou impreciso. Por isso, é importante compreender o comportamento
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real da estrutura ou componente em questão na hora de definir as condições
de contorno.

6° ETAPA: Solver_______________________________
A etapa de solver em uma simulação por elementos finitos consiste no
processamento da análise através do algoritmo de solução presente no
software utilizado. O algoritmo contém métodos numéricos para resolver as
equações do modelo

O processo de solução geralmente envolve a aplicação de técnicas


matemáticas avançadas, como álgebra linear, integração numérica, análise
de sistemas dinâmicos, entre outras. O objetivo do solver é obter os valores
das variáveis do modelo em cada ponto da malha, de acordo com a condição
de contorno estabelecidas.

Existem vários tipos de métodos de solução em um software de elementos


finitos como por exemplo: o método de Eliminação de Gauss, Método de
Eliminação de Gauss-Jordan, Método de Decomposição LU, Método de
Decomposição de Cholesky, Método Iterativo de Jacobi, Método Iterativo de
Gauss-Seidel, Método Iterativo de SOR, Método Iterativo de Gradiente
Conjugado, entre outros. Cada método tem suas vantagens e desvantagens.
Para problemas mais simples, a escolha do solver em geral não altera
significativamente os resultados. No caso de problemas mais complexos, é
fundamental escolher aqueles solver mais adequados, pois o desempenho
do solver pode ser influenciado pela escolha adequada do tipo de elemento,
da malha, das condições de contorno e das propriedades do material.

Uma dica importante é realizar testes com diferentes solvers e verificar a


eficiência e precisão de cada um para o problema específico em questão.
Além disso, é fundamental que o usuário tenha conhecimentos sobre o
funcionamento do solver escolhido, para que possa ajustar os parâmetros e
garantir a precisão e confiabilidade dos resultados obtidos.

A precisão e a velocidade do solver são influenciadas por diversos fatores,


como o tamanho e complexidade da malha, as propriedades dos materiais,
as condições de contorno e as configurações do software. O uso de técnicas
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de paralelização, como o uso de múltiplos núcleos de processamento e o uso
de clusters de computação, pode ajudar a acelerar os cálculos de simulação
por elementos finitos.

7° ETAPA: Análise dos Resultados___________________


A etapa de análise dos resultados é fundamental em uma simulação por
elementos finitos, pois é a partir da interpretação dos resultados de uma
análise que será definido o que será feito na sequência, que pode incluir tanto
a aprovação do projeto ou o recálculo da análise. Em um software, esses
resultados podem ser em forma de figura, gráfico ou animação. Existe uma
infinidade de tipos de resultado que podem ser extraídos de uma análise de
elementos finitos dependendo do tipo de análise e dos objetivos da
simulação. Alguns dos principais tipos de resultados são:

 Deslocamentos e deformações: são as informações sobre a


deformação e a mudança de posição dos elementos em resposta às
cargas aplicadas. Esses resultados são importantes para avaliar a
estabilidade e a segurança da estrutura.

 Tensões: são as informações sobre as tensões internas na estrutura.


Esses resultados são importantes para avaliar a resistência dos
materiais e a segurança da estrutura.

 Fatores de segurança: são os resultados que comparam as tensões ou


deslocamentos calculados com os valores máximos permitidos para a
estrutura. Esses resultados indicam se a estrutura é segura para uso.

 Frequências naturais: são as frequências de vibração da estrutura, que


são importantes para avaliar a estabilidade dinâmica da estrutura.

 Resposta dinâmica: é a resposta da estrutura a uma carga dinâmica,


como uma onda sísmica ou uma carga impulsiva. Esse tipo de
resultado é importante para avaliar a segurança em situações de carga
dinâmica.

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Figura 41. Resultados de uma simulação.

Esses são apenas alguns exemplos de tipos de resultados que podem ser
obtidos a partir de simulações por elementos finitos e sua interpretação é
crucial para entender como o sistema se comporta sob diferentes condições.
Isso pode incluir a identificação de áreas de alta tensão ou de deformação
excessiva, avaliação da distribuição de cargas, dentre outras informações
relevantes. Em geral essa análise pode ser feita da seguinte forma:

1. Verificar se os resultados estão dentro do esperado: quando há valores


teóricos ou experimentais conhecidos é importante comparar os
resultados obtidos na simulação para verificar se estão dentro do
esperado. Caso contrário, pode ser necessário rever o modelo ou os
dados de entrada.

2. Analisar a distribuição de tensões e deformações: é preciso observar a


distribuição das tensões e deformações no modelo, identificando
pontos críticos que possam levar à falha estrutural. É importante
considerar as condições de contorno e as cargas aplicadas no modelo.

3. Analisar a sensibilidade dos resultados: é importante avaliar a


sensibilidade dos resultados em relação às variações nos dados de
entrada, como as propriedades dos materiais e as condições de

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contorno. Isso ajuda a entender como as incertezas nos dados de
entrada afetam os resultados da simulação.

4. Avaliar a precisão dos resultados: é importante avaliar a precisão dos


resultados da simulação, verificando se a malha e o modelo são
suficientemente refinados para obter resultados precisos. Isso pode
envolver o processo de convergência de malha.

