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TCC - Impermeabilização de Alto Desempenho Visando A Sustentabilidade-R00
TCC - Impermeabilização de Alto Desempenho Visando A Sustentabilidade-R00
BANCA EXAMINADORA
DocChildre.
CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA, E ENGENHARIAS
RESUMO
O tema inerente a sustentabilidade chega ao ápice no momento atual em que o assunto deixou
de ser apenas um item da moda ou somente um assunto que se vale da exploração comercial
para fazer parte de um cenário em que a preocupação com a segurança meio ambiente,
conforto e, mormente a longevidade, se constitui tão importante quanto o tamanho, a
localização, e o valor de um determinado empreendimento. È de suma importância assumir
uma responsabilidade que vai além simplesmente da garantia da estanqueidade, mas da
responsabilidade sobre o ciclo completo de vida do produto. No inerente ao segmento de
impermeabilização este vem se passando por constantes renovações nos últimos anos com a
utilização de novas soluções que trazem a reboque os bons conceitos de sustentabilidade.
Sistemas de impermeabilização consagrados como as mantas asfálticas e as resinas de
polímeros, bem como os epoxies, poliuretanos e acrílicos, de fato, igualmente são resultados
de uma evolução recente das novas tecnologias.
.
CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA, E ENGENHARIAS
ABSTRACT
The inherent sustainability theme reaches its climax at the moment when the subject is no
longer just an item of fashion or just a subject that draws from commercial exploitation to be
part of a scenario in which the concern for environmental safety, comfort and longevity
especially if is as important as the size, location, and value of a particular enterprise. It is very
important to assume a responsibility that goes beyond simply ensuring the tightness, but the
responsibility for the full life-cycle of the product. Inherent in this segment of waterproofing
has been undergoing constant renovations in recent years with the use of new solutions that
bring the trailer good sustainability concepts. Waterproofing systems enshrined as the
blankets asphalt and polymer resins, as well as epoxies, polyurethanes and acrylics, in fact,
are also results of a recent development of new technologies.
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
1.1 Objetivo Geral
1.1.1 Objetivo específico
2. REVISÃO DA LITERATURA 6
2.1 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 6
2.1.1A Construção Civil - Desenvolvimento Sustentável 9
2.1.2Impacto dos RCD nos ambientes urbanos 10
CONCLUSÃO 47
REFERENCIAS 48
4
1. INTRODUÇÃO
Portanto, não é possível nos privar de assumirmos uma responsabilidade que vai bem além da
simples garantia de estanqueidade, mas sim da responsabilidade sobre o ciclo completo de
vida do produto. Conforme palavras de Philip Kotler, professor de Marketing Internacional da
KellogSchoolof Management na NorthwesternUniversity-USA, “os consumidores julgarão,
cada vez mais as companhias por seu desempenho com respeito ao uso sábio e eficiente dos
materiais e dos processos de produção”.
A equação é nítida, a grande maioria das organizações não está desperta ou não despertou ou
provavelmente não tem conhecimento de como trabalhar essa nova exigência do mercado
consumidor, mormente no Brasil onde 92% da população se dizem preocupada com as
consequências das mutações climáticas. Por um lado estão os consumidores mais exigentes e
preocupados com as mudanças climáticas do planeta. Do outro, organizações em busca da
inovação, resultados positivos e novos mercados. Contudo, no que se refere à
impermeabilização, qual a preocupação que as indústrias, construtoras, engenheiros e
aplicadores devem ter em relação aos produtos e serviços relacionados com a preservação das
estruturas contra a infiltração e vazamentos no aspecto da sustentabilidade?
Neste aspecto podemos perceber e constatar que estamos um passo à frente de diversos
segmentos, todavia, ainda nos falta uma extensa caminhada para que um dia possamos ter
condições de visualizar um determinado produto e conhecer todo o seu ciclo de vida, com
possibilidades de prever o seu reuso ou reciclagem, motivo pelo qual o empenho, dedicação e
sentimento de preservação do meio ambiente devem nos motivar a alcançar estes objetivos
para que o setor possa colaborar na melhora da qualidade de vida em nosso planeta.
2. REVISÃO DA LITERATURA
1
WINES, J. Green Architecture.Milan: Taschen, 2000.
7
tempo, foi possível perceber que a ótica de progresso que se enleava com o domínio e
transformação da natureza onde os recursos naturais eram vistos como sem limitações e a
preservação ambiental estava limitada à criação de parques e áreas especiais destinadas à
preservação de amostras da natureza objetivando preservar as espécies, passaram a ser
insuficientes.
Segundo John (2000), 3 partindo da percepção dos efeitos das alterações do meio ambiente
sobre o homem, a natureza passou a ser vista como contendo um valor em si se
estabelecendo assim, limites para a poluição gerada no processo de produção. A
preservação ambiental passou então a ser vista, sobretudo, como a proteção ao meio
ambiente - flora e fauna - natural. O desenvolvimento, algo contraditório à preservação
ambiental, se torna um mal necessário.
