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AULA 05
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Língua Portuguesa para concursos
Curso Regular
Teoria e questões comentadas
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05
AULA 05
SUMÁRIO PÁGINA
1. Aspectos Introdutórios – Verbos 02
1.1 Formação dos Verbos 03
2. Classificação dos verbos quanto à flexão 04
3. Flexão dos Verbos 06
3.1. Emprego dos Tempos Verbais 08
4. Locuções Verbais 15
4.1. Tempos Compostos 17
5. Tempos Primitivos e Derivados 20
6. Conjugação Verbal 24
7. Correlação Verbal 31
8. Vozes Verbais 36
8.1. Conversão de Vozes Verbais 39
8.2. Diferença entre Verbos Reflexivos, Pronominais e
42
Intransitivos
Questões Propostas 43
Gabarito 52
Questões Comentadas 52
Verbos regulares
Os verbos regulares mantêm o mesmo radical ao se flexionarem.
Exemplos: eu ando, tu andas, ele anda, nós andamos, vós andais, eles
andam.
Verbos irregulares
Os verbos irregulares possuem alterações no seu radical ou nas suas
desinências (flexão). Essas alterações devem ser gráficas e fonéticas,
ao mesmo tempo, para dar ao verbo o caráter de irregular.
Exemplo: saber (eu sei, ele soube), medir (eu meço, tu medes), dar (eu
dei, ele deu).
Agir (eu ajo): não é irregular, porque a alteração foi apenas
Verbos anômalos
Os verbos anômalos são os irregulares que possuem variações mais
graves.
Exemplo: ser e ir (são apenas esses dois).
Verbos abundantes
Os verbos abundantes são aqueles que possuem duas (às vezes três)
formas distintas em algum tempo, modo, pessoa e, principalmente,
no particípio.
Exemplo: aceitar (aceitado e aceito), expressar (expressado e expresso),
fixar (fixado e fixo), misturar (misturado e misto).
Quando o verbo possui mais de um particípio, este possui a
classificação de regular (terminados em ado ou ido) e irregular
(terminados em do, go, to, so). Normalmente, os particípios regulares
são usados na voz ativa com os auxiliares ter e haver.
Exemplos: O tiro havia matado o ladrão.
O ladrão foi morto por um tiro.
Verbos defectivos
Os verbos defectivos não possuem determinadas formas (tempo,
pessoa, modo), ou seja, eles não são passíveis de conjugação em
todas as formas.
Exemplos: falir, abolir, reaver, colorir, remir, etc.
É importante destacar que o defeito deste tipo de verbo ocorre na
conjugação do presente do indicativo. Assim, se conjugarmos um
verbo na 1ª pessoa do presente do indicativo e sua pronúncia se
confundir com a de outro verbo ou se não existir eufonia (som
harmônico), estamos diante de um verbo defectivo.
Exemplos: falir (eu falo – confunde-se com o verbo falar), soer (eu
soo – confunde-se com o verbo soar), abolir (eu abulo – confunde-se
com eu a bulo), remir (eu remo – confunde-se com remar).
Vamos estudar, ainda nesta aula, os tempos primitivos e derivados.
Mas, saliento, aqui, que os tempos derivados do presente do
indicativo (presente do subjuntivo e imperativo) também sofrem o
mesmo problema “de defeito”. Percebam, assim, que o verbo terá sua
conjugação normal para outros tempos e modos.
Podemos dividir os verbos defectivos em dois:
Repito, aqui, parte da Aula 03, para que fique mais fácil a
continuidade de estudo.
Vamos rever juntos?
FLEXÃO DE NÚMERO
Singular: o verbo se refere a uma pessoa ou coisa.
Exemplo: Trabalho, trabalhas, trabalha.
FLEXÃO DE PESSOA
O verbo se flexiona para designar as três pessoas do discurso (no
singular ou no plural), ou seja:
1ª pessoa - aquela que fala (eu e nós).
2ª pessoa - aquela a quem se fala (tu e vós).
3ª pessoa - aquela de quem se fala (ele, ela, eles, elas).
Singular: eu, tu, ele, ela.
Plural: nós, vós, eles, elas.
FLEXÃO DE MODO
Modos são as diversas formas que possui o verbo para demonstrar a
atitude da pessoa que fala em referência ao fato, à ação que anuncia.
