Não é assim que a banda toca, com não-me-toques, retoques e botox
A banda toca afinada
A fim de nada que não seja a fina ação do toque Pois só assim distingue o sim do não, o provável do imperdoável, o crível do possível o infausto, dele mesmo. Não é provável que você me ame Não aqui, não agora, nem cá dentro, nem lá fora É mais provável na Flórida, em Miami Com passagem e hospedagem pagas Muito bem pagas Sem pieguice, mas com alguma malandrice. De quem? De quem? De quem? Indiquem, fazendo apostas, pois tudo, como disse Moacyr Franco e cantou Rita Lee, acaba em bosta Enquanto isso, por gentileza, vê-me aquela posta de badejo Sim, aquela que está na bandeja Ora veja, quem diria? Quem delira? Dê-me lira que te darei uma libra de lírio, em pó ou em chá Pode deixar que não vou deixar você me deixar em pé, sem chá nem chávena A chave do nosso chateau continua debaixo do tapete Pegue-a e entre, mesmo com topete. Lá dentro a gente mete nele a tesoura, meu tesouro! Você vale ouro O ouro que, montado num mini touro, cacei e garimpei no labirinto do Minotauro Mesmo sendo eu um mini otário Vivendo de salário, suficiente, embora, para comer, mundo afora Ovo de galinha, ova de peixe e salada de alface, tomate e brócolis. Enquanto isso Soltos no ar Damos voltas em torno do sol De carona na nave mãe Terra Banhando-nos, ficando brancos como a neve, Ao luar, em coro, Com Celly Campello, Oh, oh, luar tão cândido.