5. Fazer recomendações para melhorias no projeto: com base nos


resultados da simulação, é possível fazer recomendações para
melhorias no projeto, como mudanças no design, materiais ou
condições de contorno. É importante considerar as limitações da
simulação e as restrições práticas na implementação das
recomendações.

8° ETAPA: Documentação_________________________
A etapa de documentação é a última etapa e ela nada mais é do que a
formalização de todo o projeto na forma de um documento que descreve e
apresenta o objetivo da análise, a descrição do problema analisado, a
descrição do modelo, a malha utilizada, os resultados, as conclusões e
referências. Essa documentação que em geral é um relatório técnico deve ser
usada para registrar todo o trabalho realizado e apresentar os resultados aos
stakeholders do projeto.

No relatório deve-se utilizar gráficos, tabelas e imagens para ilustrar os


resultados e destacar os pontos mais relevantes. É importante explicar as
análises realizadas e as interpretações dos resultados obtidos, enfatizando os
aspectos mais críticos e relevantes para o projeto. Ao final é importante incluir
as conclusões do estudo, discutindo as principais implicações dos resultados
e destacando as principais recomendações para futuras análises.

O relatório deve ser apresentado de forma clara, objetiva e coerente, com


linguagem técnica adequada e atenção aos detalhes.

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SOFTWARE DE ELEMENTOS FINITOS

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CAPÍTULO 4
SOFTWARE DE ELEMENTOS FINITOS
Um software de elementos finitos nada mais é do que o programa de
computador utilizado para realizar simulações numéricas baseadas no
método dos elementos finitos. Esses softwares permitem que os usuários
criem modelos virtuais de componentes ou estruturas (na maioria), gerar uma
malha, atribuir os materiais, aplicar as condições de contorno, processar a
análise e verificar seu comportamento em condições específicas. A maioria
dos softwares comerciais de elementos finitos possui interface gráfica
amigável que permite que os usuários realizar a simulação.

Existem muitos softwares de elementos finitos disponíveis no mercado,


variando desde pacotes comerciais sofisticados até programas de código
aberto gratuitos. Alguns exemplos de softwares comerciais na área estrutural
amplamente utilizados incluem ANSYS, Abaqus, SolidWorks Simulation,
COMSOL e MSC Nastran. Entre os softwares de código aberto populares está
o Code_Aster.

Como escolher um Software de Elementos Finitos______


Escolher um software de elementos finitos pode ser uma tarefa desafiadora,
já que existem muitas opções disponíveis no mercado. Para escolher o
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software mais adequado, é importante levar em consideração diversos
fatores, como:

1. Aplicação: Verifique se o software é capaz de atender às suas


necessidades específicas, como análise estrutural, dinâmica, térmica,
fluidodinâmica, eletromagnética, acústica, entre outras.

2. Nível de experiência: Considere o nível de experiência da pessoa (que


pode ser você) que utilizará o software, já que alguns softwares podem
ter interfaces mais intuitivas e fáceis de usar do que outros.

3. Custo: Verifique o custo do software e se ele cabe no orçamento


disponível, além de considerar eventuais custos adicionais, como
licenças de uso, suporte técnico, atualizações e treinamento.

4. Escalabilidade: Verifique se o software é escalável e capaz de lidar com


modelos complexos e grandes volumes de dados, já que essa pode
ser uma necessidade futura.

5. Interoperabilidade: Verifique se o software é compatível com outros


softwares que você utiliza em seu fluxo de trabalho, já que a integração
pode ser importante para aumentar a eficiência e reduzir o tempo de
trabalho.

6. Suporte técnico: Verifique se o fornecedor do software oferece suporte


técnico adequado e se tem uma comunidade ativa de usuários para
ajudar em caso de dúvidas ou problemas.

7. Recursos adicionais: Verifique se o software oferece recursos


adicionais, como bibliotecas de materiais, modelos pré-definidos,
ferramentas de visualização e relatórios, que possam ajudar na análise
e apresentação dos resultados.

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Ao considerar esses fatores e avaliar cuidadosamente as opções disponíveis,
é possível escolher um software de elementos finitos que atenda às suas
necessidades e ofereça uma boa relação custo-benefício.

Em geral, o que recomendo é que utilize o software que você tem acesso.
Seja na empresa onde você trabalha, seja com uma licença estudantil, enfim,
o importante é coloca mão na massa!

Exemplos de Softwares de Elementos Finitos__________

SolidWorks Simulation

O SolidWorks Simulation é um software de elementos finitos utilizado para


realizar análises de simulação estrutural, térmica, dinâmica e de fluxo de
fluidos. Ele é integrado ao ambiente de modelagem 3D do SolidWorks,
permitindo uma transição suave do processo de design para o processo de
simulação.

O software apresenta diversos recursos para facilitar o processo de


simulação, como a verificação automática de malha, a análise de
sensibilidade para avaliar o efeito de diferentes parâmetros nas respostas da
simulação e a otimização topológica para encontrar a configuração mais
eficiente do projeto.