Indicativo: expressa atitude de certeza.
Exemplo: Trabalhei bastante para conquistar o salário que tenho.
FLEXÃO DE TEMPO
Tempo é a variação que indica o momento em que se dá o processo
representado pelo verbo.
São três tempos naturais: presente, pretérito, futuro. Ou seja,
indicam um acontecimento no momento em que se fala, antes do
momento em que se fala e após o momento em que se fala.
Tempos do Indicativo: presente, pretérito perfeito, pretérito
imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro
do pretérito.
Tempos do Subjuntivo: presente, pretérito imperfeito e futuro.
No próximo tópico, vamos estudar, com mais detalhes, o emprego
dos tempos verbais.
TEMPOS DO INDICATIVO
Presente
O presente enuncia o fato como atual. Também pode ocorrer da
seguinte forma:
a) O fato acontece no mesmo momento em que se fala.
Pretérito
O pretérito se refere a fatos passados, conforme o momento em que
falamos. Ele pode ser: perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito.
Pretérito Perfeito
O pretérito perfeito se refere a um fato ocorrido em época passada e
já concluído antes do momento em que se fala.
Exemplos: Joana soube do casamento de Ana e João.
Li um livro em inglês.
Pretérito Imperfeito
O pretérito imperfeito se refere ao seguinte:
a) O fato se realizou, mas não se concluiu, ou o fato apresenta
determinada duração.
Exemplos: Ele se tratava naquele hospital antes de falecer.
As negociações aconteciam sem que João percebesse.
b) O fato acontecia no momento em que sobreveio outro (ações
simultâneas).
Futuro
O futuro pode ser: do presente ou do pretérito.
Futuro do Presente
O futuro do presente se refere a um fato que se realizará em um
momento posterior ao presente. Também pode se referir a uma
afirmação com valor de certeza.
Exemplos: Pouparei metade do meu salário após ganhar o aumento.
De todas as noivas de Brasília, você será a mais linda.
Futuro do Pretérito
O futuro do pretérito se refere ao seguinte:
a) O fato é posterior em relação a outro já ocorrido.
c) O fato é incerto.
e) Polidez.
TEMPOS DO SUBJUNTIVO
Presente
O presente do subjuntivo enuncia o fato como hipótese, dúvida,
desejo, probabilidade, suposição.
Exemplos: Espero que passem no concurso de analista.
Talvez Joana te dê o presente de aniversário.
Deus te proteja!
Largue o emprego e verás as consequências.
Pretérito Imperfeito
O pretérito imperfeito do subjuntivo apresenta um fato passado,
porém posterior e dependente de outra ação passada. Como o
presente do subjuntivo, também indica suposição, probabilidade,
hipótese, condição.
Exemplos: Marina receou que eu desistisse da viagem.
Joana duvidava que Pedro fizesse o trabalho.
Futuro
O futuro do subjuntivo apresenta um fato que ainda acontecerá, mas
que é dependente (condicional, temporal ou conformativo) de outra
ação também futura.
Exemplos: Quando vendermos todas as joias, estaremos ricos.
Se for necessário, venderemos a casa.
Quando ele comprar a casa, faremos uma festa.
Se ele vier a tempo, tomaremos o vinho.
Comentários
Esta questão trata do emprego dos modos e dos tempos
verbais. O comando solicita que o aluno analise as alternativas
e marque aquela que apresenta uma forma verbal que esteja
no mesmo tempo e modo que o verbo grifado na sentença
dada.
A primeira coisa que temos que fazer é verificar em qual tempo
e modo se encontra a forma verbal grifada no enunciado
(esteja). Ao fazermos essa análise, percebemos que a sentença
que contém essa forma verbal expressa um sentido de
hipótese, ou seja, não é uma frase que expressa um fato certo
de acontecer.
Vimos que o modo indicativo expressa atitude de certeza e que
o modo subjuntivo indica atitude de dúvida, de desejo, de
hipótese. Estudamos também que o tempo presente do modo
subjuntivo enuncia o fato como hipótese, dúvida, desejo,
probabilidade, suposição.
Assim, identificamos que a forma verbal esteja está no
presente do subjuntivo.
Vamos examinar as alternativas?
a) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, políticas...
