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Anais do 6º Encontro Celsul - Círculo de Estudos Lingüísticos do Sul

AS VIAS DE CONTINUIDADE EM ARTIGOS DE OPINIÃO AUTORAIS

Bianca Taís ZANINI, Bibiana NILSSON* , Maria Eduarda GIERING** (UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO
DOS SINOS)
ABSTRACT: The project Opinion´s Texts Rhetorical Organization applies a cognitive way of focusing on
handling decision-making. It deals with the conception of text as a strategic configuration. We study the means
continuity chosen by each of the selected texts and authors as well the regularities estabilished among basic
levels of information.
KEYWORDS: strategies; rhetorical; means continuity.

0. Introdução

O projeto O.R.T.O*** (Organização Retórica de Textos de Opinião) parte do pressuposto de que o


texto é linguagem em contexto, produto da criatividade e, portanto, objeto complexo. Saliente-se que essa
concepção implica a adoção de uma nova forma de estudo científico da linguagem, na qual se admitem predições
probabilísticas, evitando, assim, uma concepção determinista dos fatos da linguagem.
O projeto parte da investigação sobre a organização de tipos de textos relacionados ao fazer-crer,
que levou à necessidade de enfocá-los sob a perspectiva de sua estruturação retórica. Ao estudar o gênero artigo
de opinião, dentro do tipo de texto argumentativo, algumas perguntas se impunham: que alternativas tem o
produtor de um texto para organizá -lo globalmente, de modo a cumprir um fim persuasivo? Haveria
regularidades nas opções de organização retórica de um tipo textual específico?
Esta pesquisa tem como ênfase a aplicação de um modelo de enfoque cognitivo de descrição de
processos que permitem tratar as tomadas de decisão implicadas na concepção de texto como “configuração de
estratégias”. O corpus é composto por artigos de opinião autorais com fim discursivo “crítica”. Essas análises
dos artigos de opinião objetivam basicamente:
(a) verificar se existem regularidades nas relações núcleo/satélite que se estabelecem entre os níveis
básicos de informação dos textos;
(b) compreender o processo de como os artigos são retoricamente organizados, considerando o
processo de tomada de decisão das vias de continuidade que ordenarão o texto, em termos de relações
macroestruturais, para cumprimento do fim discursivo.

1. Fundamentação teórica

Para contemplar a noção de contexto de intercâmbio lingüístico (interação), adotou-se na pesquisa


a proposta do lingüista textual Enrique Bernárdez (1995), que vincula o modelo RST à idéia de que a
organização textual pode ser entendida como uma série de vias ou opções de continuidade escolhidas
estrategicamente pelo produtor textual com o fim de persuadir seu leitor.
Tendo em vista que o texto é um objeto inseparável do uso em uma situação concreta e com um
fim discursivo específico, a noção de estratégia é fundamental. Segundo o psicólogo norte-americano Jerome
Bruner, a estratégia:
(...) faz referência a um padrão de decisões na aquisição, retenção e utilização da
informação que serve para alcançar certos objetivos, isto é, para assegurar-se de que
se produziu certos resultados, não outros (Bernárdez, 1995:163).

No contexto textual, a noção de estratégia, segundo Bernárdez, implica:

vias pelas quais pode optar o falante para conseguir a transmissão eficaz de Mp
(mensagem do produtor) a R (receptor). São uma forma de conhecimento funcional,
isto é, dependem de uma escolha (mais ou menos consciente) de P – e de R quando se
trata de estratégias de compreensão (Bernárdez, 1995:164).