Os resultados da simulação podem ser visualizados por meio de gráficos e


animações, facilitando a interpretação dos resultados e a comunicação com
outros membros da equipe. O SolidWorks Simulation também oferece
ferramentas para gerar relatórios de simulação e exportar os resultados para
outros softwares de análise.

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Ansys

O Ansys é um software comercial de análise por elementos finitos


amplamente utilizado em engenharia mecânica, civil e aeroespacial. O
software oferece uma variedade de ferramentas de simulação, incluindo
análises estáticas e dinâmicas, análises de contato, análises de fadiga, análises
térmicas e fluidodinâmicas, entre outras.

O Ansys possui uma interface gráfica amigável e fácil de usar, além de


oferecer um grande número de recursos de modelagem, incluindo geometria
paramétrica e ferramentas de criação de malha avançadas. O software
também suporta uma ampla variedade de formatos de arquivo CAD,
permitindo que os usuários importem e exportem seus modelos facilmente.

É amplamente utilizado em diversas indústrias, incluindo automotiva,


aeroespacial, de defesa, eletrônica e de energia. Ele oferece suporte técnico
de alta qualidade e uma grande comunidade de usuários.

Abaqus

O Abaqus é um software de simulação por elementos finitos (FEA)


desenvolvido pela Dassault Systèmes SIMULIA, que permite modelagem e
análise avançada de problemas mecânicos e estruturais. O software é
amplamente utilizado em indústrias como automotiva, aeroespacial, de
energia e construção, entre outras.

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Uma das principais características do Abaqus é sua capacidade de lidar com
problemas complexos de múltiplas físicas, como problemas de acoplamento
termo-mecânico, eletroestático, acústico, fluido-estrutura e dinâmica de
impacto. Além disso, o Abaqus possui um conjunto completo de recursos
para análise não-linear, incluindo análise de grandes deformações e
deslocamentos, análise de contato e atrito, análise de materiais não lineares
e análise de plasticidade.

O software pode ser executado em vários sistemas operacionais, incluindo


Windows, Linux e UNIX. O Abaqus também possui uma grande comunidade
de usuários que oferecem suporte e compartilham conhecimentos e
experiências em fóruns de discussão e conferências.

COMSOL

O COMSOL é um software de simulação multifísica baseado no método dos


elementos finitos (MEF). Ele é projetado para resolver problemas complexos
que envolvem interações físicas múltiplas, como fluido-dinâmica,
eletromagnetismo, transferência de calor e mecânica estrutural. O COMSOL
permite que os usuários criem modelos precisos de seus sistemas, realizem
simulações e analisem os resultados.

Uma das principais características do COMSOL é sua interface gráfica intuitiva


que permite a criação de modelos através da importação de geometrias CAD,
seleção de materiais e definição das condições de contorno. O software
fornece várias opções de malha e solvers que podem ser ajustados para
garantir a precisão e a eficiência da simulação.

O COMSOL também permite a integração de modelos físicos diferentes em


um único ambiente de simulação, possibilitando a realização de simulações
multifísicas complexas. Além disso, o software tem um grande número de
módulos adicionais que estendem sua funcionalidade para aplicações

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específicas, como mecânica dos fluidos, acústica, óptica e circuitos elétricos.
Além disso, também fornece ferramentas para otimização de projetos e
análise de sensibilidade, permitindo que os usuários encontrem soluções
mais eficientes e econômicas para seus problemas de engenharia.

CATIA Simulation

O CATIA Simulation é um software de simulação por elementos finitos


desenvolvido pela Dassault Systèmes, a mesma empresa que desenvolveu o
software de CAD 3D CATIA. O software possui uma interface gráfica intuitiva
que permite ao usuário criar, editar e analisar modelos de elementos finitos
de forma eficiente.

Além disso, o CATIA Simulation oferece ferramentas avançadas para a criação


e análise de malhas complexas. O software também possui recursos
avançados de análise, incluindo análise estática linear e não linear, análise
dinâmica, análise de frequência e análise de fadiga. Ele também suporta a
análise de problemas termomecânicos e acústicos.

O CATIA Simulation é um software amplamente utilizado em vários setores,


como aeroespacial, automotivo, industrial e de defesa. Ele permite aos
usuários avaliar o desempenho de seus projetos de forma rápida e precisa, o
que pode ajudar a reduzir os custos de desenvolvimento e melhorar a
qualidade do produto final.

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FEMAP Nastran

O FEMAP Nastran é um software de elementos finitos desenvolvido pela


Siemens PLM Software. Ele permite a análise de estruturas em uma ampla
gama de setores industriais, incluindo aeroespacial, automotivo, defesa,
energia, manufatura e muito mais.

O FEMAP Nastran é capaz de realizar análises estruturais lineares e não-


lineares, de vibração, térmicas, dinâmicas e de fadiga. Ele também oferece
recursos para modelagem avançada, como a modelagem de sólidos,
superfícies e elementos de casca. O software inclui ferramentas para criar,
importar e manipular geometrias CAD, bem como recursos para geração e
edição de malhas. O software também inclui recursos avançados para
relatórios de análise e apresentações gráficas, além de recursos para
gerenciamento de projetos e colaboração.