2
CARNEIRO, A.P.; CASSA, J.C.S.; BRUM, I.A.S. Reciclagem de Entulho para a Produção de Materiais de
Construção. Projeto entulho bom. EDUFBA; Caixa Econômica Federal. Salvador. 1ª edição. 2001.
3
JOHN, V. M.; AGOPYAN, V. Reciclagem de resíduos da construção. In: Seminário reciclagem de resíduos
sólidos domiciliares. 2000. São Paulo. Anais eletrônico. www.reciclagem.pcc.usp.br. Acesso em setembro 2012
4
LINDSEY, A., CAMPBELL, B.J. Pollution Prevention – U.S. Environmental Policy. In. Waste Materials in
Construction.Goumans, Van der Sloot, Aalbers Eds. Elsevier, London, 1991.
8
dentro dos limites estabelecidos, cujos limites conduziram ao surgimento da engenharia end-
of-pipeespecializada no tratamento de resíduos.
Para Kilbert (1994 apud JOHN, 2000), 6 o início da preocupação ambiental como
resultados das atividades da construção civil foi resultado da crise energética na década
de 1970, que conduziu os países de clima frio a regulamentar as tecnologias construtivas
de maneira a consentir uma diminuição no consumo energético na fase de uso dos
edifícios.
Conforme destacado por Hill et al, (1994 apud JOHN, 2000), 7 a formulação do conceito
de desenvolvimento sustentável de modo geral é creditada a BruntlandComission
(Comissão Mundial para Meio Ambiente e Desenvolvimento) da ONU - Organização das
Nações Unidas, que em 1983 produziu o relatório denominado Nosso Futuro Comum.
Porém, esse documento é resultado da evolução de variados trabalhos internacionais
anteriores como a Conferência de Estocolmo, da ONU, em 1982, e do Clube de Roma,
que publicou em 1980 o texto Limites do Crescimento.
5
LIDDLE, B.T. Construction for sustainability and the sustainability of the construction industry.In: CIB TG16
Sustainable Construction. Proceedings.Tampa. Flórida, November 1994.
6
KILBERT, C. Establishing principles and a model for sustainable construction. In: CIB TG16 Sustainable
Construction. Proceedings.Tampa. Florida. November, 1994.
7
HILL, R.C.; BERGMAN, J.; BOWEN, P. A.A framework for the attainment of sustainable construction.In: CIB
TG16 Sustainable Construction. Proceedings.Tampa. Flórida, November 1994.
9
De acordo com Carneiro et al., (2001), preservar a natureza, vai demandar uma
reformulação mais ampla dos processos produtivos e de consumo, o que implica em uma
reformulação radical da ótica de impacto ambiental das atividades humanas, passando
ainda a incorporar todos os impactos das atividades de produção e de consumo, desde a
extração da matéria prima, os processos industriais, o transporte e o destino dos resíduos
de produção, e do produto após sua utilização. Desta maneira, desenvolvimento
sustentável pode ser conceituado como aquele que permite atender as necessidades
fundamentais de toda população assegurando a todos a oportunidade de satisfazer suas
aspirações para uma vida melhor sem, no, contudo, afetar a habilidade das gerações
futuras atenderem suas próprias necessidades. Assim, o paradigma do desenvolvimento
sustentável vai implicar na produção de uma maior quantidade de bens com uma menor
quantidade de recursos naturais e poluição. O desenvolvimento sustentável exigirá,
portanto, a desvinculação entre o desenvolvimento e a geração de impactos ambientais.
Diversas e variadas ações devem ser realizadas nesse sentido: redução no consumo de
matérias primas, redução e reciclagem de resíduos, aperfeiçoamento dos projetos,
substituição dos materiais tradicionais por outros mais eficientes e duráveis, redução no
consumo de energia e redução global da poluição gerada (resíduos). As mencionadas
ações devem ocorrer tanto no nível macro (global) quanto no micro (consumidores
individuais). Os desafios concernentes a essa nova ótica de desenvolvimento são,
respectivamente, o crescimento econômico com a preservação da natureza e a justiça
social., pois dessa forma, a proteção ambiental deixa de ser preocupação apenas de
ambientalistas e funcionários de órgãos ambientais e passa a fazer presença no mundo
dos negócios.
Nenhuma sociedade conforme garante Carneiro et. al., (2001), poderá alcançar o
desenvolvimento sustentável sem que a construção civil, que lhe fornece suporte passe
por intensas transformações.
8
ONU.Agenda 21. 1982. THE FLETCHER SCHOOL Library Resources Multilateral Projects.
www.tufts.edu./fletcher/multi/chrono.html. Acessoemsetembro 2012
10
De acordo com John (2000), este tamanho reflete o papel gigantesco que o setor tem em
proporcionar um ambiente construído adequado para o homem e suas complexas
atividades econômicas. A construção civil está presente em todas as regiões do planeta
ocupadas pelo homem. Qualquer sociedade preocupada com esta questão deve colocar o
aperfeiçoamento da construção civil como prioridade.
Conforme destacam Kilbert (1994) apud Carneiro et al., (2001): a diminuição do impacto
ambiental da construção civil é tarefa complexa, sendo necessário atuar em variadas
frentes de forma conjunta e simultânea
Conforme Jonh (200), o setor da construção civil é responsável pela produção dos bens
com as maiores dimensões físicas do planeta sendo ainda o maior consumidor de recursos
naturais de qualquer economia.
