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Maria da Escócia
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 Nota: ""Maria Stuart"" redireciona para este artigo. Para outros significados,
veja Maria Stuart (desambiguação).

Maria

Rainha dos Escoceses

Rainha Consorte da França

Rainha da Escócia

Reinado 15 de dezembro de 1542
a 24 de julho de 1567

Coroação 9 de setembro de 1543

Antecessor(a) Jaime V

Sucessor(a) Jaime VI

Regentes ver lista[Expandir]


Rainha Consorte da França

Reinado 10 de julho de 1559
a 5 de dezembro de 1560

Predecessora Catarina de Médici

Sucessora Isabel da Áustria

Maridos Francisco II de França


Henrique Stuart, Lorde Darnley
Jaime Hepburn, 4.º Conde de Bothwell

Descendência Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra

Casa Stuart

Nascimento 7/8 de dezembro de 1542

  Palácio de Linlithgow, Linlithgow, Escócia

Morte 8 de fevereiro de 1587 (44 anos)

  Castelo de Fotheringhay, Fotheringhay, Inglaterra

Enterro Catedral de Peterborough


Abadia de Westminster

Pai Jaime V da Escócia

Mãe Maria de Guise

Religião Catolicismo

Assinatura

Maria (7 ou 8 de dezembro de 1542 – 8 de fevereiro de 1587), também


conhecida como Maria Stuart ou Maria I, foi a Rainha da Escócia de 14 de
dezembro de 1542 até sua abdicação em 24 de julho de 1567. Também
foi Rainha Consorte da França como esposa de Francisco II de 10 de junho de
1559 a 5 de dezembro de 1560.
Maria foi a única descendente legítima sobrevivente do rei Jaime V da Escócia,
tendo apenas seis dias de idade quando seu pai morreu. Ela passou a maior
parte de sua infância na França enquanto a Escócia era governada
por regentes, casando-se em 1558 com Francisco, Delfim da França. Ele
ascendeu ao trono em 1559 como Francisco II e Maria brevemente se tornou
sua consorte; todavia Francisco acabou morrendo no final do ano seguinte.
Maria voltara então para a Escócia viúva, chegando em Leith no dia 19 de
agosto de 1561. Casou-se quatro anos depois com seu primo Henrique Stuart,
Lorde Darnley, porém a união era infeliz. A sua residência foi destruída em
fevereiro de 1567 numa explosão, com Henrique sendo encontrado morto no
jardim.
Acreditava-se que Jaime Hepburn, 4º Conde de Bothwell, havia orquestrado a
morte de Henrique, porém ele foi absolvido das acusações em abril de 1567 e
casou-se com Maria no mês seguinte. Após um levante contra o casal, ela foi
aprisionada no Castelo de Lochleven. Maria foi forçada a abdicar em 24 de
julho em favor de seu filho com Henrique, Jaime, até então com apenas um
ano de idade. Depois de uma tentativa mal-sucedida de reconquistar o trono,
ela fugiu procurando a proteção de sua prima, a rainha Isabel I de Inglaterra.
Maria anteriormente havia reivindicado o trono de Isabel para si mesma, e foi
considerada como a legítima soberana da Inglaterra por católicos ingleses,
incluindo os participantes da rebelião conhecida como Rebelião do Norte.
Vendo-a como uma ameaça, Isabel a aprisionou em vários castelos e mansões
no interior do país. Depois de dezoito anos e meio, Maria foi condenada por
tramar o assassinato de Isabel, sendo decapitada em 1587 aos 44 anos de
idade.

Índice

 1Infância e início de reinado


o 1.1Tratado de Greenwich
o 1.2Vida na França
o 1.3Pretensão ao trono inglês
 2Retorno à Escócia
 3Casamento com Lorde Darnley
o 3.1Assassinato de Henrique
 4Abdicação e prisão na Escócia
 5Fuga e prisão na Inglaterra
o 5.1Cartas do cofre
o 5.2Conspirações
 6Morte
o 6.1Julgamento
o 6.2Execução
 7Legado
 8Árvore genealógica
 9Ancestrais
 10Notas
 11Referências
 12Bibliografia
o 12.1Principal
o 12.2Adicional
 13Ligações externas

Infância e início de reinado


O Palácio de Linlithgow, local de nascimento de Maria

Maria nasceu no dia 7 ou 8 de dezembro de 1542[nota 1] no Palácio de


Linlithgow, Escócia, filha do rei Jaime V e sua segunda esposa Maria de Guise.
[3]
 Afirma-se que ela nasceu prematura e foi a única descendente legítima de
Jaime a sobreviver.[1] Era neta de Margarida Tudor, irmã mais velha do
rei Henrique VIII de Inglaterra, sendo assim sobrinha neta do rei inglês. Ela
ascendeu ao trono seis dias após seu nascimento quando seu pai morreu,
talvez por conta de uma crise nervosa depois da Batalha de Solway Moss, [4][5] ou
por ter bebido água contaminada durante a campanha. [6]
Uma lenda popular registrada pela primeira vez por João Knox diz que Jaime,
ao ouvir em seu leito de morte que sua esposa havia dado à luz uma menina,
tristemente exclamou que "Começou com uma moça, acabará com uma
moça!"[nota 2] A Casa de Stuart havia ganho o trono da Escócia pelo casamento
de Margarida de Bruce, filha do rei Roberto I, com Gualtério Stuart, 6º Grão-
senescal da Escócia. A coroa chegou em sua família através de uma mulher e
seria tirada por uma mulher. Essa afirmação lendária virou realidade dois
séculos depois – apesar de não com Maria, mas sim com sua descendente, a
rainha Ana da Grã-Bretanha.[8][2]
Maria foi batizada pouco depois de seu nascimento na Igreja Paroquial de São
Miguel.[8][9] Rumores se espalharam dizendo que ela era fraca e frágil, [1][9] porém o
diplomata inglês Ralph Sadler viu a criança no Palácio de Linlithgow em março
de 1543 e escreveu: "é uma criança tão boa quanto eu já vi de sua idade, e
provavelmente viverá".[10][11][12]
A Escócia foi governada por regentes até Maria alcançar a idade adulta já que
ela era um bebê quando herdou o trono. Desde o início havia dois
reivindicantes ao cargo: o primeiro era o católico cardeal David Beaton, e o
segundo era o protestante Jaime Hamilton, 2.º Conde de Arran e o seguinte na
linha de sucessão. A reivindicação de Beaton vinha de uma versão do
testamento do rei que seus oponentes dispensaram como falso. [13][nota 3] Hamilton
conseguiu se tornar regente com o apoio de seus amigos e parentes, ficando
no cargo até 1554 quando foi removido do cargo por Maria de Guise. [15][16][17]
Tratado de Greenwich
Moeda de 1553: anverso, brasão da Escócia; reverso, monograma real