Nesta alternativa, o verbo está no presente do indicativo.
a) “ajudar a financiar”
b) “queiram participar”
c) “são abatidos”
d) “deve procurar”
e) “analisará e aprovará”
Comentários
Esta questão trata do emprego de locuções verbais, dos
modos e dos tempos verbais. O comando solicita que o
aluno analise as alternativas e marque aquela que apresenta
uma forma verbal que expresse possibilidade, hipótese.
Modo indicativo
Pretérito perfeito composto: presente do indicativo (auxiliar) +
particípio (principal). Expressa, normalmente, a repetição ou a
continuidade de um fato.
Exemplo: Ele tem caminhado no parque.
Modo subjuntivo
Pretérito perfeito composto do subjuntivo: presente do
subjuntivo (auxiliar) + particípio (principal). Ele indica uma hipótese
ou um desejo em relação a outro fato situado no futuro.
Exemplo: Eu duvido que ele tenha caminhado no parque.
Formas nominais
Infinitivo composto: infinitivo pessoal ou impessoal (auxiliar) +
particípio (principal). Ele enuncia a ação, o estado, o fato ou o
fenômeno de modo vago ou indefinido.
Comentários
Esta questão trata do emprego de tempos compostos. Para
resolver esta questão é necessário que o aluno analise a
afirmativa e julgue a troca da forma verbal tem sido pela forma
é.
Observe que a forma verbal tem sido se encontra no pretérito
perfeito composto do indicativo. O que aprendemos sobre esse
tempo verbal? O pretérito perfeito composto indica um
fato passado repetido ou que se prolonga até o presente.
Por sua vez, a forma verbal é está no presente do indicativo, o
qual expressa, principalmente, um fato como atual, simultâneo
ao ato enunciado.
Veja a sentença reescrita:
“Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem ao
longo da história é seu constante anseio de buscar novas
perspectivas, abrir horizontes desconhecidos, investigar
possibilidades ainda inexploradas, enfim, ampliar o
conhecimento.”
Ao analisarmos a substituição proposta, notamos que não há
qualquer problema na correção gramatical. Vemos, entretanto,
que houve mudança no sentido, pois a opção empregada no
texto ressalta o caráter contínuo e constante dos aspectos
mencionados, fato que não acontece com o emprego do
presente do indicativo.
Gabarito: CERTA
pretérito perfeito do
futuro do subjuntivo
indicativo
andar
andares
andar
andarmos
andardes
3ª p.p. - andaram andarem
Infinitivo impessoal
O infinitivo impessoal forma o futuro do presente do indicativo, o
futuro do pretérito do indicativo, o pretérito imperfeito do indicativo, o
infinitivo pessoal, o gerúndio e o particípio.
Exemplo: verbo andar
futuro do presente do
infinitivo impessoal
indicativo
andar andarei
andarás
andará
andaremos
andareis
andarão
futuro do pretérito do
infinitivo impessoal
indicativo
andar andaria
andarias
andaria
andaríamos
andaríeis
andariam
andai
ande ande
andemos andemos
andeis
andem andem
6. Conjugação Verbal
Modo subjuntivo
Presente: e, es, e, emos, eis, em
a, as, a, amos, ais, am
a, as, a, amos, ais, AM
Imperativo
Afirmativo: -, a, e, emos, ai, em
-, e, a, amos, ei, am
-, e, a, amos, i, AM
Formas nominais
Infinitivo não flexionado: ar, er, ir
Comentários
Temos, aqui, uma questão comum em provas da banca FGV. A
banca apresenta formas verbais conjugadas de maneira correta
e questiona qual a alternativa que possui outras formas verbais
que não foram conjugadas corretamente.
Em primeiro lugar, notamos que as formas verbais
apresentadas, no comando, do verbo intervier: interviesse e
interveio são apenas um dado a mais, em nada interfere
na resolução da questão.
Dessa forma, precisamos analisar as opções propostas pela
banca FGV. Cada alternativa contém o infinitivo impessoal
de um verbo e uma forma conjugada dele. Vamos lá?
7. Correlação Verbal
Questão de gosto
Comentários
Esta questão explora o assunto correlação verbal. O
enunciado questiona qual alternativa apresenta a sentença
plenamente adequada em relação à correlação entre tempos e
modos verbais.
Vamos ver as alternativas?
a) Se alguém apelasse para a tal “questão de gosto”,
dificilmente nós, reputados polemistas, haveremos de
concordar.