9
SCHNEIDER, D. M. Deposições irregulares de resíduos da construção civil na cidade de São Paulo. 2003.
Tese mestrado – Faculdade de Saúde Publica, Universidade de São Paulo, 130p. São Paulo.
www.reciclagem.pcc.usp.br/ftp/Schneider_DeposiçõesIrregularesdeResíduosdaConstrução - Acesso em outubro
2012
10
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. Resolução nº. 01 de 23 de Janeiro de 1986.
Brasília
11
O macro complexo da construção civil utiliza algo entre 20 e 50% do total de recursos
naturais consumidos pela sociedade conforme palavras deSjostrom (1992) apud Carneiro
et al., (2001),11 o que está diretamente relacionado com:
11
SJOSTROM, C. Durability and sustainable use of building materials.In: Sustainable use ofmaterials. London:
BRE/RILEM, 1992.
12
VALVERDE, F. M. Balanço Mineral Brasileiro 2001 – Agregados para Construção Civil. 2001. 15 p.
http://www.dnpm.gov.br/portal/assets/galeriaDocumento/BalançoMineral2001/agregados.pdf - Acesso em
outubro 2012
12
O setor conforme assevera Carneiro et al., (2001) consome grandes quantidades de materiais
com significativo conteúdo energético que precisam ser transportados a grandes distâncias,
com estimativa de que cerca de 80% da energia utilizada na produção de um edifício é
consumida na produção e transporte de materiais. Os edifícios são responsáveis por cerca de
50% do consumo de energia elétrica no Brasil (ELETROBRÁS, 1998).13
Schneider (2003), ressalva que a indústria da construção civil se destaca como a maior
geradora de resíduos da economia sendo que, usualmente a quantidade de resíduos
gerados é inteiramente proporcional ao grau de desenvolvimento de uma cidade,
resultado das maiores atividades econômicas e dos hábitos de consumo decorrentes.
Desta forma, muito provavelmente os problemas relacionados com a gestão de resíduos
sejam mais intensos nas vinte e seis regiões metropolitanas do país, onde vivem pouco
mais de 40% da população brasileira.
Conforme destaca Schneider (2003), em 1960, 10% da população mundial, ou seja: 300
milhões de habitantes, habitavam em cidades, sendo que,em 40 anos passaram a abrigar
dez vezes mais pessoas, atingindo 3,2 bilhões, cerca de 50% da população mundial.
Como consequência, as cidades passaram a vivem sob impactos e riscos sanitários e
ambientais, tensão social e violência.
13
ELETROBRÁS Procel. 1998. www.eletrobras.gov.br/procel/. Acesso em outubro 2012
14
PINTO, T.P. Perda de materiais em processos construtivos tradicionais. 1989. Departamento de Engenharia
Civil da Universidade Federal de São Carlos. São Carlos
13
Conforme dados coletados pelo IBGE (2000), em 4690 municípios brasileiros (85,4% do
total) eram realizados algum tipo de coleta municipal de RCD - Resíduos da Construção e
Demolição. Neste mesmo levantamento foi constatado que 94,5% do lixo coletado por
todos os municípios eram disposto em lixões, aterros controlados ou em aterros
sanitários.
Pinto (1999), esclarece que diversas e variadas são as consequências do vasto volume de
RCD - Resíduos da Construção e Demolição gerado nos centros urbanos, advindos do
fluxo irracional e descontrolado dos resíduos, típico do processo que se denominou de
Gestão Corretiva e das características dos agentes envolvidos, pequenos ou grandes
geradores, pequenos ou grandes coletores. Inexistindo soluções para a captação dos RCD
gerados nas atividades construtivas, seus geradores, ou os pequenos coletores que os
atendem, buscarão inevitavelmente, áreas livres nas proximidades para a disposição dos
resíduos. Estes resíduos são depositados ilegalmente, acumulando-se nas cidades,
gerando custos e agravando problemas urbanos, como enchentes e tráfego.
Conforme ainda Araujo (2012), o conceito de moderna construção sustentável está embasado
no desenvolvimento de um modelo que encare e proponha soluções aos capitais problemas
ambientais de sua época, sem abdicar da moderna tecnologia e à criação de edificações que
atendam as necessidades de seus usuários. Quanto mais sustentável for uma obra, maior será a
responsabilidade por tudo o que consome, gera, processa e descarta. Sua característica mais
15
ARAÚJO, Márcio Augusto. IDHEA – Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica. 2012.
www.idhea.com.br – Acesso setembro 2012
15
marcante deve ser a capacidade de planejar e prever todos os impactos que pode provocar,
antes, durante e depois do fim de sua vida útil.
De acordo com Araujo (2012), no relativo às diretrizes gerais para edificações sustentáveis,
podem ser resumidas em nove passos principais, de conformidade ao que recomendam alguns
dos principais sistemas de avaliação e certificação de obras no mundo.