O FEMAP Nastran usa o solver de elementos finitos Nastran, que é


amplamente utilizado na indústria e comprovadamente preciso e confiável.
O software também é compatível com uma ampla gama de formatos de
arquivos, incluindo arquivos CAD e de malha, o que facilita a integração com
outros softwares de projeto e análise.

Autodesk Inventor Nastran

O Autodesk Inventor Nastran é um software de análise de elementos finitos


que permite simular o comportamento de estruturas e sistemas mecânicos.
Ele utiliza o método dos elementos finitos para analisar e resolver problemas
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complexos de mecânica estrutural, dinâmica de fluidos, transferência de calor
e acústica. O software possui uma interface de usuário amigável e intuitiva, e
oferece recursos avançados de análise, como a simulação de múltiplas físicas
simultaneamente, análise modal, análise de fadiga, otimização topológica e
simulação de movimento.

O Autodesk Inventor Nastran é amplamente utilizado em várias indústrias,


como aeroespacial, automotiva, maquinaria industrial, engenharia civil e
naval, para ajudar a projetar e validar produtos com segurança e eficiência.
Ele permite que os engenheiros realizem análises precisas e confiáveis,
reduzindo o tempo e os custos associados aos testes físicos de protótipos.

Mecway

O Mecway é um software de análise de elementos finitos que permite simular


o comportamento de estruturas e sistemas mecânicos. Ele utiliza o método
dos elementos finitos para analisar e resolver problemas complexos de
mecânica estrutural, dinâmica de fluidos, transferência de calor e acústica. O
software possui uma interface de usuário intuitiva e oferece recursos
avançados de análise, como análise de fadiga, análise modal, simulação de
movimento, simulação de fluidos, simulação eletromagnética e análise de
soldagem.

O Mecway é compatível com vários formatos de arquivo de CAD, incluindo


STEP, IGES, STL e DXF, e oferece recursos avançados de modelagem
geométrica, como ferramentas de edição e criação de malhas. Uma das
grandes vantagens é seu baixo custo se comparado a outros grandes
softwares do mercado.

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CAPÍTULO 5
ACELERANDO SEUS RESULTADOS NA
SIMULAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS
Para acelerar ainda mais seus resultados na simulação e se destacar nessa
área é fundamental se aprimorar constantemente! Aprimorar os
conhecimentos em simulação por elementos finitos envolve um conjunto de
práticas que podem ajudar a aperfeiçoar o processo de modelagem, análise
e interpretação dos resultados. Algumas dicas que podem ser úteis nesse
sentido são:

1. Treinamentos
2. Prática
3. Estudar Casos de Sucesso
4. Networking
5. Eventos
6. Fóruns
7. Manter-se atualizado de novas tecnologias

A seguir falarei sobre cada uma delas!

Treinamentos__________________________________
Participar de treinamentos de elementos finitos é essencial para se aprimorar
nessa área, pois proporciona a aquisição de novos conhecimentos e

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habilidades necessários para realizar simulações com mais eficiência e
precisão. Além disso, os treinamentos oferecem a oportunidade de aprender
a utilizar novos softwares, explorando suas funcionalidades e recursos, o que
pode expandir o leque de possibilidades de simulação.

Os treinamentos também são importantes para aprender a lidar com


situações desafiadoras que possam surgir durante a simulação, como
problemas na malha ou na definição das condições de contorno. Além disso,
é possível ter acesso a exemplos práticos de simulação, o que ajuda a
entender melhor como aplicar os conceitos teóricos na prática.

Participar de treinamentos também é uma forma de se manter atualizado nas


novidades e tendências na área de elementos finitos, o que é importante em
um campo que está em constante evolução. Com isso, é possível desenvolver
habilidades que são valorizadas pelo mercado de trabalho, tornando-se um
profissional mais competitivo e com melhores oportunidades de emprego.

Prática_______________________________________
Trabalhar em projetos práticos de elementos finitos é uma forma crucial de
desenvolver habilidades e conhecimentos necessários para ser um
profissional qualificado na área. Ao trabalhar em projetos práticos, o
engenheiro pode aplicar os conceitos teóricos que aprendeu em um
ambiente de trabalho real e aprender com os desafios e problemas que
podem surgir durante o processo.

Além disso, os projetos práticos fornecem uma oportunidade para o


engenheiro desenvolver habilidades de resolução de problemas,
comunicação e colaboração, trabalhando em equipe com outros
profissionais. Também pode ser uma forma de aprender sobre novas
tecnologias, materiais e processos que podem ser aplicados em outros
projetos.

A experiência prática também ajuda a entender como as decisões tomadas


durante o projeto afetam o desempenho e a confiabilidade do produto final.
Isso é particularmente importante na área de simulação por elementos

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finitos, onde os resultados das simulações são frequentemente usados para
orientar as decisões de projeto.

Por fim, trabalhar em projetos práticos de elementos finitos pode fornecer


uma vantagem competitiva no mercado de trabalho, pois os empregadores
valorizam engenheiros que possuem habilidades práticas, pensamento
crítico, além de conhecimentos teóricos.