Nesta alternativa, empregaram-se o pretérito imperfeito do
subjuntivo e o futuro do presente do indicativo.
Observe que a sentença está com sua textualidade
comprometida. Uma proposta é usarmos o futuro do pretérito
do indicativo no lugar do futuro do presente do indicativo. Veja
como a frase fica com a devida correlação verbal:
Se alguém apelasse para a tal “questão de gosto”, dificilmente
nós, reputados polemistas, haveríamos de concordar.
Outra proposta seria substituirmos o pretérito imperfeito do
subjuntivo pelo futuro do subjuntivo. Veja como a frase fica
com a devida correlação verbal:
Se alguém apelar para a tal “questão de gosto”, dificilmente
nós, reputados polemistas, haveremos de concordar.
8. Vozes Verbais
Voz passiva
É a voz empregada quando queremos dar ênfase ao sujeito como
objeto da ação. Ela pode ser formada por meio de duas formas:
a) voz passiva analítica: é formada por verbo auxiliar (em geral,
ser ou estar) e pelo particípio do verbo principal.
A voz passiva analítica pode apresentar o denominado agente da
passiva, que é o termo que, na verdade, pratica a ação verbal (o
sujeito é paciente, lembra-se disso?). O agente da passiva vem
sempre acompanhado de preposição. Geralmente, temos a
preposição “por” (pelo, pela), mas também são usadas as
preposições “a” e “de”.
Exemplos: O apartamento foi vendido pelo Pedro.
O carro de João é movido a gás.
O local da entrevista foi tomado de jornalistas.
Comentários
A banca apresenta uma sentença e questiona a existência de
estruturas em voz passiva.
Para resolver este tipo de questão, sugiro, em primeiro lugar,
marcar todas as ocorrências de verbo no trecho do comando.
Vamos fazer isso?
Graças à firmeza com que agiu, foi possível não só diagnosticar
as violações como deflagrar todo o processo que está levando
ao aperfeiçoamento das instituições, em que o combate à
corrupção, legítimo, deve, (todavia), ser realizado dentro da lei.
Comentários
Este é um tipo de questão comum em provas da banca CESPE.
A banca apresenta uma sentença em alguma voz verbal e
solicita que o candidato verifique se a conversão para outro tipo
(ou subtipo) de voz foi feito de modo correto. Perceba que, em
nenhum momento, a banca comenta que a questão é sobre
vozes verbais. Geralmente, em questões sobre vozes verbais, o
CESPE faz dessa forma, certo?
Aqui, encerramos nossa aula sobre verbos. Espero que você tenha
aproveitado tanto a teoria quanto as questões comentadas. Se você
tiver qualquer dúvida, me escreva.
Agora, é hora de testar e aprofundar os conhecimentos vistos na
parte teórica da aula: vamos resolver a bateria de 18 questões! Em
primeiro lugar, as questões serão apresentadas em forma de lista,
para que você possa resolvê-las normalmente. Em segundo lugar,
após a conclusão da última questão, verifique seu rendimento pelo
gabarito e, por último, proceda à correção pelos comentários
apresentados.
É importante que você leia atentamente todos os comentários,
ainda que tenha acertado a questão.
QUESTÕES PROPOSTAS
Possa o espírito que motivou Alfred Nobel a criar sua notável instituição, o
espírito de fé e confiança, de generosidade e fraternidade entre os homens,
ESQUECERAM O PRINCIPAL
Houve um tempo em que os ditos setores progressistas pautavam suas ações por
filosofias coerentes. Assim, advogados da infância buscavam promover os interesses
das crianças, feministas visavam a afirmar a autonomia das mulheres e militantes
dos direitos de homossexuais tentavam acabar com a discriminação contra gays,
mas sem perder de vista teses mais gerais da esquerda não marxista, que incluíam
a ampliação das liberdades e a despenalização do direito.
As coisas mudaram. E para pior, a meu ver. Hoje, os defensores das criancinhas
debateram para que o Congresso mantenha um mecanismo jurídico que permite
mandar para a cadeia o pai que não paga em dia pensão do filho. Pouco importa
que a prisão por dívidas represente um retrocesso de 2600 anos – uma das
reformas de Sólon que facilitou a introdução da democracia em Atenas foi
justamente o fim da servidão por dívidas – e que é quase certo que, encarcerado, o
pai da criança terá muito menor probabilidade de honrar seus compromissos
financeiros.
