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Introdução
A exposição oral por parte do professor [...] uma das estratégias mais freqüentes no
cenário escolar. De tão comum chega a ser confundida com a própria aula,
reduzindo-a aos momentos da preleção, nos quais o professor expõe, transmite,
explica aos alunos certo arsenal de dados e informações. [...]. (MARIM; PIMENTA,
2018, p. 133-134).
O professor deve instigar também essa exposição para os educandos, pois se sabe
que muitos dos alunos têm dificuldades em se expressar dentro da sala de aula, principalmente
quando é para apresentar trabalhos. Então, é necessário que os docentes coloquem os
estudantes constantemente na utilização do método oral, pois, futuramente essa prática
facilitará no contexto da vida acadêmica, profissional e até mesmo social.
Assim como em qualquer outra disciplina, a Didática também tem seus obstáculos
que prejudicam os estudantes. Muita das vezes porque o aluno não compreende a matéria que
pode decorrer dos métodos de ensino que são impostos pelo o professor. Com abordagem
nessa indagação perguntou-se aos participantes da pesquisa se durante a formação que
dificuldades eles puderam notar com relação à disciplina de Didática Geral. Obtendo a
resposta da professora Nashylla, que relatou que “A Educação em si tem suas dificuldades,
isso porque para chegar até ela é preciso aprender a sua arte de ensinar. A disciplina de
Didática, talvez por seu exagero de trabalhos, onde requer elucidações rápidas, ficando um
tempo curto para orientação de trabalhos burocráticos pedagógicos, aliado ao método
tradicionalista do professor. Onde se tinham aulas em que o professor apenas falava, sem uma
ludicidade e uma participação mais assídua dos alunos, o que dificultava para colocar em
práticas algumas propostas que a disciplina exigia.” Indagando que:
Essa disciplina para o currículo docente é essencial, visto que ela proporciona
uma prática pedagógica crítica e reflexiva, o que vem contribuir para a formação do aluno.
Permitindo que ele tenha uma formação mais humanizada, com ideias de direitos e deveres de
cidadão, na construção de um pensamento singular, assim, também fazendo do estudante um
ser pensante com ideias e criticidade
É correto enfatizar que a Didática auxilia, para que a prática educativa seja
efetivada de modo eficaz, já que ela oferece aos profissionais da educação diversos métodos e
estratégias para que o processo educativo seja bem sucedido. Desse modo, questionou-se aos
sujeitos participantes da pesquisa se a disciplina de Didática foi relevante para sua
licenciatura. Obtendo a resposta de Lara, onde diz que: “Ela possibilita uma aprendizagem
qualitativa, tendo em vista, evidenciar sempre o melhor para os educandos e viabilizar
facilidades na profissão do professor, tornando as ações mais seguras e precisas. Em suma, a
Didática é a disciplina que fundamenta como o docente deverá praticar”. Já o Cosbar afirma
que “Sim, pois ela auxilia no processo educativo de ensino da teoria e prática.” Libâneo
(2006, p. 28) salienta que: “A Formação profissional do professor implica, pois uma continua
interpenetração entre teoria e prática, a teoria vinculada aos problemas reais postos pela
experiência prática e a ação prática orientada teoricamente.” É explicito que o empecilho que
prevalece na educação com relação a Didática apresenta na separação entre prática e teoria.
Esse fracionamento impede o professor de realizar o que de fato ele havia planejado, já que a
teoria se torna o caminho e a prática a ação. Ou seja:
A relação entre teoria e prática certamente deverá existir, porém, isso não quer
dizer que necessariamente as duas sejam consideradas como apenas uma. Mas sim que ambas
devam ter uma relação de mutualidade, na qual uma não pode existir sem a outra. É
necessário que as universidades parem de ofertar teoria e prática separadamente, para que
possa ser compreendido que ambas estão interligadas. Dessa forma a teoria do fazer, a
praticidade, possa também ganhar seu espaço.
Como disciplina pedagógica a Didática irá contribuir para a formação do
professor. Lara enfatizou que ela “Contribuiu para que eu possa compreender o processo na
prática escolar e saber quais os melhores métodos devem ser utilizados.” Visto que Marim e
Pimenta (2018, p. 107) ressaltam que:
Essa disciplina também contribui para que o discente possa compreender que o
ensino deve ser articulado de acordo com a realidade social de cada sujeito. O que se pode
entender que a Didática prepara sim os universitários de licenciatura para exercer a profissão
docente. Como comentou Cosbar: “Ela vai auxiliar o docente a desenvolver habilidades,
tornando mais fácil o processo de aprendizagem.” O que torna preocupante:
[a exclusão ou redução da disciplina de Didática nos cursos de licenciaturas] [...] o
ensino, atividade educativa própria do professor, deixa de ser considerado em sua
formação, o que contribui para a desqualificação dos resultados da escolaridade, em
especial da escola pública, uma vez que esse fenômeno, em suas múltiplas
determinações, é o objeto de estudo da didática. (MARIM; PIMENTA, 2018, p. 81).
Sendo assim, com a redução dessa disciplina nas universidades essa falta de
formação para os professores irá prejudicar o ensino de nosso país, afetando o aprendizado
dos alunos, pois como já foi citado a Didática mostra vias para que os métodos sejam
utilizados de acordo com o contexto social do aluno, pois não existe um método melhor do
que o outro. O que vai definir essa questão é o próprio aluno, que vai saber interpretar melhor
um determinado conteúdo de acordo com o método que foi aplicado para ele. Assim sendo:
Então, antes de tudo a escola deverá conhecer a realidade de seus alunos, para que
assim possa aplicar métodos de ensino que se encaixe nesse contexto social. E até mesmo
elaborar o Projeto Político Pedagógico (PPP) de acordo com essa realidade e pedindo a
participação dos pais e dos demais que fazem a comunidade
Referências
CANDAU, V. M.; (org.). A didática em questão. 36 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. 127 p.
FARIAS, I. M. S.; et al. Didatica e docência: aprendendo a profissão. Brasília, DF: Liber
Livre Editora Ltda, 2009. 180 p.
GIL, A, C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo, SP: Editora Atlas S.A.,
2002. p. 176.
HAYDT, R. C. C. Curso de didática geral. 8 ed. São Paulo, SP: Ática, 2006. 327 p.
MINAYO, C. S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 21º ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2002. 80 p.