2.2.1Consumo
A construção e o uso dos edifícios são de acordo com Wines (2000), um dos maiores
consumidores dos recursos naturais no ambiente, com o consumo de 16,6% do fornecimento
mundial de água pura, 25% de sua colheita de madeira e 40% de seus combustíveis fósseis e
materiais manufaturados.
John (2000),16 explicita que esta indústria responde também pelo processo de contaminação
atmosférica, sendo responsável por uma grande parcela das emissões de C02, principal gás
responsável pelo efeito estufa. No Brasil, a indústria cimenteira contribui atualmente com 6%
a 8% do CO2 emitido.
16
JOHN, V. M. Reciclagem de resíduos na construção civil: contribuição para metodologia de pesquisa e
desenvolvimento. 2000. 120f . Tese (Livre Docência) – Escola Politécnica da Universidade Federal de São
Paulo. São Paulo, 2000.
16
país, disseminado entre os setores residencial (22%), comercial (14%) e público (8%).
Importante se faz destacar que nesta estimativa ainda não é considerada a parcela de energia
embutida nos materiais que compõem as edificações. (BRASIL, BEN, 2005).
Quanto ao consumo e uso da água,este é outro critério de suma importância a ser considerado
quando se fala em edificações sustentáveis, mormente porque a água se encontra distribuída
de forma desigual no mundo, sendo estimativa de que apenas 2,5% da água do planeta sejam
próprias para o consumo; sendo que a maior parte desta encontra-se na forma de gelo polar ou
em camadas profundas e inacessíveis. Assim sendo, a quantidade de água potável acessível
em lagos, rios ou represas, representa algo em torno de 0,01% do total da água no planeta
(UNEP, 2002).17
Conforme ressalta Zakaria (2007), 19 a maioria dos estudos antevê que o consumo de
energia no mundo vai dobrar até 2050 e a China e a Índia serão grandes responsáveis por
este acréscimo, países estes que estão construindo 650 termelétricas, sendo que a emissão
de CO2 delas todas será cinco vezes maior que a economia que o acordo de Kyoto
assinado em 1997 obteria, se todos os países ocidentais tivessem aderido às suas metas, o
que não aconteceu. Em busca de reverter este quadro, o Relatório do Intergovernamental
PanelonClimateChange - IPCC (2007),20 apresenta alternativas tecnológicas para os
setores identificados como principais fontes poluidoras: suprimento de energia,
transporte, indústrias, edifícios, agricultura, queimadas de florestas, incineração de
resíduos.
17
UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME - UNEP.GEO3 - Global Environment Outlook 3.Past,
present e future perspectives. 2002.
18
LEMOS, A. M. O século 21 e a crise da água. Instituto Brasil PNUMA; Comitê brasileiro do programa das
nações unidas para o meio ambiente. 2003. Disponível em:
http://www.estadao.com.br/ext/ciencia/agua/odireitodebeber_1.htm. Acesso setembro 2012
19
ZAKARIA, F. Aquecimento global: é bom se acostumar. Revista Época: Coluna Nosso Mundo. 19 de
fevereiro de 2007
20
http://www.ipcc.ch/ - Acesso outubro 2012
17
Filho (2012),21ressalta que desde muito tempo procuram-se soluções a fim de proteger a vida
útil das construções, no constante trabalho de resistir às infiltrações, ou seja, de proteger-se
contra as intempéries: vento, neve, sol e chuva.
Conforme explicitado por Filho (2012), a água é a grande responsável por 85% dos problemas
das edificações, pois de acordo com levantamentos realizados junto a setores ligados à
construção civil, em cada um dos estados físicos da água (gasoso/líquido/sólido) ela tem um
grau de agressividade. No Brasil não são localizada água no estado sólido (neve), contudo, em
compensação temos na forma gasosa, que é bastante perigosa em face à capacidade de
penetração, que é muito maior que no estado líquido. Não obstante sua importância vital, a
água é o agente canalizador ou provocador da corrosão, acarretando deterioração e
envelhecimento da obra. Assim, a impermeabilização é a atividade da engenharia cujo
objetivo é proteger as obras e edificações e, ainda, manter a água onde se deseja, a fim de
evitar as agressões e a deterioração.
Nos é permitido proferir, que os primeiros materiais utilizados pelo homem foram os
betuminosos, ou seja, os asfaltos e alcatrões, produto este utilizado tradicionalmente nos
banhos romanos e proteção das estacas de madeira na antiguidade, o que se deve a suas
inúmeras características: aglomerante, hidrófugo, quimicamente inerte e apresenta
sensibilidade à temperatura o que facilita sua aplicação. Além do mais, melhora a
estanqueidade das construções - fissuras e trincas. A partir da primeira metade do século
XIX, ocorreu um grande progresso na área da impermeabilização através da Revolução
Industrial, visto que, anteriormente as construções eram pequenas e com coberturas muito
inclinadas para o melhor escoamento da água. Através da industrialização, teve inicio a
construção de grandes vãos horizontais (lajes planas) havendo assim vazamentos frequentes.