As feministas agora apoiam o acórdão do Supremo Tribunal Federal que retirou das
mulheres o direito de decidir se querem ou não processar companheiros, tornando
agressões leves no âmbito do lar um crime de ação pública incondicionada. Pouco
importa que isso torne as mulheres menos livres e introduza uma diferenciação de
gênero (na situação inversa, um homem pode decidir se processa ou não).
Por fim, homossexuais pedem a edição de uma lei que torne crime referir-se a gays
em termos depreciativos ou condenatórios. Pouco importa que tal medida, se
adotada, representaria uma limitação da liberdade de expressão, o mais
fundamental dos princípios democráticos.
A GRATIDÃO
Desta vez, trago-vos algumas histórias e fico grato pelo tempo que possa ser
dispensado à sua leitura. Falam-nos de gratidão e poderão fazer-nos pensar no
quanto a gratidão fará, ou não, parte das nossas vidas. Estou certo de que sabereis
extrair a moral da história.
Talvez a gratidão devesse ser uma rotina nas nossas vidas, algo indissociável da
relação humana, mas talvez ande arredada dos nossos cotidianos, dos nossos
gestos. E se começássemos cada dia dando gracias a la vida, como faria a Violeta?
a) requisesse (requerer)
b) entretesse (entreter)
c) passeiasse (passear)
d) convisse (convir)
e) desdissesse (desdizer)
Quando penso em comprar uma ilha, nenhuma dessas excelências me seduz mais
do que as outras, nem todas juntas constituem a razão do meu desejo.
Estará adequada a nova correlação entre os tempos e os modos verbais
caso se substituam os elementos sublinhados da frase acima, na ordem
dada, por:
a) Quando eu pensava – houvesse de seduzir – tinham constituído
b) Se eu viesse a pensar – seduziria - constituiriam
c) Se eu vier a pensar – seduziria - constituíam
d) Quando eu ficava pensando – seduzira - constituiriam
e) Se eu vier a pensar – terá seduzido – viriam a constituir
a) E por que nos seduz a ilha? - não há possibilidade de transposição para a voz
passiva.
b) Tudo isso existe fora das ilhas - a transposição para a voz passiva resultará na
forma verbal tem existido.
c) Por bondade abstrata nos tornamos atrozes - ocorre um caso de voz passiva.
d) A ideia de fuga tem sido alvo de crítica severa - o elemento sublinhado é agente
da passiva.
e) Amemos a ilha - a transposição para a voz passiva resultará na forma verbal seja
amada.
A forma verbal "completaria" (sublinhada no texto) se refere a uma ação que vai
ocorrer no futuro, a menos que acontecimentos no tempo presente o impeçam.
A substituição de “se traduziu” (em negrito no texto) por foi traduzido prejudica a
correção gramatical do período.
A OAB nacional está pedindo ao Supremo Tribunal Federal uma súmula vinculante
que discipline o uso do segredo de Justiça, prerrogativa que tem sido utilizada por
juízes, nem sempre em defesa do interesse público, mas, em alguns casos, na
proteção a suspeitos de falcatruas. (...)
(Zero Hora, 27/2/2009)
a) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando as ações predatórias, para que
a cidade não sucumba aos atropelos do turismo selvagem.
b) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para que obtesse, agora em
definitivo, o prestígio de um polo turístico de inegável valor histórico.
c) A revalorização e a nova proeminência de Paraty não prescindiram e não
requiseram mais do que o esquecimento e a passagem do tempo.
d) Quando se imaginou que Paraty havia sido para sempre renegada a um segundo
plano, eis que ela imerge do esquecimento, em 1974.
e) A cada novo ciclo econômico retificava-se a importância estratégica de Paraty,
até que, a partir de 1855, sobreviram longos anos de esquecimento.
...secavam as fibras num varal e (...) as carregavam para a propriedade, onde eram
prensadas e enfardadas...