Henrique VIII aproveitou a oportunidade da regência escocesa para propor o


casamento entre Maria e seu filho Eduardo, tendo a esperança de uma união
da Escócia com a Inglaterra. Quando a rainha tinha apenas seis meses de
idade, foi assinado em 1 de julho de 1543 o Tratado de Greenwich, que dizia
que Maria se casaria com Eduardo aos dez anos de idade e se mudaria para a
Inglaterra, onde Henrique poderia supervisionar seu crescimento. [18][19][20] O
tratado ditava que os dois países permaneceriam legalmente separados, e que
caso o casal não tivesse filhos a união temporária seria dissolvida. [10][21][20] Porém,
Beaton voltou ao poder e começou a defender uma política pró-católica e pró-
francesa, enfurecendo Henrique que queria quebrar a aliança escocesa com
a França.[22][19] O cardeal queria levar Maria para longe da costa até a segurança
do Castelo de Stirling. Hamilton resistiu à mudança, porém cedeu quando os
apoiadores armados de Beaton se reuniram em Linlithgow. [23] Mateus Stuart, 4.º
Conde de Lennox escoltou Maria e Maria de Guise com três mil homens
até Stirling em 27 de julho de 1543.[24] A rainha foi coroada em 9 de setembro de
1543 na capela do castelo[25][26][19] com "tal solenidade como eles usam neste país,
que não é muito custosa", de acordo com Sadler e Henrique Ray. [25]
Henrique prendeu mercadores escoceses indo para a França pouco depois da
coroação, confiscando as mercadorias. As prisões causaram fúria na Escócia e
Hamilton juntou-se a Beaton e converteu-se ao catolicismo. [27] Em dezembro o
Tratado de Greenwich foi repudiado pelo parlamento escocês. [28][29][30] A rejeição
do tratado de casamento e a renovação da Velha Aliança com a França fez
Henrique partir para o "Rude Cortejo", uma campanha militar que tinha a
intenção de impor o casamento de Maria com Eduardo. As forças inglesas
realizaram vários ataques contra o território escocês e francês. [31] Edimburgo foi
saqueada em maio de 1544 por Eduardo Seymour, 1.º Conde de Hertford, e a
rainha foi levada para Dunkeld por segurança. [32][33]
Beaton foi assassinado em maio de 1546 por membros protestantes da
pequena nobreza,[34][35][36] e em 10 de setembro de 1547 – nove meses após a
morte de Henrique e a ascensão de Eduardo VI – os escoceses sofreram uma
enorme derrota na Batalha de Pinkie Cleugh. Os guardiões de Maria temiam
por sua segurança e a enviaram para o Priorado de Inchmahome durante três
semanas e pediram a ajuda dos franceses. [37][38][39]
O rei Henrique II de França propôs unir a França e a Escócia através do
casamento da jovem rainha com seu filho de três anos de idade, Francisco,
Delfim da França. Hamilton concordou com o casamento por causa da
promessa de ajuda militar francesa e um ducado francês para si próprio.
[40]
 Maria mudou-se outra vez em fevereiro de 1548 para sua segurança, desta
vez para o Castelo de Dumbarton.[41][42][39] Os ingleses deixaram um rastro de
devastação e tomaram a importante cidade de Haddington. O muito esperado
auxílio francês chegou em junho em Leith, cercando e tomando de volta
Haddington. O parlamento escocês se reuniu em 7 de julho de 1548 em um
convento perto da cidade e concordou com o tratado de casamento francês. [43][44]
Vida na França
Maria, então com cinco anos, foi enviada para a França e passou os próximos
treze anos na corte francesa. A frota enviada por Henrique II era comandada
por Nicolas Durand de Villegaignon e partiu de Dumbarton com a rainha em 7
de agosto de 1548, chegando em Roscoff ou Saint-Pol-de-Léon na Bretanha
cerca de uma semana depois.[45][46]

Maria c. 1555–59

Foi acompanhada pela sua própria corte que incluía dois meio-irmãos
ilegítimos e "quatro Marias", quatro meninas de mesma idade todas chamadas
Maria, filhas de algumas das famílias mais nobres da Escócia: Beaton, Seton,
Fleming e Livingston.[47] Sua governanta foi Janet Stuart, Lady Fleming e mãe
de Maria Fleming, além de filha ilegítima de Jaime IV.[47][48]
Maria foi descrita por contemporâneos como vivaz, bonita e inteligente, tendo
uma infância promissora.[49] Era a favorita de todos na corte francesa, com a
exceção da rainha consorte Catarina de Médici.[50][51][nota 4] Maria aprendeu a
tocar alaúde e virginal, sendo competente na
escrita, poesia, equitação, falcoaria e bordado, também aprendendo a
falar francês, italiano, latim, espanhol e grego, além de falar seu nativo scots.[55]
[56][57]
 Ela ficou muito amiga de sua futura cunhada Isabel de Valois, de quem
Maria "manteve memórias nostálgicas depois na sua vida". [58] Sua avó materna
Antonieta de Bourbon foi outra forte influência na sua infância, [59][60] atuando
como uma de suas principais conselheiras. [60]
Os retratos mostram Maria com uma cabeça pequena e com formato oval, um
pescoço longo e delicado, cabelo ruivo claro, olhos castanhos, pálpebras
pesadas e abaixadas, sobrancelhas finas e arqueadas, pele branca, uma testa
alta e características firmes e regulares. Ela foi considerada uma criança bonita
e depois, quando adulta, uma mulher muito atraente. [61][62] Em algum momento
da infância ela pegou varíola, porém a doença não deixou marcas.[63][64]
A rainha era eloquente e extraordinariamente alta para os padrões do século
XVI (quando adulta ela chegou a medir 1,80 m),[65] enquanto seu marido
Francisco era gago e anormalmente baixo. Henrique II comentou que "desde o
primeiro dia que se conheceram, meu filho e ela se deram bem juntos como se
já se conhecessem há muito tempo".[66] Maria assinou um acordo secreto em 4
de abril de 1558 legando a Escócia e sua reivindicação aos tronos inglês e
francês caso morresse sem deixar herdeiros.[67][68][69] Vinte dias depois casou-se
com o delfim na Catedral de Notre-Dame de Paris, com Francisco tornando-se
rei consorte da Escócia.[70][71]
Pretensão ao trono inglês