Mas desde esta época o betume já era conhecido, com isso foi lançado o asfalto sobre as lajes
planas (fábricas da Inglaterra). (FILHO, 2012)
Conforme ainda Filho (2012), os primeiros problemas provocados pelas trincas tiveram inicio
devido aos efeitos térmicos, pois no calor a estrutura expande, e no frio ela retrai, acarretando
assim fissuras e trincas. Surgiram então os primeiros estruturantes, baseados em produtos da
indústria têxtil, que era grande necessidade de soluções de impermeabilização. Foi à primeira
noção de um processo que aliava impermeabilizante e estruturante.
21
FILHO, Firmino Soares Siqueira. Tecnologia Impermeabilização. Curso de Especialização em
Construção Civil. UFMG. 2012
18
Com o vasto progresso da indústria dos polímeros sintéticos, a partir do início do século XX,
surgiram novos materiais, cujas características de impermeabilidade, elasticidade,
extensibilidade, etc., possibilitaram o desenvolvimento dos sistemas de impermeabilização de
desempenho comparável ao feltro asfáltico, apresentando, em geral, maior facilidade de
execução. No Brasil as primeiras impermeabilizações utilizavam óleo de baleia na mistura das
argamassas para o assentamento de tijolos e revestimentos das paredes das obras que
necessitavam desta proteção. (FILHO, 2012)
De acordo com Filho (2012), o primeiro e fundamental conceito que deve ser assimilado é o
de que impermeabilização é o envelope da edificação. Em outras palavras, é o sistema
construtivo que resguarda a edificação contra as condições do meio em que está edificada,
sempre objetivando três aspectos, que podem existir juntos ou separadamente:
Durabilidade da edificação;
Conforto e saúde do usuário;
Proteção ao meio ambiente.
Ao analisar cada um dos aspectos individualmente, várias razões são encontradas que justifica
ma importância da impermeabilização em cada um deles. Conforme já abordado, a água é o
basilar elemento provocador da degradação das construções. Ela atua como o próprio agente
agressivo, ou age como veículo condutor de outros agentes (ácidos, sais, álcalis etc.). Se for
desejado, então, uma construção durável, deve-se avaliar toda e qualquer possibilidade de
ataque pela água, e combatê-la radicalmente. Apesar de existir um juízo pré-formado de que
impermeabilização é um item oneroso, e de desempenho passível de questionamento por parte
de diversos engenheiros e arquitetos, uma avaliação simples da relação custo-benefício torna
invalida toda e qualquer afirmativa desta natureza, já que os custos de reparação, não só da
19
A cada dia mais, se torna de suma importância o conforto e a saúde do usuário, à medida que
a noção de cidadania e de estado de direito progride em nosso país e, mais do que qualquer
discurso político, promessas e planos governamentais, é a mola mestra do desenvolvimento e
crescimento do povo, o único parâmetro real de crescimento e desenvolvimento de uma
nação. Não se admite mais morar sob uma goteira, com manchas, umidade e mofo em paredes
e pisos, causando desconforto e problemas de saúde, principalmente de origem alérgica.
Acrescente-se a isto o problema de conforto visual, que é prejudicado pelos problemas
causados pela água, tornando os ambientes desagradáveis e sem conforto.
O principal fluído atuante é a água, cuja solicitação pode se dar de formas distintas conforme
descrito na sequencia;
22
http://www.primer.com.br/manualdoimpermeabilizador.htm - Acesso outubro 2012
21
Citando por exemplo, a película impermeável, esta tem a função exclusiva de impedir a
passagem de água, incorporando ainda algumas características elásticas, podendo ser mais ou
menos durável. Todavia, se a base for adequada para absorver parte das solicitações da
estrutura, e as camadas posteriores para acomodar os esforços de cargas e os ataques das
intempéries, o desempenhar, com certeza, será muito melhor. Embasados nestes motivos, este
sistema é dividido em três processos:
Processos preliminares;
Processos impermeáveis;
Processos complementares.
Individualmente, cada um atuará como um anteparo para o outro, e sua perfeita montagem
formará um sistema de alto desempenho. A falha na montagem destes sistemas se torna o
fundamental responsável por inúmeros fracassos de impermeabilização, mesmo quando são
adotados impermeabilizantes de alto desempenho.
Os processos preliminares são aqueles que devem ser executados antes da aplicação do
impermeabilizante, sendo como que pré-requisitos, sem eles, não haverá sucesso. Os
processos impermeáveis são aqueles em que se trata dos materiais impermeabilizantes
propriamente ditos, já os processos complementares são aqueles que funcionam como
proteções ou complemento dos sistemas, são os anteparos, ou barreiras que consentem que a
vida do sistema se prolongue, estando adequadas às cargas e solicitações que lhe são
impostas. Serviço mal feito tem consequências danosas para a obra. ocasiona atraso, custo
extra, prejuízo financeiro e muita desconfiança por partes dos clientes. Por isso, os cuidados
tomados com os produtos dentro da fábrica, devem se estender ao serviço de aplicação.23
23
http://pcc2339.pcc.usp.br/Arquivos/Aula%2009%20T%20impermeabilizacao.pdf – Acesso outubro 2012
22
Ainda de acordo com Filho (2010),24 estes processos são classificados da seguinte forma:
Quanto à flexibilidade
Flexíveis;
Rígidos.