Na construção de uma das opções abaixo foi empregada uma forma verbal
que segue o mesmo tipo de uso do verbo “haver” em “Há dessas
reminiscências que não descansam...” (1º parágrafo). Assinale-a:
A forma verbal “Há” (sublinhada no texto) poderia ser corretamente substituída por
Fazem.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E D E B E D E E E A
11 12 13 14 15 16 17 18
E C E A C C E E
QUESTÕES COMENTADAS
Comentários
Esta questão trata de locuções verbais. O enunciado apresenta um
trecho do texto e questiona sobre o emprego de verbos auxiliares e
principais e da correspondência entre eles.
Vamos revisar?
As locuções verbais são combinações de verbos (ligados ou não por
preposição) que formam uma unidade que denota ideias, geralmente,
não indicadas pelos tempos simples e compostos (formados com os
verbos auxiliares ter e haver).
Para a formação de uma locução verbal (também conhecida como
perífrase verbal), usamos combinações, de forma que um dos verbos
fique fixo no infinitivo, gerúndio ou particípio (verbo principal) e o
outro se flexione em modo, tempo e número (verbo auxiliar).
Para resolver questões como esta, temos que marcar os termos
solicitados e, após isso, examinar o trecho do texto. Desse
modo, vamos ver?
Possa o espírito que motivou Alfred Nobel a criar sua notável instituição, o
espírito de fé e confiança, de generosidade e fraternidade entre os homens,
prevalecer na mente daqueles de cujas decisões dependem nossos destinos.
No momento em que analisamos as formas verbais, percebemos que
motivar conforma uma oração e criar conforma outra. Assim, são
independentes e não formam locução verbal entre si nem com outras
formas verbais. Alerto que veremos orações na Aula 06.
Por sua vez, temos a locução possa prevalecer, a qual foi
interrompida pelos outros termos do período.
É preciso bastante cuidado com o deslocamento de termos,
como ocorreu nesta questão. Para facilitar, reescreva a sentença
de uma forma sem interrupções. Veja duas opções:
“Que” o espírito que motivou Alfred Nobel a criar sua notável instituição, o
espírito de fé e confiança, de generosidade e fraternidade entre os homens,
possa prevalecer na mente daqueles de cujas decisões dependem nossos
destinos.
Possa prevalecer o espírito que motivou Alfred Nobel a criar sua notável
instituição, o espírito de fé e confiança, de generosidade e fraternidade entre
os homens, na mente daqueles de cujas decisões dependem nossos
destinos.
ESQUECERAM O PRINCIPAL
Por fim, homossexuais pedem a edição de uma lei que torne crime
referir-se a gays em termos depreciativos ou condenatórios. Pouco
importa que tal medida, se adotada, representaria uma limitação da
liberdade de expressão, o mais fundamental dos princípios
democráticos.
c) “Por fim, homossexuais pedem a edição de uma lei que torne crime
referir-se a gays em termos depreciativos ou condenatórios”.
Comentários
Esta questão trata de emprego de tempos verbais e correlação
verbal. O enunciado apresenta alternativas com trechos do texto e
questiona em qual delas há erro de norma culta no que diz respeito
ao emprego de tempos verbais.
Vimos que, para cada fato a ser enunciado, usamos uma flexão de
tempo e modo que será a responsável pelo correto significado que a
sentença quer expressar. Assim, o presente do indicativo enuncia o
fato como atual e o pretérito perfeito do indicativo se refere a um
fato ocorrido em época passada e já concluído antes do momento em
que se fala.
Também estudamos, na parte teórica da aula, a correlação de
tempos e modos verbais. Vimos que os verbos se articulam
harmonicamente entre si para tornar uma sentença coerente, coesa,
precisa e inteligível.
Ao analisarmos as alternativas desta questão, percebemos que a
alternativa d contém um tempo verbal mal empregado.
Veja:
“Pouco importa que tal medida, se adotada, represente uma limitação da
liberdade de expressão, o mais fundamental dos princípios democráticos”.
Observe que, nos outros dois trechos do texto onde o autor usa a
expressão “pouco importa”, foi empregado o presente do subjuntivo
de forma correta (represente e torne). Veja a seguinte transcrição:
“Pouco importa que a prisão por dívidas represente um retrocesso de 2600
anos...”
“Pouco importa que isso torne as mulheres menos livres e introduza uma
diferenciação de gênero (na situação inversa, um homem pode decidir se
processa ou não)”.
