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FERNANDO GAMA
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2 - PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Segundo o professor Francisco Glauber Lima Mota, princípios são preceitos
fundamentais e imutáveis de uma doutrina, que orientam procedimentos e que indicam a
postura a ser adotada diante de uma realidade.
A Lei 4320/64 de 17/03/1964, que estatui normas de direito financeiro para a
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios
e do Distrito federal, estabeleceu em seu artigo 2º os princípios de unidade,
universalidade e anualidade.
“Art. 2º A lei de orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de
forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do
governo, obedecidos os princípios da unidade, universalidade e anualidade”, grifo
nosso.
No entanto os autores listam, além destes, outros princípios, dos quais se
destacam:
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2.2 - Princípio da Unidade
De acordo com o princípio da unidade, também contemplado no artigo 2º da Lei
4320/64, o orçamento deve ser uno, ou seja, deve haver somente um único orçamento
para o exercício financeiro, evitando orçamentos paralelos.
Apesar da constituição federal, em seu artigo 165, prever três leis orçamentárias:
PPA, LDO E LOA e três esferas orçamentárias: orçamento fiscal, orçamento de
investimento e orçamentos da seguridade social (§5º), a doutrina majoritária entende
que o princípio da unidade continua existindo, ainda que sob um novo conceito, qual
seja o de totalidade, necessidade de inclusão das três esferas orçamentárias na Lei
Orçamentária anual, e compatibilidade da LOA com a LDO e com o PPA e da LDO
com o PPA.
O próprio artigo 165, acima citado, traz as duas exceções a este princípio, quais
sejam: a autorização para abertura de créditos suplementares na própria LOA e a
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação da receita.
Importante ressaltar que a Lei 4320/64 em seu artigo 7º, também determina
exceções ao princípio da exclusividade:
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Mais do que um princípio orçamentário, a publicidade é um princípio
constitucional previsto no artigo 37 da CF/88, que deve nortear todos os atos da
administração pública. O maior objetivo deste princípio é proporcionar publicidade aos
atos públicos na busca da tão difundida transparência dos gastos públicos.
Vários artigos da constituição reforçam a necessidade da transparência na
administração pública, dentre os quais destacamos o artigo 165, § 3§: “O Poder
Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório
resumido da execução orçamentária”.
A Lei 101/00, LRF, também trouxe diversas regras no sentido de dar maior
transparência ao gastos públicos, com destaque para os artigos 48 e 49.
“Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será
dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público:
os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de
contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução
Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas
desses documentos”.
“Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão
disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no
órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação
pelos cidadãos e instituições da sociedade”.
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parte da receita pelo seu valor total e na parte da despesa a parcela a ser transferida,
evitando-se lançar o valor líquido resultante do confronto entre estes dois valores.
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2.11 - Princípio da Clareza
O princípio da clareza estabelece que o orçamento dever ser apresentado em
linguagem transparente, simples e inteligível, sem descuidar das exigências técnicas
orçamentárias, para facilitar o manuseio e a compreensão daqueles que, por força do
ofício ou por interesse, necessitam conhecê-lo.
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