Francisco e Maria c. 1559

Eduardo VI havia morrido em julho de 1553 e fora sucedido por sua meia
irmã Maria I, que morreu em novembro de 1558 e por sua vez foi sucedida por
sua única meia-irmã ainda viva Isabel I. Sob o Terceiro Ato de
Sucessão aprovado em 1543 pelo parlamento inglês, Isabel foi reconhecida
como herdeira de seu meio-irmão e meia-irmã, enquanto o testamento de
Henrique VIII excluiu a Casa de Stuart da linha de sucessão da Inglaterra.
Mesmo assim, Eduardo e Isabel eram vistos por muito católicos como
ilegítimos, e que assim Maria da Escócia era a verdadeira rainha inglesa como
descendente de Margarida Tudor.[72][73] Henrique II proclamou que seu filho e sua
nora eram os rei e rainha da Inglaterra, fazendo com que o brasão real
inglês fosse empalado com o francês de Francisco e o escocês de Maria. [72][74][73]
[69]
 Sua reivindicação ao trono da Inglaterra foi um ponto de discórdia
permanente entre ela e Isabel.[75][73]
Henrique II se feriu durante uma justa e morreu em 10 de julho de 1559, assim
Francisco, então com quinze anos de idade, ascendeu ao trono com Maria,
com dezesseis anos, sendo sua consorte.[76][77][78][79] Os tios da rainha, Francisco,
Duque de Guise, e Carlos, Cardeal de Lorena, passaram a dominar a política
francesa[80][81] em uma ascensão chamado por alguns historiadores como "a
tirania guisiana".[82]
O poder dos protestantes Lordes da Congregação na Escócia estava
crescendo às custas de Maria de Guise, que mantinha controle efetivo apenas
através do uso de tropas francesas.[83][84][85][86] Os lordes protestantes convidaram
tropas inglesas a entrarem na Escócia em uma tentativa de assegurar o
protestantismo; ao mesmo tempo, um levante huguenote em março de 1560 na
França chamado Conjuração de Amboise impediu que os franceses enviassem
apoio.[87][88] Assim os irmãos Guise enviaram embaixadores para negociar um
acordo.[89] Maria de Guise morreu em 11 de junho de 1560 e a questão do futuro
das relações franco-escocesas era urgente. Sob os termos do Tratado de
Edimburgo assinado pelos embaixadores de Guise em 6 de julho, os franceses
e ingleses retiraram suas tropas do território escocês e a França reconheceu
Isabel como a legítima rainha da Inglaterra. Entretanto, Maria, então com
dezessete anos e ainda lamentando a morte da mãe, se recusou a ratificar o
tratado.[90][91][92][93]

Retorno à Escócia

Maria de luto com um vestido branco. Ela recebeu a alcunha de La Reine Blanche ("a Rainha
Branca").[94]

Francisco II morreu em 5 de dezembro de 1560 de uma otite média que gerou


um abscesso no seu cérebro. Maria ficou devastada. [95][96] Sua sogra Catarina de
Médici tornou-se a regente do novo rei Carlos IX, então com dez anos de
idade, irmão mais novo de Francisco.[97][98]
Maria voltou para a Escócia nove meses após a morte de Francisco, chegando
em Leith no dia 19 de agosto de 1561.[99][100][101] Ela tinha pouca experiência direta
com a complexa situação política de seu país natal já que tinha vivido desde os
cinco anos de idade na França.[102] Era vista com suspeita por muitos de seus
súditos e por Isabel I por ser católica.[103] O reino estava dividido entre facções
católicas e protestantes, com seu meio-irmão ilegítimo Jaime Stuart, 1.º Conde
de Moray, sendo um dos líderes protestantes. [104] O reformista protestante João
Knox pregou contra Maria, condenando-a por ir a missa, dançar e se vestir de
maneira muito elaborada.[105] A rainha o convocou para sua presença para
argumentar com ele, sem sucesso, mais tarde acusando Knox de traição,
porém ele depois foi inocentado e libertado.[106][107][108]
A rainha tolerou a recém estabelecida ascendência protestante, para a
decepção do partido católico,[109][110] e ainda manteve seu meio-irmão como seu
principal conselheiro.[111] Seu conselho privado foi nomeado em 6 de setembro
de 1561 e era formado por dezesseis homens, mantendo aqueles que já
possuíam cargos de estado e sendo dominado por líderes protestantes da crise
reformista de 1559–60: Jaime Stuart, Arquibaldo Campbell, 5.º Conde de
Argyll, e Alexandre Cunningham, 5.º Conde de Glencairn. Apenas quatro
conselheiros eram católicos: João Stuart, 4.º Conde de Atholl; Jorge Hay, 7.º
Conde de Erroll; Guilherme Graham, 2.º Conde de Montrose; e Jorge Gordon,
4.º Conde de Huntly e também Lorde Chanceler.[nota 5]A historiadora moderna
Jenny Wormald considerou esse conselho notável, sugerindo que a falha de
Maria em não nomear um conselho simpático aos interesses católicos e
franceses era uma indicação de seu foco no desejo de tomar o trono inglês
sobre os problemas internos da Escócia. Mesmo a significante adição posterior
de Patrício Ruthven, 3.º Lorde Ruthven, em dezembro de 1563 era de um outro
protestante que a rainha pessoalmente não gostava. [112] Nisso ela reconheceu
sua falta de poder militar efetivo com os lordes protestantes, enquanto ao
mesmo tempo seguia uma política que fortalecia seus laços com a Inglaterra.
Ela se juntou em 1562 a Jaime Stuart na destruição de Jorge Gordon, o
principal magnata católicos do país, depois dele ter liderado uma rebelião
nas Terras Altas contra a rainha.[113][114][115]

Maria c. 1560, por François Clouet

Maria enviou Guilherme Maitland como embaixador na corte inglesa para


apresentar o caso de nomeá-la herdeira presuntiva da Inglaterra. Isabel se
recusou a nomear um herdeiro em potencial, temendo que isso instigaria
conspirações para tirá-la do poder pelo sucessor nomeado. [116][117] Entretanto, ela
garantiu a Maitland que não conhecia ninguém com melhor reivindicação que
Maria.[116] Arranjos foram feitos no final de 1561 e início de 1562 para que as
duas rainhas se encontrassem em Iorque ou Nottingham em agosto ou
setembro de 1562, porém Isabel enviou sir Henrique Sidney em julho para
cancelar por causa das guerras religiosas na França.[118][119]
A rainha então virou sua atenção para encontrar um novo marido na realeza
europeia. Porém, seu tio Carlos, Cardeal de Lorena, começou negociações
com o arquiduque Carlos da Áustria sem seu consentimento e ela ficou contra,
fazendo com que as negociações ruíssem.[120][121][122] Sua própria tentativa de
negociar uma união com Carlos, Príncipe das Astúrias e o herdeiro
aparente mentalmente instável do rei Filipe II de Espanha, foram barradas por
Filipe.[123][124][125] Isabel tentou neutralizar Maria sugerindo que ela se casasse com
o protestante inglês Roberto Dudley, 1.º Conde de Leicester, um dos favoritos
da rainha inglesa quem ela confiava e achava que podia controlar. [126] Ela enviou
o embaixador Tomás Randolph para a Escócia a fim de dizer a rainha que caso
ela se casasse com um nobre inglês, Isabel iria "proceder à inquisição de seu
direito e título para ser nosso próximo primo e herdeiro". [127] A proposta levou a
nada, com um dos motivos sendo a falta de interesse e relutância do noivo. [128][129]
[130][131]
Por outro lado, o poeta francês Pierre de Bocosel de Chastelard aparentemente
ficou apaixonado pela rainha.[132][133] Ele foi descoberto durante uma varredura de
segurança no início de 1563 escondido debaixo da cama dela, aparentemente
planejando surpreendê-la quando estivesse sozinha para declarar seu amor.
Maria ficou horrorizada e o baniu da Escócia. Ele ignorou o édito e dois dias
depois invadiu os aposentos dela quando a rainha estava prestes a trocar de
roupa. Maria reagiu com fúria e medo, e quando Stuart entrou respondendo
aos seus gritos de socorro, ela ordenou "Enfie seu punhal no vilão!", que Stuart
se recusou a fazer pois Chastelard já estava imobilizado. O poeta foi julgado
por traição e decapitado.[134] Maitland afirmou que o ardor de Chastelard era
fingido e que ele era parte de um plano huguenote para descreditar Maria ao
manchar sua reputação.[135][136]

