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Afonso IV de Portugal
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Afonso IV
O Bravo
Reinado 7 de janeiro de 1325
a 28 de maio de 1357
Antecessor(a) Dinis I
Sucessor(a) Pedro I
Casa Borgonha
Nascimento 8 de fevereiro de 1291
Lisboa, Portugal
Morte 28 de maio de 1357 (66 anos)
Lisboa, Portugal
Enterro Sé de Lisboa, Lisboa, Portugal
Religião Catolicismo
Índice
1Vida
2Reinado
o 2.1Política externa
o 2.2Política interna
3Títulos, estilos, e honrarias
4Ascendência
5Descendência
6Ver também
7Referências
8Bibliografia
9Ligações externas
Vida
Afonso IV
Afonso foi o segundo filho da rainha Isabel. Teve uma irmã, nascida um ano
antes, Constança que casou com o rei de Castela, Fernando IV.
Em 1309, D. Afonso IV casou com a infanta Beatriz, filha do rei Sancho IV de
Castela, este filho de Afonso X, o Sábio que é o avô materno do rei Dinis, pai
de Afonso IV; como tal, os noivos são primos. Deste casamente destacam-
se Maria de Portugal e Pedro I. Este casamento e o da sua irmã estavam
previstos com o tratado de Alcanizes.
Apesar de ser filho legítimo de seu pai D. Dinis, D. Afonso não seria, de acordo
com algumas fontes, o favorito do rei D. Dinis, que preferia a companhia de D.
Afonso Sanches, um dos seus bastardos (legitimado). Esta preferência deu
lugar a uma rivalidade entre os dois irmãos, levando o futuro rei a rebelar-se
contra o pai, havendo guerra civil, em 1320.[1] Além daquele meio-irmão havia
ainda João Afonso e Fernão Sanches, outros filhos de Dinis. Do lado do futuro
rei, estava a sua mãe, alguns grandes nobres, muitos filhos segundos e os
bispos de Porto e Lisboa. O rei Dinis tinha os três filhos bastardos, alguns
nobres e as ordens militares. A paz foi feita com a intervenção da rainha Isabel,
depois da batalha de Alvalade e quatro anos de guerra. Assinada a paz em 26
de fevereiro de 1324, Afonso Sanches foi demitido e afastado da corte e o
futuro rei via assegurado o trono.[2]
Em 1325, Afonso IV tornou-se rei e como primeira decisão, após cortes
em Évora, declarou Afonso Sanches como traidor,[3] este estava já em Castela,
retirando-lhe todas as terras, títulos e feudos concedidos pelo pai de ambos.
[4]
Fez o mesmo a João Afonso que foi executado. [3] O exilado não se conformou
e do outro lado da fronteira orquestrou uma série de manobras políticas e
militares com o fim de se tornar ele próprio rei. Depois de várias tentativas de
invasão falhadas, os irmãos assinaram um tratado de paz, sob o patrocínio da
rainha Isabel.[5]
Jaz na Sé de Lisboa, junto a D. Beatriz, sua rainha e consorte.
Reinado
Afonso tornou-se rei em 1325, com 33 anos, dando algum seguimento à
política do pai, mas agora com certa austeridade na corte. Entre 1326 e 1329
houve guerra contra o irmão Afonso Sanches. Ataques foram feitos na fronteira
entre Portugal e Castela. Após a paz, os bens de Afonso Sanches foram
devolvidos.[6]
Durante este reinado houve guerra contra Castela, por razões familiares. A
nível interno, a política do rei visava fortalecer o poder real com as reformas
que foram feitas, como na justiça.
O seu cognome vem do papel que teve na batalha do Salado.
Política externa
A primogénita do casamento, a infanta D.Maria casou com D. Afonso XI de
Castela em 1328, mas o casamento revelou-se infeliz, dado que o Rei de
Castela maltratava abertamente a mulher. D. Afonso IV não ficou contente por
ver sua filha menosprezada e negociou o casamento do
filho Pedro com Constança Manuel, filha dum influente nobre: João Manuel; ora
o rei Afonso XI raptou Constança e isto levou à guerra, durando de 1336 a
1339. A paz veio em julho de 1339 com intervenção do papa e do rei
de França, o tratado foi assinado em Sevilha.[7] No ano seguinte, em Outubro de
1340, tropas portuguesas participaram na grande vitória da Batalha do
Salado contra os mouros merínidas.[5]
Outras medidas na política externa foram a confirmação da aliança
com Aragão e Castela em 1328 e 1329. Um acordo comercial com
a Inglaterra em 1353.[6]
Em 1343 houve no reino grande carestia de cereais e em 1346, a fim de fazer
sua aliança com o rei de Aragão, D. Afonso IV enviou a Barcelona um
embaixador para a assinatura do acordo entre o rei e D. Pedro IV de
Aragão com vista à realização do casamento da infanta D. Leonor.
Política interna
A sua política visava a centralização do poder como a criação dos
chamados juízes de fora, criada em 1327 e 1332-1340.[8] Os magistrados
passam a ser nomeados pelo rei, em vez dos juízes eleitos pelos membros dos
concelhos.[4] Foi proibida a intromissão dos nobres na justiça e a vingança
privada (costume dos nobres) foi proibida com pena de morte. Tratou-se
portanto de uma medida de centralização do poder judicial. [4] Outras medidas
internas: reforma parlamentar dos deputados do povo (1331); reformas dos
concelhos; repressão dos abusos senhorias.[8] Em 1347 ocorreu um sismo que
abalou Coimbra, tendo causado enormes prejuízos.
Em 1348 a peste negra, vinda da Europa, assola o país, entre setembro e
dezembro.[9] De todos os problemas foi a peste o mais grave, vitimando grande
parte da população e causando grande desordem no reino. O rei reagiu
prontamente, tendo promulgado legislação a reprimir a mendicidade e a
ociosidade.[9] Também neste reinado foram tomadas medidas quanto ao
vestuário permitido, conforme a classe social.[9]
A última parte do reinado de D. Afonso IV foi marcada por intrigas políticas e
conflitos internos em grande parte devidos à presença em solo português de
refugiados da guerra civil entre D. Pedro I de Castela e o seu meio-irmão
D. Henrique da Trastâmara.
Descendência
Referências
1. ↑ Saraiva 1993, pp. 98-100.
2. ↑ Mattoso 1993, pp. 483-484.
3. ↑ Ir para:a b Mattoso 1993, p. 484.
4. ↑ Ir para:a b c Saraiva 1993, p. 100.
5. ↑ Ir para:a b c d Chonica de ElRei Dom Afonso o Quarto, Rui de Pina (1440-1522)
6. ↑ Ir para:a b Mattoso 1993, p. 485.
7. ↑ Mattoso 1993, p. 486.
8. ↑ Ir para:a b Mattoso 1993, p. 487.
9. ↑ Ir para:a b c Saraiva, p. 110.
10. ↑ Saraiva 1993, p. 103.
Bibliografia
Saraiva, José (1993). História de Portugal. Mem Martins: Publicações Europa-
América
Rui de Pina. Chonica de ElRei Dom Afonso o Quarto
Mattoso, José (1993). História de Portugal — A Monarquia Feudal. 2.º volume.
[S.l.]: Círculo de Leitores. ISBN 972-42-0636-X
Ligações externas
Sucedido por
Pedro I
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d
e
Monarcas de Portugal
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v
d
e
Linha Agnática do Conde D. Henrique a D. João VI
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DBE: alfonso-iv-de-portugal
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FAST: 1722723
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GND: 143111906
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