GABARITO: D
A GRATIDÃO
Desta vez, trago-vos algumas histórias e fico grato pelo tempo que
possa ser dispensado à sua leitura. Falam-nos de gratidão e poderão
fazer-nos pensar no quanto a gratidão fará, ou não, parte das nossas
vidas. Estou certo de que sabereis extrair a moral da história.
Talvez a gratidão devesse ser uma rotina nas nossas vidas, algo
indissociável da relação humana, mas talvez ande arredada dos
nossos cotidianos, dos nossos gestos. E se começássemos cada dia
dando gracias a la vida, como faria a Violeta?
a) requisesse (requerer)
b) entretesse (entreter)
c) passeiasse (passear)
d) convisse (convir)
e) desdissesse (desdizer)
Comentários
Esta questão trata de conjugação verbal. O enunciado apresenta
um verbo (devesse) conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo
e solicita para marcar a alternativa que apresenta outra forma verbal
conjugada corretamente, também, no pretérito imperfeito do
subjuntivo.
Comentários
Esta questão trata de correlação de tempos e modos verbais. O
enunciado apresenta uma sentença e propõe alternativas com novas
correlações verbais feitas por meio de substituições às formas
verbais originais.
Para resolver a questão, precisamos analisar cada alternativa.
Comentários
Esta questão aborda vozes verbais. O enunciado apresenta
alternativas e solicita para marcar aquela em que está correta a
afirmação referente a esse assunto. Vamos rever esse tópico tão
importante?
Todo verbo assume uma forma para expressar sua relação com o
sujeito. Isso é o que chamamos voz verbal. Na Língua Portuguesa, o
sujeito pode assumir três papéis:
a) o sujeito pratica a ação expressa pelo verbo – voz ativa. O
sujeito é denominado sujeito agente. É a voz mais comum na
Língua Portuguesa, pois é empregada para expressar as ações
de maneira mais objetiva e clara.
Exemplo: O empresário fechou a fábrica de pneus.
Alternativa b. Tudo isso existe fora das ilhas a transposição para a voz
passiva resultará na forma verbal tem existido.
Comentários
Esta questão trata de conjugação verbal. O enunciado apresenta as
alternativas e solicita que o candidato marque aquela em que está
incorreta a flexão da forma verbal. Perceba como a banca explora
esse assunto – ela usa verbos que podem gerar dúvidas ao aluno.
Para resolver a questão, precisamos analisar cada alternativa.
O verbo impor é derivado verbo por e conjuga-se tal como ele. Você
se lembra da dica de examinar a formação do verbo
(classificação quanto à formação), ou seja, se o verbo
Comentários
Esta questão aborda o assunto emprego de tempos verbais. O
enunciado apresenta a forma verbal “completaria” (futuro do pretérito
do indicativo) e questiona se ela se refere a uma ação que vai ocorrer
no futuro, a menos que acontecimentos no tempo presente o
impeçam.
Assim, a banca quer saber se o candidato conhece o emprego correto
dos modos e dos tempos verbais; neste exemplo, o futuro do
pretérito do indicativo.
Empregamos o futuro do pretérito do indicativo nos seguintes
casos:
a) O fato é posterior em relação a outro já ocorrido.
b) O fato não chegou a acontecer.
c) O fato é incerto.
d) O fato é uma hipótese em relação a uma condição.
e) Polidez.
Comentários
Esta questão aborda o assunto conversão de vozes verbais. O
enunciado apresenta a substituição da voz ativa “se traduziu” pela
voz passiva “foi traduzido” e questiona se isso prejudica a correção
gramatical. Vamos rever esse tipo de conversão de vozes verbais?
Voz passiva sintética para voz passiva analítica
Comentários
Esta questão aborda o assunto emprego de tempos verbais. O
enunciado apresenta a forma verbal “discipline” (presente do
subjuntivo) e questiona se ela justifica-se por se tratar de uma
informação categórica, de uma informação indiscutível.
Comentários
Esta questão aborda o assunto emprego, a grafia e a flexão de
verbos. O enunciado apresenta alternativas e solicita para marcar
aquela em que estão corretos os itens relativos a esse assunto.
Para tanto, vamos verificar cada uma das alternativas.
Alternativa a. A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando as ações
predatórias, para que a cidade não sucumba aos atropelos do turismo
selvagem.
