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Relatório da Visita de Estudo dos alunos da Escola Secundária de Valongo,

efab23, ao Museu da Lousa e à Mina e Fábrica de lousa Pereira Gomes &


Carvalho, Lda.

No sábado, dia 11/12/2010, os alunos e professores das várias


disciplinas encontraram-se

à porta da escola, por volta das 9 horas da manhã, seguindo depois para o
Museu da Lousa,

onde foram recebidos por uma senhora que os guiou pelo museu. Ao longo
desta visita, foi- lhes explicado todo o processo da extracção da lousa e
como viviam os mineiros dentro das minas, em trabalho, e também como
viviam em família, com todas as dificuldades sentidas naquela altura. Foram
mostrados quadros e pinturas que representavam a maneira como os
mineiros trabalhavam naquela altura e também todo o tipo de ferramentas
com as quais hoje em dia quase ninguém acredita que alguém conseguisse
extrair lousa quanto mais trabalhar com elas.

Foi, sem dúvida, muito interessante esta visita ao museu, tendo ficado
os alunos muito impressionados com a maneira como os mineiros
trabalhavam e com as dificuldades com que eles e as suas famílias viviam.

Em seguida, visitaram uma fábrica com uma mina a céu aberto, tendo
sido guiados por um responsável da empresa “Pereira Gomes & Carvalho, L
da, que explicou a diferença de uma mina a céu aberto e uma em
profundidade e também quais os perigos de trabalhar numa mina, assim
como todo o processo, desde a extracção da pedra, o modo como é
transportada para a fábrica e como é trabalhada, tendo ainda sido referidas
as diferentes utilizações deste tipo de matéria-prima.

A lousa é utilizada em bilhares, soletos, ladrilhos, mosaicos, soleiras, e


também para depósitos e cisternas especiais para óleos, ácidos, água
salgada, vinho, azeite, bancas e pias para cozinhas, lousas e quadros
escolares. Explicou também todo o tipo de doenças profissionais que
acarreta trabalhar nas minas, em que uma das doenças mais conhecidas
era chamada silicose. Era chamada assim porque era uma doença que se
contrai pela contínua respiração numa atmosfera carregada de poeiras
silicosas, já que a perfuração era feita a seco e a disparo de explosivos,
acumulando-se as poeiras nos brônquios, facilitando assim o aparecimento
da tuberculose pulmonar. Já no final da visita, mostrou o edifício do séc. XIX,
bem característico da arquitectura industrial da época, onde funcionam os
escritórios da empresa, o balcão de atendimento e as salas de reunião,
todas decoradas com a respectiva pedra a “Lousa”.
Aconselho vivamente todas as pessoas que visitem o Museu da Lousa,
e se possível uma mina a céu aberto, porque ficarão admirados de ver a
forma como trabalhavam os mineiros antigamente e a forma como se
trabalha hoje em dia numa mina a céu aberto. É simplesmente algo de
extraordinário!

MANUEL LAGE

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