Estudar exemplos de casos de sucesso _______________


Uma maneira interessante para se desenvolver na área de simulação é
estudar casos de sucesso. Para isso, é necessário selecionar exemplos de
casos que sejam relevantes para a área de interesse e que apresentem
desafios técnicos significativos. É importante estudar o processo de
modelagem e análise adotado, incluindo as escolhas de malha, as condições
de contorno e as análises realizadas. Além disso, é importante analisar os
resultados obtidos e entender como
eles foram interpretados.

Uma maneira é ler artigos técnicos,


revistas e publicações de engenharia
relacionados à simulação por
elementos finitos para estar ciente das
metodologias utilizas para resolver os
problemas de engenharia através de
simulação, identificando as técnicas de
modelagem, escolha de materiais e
interpretação dos resultados.

Networking____________________________________
Desenvolver uma rede de contatos é importante para quem deseja se
aprimorar na simulação por elementos finitos, pois isso pode levar a
oportunidades de aprendizado, colaboração e networking.

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Ao participar de eventos e treinamentos da área, é possível conhecer outras
pessoas que também estão interessadas em elementos finitos, incluindo
estudantes, profissionais e pesquisadores. Esses contatos podem fornecer
informações valiosas sobre as últimas tendências e desenvolvimentos na
área, bem como dicas e sugestões para problemas técnicos e desafios que
surgem ao longo do processo de simulação.

Além disso, trabalhar em projetos


em conjunto com outras pessoas
pode oferecer uma oportunidade
para aprender com as experiências
de outras pessoas e obter feedback
valioso. Colaborar com outros
especialistas em elementos finitos e
áreas correlatas pode ajudar a
expandir as habilidades e
conhecimentos, além de
desenvolver habilidades
interpessoais importantes.

Por fim, estabelecer uma rede de contatos também pode levar a


oportunidades de trabalho e colaboração futuras. Conectar-se com outras
pessoas no campo pode aumentar a visibilidade profissional, tornando-o
conhecido para outras pessoas que possam estar interessadas em trabalhar
com simulação por elementos finitos.

Eventos_______________________________________
Participar de eventos e conferências sobre simulação por elementos finitos é
importante para profissionais e estudantes da área se manterem atualizados
sobre as últimas tendências, tecnologias e aplicações. Esses eventos
oferecem oportunidades para aprender com especialistas e colegas sobre
novas técnicas, casos de sucesso, desafios e soluções. Além disso, é possível
conhecer fornecedores de software e hardware, avaliar novos produtos e
serviços, e fazer networking com pessoas com interesses semelhantes.
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Participar desses eventos também pode ajudar a aprimorar habilidades de
comunicação e apresentação, já que muitas vezes são oferecidas
oportunidades para apresentar trabalhos, projetos e pesquisas. Além disso, é
possível encontrar possíveis colaboradores e oportunidades de emprego.

Por fim, participar desses eventos pode ajudar a motivar e inspirar


profissionais e estudantes da área, proporcionando um ambiente de
aprendizado e colaboração que pode levar a avanços significativos em suas
carreiras e projetos.

Fóruns_______________________________________
Participar de grupos de discussão e fóruns online é uma excelente maneira
de se manter atualizado e aprender mais sobre simulação por elementos
finitos. Essas comunidades permitem que os usuários compartilhem ideias,
tirem dúvidas, discutam problemas e troquem conhecimentos.

Além de permitir que você aprenda com outras pessoas que estão passando
pelos mesmos desafios que você, esses fóruns também podem ajudá-lo a se
conectar com outros profissionais da área, o que pode levar a novas
oportunidades de trabalho ou colaboração em projetos.

Outra vantagem é a possibilidade de obter feedback sobre suas próprias


simulações e soluções para os problemas que você está enfrentando, além
de aprender novas técnicas e truques para otimizar seus resultados.

Essas comunidades online são uma excelente fonte de recursos e


informações, incluindo tutoriais, exemplos de simulações, livros e artigos, o
que pode ajudá-lo a expandir seu conhecimento sobre simulação por
elementos finitos e se tornar um profissional mais bem preparado.

Manter-se atualizado das novas tecnologias___________


Para se manter atualizado nas novas tecnologias em simulação por
elementos finitos é importante estar sempre buscando informações e
atualizações sobre os softwares utilizados, novos métodos de análise, novas

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tecnologias de hardware e novas aplicações de simulação por elementos
finitos em diferentes áreas.

Uma prática que pode ser adotada é verificar novos recursos e ferramentas
que os fabricantes de software estão lançando e testá-las.

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CAPÍTULO 6
COMO TRABALHAR COM SIMULAÇÃO
POR ELEMENTOS FINITOS

Para trabalhar como Simulação é necessário, em geral, uma graduação em


Engenharia (Mecânica, Civil, Materiais, Aeroespacial, Naval, etc) ou formação
em áreas correlatas, além é claro de conhecimentos técnicos específicos na
área de elementos finitos. Alunos ainda na graduação podem já iniciar seus
estudos e se especializar nessa área antes de se formar, buscando disciplinas
e projetos extracurriculares que envolvam simulação por elementos finitos.

Em geral um profissional que trabalha com elementos finitos pode atuar em


empresas ou trabalhar de maneira autônoma.