Casamento com Lorde Darnley

Henrique Stuart e Maria

Maria conheceu brevemente Henrique Stuart, Lorde Darnley, em fevereiro de


1561 enquanto ainda estava de luto por Francisco. Os pais de Henrique
eram Mateus Stuart, 4.º Conde de Lennox, e Margarida Douglas, que eram
aristocratas escoceses e também donos de terras ingleses que enviaram o filho
para a França para dar condolências a rainha e também na esperança de uma
futura união entre os dois.[137][138] Tanto Maria quanto Henrique eram netos de
Margarida Tudor e descendentes patrilineares dos Altos Comissários da
Escócia. Ele partilhava uma linhagem recente com o clã Hamilton como
descendente de Maria Stuart, filha do rei Jaime II. Os dois se encontraram
novamente em 17 de fevereiro de 1565 no Castelo de Wemyss,[139][140] com Maria
se apaixonando[141][142][143] pelo "rapaz comprido" (como Isabel o chamava – ele
tinha mais de 1,80 m de altura).[144][145] Eles se casaram em 29 de julho de 1565
no Palácio de Holyrood, mesmo com ambos sendo católicos e sem a dispensa
papal necessária por serem primos diretos.[146][147][nota 6]
Os políticos ingleses Guilherme Cecil e Roberto Dudley trabalharam para
conseguirem a licença de Henrique para ele viajar da Inglaterra até a Escócia.
[149][130]
 Isabel se sentiu ameaçada pelo casamento, apesar de terem sido seus
conselheiros a juntarem o casal, porque como ambos eram descendentes de
sua tia, tanto Maria quanto Henrique eram reivindicantes ao trono inglês [149][150] e
seu filho herdaria uma reivindicação combinada ainda mais forte. [151] Porém, a
insistência da rainha escocesa pelo casamento parece ter vindo de paixão ao
invés de cálculos políticos. O embaixador inglês Nicolau Throckmorton afirmou
que "a palavra é que ela [Maria] certamente está enfeitiçada",
[152]
 complementando que o casamento só poderia ser evitado "pela violência".
 A união enfureceu Isabel que achava que o matrimônio não deveria ter
[153]

acontecido sem sua permissão já que Henrique era tanto seu primo quanto um
súdito inglês.[150]
Jaime Hepburn, 4.º Conde de Bothwell

O casamento de Maria com um católico fez seu meio-irmão Jaime Stuart se


juntar aos lordes protestantes em uma rebelião, incluindo Arquibaldo Campbell,
5.º Conde de Argyll, e Alexandre Cunningham, 5.º Conde de Glencairn. [154][155] A
rainha foi embora de Edimburgo em 26 de agosto de 1565 a fim de confrontá-
los; Stuart chegou na cidade no dia 30, porém logo partiu depois de não ter
conseguido tomar o castelo. Maria voltou para a capital no mês seguinte para
reunir mais tropas.[156] No Ataque de Chaseabout, Maria e suas forças e Stuart
com os lordes revoltosos rodaram pela Escócia sem nunca entrarem em
combate direito. Os números da rainha aumentaram com a libertação Jorge
Gordon, 5.º Conde de Huntly, e o retorno da França de Jaime Hepburn, 4.º
Conde de Bothwell.[157][158][159] Stuart não conseguiu arranjar apoio suficiente e
pediu asilo na Inglaterra em outubro. [160][161][162][163] Maria ampliou seu conselho
privado para incluir tanto católicos (João Lesley, Bispo de Ross; e Simão
Preston, Reitor de Edimburgo) e protestantes (Jorge Gordon; Alexandre
Gordon, Bispo de Galloway; João Maxwell de Terregles e sir Jaime Balfour). [164]
Henrique logo ficou arrogante. Ele exigiu a Coroa Matrimonial por estar
insatisfeito com sua situação de rei consorte, o que o faria co-soberano da
Escócia e com o direito de manter o trono para si mesmo caso vivesse mais
que a esposa.[165][166] Maria recusou o pedido e o casamento dos dois ficou tenso
mesmo com ela engravidando em outubro de 1565. Henrique ficou com ciúmes
da amizade da rainha com seu secretário católico David Rizzio, que certos
rumores apontavam como o verdadeiro pai da criança. [167][168] Henrique entrou em
março de 1566 em uma conspiração com os lordes protestantes, que incluíam
os nobres que anteriormente haviam se rebelado contra Maria no Ataque de
Chaseabout.[169][170][171][172] Um grupo de conspiradores, acompanhados pelo rei
consorte, assassinou Rizzio em 9 de março na frente de Maria durante um
jantar no Palácio de Holyrood.[173][174][175] Henrique ficou desiludido e trocou de lado
dois dias depois, e a rainha recebeu Stuart no palácio. [176][177][178] Henrique e Maria
escaparam na noite do dia 11 para o 12 de março e se refugiaram
temporariamente no Castelo de Dunbar, retornando para Edimburgo no dia 18.
[179][180][181][182]
 Os rebeldes Stuart, Campbell e Cunningham voltaram para o
conselho.[183][184][185]
Assassinato de Henrique