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Esta questão aborda o assunto emprego de tempos verbais. O
enunciado apresenta a forma verbal “estivera” (pretérito mais-que-
perfeito do indicativo) e questiona se, caso ocorra a substituição por
“tinha estado” (pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo), a
correção gramatical fica prejudicada.
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Esta questão trata da conversão de vozes verbais. Para resolvê-la,
você deve converter a voz ativa para a voz passiva analítica e vice-
versa.
Vamos rever?
Voz ativa para voz passiva analítica: você deve colocar o verbo da
ação no particípio e conjugar o verbo auxiliar na mesma forma (modo,
tempo) em que se encontra o verbo da ação. Logo após, o elemento
que é o objeto direto na voz ativa será transformado em sujeito da
voz passiva. O termo que é o sujeito da voz ativa se transforma em
agente da passiva. Não se esqueça de que o verbo auxiliar concorda
em número e pessoa com o sujeito da voz passiva e de que o
particípio concorda em gênero e número com esse mesmo sujeito.
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Esta questão trata de conjugação verbal. O enunciado apresenta
um verbo (“apanhe”) conjugado no presente do subjuntivo e solicita
para marcar a alternativa que apresenta outra forma verbal
conjugada nos mesmos modo e tempo de “apanhe”.
Sugiro vermos cada verbo constante das alternativas para
resolvermos a questão. Vamos ver?
Nesta alternativa, temos “é”, “achar” e “cultiva”. Observe que “é” está
no presente do indicativo, “achar” está no infinitivo e “viva” está no
presente do subjuntivo.
a) tivera observado
b) houvesse observado
c) tinha observado
d) tem observado
e) estava observando
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Esta questão aborda o assunto emprego de tempos verbais. O
enunciado apresenta a forma verbal “observara” (pretérito mais-que
perfeito do indicativo) e questiona qual alternativa apresenta uma
forma verbal equivalente.
Desse modo, a banca quer saber se o candidato conhece o emprego
correto dos modos e dos tempos verbais.
Empregamos o pretérito mais-que-perfeito do indicativo, tanto
na forma simples quanto na composta, para nos referirmos a um fato
anterior a outro fato que também é passado.
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Esta questão trata de flexão de verbos. O enunciado apresenta a
forma verbal “há” (presente do indicativo) e questiona qual
alternativa apresenta uma forma verbal que segue o mesmo tipo de
uso do verbo haver.
Na parte teórica da aula, eu comentei sobre a existência de verbos
impessoais. Você se lembra?
O verbo unipessoal (verbo sem sujeito) é aquele que não apresenta
sujeito com o qual possa concordar. Assim, eles são sempre usados
na 3ª pessoa do singular. Exemplos: verbos que indicam fenômenos
da natureza (chover, nevar, ventar, relampejar, gear), verbo “haver”
no sentido de existir, acontecer, ocorrer, realizar-se e verbo “fazer” se
indicar tempo decorrido.
Vamos ver as alternativas?
Alternativa a. Todos eles hão de sentir o mesmo gosto pela política.
Perceba que a forma verbal “hão” faz parte (verbo auxiliar) de locução
verbal. O verbo “haver”, neste caso, não é verbo unipessoal.
Observe que ele concorda com o sujeito “todos eles” (3ª pessoa do
plural). Não se preocupe, veremos concordância verbal na Aula 07.
Note que a forma verbal “haviam” faz parte (verbo auxiliar) de tempo
composto (pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo). O
verbo “haver”, neste caso, não é verbo unipessoal. Observe que
ele concorda com o sujeito “todos os alunos” (3ª pessoa do plural).
Não se preocupe, veremos concordância verbal na Aula 07.
Observe que o verbo “fazer” não foi empregado para indicar “tempo
decorrido”.
Afirmativa errada.
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Esta questão trata de flexão de verbos. O enunciado apresenta a
forma verbal “há” (presente do indicativo) e questiona se ela poderia
ser substituída corretamente pela forma verbal “fazem”.
Na parte teórica da aula, nós estudamos os verbos impessoais.
Vamos rever?
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Esta questão aborda o assunto emprego de tempos verbais. O
enunciado apresenta a forma verbal “têm enviado” (pretérito perfeito
composto do indicativo) e questiona se, caso ocorra a substituição por
“enviaram” (pretérito perfeito do indicativo), o sentido original fica
mantido.
Ludimila