2.3.2.1 asfálticos
Mantas - quando são pré-fabricados (estruturas com poliéster, fibras de vidro, polietileno e
outros).
asfaltos oxidados
asfaltos modificados (com APP, SBS e outros)
emulsões (asfálticas e hidro-asfálticas)
soluções (puras ou com elastômeros ou outros)
Quanto à aplicação
Aplicados a frio;
Aplicados a quente;
Aderidos;
Flutuantes;
Semi-aderidos.
2.3.2.2 sintéticos
24
FILHO, Firmino Soares Siqueira. Sistemas Impermeabilizantes. Curso de Especialização em Construção
Civil. UFMG. 2010
23
Os sintéticos, são materiais dos mais variados tipos, sempre em permanente evolução, de
acordo com a petroquímica, estando situado sempre nas famílias das borrachas sintéticas, tipo
plastômeros ou elastômeros, termoplásticos ou termofixos, sendo os mais comuns do mercado
brasileiro os que seguem:
BUTIL
EPDM
PVC
POLIURETANOS
POLYUREA
As mantas de diversificados materiais são encontradas em outros países, todavia indisponíveis
no mercado brasileiro, fora as importações esporádicas.
2.3.2.3 cimentícios
No tocante aos cimenticios, estes são processos à base de cimentos, compostos com
areias especiais e aditivos ou adesivos criando uma camada de baixa espessura, forte
resistência e características das mais diversas. Como adesivos, os mais frequentes são
acrílico e PVA e osmais conhecidos são:
Cristalizantes
Argamassas acrílicas
Argamassas não retráteis (grout)
2.3.2.4 resinas
Estas são altamente especializadas, com emprego mais acentuada as resinas epóxi. Em
alguns casos são encontradas as resinas poliéster, mas ambas têm aplicações peculiares,
bem definidas, como agentes para resistências químicas, ou pressões negativas.
24
Definição
25
Apostila do curso de impermeabilização, ministrado pela arqa. LeonildaFerme,promovido pela Denver
Impermeabilizantes na sede do Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul, 2005.
25
Figura 03: furos com tubo de PVC utilizados para travamento de formas
Mantas asfálticas com alma de polietileno conforme conceitua Cruz (2003) têm seu
estruturante de polietileno com espessura de em torno de 0,1 mm e revestida em ambas as
faces com asfalto polimérico variando a espessura entre 1,5 e 2,0 mm em cada lado, material
este não resistente a movimentações térmicas de estrutura e a movimentos de tração.
As mantas de asfalto compostas com PVC conforme explica Picchi (1986), são compostas por
um filme impermeável de PVC, contendo uma camada berço de asfalto modificado com
26
CRUZ, J. H. P. Manifestações patológicas de impermeabilizações com o uso de sistema não aderido de
mantas asfálticas: avaliação e análise com auxílio de sistema multimídia. 2003.
27
PICCHI, F. A. Impermeabilização de Coberturas. São Paulo: Pini, 1986.
26
Os asfaltos conforme destaca Verçoza (1987),são bastante espessos, não possuindo desta
forma a facilidade de penetrar nos poros da superfície, portanto, para que ocorra a aderência
do asfalto, a superfície deve ser imprimada. Este material não pode ser aplicado sobre
superfícies úmidas, devendo ser aplicado após a imprimação e superfícies perfeitamente
secas, ou seja, devem-se evitar dias com muita umidade ou chuvosos.
28
VERÇOZA, E. J. Impermeabilização na construção. 2. ed. rev. e ampl. Porto Alegre: Sagra, 1987.
28
Verçoza (1987) aponta um consumo de 0,75 kg/m² na primeira e segunda camada de emulsão,
depois intercalar as próximas camadas com a aplicação do véu de vidro, obtendo um consumo
de 0,5 kg/m². O processo deve ter no mínimo 4 kg/m² de emulsão asfáltica com carga,
atingindo uma espessura de aproximadamente 3 mm. A imprimação deve ser feita com a
própria emulsão diluída na proporção 1:1 em volume (emulsão/água), com a finalidade de
obter maior penetração. Após a secagem, começar a aplicação das camadas de emulsão em
sentido cruzado.
De acordo coma NBR 9574 (ABNT, 2008) deve-se garantir o total recobrimento do
estruturante.
29
PICCHI, F. A. Impermeabilização de Coberturas. São Paulo: Pini, 1986.
30
SILVEIRA, M. A. Impermeabilizações com cimentos poliméricos. Revista Téchne: revista de tecnologia
e negócios da construção. São Paulo, ano 10, n. 54, p. 108-110, set. 2001.
29
Contudode acordo com Silveira (2001), Pirondi (1988),31 recomenda executar, nas falhas de
concretagem, sucessivos chapiscos de cimento e areia traço volumétrico de 1:2, quando não
necessitar soluções de epóxi. Executar também o chapisco em toda a área a ser
impermeabilizada. Reparos profundos em concreto devem ser feitos utilizando um disco de
corte para escarear a superfície a ser recuperada, limpar a área e remover todo o concreto
deteriorado. Executar o fechamento do furo com micro-concreto fluido de alto desempenho.