Kirk o' Field por Guilherme Cecil, desenhado pouco depois do assassinato de Henrique em 1567
Jaime, filho de Maria e Henrique, nasceu em 19 de junho de 1566 no Castelo
de Edimburgo, porém o assassinato de Rizzio levou inevitavelmente ao colapso
do casamento.[186][185] Enquanto estava hospedada em Jedburgo nas Fronteiras
Escocesas em outubro do mesmo ano, Maria cavalgou por pelo menos quatro
horas para visitar Jaime Hepburn no Castelo Hermitage, onde ele estava
doente por causa de ferimentos adquiridos durante um ataque de foras da lei. [187]
[188][189][190]
 A viagem depois foi usada por seus inimigos como evidência que os dois
eram amantes, apesar de nenhuma suspeita ter aparecido na época e a rainha
esteve acompanhada por guardas e conselheiros. [189][191] Ela sofreu uma séria
doença imediatamente ao voltar para Jedburgo, frequentemente vomitando,
perdendo a visão, perdendo a fala, tendo convulsões e passando por períodos
de falta de consciência. Acreditou-se que Maria estava morrendo. Sua
recuperação a partir de 25 de outubro foi creditada para seus médicos
franceses.[192][193][194] Não se sabe a causa da doença; os diagnósticos incluem
exaustão física e estresse mental,[195][196] hemorragia ou uma úlcera gástrica,[197]
[196]
 e até mesmo porfiria.[196]
Maria e os principais nobres escoceses se encontraram no Castelo de
Craigmillar em novembro de 1566 para discutir o "problema de Darnley". [198][185] O
divórcio foi discutido, porém um acordo foi chegado entre os lordes presentes
para retirar Henrique por outros meios:[199][200][201][202] "Achou-se conveniente e mais
rentável para o bem comum ... que um jovem tão tolo e tirano orgulhoso não
deveria reinar sobre eles; ... que ele deva ser retirado de um jeito ou de outro; e
quem deve tomar a ação ou fazê-la; eles devem defendê-lo". [203][204] Henrique
temia por sua segurança e foi para Glasgow ficar nas propriedades de seu pai
durante o natal logo depois do batismo de seu filho. [205] Ele teve febre no início
da viagem, possivelmente varíola, sífilis ou envenenamento, ficando doente por
algumas semanas.[206]
Maria pediu no final de janeiro de 1567 que Henrique voltasse para Edimburgo.
Ele se recuperou de sua doença ficando em uma casa pertencente ao irmão de
sir Jaime Balfour, a antiga abadia de Kirk o' Field perto da cidade. [207][208] [209] A
rainha o visitou diariamente e assim pareceu que eles estavam se
reconciliando.[210] Maria visitou o marido na noite do dia 9 de fevereiro e depois
compareceu ao casamento de seu criado Bastião Pagez. [211][212][213] Uma explosão
devastou Kirk o' Field nas primeiras horas do dia 10, com o corpo de Henrique
sendo encontrado nos jardins, aparentemente sufocado. [214][202] Não havia sinais
visíveis de estrangulamento ou outra violência no corpo. [215][216][nota 7] Hepburn,
Stuart, Maitland, Jaime Douglas, 4.º Conde de Morton, e a própria rainha
estavam dentre os suspeitos.[218] Isabel escreveu para Maria sobre os rumores:
"Eu não cumpriria corretamente o cargo de prima fiel ou amiga afetuosa se eu
não ... lhe contar o que todo o mundo está a pensar. Homens dizem que, ao
invés de prenderes os assassinos, estás olhando para seus dedos enquanto
eles escapam; que não procurarás vingança sobre aqueles que te fizeram tanto
prazer, como se o ato jamais tivesse sido praticado caso os culpados não
tivessem recebido impunidade. De minha parte, peço que acredites que tal
nunca passará por minha cabeça".[219]
Hepburn era tido como o principal suspeito do assassinato ao final de fevereiro.
[220][221]
 Mateus Stuart, pai de Henrique, exigiu que Hepburn fosse julgado perante
o parlamento, com Maria concordando, porém seu pedido de adiamento para
juntar mais evidências foi negado. Ele foi inocentado em 12 de abril depois de
um julgamento de sete horas sem a presença de Mateus Stuart e sem
nenhuma evidência apresentada contra. [222][223] Hepburn conseguiu convencer
mais de uma dúzia de lordes e bispos a assinarem uma semana depois o Laço
da Taverna Ainslie, em que concordavam em apoiar seu objetivo de se casar
com a rainha.[224][225][226]

Abdicação e prisão na Escócia

Maria e Jaime. Na realidade, ela viu o filho pela última vez quando ele tinha dez meses de idade

Maria visitou seu filho em Stirling pela última vez em 21 e 23 de abril de 1567.
Ela foi sequestrada por Hepburn e seus homens no dia 24 enquanto voltava
para Edimburgo, de boa vontade ou não, e levada ao Castelo de Dunbar onde
ele talvez a tenha estuprado.[nota 8] Maria e Hepburn voltaram para a capital em 15
de maio e se casaram em uma cerimônia protestante no palácio ou abadia de
Holyrood.[228] Hepburn havia se divorciado doze dias antes de sua esposa Joana
Gordon, irmã de Jorge Gordon.[229][230][231]
A rainha inicialmente acreditou que muitos nobres apoiavam o casamento,
porém as coisas logo pioraram entre Hepburn e os outros pariatos, com a união
mostrando-se muito impopular. Os católicos consideravam o casamento como
ilegal, já que não reconheciam o divórcio de Hepburn e a validade da cerimônia
protestante. Tanto os protestantes quanto os católicos ficaram chocados que
Maria tenha se casado com o homem acusado de assassinar seu antigo
marido.[232] O casamento foi turbulento e ela ficou desanimada. [233][234] 26 pariatos
escoceses, conhecidos como lordes confederados, reuniram um exército e se
viraram contra Maria e Hepburn. Os dois enfrentaram os lordes em 15 de junho
na Batalha do Morro de Carberry, porém as forças realistas praticamente
desapareceram através de deserções e negociações.[235][236] Hepburn recebeu
passagem segura para ir embora do campo de batalha e os lordes levaram
Maria para Edimburgo, onde as multidões a acusavam de ser uma adúltera e
assassina.[237] Ela foi aprisionada na noite seguinte dentro do Castelo de Loch
Leven, em uma ilha no meio do Loch Leven.[238][239][240] Ela abortou gêmeos entre
os dias 20 e 23 de julho.[241] Maria foi forçada a abdicar do trono em 24 de julho
em favor de seu filho Jaime, então com apenas um ano de idade. [242][243][236] Jaime
Stuart foi nomeado regente[244][245][246][247] e Hepburn foi forçado ao exílio. Ele foi
aprisionado na Dinamarca, ficou insano e morreu em 1578.[248][249]

Fuga e prisão na Inglaterra


Maria fugiu do Castelo de Loch Leven em 2 de maio de 1568 com a ajuda de
Jorge Douglas, irmão do dono do castelo sir Guilherme Douglas. [250][251][252][253] Ela
conseguiu reunir um exército de seis mil homens e se encontrou com as forças
em menor número de Jaime Stuart em 13 de maio na Batalha de Langside. [254]
[255]
 A rainha foi derrotada e fugiu para o sul; ela passou a noite na Abadia de
Dundrennan e cruzou o Estuário de Solway para a Inglaterra no dia 16 dentro
de um barco pesqueiro.[256][257][258] Maria desembarcou em Workington no norte da
Inglaterra e passou a noite no Workington Hall.[259] Oficiais locais a levaram sob
custódia preventiva em 18 de maio para o Castelo de Carlisle. [260][261]
Maria aparentemente esperava que Isabel a ajudasse a reconquistar o trono. [260]
[262][263][264]
 A rainha inglesa estava cautelosa e ordenou que uma investigação fosse
realizada sobre a conduta dos lordes confederados e se Maria era culpada do
assassinato de Henrique.[265][266] As autoridades inglesas levaram a rainha
escocesa para o Castelo de Bolton em julho de 1568 porque era mais longe da
fronteira escocesa, porém não tão perto de Londres. [267] Uma comissão de
inquérito seu reuniu em Iorque e depois em Westminster entre outubro de 1568
e janeiro de 1569.[268][264] Seus apoiadores na Escócia travaram uma guerra civil
contra Stuart e seus sucessores.[269]
Cartas do cofre