*
Graduandas do curso de Letras e Bolsistas de Iniciação Científica – UniBIC e FAPERGS, respectivamente.
Projeto de pesquisa inserido no Programa de Pós-Graduação em Lingüística Aplicada da Universidade do Vale
do Rio dos Sinos (UNISINOS).
**
Coordenadora do projeto Organização Retórica de Textos de Opinião – O.R.T.O.
***
Este projeto possui um site : http//: www.comunica.unisinos.br/orto
Essa escolha, complementa o lingüista, realiza-se em função do contexto: busca-se a estratégia
mais adequada para conseguir algo no conjunto do processo de transmissão de Mp (mensagem de P) com Tp
(tema de P), levando em conta as circunstâncias textuais.
As vias, para Bernárdez, são três: Apresentativa, Paratática, Hipotática. A via Apresentantiva
conduz a uma seqüenciação dirigida a proporcionar ao leitor informação que assegure a compreensão ou a
aceitação da enunciação do produtor do texto. Por exemplo, numa relação de “Justificativa”, um elemento do
texto nele aparece porque diz respeito a algo que o leitor considera crível ou aceitável por seu conhecimento
lingüístico-cultural e porque o produtor pretende que, apelando para essa evidência, o leitor esteja mais disposto
a aceitar a veracidade de sua proposição. As vias Hipotática e Paratática envolvem enlaces semânticos de partes
do texto. Se dois elementos estão numa relação causal (via Hipotática), por exemplo, necessariamente haverá
uma implicação de causa e efeito, e isso independe do produtor do texto. Se dois elementos estão em contraste
(via Paratática), ambos terão algo em comum e algo diferente, o que também é independente do produtor. O que
diferencia as duas vias é a importância dos elementos relacionados. Na Hipotática, identifica-se uma informação
nuclear e uma secundária. Na Paratática, que conduz a uma seqüenciação dirigida a proporcionar informações
novas sem desenvolver conteúdos anteriores, as informações relacionadas são similares em termos de
importância para os fins discursivos do produtor textual.
É o contexto mais o conteúdo das unidades informacionais do texto que determinam qual das três
vias é a mais provavelmente efetivada.
Para que fosse possível aplicar a teoria das vias de continuidade, houve necessidade de resolver a
questão da passagem de sistemas simples (estáveis), como o da oração, para sistemas complexos (instáveis),
como o do texto, problema dos modelos lingüísticos a serem utilizados para o estudo deste último. Se para a
oração existem categorias universalmente aceitas – SN, SV, SP, Substantivo, Artigo, Verbo, etc. – não há
equivalentes para o texto. Segundo Bernárdez (1995:81), “existe um salto qualitativo radical da oração para o
texto”. O lingüista, então, adota o modelo da Rhetorical Structure Theory (Mann e Thompson, 1987), de forma
a buscar categorias novas, próprias do nível textual. A análise permitida pela RST atribui um papel e uma
intenção a cada unidade de informação do texto, conferindo uma razão de existência a cada elemento, tendo em
vista “o que o leitor de um texto deve julgar verdadeiro com o fim de estabelecer a relação em questão entre as
unidades textuais.” A RST é, assim, o ponto de partida para o tratamento da organização retórica, incorporando
fatores como uso e contexto.
Esse modelo lingüístico novo considera a construção do texto a partir de objetos entre os quais se
estabelecem relações de dois tipos fundamentais: hipotaxe e parataxe (sob a perspectiva semântica e não
sintática). Elementos subordinados (satélite S) “estão em função” de subordinantes (núcleos N). Os núcleos têm
prioridade comunicativa. A função dos satélites é ampliar, facilitar ou fazer mais aceitável a informação
apresentada no núcleo.
Essas unidades núcleo/satélite formam relações postuladas pela RST, e estas compõem as vias: (a)
Apresentativa: antítese, capacitação, concessão, evidência, fundo, justificativa, motivação, preparação,
reformulação, resumo; (b) Hipotática: alternativa, causalidade, circunstância, condição, elaboração, avaliação,
método, não-condicional, propósito, resultado, solução; (c) Paratática: contraste, lista, reformulação, seqüência,
união.

2. Metodologia

Na primeira fase da pesquisa, utilizou-se um método quantitativo de análise no qual cinco


observadores 1 analisaram os artigos de opinião que compõem o corpus. As conclusões sobre o texto atribuem
uma intenção às escolhas feitas pelo produtor.
As observações sobre os textos apresentaram, na maioria das vezes, coincidências no que diz
respeito à possível escolha das relações feita pelo produtor, não havendo, então, discrepâncias. Por vezes,
ocorreu de um observador optar pela relação de Justificativa e outro, pela de Evidência, ambas relações da via
Apresentativa. Os dois, portanto, chegam à conclusão de que o produtor precisou expor argumentos concretos
para sustentar sua posição, característica comum às duas relações. Coube ao grupo, neste momento, discutir as
duas possibilidades e chegar a um consenso sobre a relação que se registraria ao final da análise.