Trabalhando em uma empresa, normalmente esse profissional ocupa os


seguintes cargos e possui as seguintes atribuições:

Engenheiro CAE (Computer Aided Engineering): é um profissional que


aplica técnicas de simulação por elementos finitos para analisar e otimizar
projetos de engenharia. Ele é responsável por identificar problemas e
soluções para melhorar a qualidade e a eficiência dos produtos ou processos.
O Engenheiro CAE também pode trabalhar em equipe para avaliar o
desempenho de diferentes opções de design, comparando custos, prazos e
recursos necessários.

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Engenheiro de Desenvolvimento de Elementos Finitos: é um especialista
em programação e modelagem de elementos finitos. Ele cria softwares e
ferramentas personalizadas para simulação por elementos finitos, bem como
modelos de elementos finitos para resolver problemas específicos. Esse
profissional trabalha com linguagens de programação, softwares CAD e
simuladores de elementos finitos para desenvolver soluções personalizadas
para a empresa ou cliente.

Engenheiro de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) de Elementos


Finitos: é responsável pela pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias
e técnicas para simulação por elementos finitos. Ele trabalha com projetos de
longo prazo para identificar novas áreas de aplicação, testar novas hipóteses
e aprimorar as técnicas existentes. Esse profissional é responsável por
manter-se atualizado com as últimas tendências e descobertas em simulação
por elementos finitos.

Engenheiro de Aplicações de Elementos Finitos: trabalha em conjunto


com a equipe de vendas da empresa para oferecer soluções de simulação
por elementos finitos aos clientes. Ele é responsável por entender as
necessidades do cliente, desenvolver soluções personalizadas e fornecer
suporte técnico durante a implementação. Esse profissional é responsável por
garantir que as soluções de simulação por elementos finitos sejam bem-
sucedidas e atendam às expectativas do cliente.

Projetista Mecânico: é responsável por projetar peças e sistemas


mecânicos, utilizando softwares de CAD e simuladores de elementos finitos.
Esse profissional é responsável por desenvolver soluções criativas e
inovadoras para problemas de engenharia mecânica.

Como conseguir vagas____________________________


Para conseguir vagas para atuar como engenheiro de simulação em
empresas, existem algumas estratégias que podem ser utilizadas:

Networking: fazer contatos e manter uma boa rede de relacionamentos


profissionais é fundamental para se manter atualizado sobre vagas em aberto
e novas oportunidades. Participar de eventos, conferências e grupos de
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discussão sobre simulação por elementos finitos é uma boa forma de
conhecer outros profissionais e se conectar com empresas do setor.

Procurar vagas em sites especializados: existem sites de empregos


especializados em engenharia que podem ser utilizados para encontrar vagas
na área de simulação por elementos finitos. Alguns exemplos são Infojobs,
Vagas.com e Catho. Nesses sites pode-se colocar o cargo buscado e filtrar
por regiões.

Linkedin: o Linkedin é uma das maiores redes profissionais do mundo e é


uma poderosa ferramenta para encontrar emprego na área de simulação.
Inicialmente é necessário criar um perfil profissional completo e otimizado,
incluindo suas habilidades, experiência e educação relacionadas à simulação
por elementos finitos. É muito interessante se conectar com pessoas da rede
que trabalham na área de simulação por elementos finitos ou em área
correlatas. Para procurar por oportunidades de emprego, basta pesquisar
vagas de emprego relacionadas à simulação por elementos finitos, usando
palavras-chave relevantes, localização e outras opções de filtro disponíveis.
Além disso, você pode configurar alertas de emprego para ser notificado
quando novas vagas forem publicadas.

Buscar oportunidades em empresas: empresas de diversos setores


utilizam simulação por elementos finitos em seus projetos, como automotivo,
aeroespacial, naval, de energia, entre outros. Buscar por oportunidades
diretamente nessas empresas pode ser uma boa forma de ingressar na área
de simulação.

Investir em capacitação: fazer cursos,


especializações e treinamentos na área
de simulação por elementos finitos é
uma boa forma de se destacar e
aumentar as chances de conseguir uma
vaga na área. É importante manter-se
atualizado sobre as novidades e
tendências do setor.

Procurar por estágios e programas


de trainee: muitas empresas oferecem
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programas de estágio e trainee para jovens profissionais que estão
ingressando no mercado de trabalho. Esses programas podem ser uma boa
forma de adquirir experiência na área de simulação e iniciar uma carreira na
área.

Autônomo_____________________________________
Um profissional que tenha conhecimentos em simulação por elementos
finitos pode atuar como autônomo oferecendo serviços de análise e
modelagem numérica em diversas áreas, como projetos mecânicos, projetos
estruturais, desenvolvimento de produtos entre outras.

Além disso, o profissional autônomo


também pode oferecer serviços de
consultoria, treinamento e suporte técnico
para empresas que precisam de soluções de
análise numérica, mas não têm a capacidade
interna para executá-las. O trabalho do
profissional autônomo pode ser realizado de
forma remota ou presencial, dependendo
das necessidades do cliente.