Jaime Stuart, 1.º Conde de Moray, por Hans Eworth

Como rainha soberana, Maria se recusou a reconhecer o poder de qualquer


corte para julgá-la e não compareceu pessoalmente aos inquéritos em Iorque
(porém mandou representantes); de qualquer forma Isabel não permitiu que ela
comparecesse.[270][nota 9] Stuart apresentou como provas contra Maria as chamadas
cartas do cofre: oito cartas não assinadas supostamente da rainha para
Hepburn, dois contratos de casamento, um soneto de amor ou sonetos que
afirmou-se terem sido encontrados em um pequeno cofre de prata de 30 cm
decorado com o monograma de Francisco II. [272][273] Maria negou tê-las escrito,
dizendo que sua caligrafia não era difícil de ser imitada, [274][275] insistindo que
todos os documentos eram falsos.[262][276] Eles foram vistos como cruciais sobre a
questão da culpa da rainha no assassinato de Henrique. [277][278] Tomás Howard,
4.º Duque de Norfolk e presidente da comissão de inquérito, descreveu as
cartas como horríveis, enviando cópias para Isabel dizendo que caso fossem
genuínas provariam a culpa de Maria. [279]
A autenticidade das cartas do cofre tem sido assunto de grande controvérsia
dentre os historiadores. É impossível provar a veracidade ou falsidade delas.
As originais em francês foram provavelmente destruídas por Jaime VI em 1584.
[280][281][273]
 As cópias restantes, em francês ou traduzidas para o inglês, não
representam o conjunto completo. Existem transcrições incompletas da década
de 1570 em inglês, escocês, francês e latim.[282][283] Outros documentos incluíam o
divórcio de Hepburn e Joana Gordon. Stuart enviou um mensageiro a Dunbar
em setembro para conseguir cópias dos procedimentos. [284]
Biógrafos como Antonia Fraser, Alison Weir e John Guy chegaram a conclusão
que ou os documentos eram completamente falsos,[285][286] ou passagens
incriminadoras foram inseridas em cartas verdadeiras, [287][288][286] ou que as cartas
foram escritas para Hepburn por outras pessoas ou ainda que Maria as
escreveu para outra pessoa.[289] Entretanto, certas frases (incluindo versos ao
estilo de Pierre de Ronsard) e características do estilo eram compatíveis com
as cartas da rainha.[290]
As cartas só vieram a público na conferência de 1568, apesar do conselho
privado escocês já tê-las visto em dezembro de 1567. [291][292] Os documentos
nunca foram publicados na Escócia para apoiar sua abdicação forçada e
aprisionamento. A historiadora Jenny Wormald acredita que a relutância
escocesa em produzir as cartas e sua subsequente destruição em 1584, não
importando o conteúdo, indicam que continham reais evidências contra Maria,
[293][294]
 enquanto Weir pensa que isso demonstra que os lordes precisaram de
tempo para fabricá-las.[295] Alguns contemporâneos da rainha que viram as
cartas não tinham dúvidas que eram genuínas. Dentre eles estava Tomás
Howard,[296] que secretamente planejava se casar com ela ao longo da
comissão, apesar de ter negado isso quando Isabel comentou sobre os planos
de casamento dele, dizendo "ele nunca quis se casar com uma pessoa onde
não podia ter certeza de seu travesseiro".[297]
Depois de estudarem os conteúdos e compararem as caligrafias com exemplos
da escrita de Maria, os comissários aceitaram as cartas do cofre como
genuínas.[298] Isabel concluiu o inquérito com o veredito que desejava: nada
havia sido provado contra Maria ou os lordes confederados. [299][300] A rainha
inglesa não queria culpar nem inocentar a prima de assassinato por razões
políticas, nunca tendo existido a intenção de proceder judicialmente; a
conferência tinha a intenção de servir como exercício político. Stuart voltou
para a Escócia como seu regente e Maria permaneceu em custódia na
Inglaterra. Isabel foi bem sucedida em manter um governo protestante escocês
sem condenar ou libertar sua colega soberana.[300] Na opinião de Fraser, foi um
dos "julgamentos" mais estranhos da história jurídica, encerrando-se sem
condenar ou inocentar os envolvidos enquanto um voltava para casa e a outra
permanecia em custódia.[301]
Conspirações
Maria c. 1578 por Nicholas Hilliard

Maria foi transferida para o Castelo de Tutbury em 26 de janeiro de 1569 [302] e foi
colocada aos cuidados de Jorge Talbot, 6.º Conde de Shrewsbury, e sua
esposa Bess de Hardwick.[303][304][269] Isabel considerava como sérias ameaças as
aspirações de Maria para o trono inglês e assim a confinou às propriedades de
Talbot, incluindo Tutbury, o Castelo de Sheffield, a Mansão Wingfield e a Casa
Chatsworth,[305][302] todas localizadas no interior da Inglaterra, no meio do caminho
entre Londres e a Escócia e distante do mar.[306] A rainha escocesa recebeu
permissão para ter seus próprios criados, que nunca passaram de dezesseis, e
precisava de trinta carroças para transportar seus pertences de residência para
residência.[307] Seus aposentos eram decorados com ricas tapeçarias e tapetes,
além de seu próprio baldaquino que tinha bordado a frase En ma fin est mon
commencement ("No meu final está meu começo").[nota 10] Suas roupas de cama
eram trocadas diariamente[309] e seus próprios cozinheiros preparavam refeições
que eram servidas em pratos de prata.[310] Ela ocasionalmente recebia
permissão para sair sob rígida supervisão,[311] passando sete verões na estância
termal de Buxton, com bordado sendo seu passatempo preferido. [312] Sua saúde
piorou, talvez por porfiria ou pela falta de exercícios, passando a sofrer
de reumatismo em seus membros na década de 1580, ficando manca. [313][314]

Bordado feito por Maria durante seu tempo na Inglaterra


Isabel tentou mediar a restauração de Maria em maio de 1569 em troca de
garantias para o protestantismo, porém uma convenção realizada
em Perth rejeitou completamente a ideia.[315] Howard continuou a tramar um
casamento, porém a rainha inglesa o aprisionou na Torre de Londres entre
outubro de 1569 e agosto de 1570.[316][317] Stuart foi assassinado no início de
1570; sua morte coincidiu com a Rebelião do Norte liderada por condes
católicos, o que persuadiu Isabel que Maria era uma ameaça. Tropas inglesas
intervieram na guerra civil escocesa, consolidando o poder das forças
antiMaria.[318][319] Sir Francisco Walsingham e Guilherme Cecil, 1.º Barão
Burghley, principais secretários de Isabel, vigiaram Maria através de espiões
infiltrados em sua criadagem.[320][321]
Walsingham e Cecil descobriram em 1571 a Conspiração de Ridolfi, que era
um plano para substituir Isabel por Maria com a ajuda de tropas espanholas e
Howard. O duque foi executado e o parlamento inglês apresentou um projeto
de lei que impedia a ascensão da rainha escocesa ao trono inglês, porém
Isabel se recusou a dar seu consentimento real. [322][323][324] As cartas do cofre foram
publicadas em Londres para desacreditar Maria. [325][326][269] As conspirações ao seu
redor continuaram. O papa Gregório XIII apoiou um plano na metade da
década de 1570 para casá-la com João da Áustria, governador dos Países
Baixos e meio-irmão do rei Filipe II de Espanha, que supostamente organizaria
uma invasão da Inglaterra pelos Países Baixos Espanhóis.[327] Walsingham
apresentou o Vínculo de Associação e o Decreto pela Segurança da Rainha
depois da Conspiração de Throckmorton em 1583, que autorizavam a
execução de qualquer um que conspirasse contra Isabel e tinham a intenção
de impedir um sucessor putativo de se beneficiar de seu assassinato. [328][329]
[330]
 Guilherme Parry foi condenado em fevereiro de 1585 por tramar contra a
rainha sem o conhecimento de Maria, porém seu agente Tomás Morgan foi
implicado.[331] Ela foi colocada sob a rígida custódia de sir Amias Paulet, [332]
[333]
 sendo transferida para uma mansão em Chartley no natal. [334]