1
Segundo Mann e Thompson (1999), a definição das relações pode ser aplicada de forma sistemática por um
observador, nome que recebe o analista da RST. O observador analisa o texto e encontra combinações
consistentes de unidades e de relações que compreendem o texto inteiro. Caberia a seguinte expressão em cada
uma das conclusões que o observador apresenta: “É verossímil ou crível desde o ponto de vista do observador
que foi verossímil desde o ponto de vista do autor que escreveu o texto que a conclusão é certa.”
O corpus de análise é composto por 150 artigos opinativos autorais com fim discursivo "crítica"
retirados dos jornais Zero Hora, Correio do Povo, Folha de São Paulo, O Globo. Para dar conta do contexto,
optou-se por estabelecer o jornal como contexto institucional, aplicando mais duas restrições situacionais, a de
gênero (artigo de opinião autoral) e a de fim discursivo (a crítica).
Para representar as unidades nucleares e satélites, as quais irão compor uma relação da RST,
adota-se a macroproposição como unidade informacional, ou seja, utiliza-se um segmento de texto que tenha
unidade semântica, isto é, que seja reduzível a uma macroproposição2 . Bernárdez ressalta que:

de um ponto de vista teórico, um “elemento do texto” pode ser uma simples


proposição semântica, uma oração completa, um conjunto de orações ou um grande
fragmento de texto, porque o próprio fato de que um só tipo de análise nos permita
utilizar elementos tão diferentes é uma prova a mais da independência do texto
enquanto tal em relação às unidades superficiais (formais) que o integram. Ou, dito
de outro modo, um texto não é uma sucessão de orações (Bernárdez, 1990:114).

Segue abaixo um exemplo de análise feita no projeto O.R.T.O., para que se possa visualizar os
procedimentos utilizados no corpus composto por artigos de opinião autorais:

Artigo 140: O revés da mentira Autor: Marcelo Rech


Veículo: Zero Hora Data: 15/03/2004
Fim discursivo: crítica à manipulação de tragédias nacionais para fins eleitorais.

O revés da mentira
Marcelo Rech

1 A derrota de um dos pilares da tríplice aliança pela Guerra no Iraque – os


2 governos da Espanha, da Grã -Betanha e dos EUA – emitiu um sinal de alerta
3 máximo para a Casa Branca, cuja permanência ou troca de inquilino será decidida
4 em novembro.
5 O Partido Popular de José Maria Aznar, que estava à frente dos socialistas
6 até a explosão da bomba nos trens de Madri, na quinta-feira, não perdeu a eleição
7 em razão dos atentados. Mariano Rajoy, o candidato de Aznar, foi mandado para
8 casa porque seu governo, antes mesmo de os corpos esfriarem, mentiu ao atribuir ao
9 ETA a responsabilidade pelos ataques que o resto do mundo, por dedução lógica, já
10 começava a debitar na conta da Al-Qaeda.
11 Aznar cometeu o erro mais primário, imperdoável, de um governante:
12 procurou manipular a seu favor uma tragédia nacional. Ele foi pequeno na catástrofe
13 e isso, por si só, justifica sua aposentadoria e a de seu candidato.
14 George W. Bush, que também mentiu sobre armas de destruição em massa
15 no Iraque, atolou os EUA numa Guerra sem fim. Agora, no início da campanha pela
16 reeleição, exibe em sua propaganda eleitoral imagens do 11 de Setembro,
17 procurando associar sua figura ao líder capaz de vencer o fosso do terrorismo. Como
18 se viu ontem na Espanha, a manipulação de tragédias é um risco e tanto para
19 políticos. A virada na Espanha depois da derrapagem do Partido Popular isola um
20 pouco mais Bush e o deixa falando a mesma linguagem dos tambores de guerra
21 praticamente apenas com Tony Blair e o folclórico primeiro-ministro italiano,
22 Silvio Berlusconi.