Um recurso muito importante que qualquer profissional que queira trabalha


como autônomo precisa ter é um Portfólio. O portfólio de serviços de
simulação por elementos finitos é um conjunto de trabalhos que o
profissional já realizou. Ele contém informações sobre projetos de simulação
já realizados, detalhes sobre as habilidades e experiências do profissional ou
da empresa e informações sobre os tipos de serviços que ele oferece. O
objetivo do portfólio é mostrar aos potenciais clientes a capacidade do
profissional ou empresa de atender às necessidades e requisitos específicos
dos clientes.

Criar um portfólio é uma das formas mais eficazes de demonstrar suas


habilidades e experiência em simulação por elementos finitos e conquistar
novos clientes. Um portfólio bem elaborado pode destacar seus projetos
mais relevantes, mostrar a qualidade do seu trabalho e evidenciar seu
diferencial em relação a outros profissionais.
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Para começar a construir seu portfólio, você deve escolher os projetos que
melhor representam suas habilidades e experiência em simulação por
elementos finitos. Selecione projetos que demonstrem uma ampla variedade
de competências, como modelagem, análise e validação de resultados. Caso
você ainda não tenha experiência na área, é possível realizar simulação em
estudos de caso, ou seja, em problemas retirados de alguma referência ou
desenvolvidos por você inspirado em algum problema. Nesse caso, basta
indicar isso no portfólio.

Para cada projeto selecionado, é importante incluir uma breve descrição do


problema enfrentado, dos objetivos da simulação e dos resultados
alcançados. Adicione também imagens e gráficos relevantes que possam
ilustrar a análise realizada.

Outra dica importante é mostrar como suas habilidades em simulação por


elementos finitos foram aplicadas para solucionar problemas em diferentes
setores da engenharia, como projetos mecânicos, projetos estruturais, entre
outros. Isso pode mostrar aos potenciais clientes que você tem uma visão
ampla do mercado e pode oferecer soluções personalizadas para diferentes
demandas.

Caso queira atuar em uma área específica ou queira divulgar para uma
empresa de um determinado setor, é possível personalizar o portfólio de
maneira a conter exemplos e referências na área escolhida ou na área de
atuação da empresa.

Uma vez que o portfólio esteja pronto, é importante divulgá-lo amplamente.


Alguns locais onde você pode compartilhar seu portfólio incluem:

 Seu próprio site ou blog pessoal, onde pode publicar seus projetos e
compartilhar seu conhecimento em simulação por elementos finitos.

 Redes sociais profissionais, como LinkedIn, onde você pode criar um


perfil completo e compartilhar suas habilidades e experiência em
simulação por elementos finitos.

 Fóruns online e grupos de discussão, onde pode interagir com outros


profissionais da área e divulgar seu trabalho.
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Lembre-se de que um portfólio bem elaborado e divulgado pode ser a chave
para conseguir novos clientes e oportunidades de trabalho como autônomo
em simulação por elementos finitos.

Existem diversas estratégias de divulgação que um profissional que trabalha


com simulação por elementos finitos de forma autônoma pode utilizar para
vender seus serviços. Algumas delas são:

Utilizar plataformas de freelancers: existem diversas plataformas online


que conectam freelancers com empresas que precisam de serviços de
simulação por elementos finitos. Algumas das plataformas mais populares
são o Upwork, Freelancer e Workana. Por esse caminho, a concorrência pode
ser maior, então é importante ter uma proposta clara e atraente, bem como
um portfólio de projetos anteriores para demonstrar sua experiência e
habilidades. Lembre-se de estabelecer uma comunicação clara com o cliente
e peça todas as informações relevantes para o projeto. Quando enviar os
resultados do projeto para o cliente, cerifique-se que é possível realizar
revisões e ajustes necessários caso tenha sido acordado anteriormente.

Parcerias: Outra estratégia eficaz para obter novos clientes é desenvolver


parcerias com outras empresas na mesma área. Isso pode incluir trabalhar
com empresas que oferecem serviços complementares. Por exemplo, uma
empresa que faz ensaios mecânicos e precisa de alguém para fazer análise
numérica para verificar o comportamento do material. Além disso, o
autônomo pode fazer parceria com outros engenheiros autônomos para
somar esforços para um determinado projeto. Ao desenvolver parcerias, é
possível expandir sua base de clientes e obter mais oportunidades de
trabalho.

Networking: Fazer networking é essencial para obter novas oportunidades


de trabalho. Uma das maneiras mais eficazes de construir contatos é
participando de eventos de networking, como feiras e conferências, ou
juntando-se a grupos de discussão e fóruns online sobre simulação por
elementos finitos. Também é possível contatar profissionais da área e se
apresentar, ou procurar conexões através de amigos e colegas. A indicação
de clientes satisfeitos pode ser uma forma eficaz de conseguir novos projetos
e expandir a carteira de clientes.

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Oferecer serviços para empresas locais: outra opção é prestar serviços
para empresas locais, como pequenas indústrias e empresas que podem
necessitar de serviços de simulação por elementos finitos e podem ser
contatadas diretamente pelo profissional autônomo. Uma grande vantagem
é que trabalhar com empresas locais permite uma maior flexibilidade na
definição de preços e na definição de prazos. Além disso, ao trabalhar com
empresas locais, o autônomo pode estabelecer uma boa reputação e obter
referências valiosas para atrair novos clientes na região.