Morte
Julgamento
Desenho contemporâneo do julgamento de Maria

Maria foi implicada na Conspiração de Babington e foi presa em 11 de agosto


de 1586, sendo levada até Tixall.[335][336] Walsingham deliberadamente conseguiu
que as cartas da rainha escocesa fossem tiradas de Chartley em uma tentativa
bem sucedida de incriminá-la. Maria foi levada a acreditar que suas cartas
estavam seguras quando na realidade haviam sido decifradas e lidas pelo
secretário.[337][338][333] A partir dessas cartas ficou claro que ela havia sancionado
uma tentativa de assassinato contra Isabel.[339][333][340] Maria foi levada para o
Castelo de Fotheringhay, chegando em 25 de setembro, e foi colocada sob
julgamento em outubro diante um júri formado por 36 nobres pela acusação de
traição de acordo com Decreto pela Segurança da Rainha; [341] dentre os jurados
estavam Cecil, Talbot e Walsingham.[342] Maria negou todas as acusações,[343][344]
[341]
 pedindo para os jurados "Olhem em suas consciências e lembrem-se que o
cenário do mundo inteiro é maior que o reino da Inglaterra". [345] Ela salientou o
fato de não ter recebido a oportunidade de ver as evidências, que seus
documentos haviam sido tomados, que lhe foi negado o direito de
aconselhamento legal e que não podia ser condenada por traição porque era
uma rainha estrangeira e assim não uma súdita inglesa. [343][346]
Maria foi condenada e sentenciada a morte em 25 de outubro com apenas um
comissário expressando uma opinião contrária.[347] Isabel hesitou em ordenar a
execução, mesmo enfrentando pressão do parlamento para que a sentença
fosse cumprida. Ela estava preocupada que matar uma rainha criaria um
precedente desonroso e temia as consequências, especialmente se em
retaliação Jaime VI da Escócia formasse uma aliança com as potências
católicas e invadisse a Inglaterra.[348][341] Isabel pediu a Paulet que encontrasse
um modo clandestino de "encurtar a vida" de Maria, porém ele se recusou
dizendo que não queria fazer "da minha consciência um naufrágio, ou deixar
tão grande mancha em minha pobre posteridade". [349] Ela assinou o mandato de
morte em 1 de fevereiro de 1587 e o deixou com seu conselheiro privado
Guilherme Davison.[350] Dez membros do conselho privado foram convocados
dois dias depois[351] por Cecil sem o conhecimento da rainha inglesa, decidindo
executar a sentença imediatamente. [352]
Execução

Ilustração da execução de Maria, c. 1613 por um artista dinamarquês

Maria soube em 7 de fevereiro de 1587 que seria executada na manhã do dia


seguinte.[353][354][341] Ela passou suas últimas horas de vida rezando, distribuindo
seus pertences dentre sua criadagem, escrevendo um testamento e uma carta
para ser enviada ao rei da França.[355][356] Um cadafalso preto foi erguido no
grande salão de Fotheringhay. Ele tinha dois ou três degraus de altura e
continha um bloco de execução, uma almofada para ela se ajoelhar e três
banquinhos, um para ela e os outros dois para Talbot e Henrique Grey, 6.º
Conde de Kent, as testemunhas de sua execução. [357][358] Os carrascos (um
chamado Touro e seu assistente) se ajoelharam diante dela e pediram por
perdão. Maria respondeu, "Eu os perdoo com todo meu coração, pois agora,
espero, vocês darão final a todos os meus problemas". [359][360] Os carrascos e
suas criadas Joana Kennedy e Isabel Curle ajudaram a rainha e tirar suas
vestimentas externas, revelando uma anágua de veludo e um par de luvas de
vermelho-marrom, as cores litúrgicas católicas do martírio,[361][359][362][363] com um
corpete de cetim preto e enfeites também pretos. [364] Ao tirar as vestes ela sorriu
e disse que "nunca tive tais noviços antes... nem nunca despi de minhas
roupas diante tal companhia".[359][365] Maria foi vendada por Kennedy com um véu
branco bordado em ouro, se ajoelhou na almofada na frente do bloco,
posicionou sua cabeça e esticou seus braços. Suas últimas palavras foram "In
manus tuas, Domine, commendo spiritum meum" ("Em tuas mãos, ó Senhor,
entrego meu espírito").[366]
Maria não foi decapitada com um golpe único. O primeiro golpe errou seu
pescoço e atingiu-lhe a parte de trás da cabeça. O segundo golpe cortou-lhe o
pescoço, exceto por um pequeno pedaço de tendão, que o carrasco cortou
com um machado. Em seguida ele levantou a cabeça e declarou: "Deus salve
a Rainha!" Nesse momento as tranças ruivas do cabelo de Maria mostraram-se
ser na verdade uma peruca e a sua cabeça caiu no chão, revelando que ela
tinha um cabelo grisalho bem curto.[367][368] Afirma-se que um pequeno
cachorro skye terrier estava escondido no meio das saias da rainha. Ele se
recusou a ser tirado de perto de sua dona e estava coberto de sangue, sendo
retirado à força e lavado.[369][370] Itens supostamente carregados por Maria na
execução são de proveniência duvidosa;[371] relatos contemporâneos afirmam
que todas as suas roupas, o bloco e tudo que foi tocado por seu sangue foi
queimado na lareira do grande salão para impedir caçadores de relíquias. [369]

Legado

Túmulo de Maria na Abadia de Westminster

Isabel ficou indignada quando soube da execução e afirmou que Davison havia
desobedecido suas instruções ao se separar do mandato de execução e que o
conselho privado agiu sem sua autoridade.[372] A vacilação da rainha inglesa e
suas instruções deliberadamente vagas lhe deram negação plausível para
tentar evitar ser diretamente envolvida na morte de Maria. [373] Davison foi
aprisionado na Torre de Londres e condenado por conivência. Ele foi solto
dezenove meses depois quando Cecil e Walsingham intercederam a seu favor.
[374]