31
PIRONDI, Z. Manual prático da impermeabilização e da isolação térmica.2. ed. São Paulo: Pini, 1988.
30
NO caso dos cimentos cristalizantes estes são impermeabilizantes bastante rígidos, usados
contra umidade do solo, pressão hidrostática positiva e negativa. Sua maior aplicação é em
subsolos, cortinas, reservatórios enterrados. Aplicados sobre forma de pintura, os cimentos
cristalizantes são materiais que, para desempenhar sua função, necessitam ser utilizados em
superfícies previamente saturadas com água (alvenaria, concreto ou argamassa). Isso se deve
ao fato de que tal produto, quando em contato com a água, forma um gel que penetra na
porosidade do substrato usado, transformando-se a seguir em cristais insolúveis que dão
estabilidade e durabilidade para a estrutura. Além de ser de fácil aplicação, tem ótima
incorporação ao substrato. Os cristalizantes não são indicados para casos onde a estrutura seja
passível de fissuração ou sobre argamassas que tenham sido executadas com incorporação de
cal (SILVEIRA, 2001).
Quando ocorrer forte pressão do lençol freático, causando jorros de água, deve ser utilizado
cimento de pega rápida e ultrarrápida para fazer um tamponamento nos locais do jorro, não
precisando fazer o rebaixamento do lençol freático (SILVEIRA, 2001).
Cunha & Neumann (1979),32 são enfaticos ao relatar que este tipo de tamponamento é
superficial e ao permanecer a água nos interstícios do concreto, provavelmente irão ocorrer
novos vazamentos em outros pontos, como em fissuras e falhas no concreto, pontos estes, que
facilitam a saída da água. Sendo mais recomendado para casos com pouca pressão de água.
Processo recomendado para vedar e tamponar infiltrações com pressão de água. Conforme
Cunha & Neumann (1979) o sistema de injeção no concreto pode ser dividido em dois tipos:
32
CUNHA, A. G. da; NEUMANN, W. Manual de impermeabilização e isolamento térmico: como projetar
e executar. 5. ed.ampl. e atual. Rio de Janeiro: Argus, 1979.
31
O processo de aplicação de acordo ainda com Cunha & Neumann (1979) consiste em definir
os pontos dentro do concreto que contenham veios de água e perfurá-los. As agulhas especiais
são fixadas nos furos e, mediante bombeamento, injeta-se um líquido colorido. Analisar se a
cor da água que está saindo pelos pontos de infiltração é a mesma que a injetada, sendo assim,
estará determinada com precisão a direção do fluxo da água. As partículas coloidais da massa
em formação ancoram e penetram nos veios de infiltração, entupindo-os ou tamponando-os,
com absoluta segurança.
a) Asfalto Oxidado
O asfalto oxidado é o produzido a partir do asfalto de destilação direta por meio da passagem
de ar em temperaturas elevadas,diminuindo pela oxidação a termo-sensibilidade do asfalto de
destilação direta produzindo um material com pontos de amolecimento mais altos e
penetrações variáveis dependendo das matérias-primas e processo de fabricação. Os asfaltos
oxidados não são elásticosno verdadeiro sentido da palavra, se desfiguram menos que 10%,
são quebradiços em baixas temperaturas e possuem baixa resistência à fadiga. São utilizados
para os sistemas de membranas de feltro e asfalto, mantas asfálticas bem como adesivo para
mantas asfálticas. É um sistema de uso decrescente na impermeabilização.
b) Emulsão Asfáltica
A emulsão asfáltica é produzida através da emulsificação em água do asfalto CAP (cimento
asfáltico de petróleo). Normalmente, são adicionadas cargas com o objetivo de melhorar sua
32
d) Emulsão Polimérica
A emulsão polimérica tem sua produção a partir da emulsificação de polímeros sintéticos,
sendo a acrílica a emulsão mais usada. O impermeabilizante acrílico possui a característica de
boa resistência ao ataque de raios ultravioleta do sol, permitindo a sua aplicação em sistemas
expostos às intempéries. A grande maioria dos impermeabilizantes acrílicos são formulados, a
partir de resinas acrílicas estirenadas. O estireno na formulação, artifício para menor custo,
provoca diminuição da durabilidade do produto, tendendo a craquear, amarelar, aderir sujeira,
etc. O mais adequado é a utilização de resina acrílica pura, pois possui excelente resistência
aos raios ultravioleta, não retém sujeira, não amarela e não perde a flexibilidade. Os
impermeabilizantes acrílicos de mercado possuem propriedades bastante diferenciadas, sendo
que grande parte apresenta alta absorção d’água e baixo teor de sólidos.
Emulsões acrílicas são utilizadas com a incorporação de telas de poliéster ou nylon em
impermeabilizações expostas às intempéries como lajes sheds, abóbadas, etc. Devem sempre
ser aplicadas em lajes com perfeita inclinação de forma a não ocorrer empoçamento d’água.
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A resina epóxi é uma grande aliada do concreto armado, sendo o adesivo estrutural mais
eficiente existente até hoje. Sua capacidade de adesão garante sempre uma perfeita colagem e
ancoragem.