Redes sociais: Utilize plataformas como LinkedIn e Instagram para criar um


perfil profissional e compartilhar conteúdo relacionado à simulação por
elementos finitos. É importante manter uma frequência de postagens para
aumentar a visibilidade e engajamento. Produza conteúdo relevante e útil
para seu público-alvo, como tutoriais, artigos e estudos de caso. Compartilhe
esse conteúdo em seu site, blog e redes sociais para atrair potenciais clientes
e estabelecer sua autoridade na área.

Anúncios online: Outra opção para divulgar os serviços de autônomo é


utilizar anúncios pagos em plataformas de publicidade online, como Google
Ads e Facebook Ads. Para isso é necessário ter em mente o público alvo das
suas campanhas incluindo o setor em que atua, as empresas que deseja
atingir e as localizações geográficas relevantes. Após isso você pode fazer
um cadastro no gerenciador de anúncios nessas plataformas e criar
campanhas com um determinado orçamento para divulgação dos seus
serviços. Existem vários vídeos gratuitos no Youtube que ensinam como fazer
essas campanhas.

Marketing pessoal: Para vender seus serviços como profissional em


simulação por elementos finitos, é importante investir em marketing pessoal.
Isso inclui criar um website profissional, apresentar-se adequadamente em
eventos e reuniões de networking, e utilizar as redes sociais para divulgar
seus trabalhos e se conectar com potenciais clientes. É importante também
manter-se atualizado com as tendências da área e oferecer soluções
personalizadas para as necessidades de cada cliente.

Atuação em nicho: Uma maneira de se destacar na área de simulação por


elementos finitos é focar a atuação em um nicho específico. Por exemplo,

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pode-se especializar em simulação de elementos finitos para o setor agrícola,
ou em simulação de elementos finitos para a indústria automotiva. Ao se
especializar em uma área específica, é possível se destacar e ser uma
referência para seus clientes.

Desenvolvimento de parcerias: Outra estratégia eficaz para obter novos


clientes é desenvolver parcerias com outras empresas na mesma área. Isso
pode incluir trabalhar com empresas de engenharia mecânica, consultores
de projeto ou outras empresas que utilizem simulação por elementos finitos
em seus projetos. Ao desenvolver parcerias, é possível expandir sua base de
clientes e obter mais oportunidades de trabalho.

Ao utilizar essas estratégias, um profissional que trabalha com simulação por


elementos finitos pode aumentar sua visibilidade e atrair mais clientes para
seus serviços. É importante escolher as estratégias que melhor se adequem
ao seu perfil e à sua área de atuação.

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– Dominique Madier – FEA Academy. France. 1° Edição.
2020.
 Elementos Finitos: A Base da Tecnologia CAE. Análise
Estática – Avelino A. Filho – Érica Saraiva. Brasil. 3ª Edição.
2005
 Elementos Finitos: A Base da Tecnologia CAE. Análise
Dinâmica – Avelino A. Filho – Érica Saraiva. Brasil. 2ª
Edição. 2017.
 Um Primeiro Curso em Elementos Finitos – Jacob Fish e
Ted Belytschko – LTC. EUA. 2009.
 Resistência dos Materiais – R.C. Hibbler – PEARSON
Pretice Hall. EUA. 5ª Edição. 2004.
 Resistência dos Materiais – Ferdinand P. Beer e E. Russel
Johnston Jr. - PEARSON Markron Books. EUA. 3ª Edição.
1992.
 Mecway Manual – Mecway Finite Element Analysis
Version 14.0 2021.
 Ansys Workbench Documentation. 2010.
 ASME Boiler and Pressure Vessel Code Section VIII Div 2
– Alternative Rules – American Society of Mechanical
Engineers (ASME). EUA. 2019.

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https://wildeanalysis.co.uk/resource/structural-assessment-
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structural-fea/
http://shreyasnaik.blogspot.com/2012/09/ship-
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https://www.researchgate.net/figure/The-FE-model-of-the-
studied-wind-turbine_fig5_277009482
https://www.indiamart.com/onemo-engineering-private-
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https://info.simuleon.com/blog/top-load-analysis-revisited-
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https://galvaminas.com.br/chapa-de-aco-vantagens-do-
corte-e-dobra/
https://cn.ect.ufrn.br/index.php?r=conteudo%2Fedo-euler
https://www.cprou.com/information/new-components-and-
your-selections/

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https://www.preparaenem.com/quimica/ligacao-metalica.htm
https://www.3dcadviewer.com/en/
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https://www.xceed-eng.com/reducing-fea-runtime-with-
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https://blogs.solidworks.com/tech/2017/07/use-materials-
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https://www.uvw.com.br/solidworks-simulation-
fea/solidworks-simulation-logo/
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:ANSYS_logo.png
https://www.silix.com.br/softwares-suportados/simulia-
abaqus/
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https://www.mecamaster.com/mm/en/platforms/catia-v5/
https://www.cad-is.ru/blog/femap
https://mapdata.com.br/blog/artigo/simulacao-estrutural-
elementos-finitos
https://mecway.com/

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