2
Parte-se de proposta de E. Bernárdez inserida no artigo: BERNÁRDEZ, E. Las macroestructuras textuales
como objeto del estudio linguístico. Actas de las I Jornadas e lengua y Literatura Inglesa y Norteamericana.
Logroño: Colégio Universitario, 1990, p. 107-119.
23 Já para a Al-Qaeda, a leitura enviesada do que ocorreu domingo na Espanha
24 pode servir de estímulo a novos ataques na véspera de eleições. Pela tradução do
25 terror, as bombas derrotaram Aznar. Na verdade, Aznar foi derrotado por ele
26 próprio, mas isso os terroristas, pela soberba, alienação e fanatismo, dificilmente
27 conseguirão enxergar. (Zero Hora, 15/03/04, p.4)

Os fragmentos de texto que estão em itálico representam as unidades nucleares. Nota-se que não se
utilizou uma oração ou um parágrafo nessa representação, mas sim segmentos de texto com unidade semântica,
reduzíveis a uma macropoposição. Já as unidades satélites não estão em itálico, e a mesma representação
macroproposicional é utilizada para marcá-las. É importante salientar que as informações presentes nas unidades
nucleares vão sempre ao encontro do fim discursivo do produtor textual, ou seja, há uma correspondência entre
o objetivo do produtor textual (fazer uma crítica à manipulação de tragédias nacionais para fins eleitorais) e as
informações nucleares do texto (posição do produtor em relação aos atentados em Madri, Estados Unidos e
Iraque).
A análise feita pelo grupo de estudos do projeto observou que se estabeleceu, primeiramente, no
texto, uma relação de Preparação. O produtor, ao dizer que “Aznar mentiu ao atribuir ao ETA a responsabilidade
pelos ataques que o resto do mundo, por dedução lógica, já começava a debitar na conta da Al-Qaeda”
(informação localizada da linha 1 até a 17) faz com que o leitor se sinta mais preparado ou orientado para ler a
sua tomada de posição em relação ao assunto. Ou seja, o produtor inicialmente coloca o leitor a par do fato e dos
envolvidos no fato, para que haja uma orientação antes de expor a sua crítica. Portanto, a informação que
prepara ou orienta é considerada secundária e é denominada satélite em relação à informação principal –
denominada núcleo (localizada da linha 17 até a 22), fragmento no qual o produtor afirma que “Bush e Aznar
cometeram erros primários, imperdoáveis de um governante: procuraram manipular a seu favor uma tragédia
nacional”. É importante salientar que essa tomada de posição presente no núcleo vai ao encontro do fim
discursivo do produtor: criticar a manipulação de tragédias nacionais para fins eleitorais. A via na qual a relação
de Preparação está inserida é a Apresentativa. Nota-se que, realmente, há uma preocupação em envolver o leitor
– e isto é feito por meio de uma orientação das informações - para que este seja persuadido a aceitar a posição
do produtor.
No quinto parágrafo, o Produtor avalia a sua tomada de posição, dizendo que “Aznar foi derrotado
por ele próprio, mas isso os terroristas, pela soberba, alienação e fanatismo, dificilmente conseguirão enxergar”.
Estabelece-se a relação de Avaliação da via Hipotática. Já essa via caracteriza -se pela necessidade que o
conteúdo do texto determina, como em uma relação de implicação, e isso independe do Produtor. Se este não
apresentasse o último parágrafo, o texto pareceria incompleto.

3. Resultados e discussão

Cabe salientar que os dados atuais já permitem afirmar a existência de regularidades, evidenciando
princípios gerais de relações entre elementos do texto e um inventário das possíveis relações existentes.
As análises dos 150 artigos de opinião do corpus do projeto resultaram nos seguintes dados:
- sete artigos não possuem a via Apresentativa;
- 221, das 382 relações encontradas são da via Apresentativa, 151 da Hipotática e 10 da via
Paratática;
- 57,86% das relações são da via Apresentativa, 39,53% da via Hipotática e 2,62% da via Paratática:

57,86% Via Apresentativa


Via Hipotática
Via Paratática
39,53%

2,62%
As relações que mais ocorrem na via Apresentativa são:

- Evidência (64 vezes);


- Preparação (62 vezes);
- Justificativa (48 vezes);
- Fundo (25 vezes).

