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COBRANÇA - SEGURO OBRIGATÓRIO - DPVAT - PAGAMENTO

DE DESPESAS MÉDICAS

EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA ___ª VARA DO JUIZADO


ESPECIAL DE TRÂNSITO DE _____ - UF

(Nome, prenome, estado civil, profissão, CPF ou CNPJ, e-


mail, endereço - cf. art. 319, II do CPC/2015), representada
por sua genitora (Nome, prenome, estado civil, profissão, CPF
ou CNPJ, e-mail, endereço - cf. art. 319, II do CPC/2015),
vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência por
intermédio de seus advogados que ao final assinam, com
fulcro no Decreto - Lei nº. 73, de 21.11.66 complementado
pelas leis 6.194/74, 8.441/92, 11.482/07, e 11.945/09, propor
a presente:

AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO OBRIGATÓRIO - DPVAT


em face de (Nome, prenome, estado civil, profissão, CPF ou CNPJ, e-mail,
endereço - cf. art. 319, II do CPC/2015),fazendo para tanto, face aos seguintes
fatos e fundamentos assim alinhavados:

SÍNTESE FÁTICO-PROCESSUAL
A Requerente sofreu acidente automobilístico no dia 19/09/2010, conforme
comprovam documentos anexos (Prontuário Médico e Boletim de Ocorrência).
Em decorrência do acidente, a Requerente teve que dispor de fundos
monetários para o pagamento de despesas de assistências médicas e
suplementares, no valor total de R$ 2.475,65 (dois mil quatrocentos e setenta e
cinco reais e sessenta e cinco centavos).
Portanto, a Requerente tem direito ao ressarcimento das despesas, que
deverão ser custeadas pelo Seguro Obrigatório - DPVAT.
DO SUSTENTÁCULO

Diante de tais fatos e, ainda, pela aplicação do Princípio "JURA NOVIT CURIA",
ou mais popularmente falando: "DA MIHI FACTUM DABO TIBI JUS", é de se ter
em mente, que o imprescindível na inicial de qualquer ação não é indicar qual o
dispositivo legal violado, e sim, demonstrar o fundamento jurídico no qual se
baseia o pedido.
Nesse sentido, adverte Rui Portanova:
“No princípio em estudo está contido o brocardo narra mihi factum,
narro tibi ius, que também demonstra bem o quanto de público se
encerra no processo e na atividade jurisdicional: do fato dispõem as
partes, mas do direito dispõe o Estado-juiz”.
(in Princípios do Processo Civil, Livraria do Advogado, Editora Porto
Alegre, 1995, p. 240)

DA LEGITIMIDADE PASSIVA
No tocante à Legitimidade Passiva para a causa, é uníssono o entendimento de
que qualquer uma das Seguradoras da Sociedade Seguradora Nacional do
Convênio DPVAT responde pelo pagamento da indenização em virtude do
Seguro Obrigatório.
De acordo a Lei 8.441/92:
Art. 7º - A indenização por pessoa vitimada por veículo não identificado,
com seguradora não identificada, seguro não realizado ou vencido, será
paga nos mesmos valores, condições e prazos dos demais casos por
um consórcio constituído, obrigatoriamente, por todas as sociedades
seguradoras que operem no seguro objeto desta lei.
§ 1º - O consórcio de que trata este artigo poderá haver
regressivamente do proprietário do veículo os valores que desembolsar,
ficando o veículo, desde logo, como garantia da obrigação, ainda que
vinculada a contrato de alienação fiduciária, reserva de domínio, leasing
ou qualquer outro.
Vejamos a Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:
SEGURO OBRIGATÓRIO. DPVAT. Consórcio. Legitimidade de qualquer
seguradora que opera no sistema. De acordo com a legislação em
vigor, que instituiu sistema elogiável. E satisfatório para o interesse de
todas as partes envolvidas, qualquer seguradora que opera no sistema
pode ser acionada para pagar o valor da indenização, assegurado seu
direito de regresso. Precedente. Recurso conhecido e provido. (RESP:
Nº 401418 - MG RE: 2001.094323-0 DJ: 10/06/2002 PAG. 220
MINISTRO RUY ROSADO AGUIAR)
DO INTERESSE DE AGIR
Quanto à eventual alegação da Requerida a respeito de falta de interesse de
agir da Parte Autora, a Constituição Federal assegura:
"A Lei não excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça a
direito". (CF, art. 5º, XXXV)
Portanto, a parte Autora não precisa se submeter às "vaidades" administrativas
das seguradoras do convênio DPVAT para ver atendido seu direito legal.
Portanto, suscitar a falta de INTERESSE DE AGIR, caracteriza total
desentendimento com a Constituição Federal.
Em consonância com os artigos supracitados, a parte Autora tem direito ao
recebimento do valor de sua indenização no valor de R$ 2.475,65 (dois mil
quatrocentos e setenta e cinco reais e sessenta e cinco centavos).
Conclui-se que o direito da parte Requerente é líquido certo, fundamenta-se
perfeitamente na legislação vigente, com o quantum indenizatório fixado por
Lei.
DOS REQUERIMENTOS
Pelo fio do exposto, diante de tudo o que foi explanado nesta suada, é que se
requer:
A citação da Requerida no endereço supracitado, para audiência de
conciliação, a ser designada pelo i. Magistrado, para apresentarem sua defesa,
sob pena de revelia e confissão quanto a matéria de fato (cf. art. 20 da lei
9.099/95).;

Seja observado o procedimento sumaríssimo com fulcro na lei 9.099/95;


Seja julgado procedente o pedido, condenando a requerida ao Pagamento do
Seguro Obrigatório - DPVAT, no valor de R$ 2.475,65 (dois mil quatrocentos e
setenta e cinco reais e sessenta e cinco centavos), corrigido monetariamente a
partir do evento danoso e acrescido de juros moratórios a contar do
desembolso das despesas;
Seja concedida as Benesses da Graça;
Indica à penhora, desde já, dinheiro em espécie;
Requer seja, ao final, o Executado condenado ao pagamento do débito
devidamente atualizado monetariamente; mais custas processuais e honorários
sucumbenciais que forem fixados por este r. Juízo;
Protesta pelas provas aplicáveis;
Imprime-se ao presente o valor de dois mil quatrocentos e setenta e cinco reais
e sessenta e cinco centavos.
____________, ___ de __________ de 20__.
p.p. ____________
OAB-RS/
Modelo cedido por Vinícius Mendonça de Britto - Escritório Britto Advocacia

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