Maria havia pedido para ser enterrada na França, porém Isabel recusou a ideia.
[375]
 Seu corpo foi embalsamado e deixado em um caixão de chumbo até seu
enterro na Catedral de Peterborough, em um serviço protestante, no final de
julho.[376][377] Seus intestinos haviam sido removidos durante o embalsamamento e
foram secretamente enterrados no Castelo de Fotheringhay. [372][370] Seu corpo foi
exumado em 1612 e reenterrado na Abadia de Westminster a mando de seu
filho Jaime VI & I, em uma tumba oposta a de Isabel.[378][377] A tumba foi aberta em
1867 enquanto historiadores tentavam encontrar o local de enterro de Jaime;
ele acabou sendo encontrado perto de Henrique VII, porém muito de seus
descendentes, incluindo Isabel da Boêmia, o príncipe Ruperto do Reno e os
filhos da rainha Ana da Grã-Bretanha, foram enterrados no mesmo túmulo de
Maria.[379]
Avaliações de Maria no século XVI eram divididas entre reformistas
protestantes como Jorge Buchanan e João Knox, que a difamaram sem
piedade, a católicos como Adão Blackwood, que a defenderam e elogiaram. [380]
[381]
 O historiador Guilherme Camden escreveu uma biografia oficial a partir de
documentos originais depois da ascensão de Jaime VI na Inglaterra. Ele
condenou os trabalhos de Buchanan[382] e "enfatizou a má sorte de Maria ao
invés de seu mau caráter".[383] As interpretações diferentes perduraram
no século XVIII: Guilherme Robertson e David Hume afirmaram que as cartas
do cofre eram genuínas e que a rainha era culpada de adultério e assassinato,
porém Guilherme Tytler defendia o contrário.[384] O trabalho de Antonia Fraser na
segunda metade do século XX foi aclamado como "mais objetivo ... livre dos
excessos de bajulação ou ataque" que caracterizaram biografias anteriores,
[385]
 com seus contemporâneos Gordon Donaldson e Ian B. Cowan também
produzindo obras mais equilibradas.[386] A historiadora Jenny Wormald concluiu
que Maria foi uma falha trágica que não conseguiu lidar com as exigências
colocadas sobre ela,[387] porém sua visão foi dissidente ao não dizer que a
rainha era um peão nas mãos dos nobres do reino. [388] Não existem provas
concretas de sua cumplicidade na morte de Darnley ou participação em alguma
conspiração com Bothwell. Tais acusações baseiam-se em presunções [389][390][391] e
a biografia de Buchanan é atualmente descreditada como "quase
completamente fantasia".[392][393] A coragem de Maria durante sua execução
ajudou a estabelecer sua imagem popular de uma vítima heroica em uma
tragédia dramática.[394][395]

Árvore genealógica
Jaime II

Jaime Maria
III Stuart

Jaime
Hamilton, Isabel
Eduardo IV
1.° Conde Hamilton
de Arran

Jaime João Henrique VII Isabel de


Hamilton, Stuart,
2.º Conde 3.º Conde
de Arran de Lennox Iorque

Arquibal
do
Margari
Cláudio, Douglas, Henriq
Antonieta Jaime da
Duque de 6.º ue VIII
de Bourbon IV Tudor
Guise Conde
de Angus

Francisc Carlos, Margarida


Mateus
o, Carde Maria Douglas
Stuart, 4.º
Duque al de de Jaime V
Conde de
de Loren Guise
Lennox
Guise a

Jaime Henriqu Isab


Stuart, 1.º Mari e Stuart, Eduardo el I
Maria I
Conde de a Lorde VI
Moray Darnley

Jaime VI
&I

Ancestrais
[Expandir]Ancestrais de Maria da Escócia[396]

Notas
1. ↑ O bispo João Lesley afirmou que Maria nasceu no dia 7, porém a própria e João
Knox afirmaram que foi no dia 8, que era o dia da Imaculada Concepção da Virgem Maria.[1]
[2]

2. ↑ "It cam wi' a lass and it will gang wi' a lass!". Knox registrou a frase pela primeira
vez na década de 1560 como: "Que o diabo leve! Terminará como começou: veio de uma
mulher; e terminará em uma mulher.[7]
3. ↑ Knox afirmou que Jaime havia assinado um papel em branco que Beaton
preencheu, enquanto que Hamilton disse que o cardeal pegou a mão do rei moribundo e o
fez assinar.[14]
4. ↑ A antipatia de Catarina com Maria ficou aparente apenas depois da morte de
Henrique II em 1559.[52][53] Os interesses de Catarina competiam com os da família Guise, e
talvez tenha existido algum elemento de ciúmes ou rivalidade entre as duas. [54]
5. ↑ Os outros membros eram: João Bellenden, Lorde Juiz; Jaime MacGill, Lorde
Registrador; Guilherme Maitland, Secretário de Estado; Roberto Richardson, Lorde Alto
Tesoureiro; Jaime Hepburn, 4.º Conde de Bothwell e Lorde Grande Almirante; Jaime
Hamilton, 2.º Conde de Arran; Jaime Douglas, 4.º Conde de Morton; Guilherme Keith, 4.º
Conde Marischal; e João Erskine, 6.º Lorde Erskine. [62]
6. ↑ A dispensa foi emitida em Roma no dia 25 de setembro, porém foi
retroativamente datada para 25 de maio.[148]
7. ↑ A autópsia revelou ferimentos internos, que acredita-se terem sido causados pela
explosão. João Knox afirmou que os médicos que examinaram o corpo mentiram e que
Henrique havia sido estrangulado, porém todas as fontes concordam que não havia marcas
no corpo e que não existiam motivos para os médicos mentirem já que era óbvio que ele
tinha sido assassinado.[217]
8. ↑ Jaime Melville estava no castelo e escreveu que Hepburn "tinha arrebatado ela e
deitado com ela contra sua vontade". Outros contemporâneos consideraram o sequestro
uma farsa.[227]
9. ↑ Maria mais tarde pediu para comparecer aos inquéritos em Westminster, porém
Isabel não deu permissão e os comissários da rainha escocesa se retiraram da
conferência.[271]
10. ↑ A frase era o lema de sua mãe.[308]

Referências
1. ↑ Ir para:a b c Fraser 1994, p. 13.
2. ↑ Ir para:a b Wormald 1988, p. 11.
3. ↑ Fraser 1994, p. 14.
4. ↑ Fraser 1994, p. 11.
5. ↑ Wormald 1988, p. 46.
6. ↑ Guy 2004, p. 16.
7. ↑ Wormald 1988, pp. 11–12.
8. ↑ Ir para:a b Fraser 1994, p. 12.
9. ↑ Ir para:a b Guy 2004, p. 17.
10. ↑ Ir para:a b Fraser 1994, p. 18.
11. ↑ Guy 2004, p. 22.
12. ↑ Wormald 1988, p. 43.
13. ↑ Fraser 1994, p. 15.
14. ↑ Wormald 1988, pp. 46–47.
15. ↑ Fraser 1994, pp. 17, 60.
16. ↑ Guy 2004, pp. 20, 60.
17. ↑ Wormald 1988, pp. 49–50.
18. ↑ Fraser 1994, pp. 17–18.
19. ↑ Ir para:a b c Weir 2008, p. 8.
20. ↑ Ir para:a b Wormald 1988, p. 55.
21. ↑ Guy 2004, p. 25.
22. ↑ Fraser 1994, p. 19.
23. ↑ Fraser 1994, pp. 19–20.
24. ↑ Guy 2004, p. 26.
25. ↑ Ir para:a b Fraser 1994, p. 21.
26. ↑ Guy 2004, p. 27.
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subscrição ou ser sócio da biblioteca pública do Reino Unido)
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3. doi:10.1057/9780230286153

Ligações externas

O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Maria da Escócia

 Maria da Escócia (em inglês) na página oficial da monarquia britânica


 Retratos de Maria da Escócia (em inglês) na National Portrait Gallery
Maria da Escócia
Casa de Stuart
8 de dezembro de 1542 – 8 de fevereiro de 1587

Precedida por Sucedida por


Jaime V Jaime VI

Rainha da Escócia
14 de dezembro de 1542 – 24 de julho de
1567

Precedida por Sucedida por


Catarina de Médici Isabel da Áustria
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