- É o período conhecido como década perdida, uma vez que houve grande redução das taxas de crescimento do PIB; - Da metade da década para frente, se assumia um processo de hiperinflação, o que se chocava com alguns planos de estabilização; - Tal alta inflação se devia fortemente ao fato dos elevados déficits públicos; - O livro ressalta que o cerne da crise dos anos 80 está nos anos anteriores, uma vez que o cenário era mais favorável, não se dando muita atenção as contas públicas, além do fato de que a situação fiscal do país não era mensurada de forma eficiente, por exemplo, não havia o conceito de NFSP, o que contribui para o desequilíbrio das contas públicas;
1. O PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo)
OK- Foi lançado em 1964 com o objetivo de controlar o processo inflacionário (estabilização) e retomar o desenvolvimento econômico (importância das taxas de crescimento). Além disso, o plano abrangia o combate à tendência de déficits no balanço de Pagamentos; OK- Foram introduzidas reformas estruturais, que modernizariam os mecanismos financeiros, refletindo na situação econômica, uma vez que os mercados monetário, financeiro e de capitais seriam reestruturados; OK- Umas das principais características do plano foi a redução do déficit fiscal, assim como política tributária para combater a inflação, fortalecimento do sistema creditício, investimentos públicos, etc.
2. Introdução da Correção Monetária
OK- Deve-se notar que no período, em que se tinha altas taxas de inflação, e déficit público crescente, o Estado tinha uma máquina de arrecadação incipiente, fazendo com que tais déficits fossem financiados por expansão da base monetária, o que pressionava os preços; - Até a criação do Banco Central, o controle da dívida pública era feito pelo Tesouro Nacional; OK- O PAEG caracterizou uma política fiscal contracionista. Além disso, melhorou sua forma de financiamento do Estado (principalmente a longo prazo), à medida que viabilizou a colocação de títulos públicos no mercado; OK- Portanto, a correção monetária, ou seja, taxas de juros reais positivas nas transações financeiras, foi essencial para o mercado de títulos públicos, obtenção de recursos para cobrir o déficit público, e também estimulou a poupança individual; OK- Foi assim que, a introdução da correção monetária e reordenamento financeiro do Estado que permitiram um novo processo de formação da dívida pública brasileira; OK- Com a liquidez mais controlada, e as finanças públicas em melhores condições, o combate a inflação podia ser realizado sem afetar os projetos de crescimento econômico;
3. A reforma bancária e a criação do Banco Central
OK- Relembrando que a partir dos anos 60, o governo fez diversas reformas para dinamizar o sistema financeiro do país, podendo atuar de forma a transferir recursos dos setores com superávit para os deficitários; OK- Substituição da SUMOC para a CMN (Conselho Monetário Nacional), a qual tem poder para formular políticas monetárias e financeiras, além de criar o Banco Central, o qual fica a cargo de executar e fiscalizar as decisões que a CMN toma; OK- Mesmo criado a Banco Central, o Banco do Brasil (banco comercial oficial e agente do Tesouro), continuou funcionando como autoridade monetária; - Porém, houve algumas distorções nos objetivos da reforma bancária, como por exemplo, a perda de eficiência da política monetária;