Já na via Hipotática, as relações que mais ocorrem são:


- Avaliação (99 vezes);
- Solução (28 vezes).

Na via Paratática aparecem as seguintes relações:


- Reformulação Multinuclear (7 vezes);
- União (2 vezes);
- Contraste (1 vez).

Os dados quantitativos ressaltam que o fato de se trabalhar com o gênero textual artigo de opinião
faz com que a incidência de relações da via Apresentativa seja maior, em virtude da necessidade de o produtor
envolver o leitor em suas crenças e posições. Se o gênero textual em questão fosse a receita culinária, por
exemplo, provavelmente a incidência da via Paratática (relação de Lista) seria maior, pois o produtor precisaria
listar ingredientes, os quais são informações com importância similar para o fim discursivo, ou seja, não se
formam relações núcleo-satélite, mas sim relações compostas por dois núcleos.
Justifica-se a ocorrência das relações de Evidência, Preparação e Justificativa (via Apresentativa),
Avaliação e Solução (via Hipotática) em função do gênero textual artigo de opinião e do fim discursivo “crítica”.
Essas relações estão diretamente ligadas a textos argumentativos, pois é por meio da Evidência e da Justificativa
que se expõem argumentos; por meio da Preparação que se orienta o leitor para a tese do produtor; por meio da
Solução e da Avaliação que se avaliam a posição e os argumentos, ou que se expõe a solução ou a sugestão de
soluções para resolver os problemas criticados pelo produtor.

4.Conclusões

Atualmente, esta pesquisa encontra-se na fase de análise qualitativa, na qual se observam, entre
outras aspectos, as escolhas do produtor, sob o enfoque dos procedimentos discursivos que caracterizam cada
relação. Ou seja, considerando o corpus analisado, verifica-se o que caracteriza exatamente cada relação e como
cada uma delas se configura nos textos estudados. Outra observação diz respeito à natureza dos conteúdos
relacionados que se encontram na via Apresentativa. Por exemplo, verifica-se se eles são da ordem dos
acontecimentos ou se são da ordem comunicacional, e como eles contribuem para a organização hierárquica dos
conteúdos macroproposicionais do texto e para o cumprimento do fim discursivo do produtor.
Na etapa final da pesquisa, vai se buscar construir novas propostas pedagógicas para o trabalho
com textos argumentativos. Ou seja, deseja-se apresentar formas de facilitar o ensino da produção de textos
argumentativos, especialmente de artigos opinativos, de maneira que se contemple a importância do
conhecimento das vias de continuidade e das relações entre as informações do texto para o cumprimento do fim
comunicativo de fazer-crer.

RESUMO: O projeto Organização Retórica de Textos de Opinião aplica um modelo de enfoque cognitivo para
tratar das tomadas de decisão implicadas na concepção de texto como configuração de estratégias. Investigam-se
as vias de continuidade escolhidas pelo produtor e as regularidades nas relações estabelecidas entre níveis
básicos de informação do texto.

PALAVRAS-CHAVE: estratégias; retórica; vias de continuidade.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BERNÁRDEZ, Enrique . Teoria e epistemología del texto. Madrid: Cátedra, 1995.


_____ . Las macroestructuras textuales como objeto del estudio linguístico. Actas de las I Jornadas e lengua y
Literatura Inglesa y Norteamericana. Logroño: Colégio Universitario, p. 107-119, 1990.
CHARAUDEAU, Patrick . Grammaire du sens et de l´expression, Paris: Hachette, 1992.
DIJK, Teun A. Van (). La noticia como discurso. Comprensión, estructura y producción de la información .
Barcelona: Paidós, 1996.
MANN, B. Introducción a la Teoría de la Estructura Retórica (Rhetorical Structure Theory: RST), 1999.
Atualizado em setembro 2000. Referência obtida na Internet: http://www.sil.org/~mannb/rst/spintro.htm
MANN, W.C.; THOMPSON, S.A. Rhetorical Structure Theory : toward a functional theory of text
organization. Text, 8 (3)., p. 243-281, 1988.
RECH, Marcelo. O revés da mentira. Zero Hora, Porto Alegre, ano 40, n.14.084, 15 de março 2004. Reportagem
Especial, p.4.

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