O módulo de elasticidade de um sistema epóxi gira em torno dos 2.000 MPa contra 21.000
MPa do concreto convencional de cimento portland, sendo portanto cerca de 10 vezes mais
elástico que este último, permitindo ao filme absorver fissuras até o limite último de
fissuramento previsto na norma de concreto NBR- 6118.
do conhecimento das necessidades de uma obra, é que se pode selecionar dentre uma ampla
gama de impermeabilizantes, quais são os mais adequados. Na sequencia estão resumidos os
ensaios normalmente requeridos para se verificar as características de um material ou sistema
impermeabilizante.
Ensaios de desempenho
h) Envelhecimento acelerado: Pode-se utilizar para um ensaio mais simples uma estufa a
110oC e maior sofisticação equipamento de C-UV (ASTM G 53) ou water-o-meter
(ASTM D 412). Verifica-se o grau de envelhecimento do produto em determinado
tempo. Normalmente, este ensaio é conjugado com outros ensaios como fadiga,
resistência à tração, alongamento, flexibilidade etc., para verificar os parâmetros de um
produto antes e depois do envelhecimento.
Ensaios de caracterização
a) Massa específica
Neste ensaio, pode ser comparado o teor de sólidos de dois fabricantes distintos e
correlacionar o teor de sólidos, que é efetivamente o filme seco do impermeabilizante com
relação ao custo do produto. Muitas vezes um material que pelo preço/kg é mais caro que
outro, mas possui altos sólidos, passa a ser mais barato por metro quadrado, pois seu consumo
é menor para atingir uma espessura de filme equivalente. Esta avaliação é importante, pois o
fabricante pode adicionar mais água ou solvente no produto para baratear o custo.
O ensaio é normalmente feito em estufa a 110oC, mas pode-se fazer sem a mesma. Pesa-se
uma determinada quantidade de produto (Exemplo: 1 grama), evapora-se o solvente em estufa
e pesa-se novamente. Pela diferença de peso calcula-se o teor de sólidos.
d) Teor de Cinzas: É o ensaio que se verifica quanto o produto tem de cargas minerais.
Pesa-se um filme do material impermeabilizante (já com o solvente volatizado)
coloca-se em uma mufla, com temperatura variando entre 400 a 800oc durante um
determinado tempo. Pesa-se novamente: por diferença de peso calcula-se quanto
possui de cinzas.
Neste ensaio, com temperatura entre 400 a 800oC, evaporam-se todos os componentes
orgânicos (resina, aditivos, etc.)
i) Absorção por coluna d’água: É parecido com o anterior, mas com baixíssima
pressão hidrostática. Cola-se com epóxi um tubo de vidro de 130 a 300 mm sobre o
filme impermeabilizante e outro tubo sobre um vidro. Verifica-se o abaixamento da
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m) Resistência a micro-organismos.
Nos dias atuais para se atestar que uma edificação é sustentável, várias construtores recorrem
a selos “CERTIFICAÇÕES VERDES”, como LEED (Leadership in Energy and
Environmental Design ), americano e AQUA, selo brasileiro baseado no modelo HQE
francês. Contudo a impermeabilização não conta tantos pontos a ponto do proprietário da obra
querer aumentar o custo da construção a fim de incluir esta disciplina na Avaliação dos
auditores dos certificados verdes.
Limitar a poluição do ar
Para a ratificação dos objetivos deste trabalho de conclusão de curso, foi utilizada como
estudo de caso a arquibancada do Estádio de Remo da Lagoa, Lagoon – RJ.
Nesta arquibancada foi utilizado um sistema de impermeabilização de alto desempenho
visando à sustentabilidade.
2.5.1.1 Descrição da obra:
2.5.1.2 Sistema de impermeabilização comumente utilizado em arquibancadas x sistema de
impermeabilização de alto desempenho utilizado no estudo de caso:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONCLUSÃO
No atual mundo globalizado e a cada dia mais e mais estamos nos conscientizando de que
o relacionamento do homem com o meio em que vive não é adequado, com o consumo de
recursos naturais atingem a excessos com vasta produção de resíduos e poluição,
elevando cada vez mais a exclusão e segregação social. As ferramentas para avaliação da
sustentabilidade de edifícios, que incluam requisitos ambientais, sociais e econômicos
podem ser de grande auxílio a projetistas e construtores, uma vez que se tornam um guia
de orientação na escolha de alternativas construtivas e tecnológicas de menor impacto ao
meio-ambiente. Na medida em que os projetos são pensando de forma coerente com o
ambiente em que estão inseridos, haverá menor consumo de recursos com menores custos
de manutenção tanto em termos de energia, água e materiais.
REFERENCIAS
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de Materiais de Construção. Projeto entulho bom. EDUFBA; Caixa Econômica Federal.
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SustainableConstruction. Proceedings. Tampa. Florida. November, 1994.
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1994.
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Acesso outubro 2012
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www.reciclagem.pcc.usp.br/ftp/Schneider_DeposiçõesIrregularesdeResíduosdaConstrução -
Acesso em outubro 2012