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Fotossíntese: veja a Fase Escura, o Ciclo de Calvin. É Biologia no Enem.

Graças à Fotossíntese você está aqui lendo este post! É óbvio que
você não é verde e se alimenta de luz, mas, ainda assim, é totalmente
dependente dos seres autótrofos fotossintéticos. Sem eles e sem a Fase
Clara e a Fase Escura da Fotossíntese, nada de termos a vida como nós a
experimentamos.

A capacidade que alguns seres vivos (como as plantas) têm de realizar


Fotossíntese é o que possibilita o retorno do oxigênio para a atmosfera e a
produção de moléculas orgânicas energéticas cuja energia será transferida ao
longo das cadeias alimentares. Veja no diagrama a Fase Escura da
Fotossíntese.  

A Fase Escura da Fotossíntese: Ciclo de Calvin e ciclo das pentoses

A Fase Escuta também é chamada derfase independente de luz.


Mas, apesar de receber esses nomes é uma fase da fotossíntese que
depende indiretamente da luz. Assim ocorre, pois, para que o ciclo de Calvin
ocorra, o cloroplasto necessita dos produtos liberados ao fim da fase clara da
fotossíntese: o ATP e o NADPH.

Então, não se confunda, querido (a) candidato (a): a fase escura não
ocorre sem a presença de luz como, por exemplo, durante a noite. Como o
ATP e o NADPH são muito instáveis, a fase escura precisa ocorrer
concomitantemente à fase clara.

Durante a fase independente de luz ou química, que acontece no


estroma do cloroplasto, ocorrerá o processo que chamamos de fixação do
carbono.

Na fixação do carbono, o carbono presente na molécula de gás


carbônico (que foi capturado pelos estômatos da planta, no caso dos
organismos do Reino Plantae) será reorganizado para formar moléculas
orgânicas energéticas, cujas bases são cadeias carbônicas, como a glicose.
Veja na Figura 2: Cloroplasto. No tilacoides ocorre a fase clara da
fotossíntese e a fase escura ocorre no estroma. Créditos da imagem:
Encyclopaedia Britannica, Inc.

O Ciclo de Calvin

No início do ciclo de Calvin, seis moléculas de gás carbônico (CO2) se


ligam a seis diferentes moléculas de um composto de cinco carbonos chamado
de ribulose difosfato ou ribulose bifosfato (RuBP), que irá funcionar como uma
espécie de “suporte” para o transporte do carbono proveniente do gás
carbônico no estroma do cloroplasto.

Essa ligação é proporcionada por uma enzima chamada de RuBisCo


(ribulose bifosfato carboxilase). A partir dessa ligação, desencadeia-se um ciclo
de várias reações químicas em que diversos compostos intermediários de
carbono são formados.

A energia necessária para a realização dessas ligações químicas que


formam estas cadeias carbônicas intermediárias vem da fase clara da
fotossíntese (um total de 12 ATPs que fornecerão energia e 12 NADPH que
irão fornecer os elétrons). Da união de um carbono com cada molécula de
RuBP, irá ser formado um composto de seis carbonos.

Estas moléculas de seis carbonos logo são quebradas, formando


compostos com apenas três carbonos e um grupamento fosfato (PGA). Os
PGAs serão fosforilados e reduzidos através da utilização de 12 moléculas de
ATP, formando compostos de 3 carbonos e dois grupamentos fosfato – o
PGAL.

Dez dessas moléculas de PGAL serão “desfosforiladas” (perderão seus


grupamentos fosfatos), reconstituindo as RuBP para o ciclo e formando 6
ATPs. As duas moléculas PGAL restantes serão utilizadas para a produção de
uma molécula de glicose. Veja na Figura 3: Esquema demonstrando as
transformações do carbono ao longo do ciclo de Calvin (fase escura da
fotossíntese).

A glicose formada poderá ser oxidada e utilizada como fonte de energia


na respiração celular, pode acumular-se na forma de amido ou ainda
transformada em celulose que será incorporada à paredes celulares.

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