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Aula 01

Estatuto dos Servidores do DF - LC 840/2011 - p/ CLDF (Todos os Cargos)

Professor: Herbert Almeida

00618695117 - Diego Pereira da Silva


LC 840/2011 – CLDF AULA
PROF. HERBERT ALMEIDA 01

AULA 01
ESTATUTO DOS SERVIDORES DO
DF (PARTE 02)
TÍTULOS III E IV

SUMÁRIO
1 – Carreiras, Regime e Jornada de Trabalho ....................................... 2
1.1 – Carreiras .............................................................................. 2
1.2 – Regime e Jornada de Trabalho................................................. 3
2 – Direitos ...................................................................................... 7
2.1 – Sistema remuneratório ........................................................... 7
2.1 – Vantagens .......................................................................... 11
3 – Questões Extras ........................................................................ 44
4 - Lista das Questões de Aula ......................................................... 46
5 – Gabarito ................................................................................... 46
6 - Considerações Finais .................................................................. 47

Olá pessoal, tudo bem?


Na aula de hoje, vamos estudar os títulos III e IV da Lei Complementar
840. Nesta aula, não teremos um bom número de questões, motivo pelo
qual estou preparando um arquivo extra com várias questões inéditas, para
auxiliá-los no entendimento e fixação do conteúdo.
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Mesmo assim, tenha bastante atenção com os tópicos desta aula, pois há
grandes chances de eles fundamentarem algumas questões de prova.
Vamos lá! Bons estudos!

Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais


(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a
legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

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REG)ME DOS SERV)DORES PÚBL)COS DO


D)STR)TO FEDERAL PARTE
1 CARREIRAS, REGIME E JORNADA DE TRABALHO
1.1 CARREIRAS

1.1.1 DISPOSIÇÕES GERAIS


Quando se fala em carreira, remete-se a organização vertical dos cargos
públicos. Isso quer dizer que um servidor efetivo adentrará em um cargo
de nível inicial da carreira, podendo ser promovido, conforme critérios de
antiguidade e merecimento, até alcançar o nível mais elevado dessa
carreira.
O exemplo típico é da carreira de juiz estadual. Inicialmente, o aprovado
em concurso será nomeado para o cargo de juiz substituto, depois será
promovido para juiz 1ª entrância, juiz de 2ª entrância, juiz de entrância
especial e, finalmente, desembargador.
Nesse contexto, o Estatuto dos Servidores do DF dispõe que os cargos de
provimento efetivo são organizados em carreira, criada por lei, que deve
fixar (art. 55, caput):
(i) a denominação, o quantitativo e as atribuições dos cargos;
(ii) os requisitos para investidura no cargo e desenvolvimento na carreira;
(iii) a estrutura da carreira com a fixação dos vencimentos ou do subsídio;
(iv) os critérios de capacitação;
(v) o regime e a jornada de trabalho.
Vimos ainda, em nossa primeira aula, que o servidor público estatutário não
possui direito adquirido ao regime previsto no Estatuto, uma vez que a lei
poderá modificá-lo, trazendo regras novas, como diferentes atribuições,
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mudança na jornada de trabalho, extinguindo ou criando benefícios, etc.


Entretanto, a Lei 840 expressamente dispõe que as alterações de
requisitos para provimento de cargo público de carreira aplicam-se,
exclusivamente, àqueles servidores cujo ingresso se der após elas terem
sido publicadas (art. 55, parágrafo único).
Por exemplo: imagine que um servidor foi aprovado em concurso público
cujo cargo exigia apenas nível médio; anos depois, passou-se a se exigir,
para esse mesmo cargo, nível superior completo. Essa nova exigência,
entretanto, aplicar-se-á apenas aos novos servidores. Isso porque quem já
havia ingressado no cargo preenchia os requisitos legais para provimento
quando da entrada, não podendo ser prejudicado por uma regra nova.

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1.1.2 PROMOÇÃO
A promoção é a movimentação de servidor do último padrão de uma classe
para o primeiro padrão da classe imediatamente superior, podendo ocorrer
por merecimento ou antiguidade, na forma prevista no plano de cada
categoria funcional (art. 56, caput e § 1º).
Por exemplo: a tabela abaixo representa a carreira de Auditor de Controle
Externo do TCDF. A carreira organiza-se em padrões (do 46 ao 63) e em
classes (A, B e Especial). A mudança de um padrão para o outro chama-se
progressão funcional, enquanto a mudança do último padrão de uma classe
para o primeiro padrão da classe seguinte é chamada de promoção.
Vejamos o exemplo:

Portanto, no caso da figura, a promoção ocorrerá em dois momentos, quais


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sejam: a mudança do padrão 51 para o 52 e do 57 para o 58. Em todos os


demais casos, houve apenas a progressão funcional.
Observa-se, por fim, que a promoção não interrompe o tempo de
exercício no cargo (art. 56, § 2º). Isso quer dizer que com a promoção o
tempo de serviço continua a correr normalmente.

1.2 REGIME E JORNADA DE TRABALHO


Em regra, o servidor efetivo do DF submete-se ao regime de trabalho de
trinta horas semanais, salvo se houver disposição legal em contrário (art.
57).
É possível ainda que, no interesse da administração pública e mediante
anuência do servidor, o regime de trabalho seja ampliado para quarenta
horas semanais, observada a proporcionalidade salarial (art. 57, § 1º).

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Além disso, para o servidor ocupante de cargo em comissão ou no


exercício de função de confiança o regime de trabalho será de quarenta
horas semanais, com integral dedicação ao serviço (art. 58).
Devemos lembrar, ainda, que alguns cargos seguem uma jornada de
trabalho em regime de escala de revezamento. Essa jornada especial
deverá ser definida em lei ou regulamento, observando o registro em folha
de ponto do horário de entrada e de saída (art. 57, § 3º).
Ademais, o Estatuto veda que seja aplicada interpretação por analogia,
extensão ou semelhança de atribuições em relação ao regime de trabalho
(art. 51, § 2º). Por exemplo: não se pode aumentar a carga horário de 30
para 40 horas para um servidor da Câmara Legislativa sob o argumento de
que houve alteração dessa carga horária para servidores do Poder Executivo
– isso seria fazer uma extensão por analogia, o que é vedado.

1.2.a – Serviço noturno

Outra regra especial em relação ao regime de trabalho trata do serviço


noturno. Neste, a hora é considerada como tendo cinquenta e dois
minutos e trinta segundos. Dessa forma, a cada 52min30seg, será
contada uma hora de serviço. Com efeito, considera-se noturno o serviço
prestado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia
seguinte (art. 59).
Por exemplo: imagine que o servidor tenha que trabalhar 30 horas
semanais, de segunda a sexta, iniciando a sua jornada às 22h de cada dia,
e que ele faça a mesma quantidade de horas por dia. Nesse caso, se o
serviço fosse diurno, ele teria que trabalhar seis horas. Contudo, como o
serviço é noturno, a jornada dele terá a duração de 5 horas e 15 minutos
(6 x 52min30seg), sendo computado, nesse tempo, como se o servidor
tivesse trabalhado seis horas cheias.

1.2.b – Serviço extraordinário

O serviço extraordinário é a popular “hora-extra”. De acordo com o


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Estatuto, para atender a situações excepcionais e temporárias do


serviço, a jornada de trabalho pode ser ampliada, a título de serviço
extraordinário, em até duas horas (art. 60, caput).
Além disso, nos casos de risco de comprometimento da ordem e da
saúde públicas, o Governador pode autorizar, excepcionalmente, a
extrapolação desse limite, para os servidores que atuem diretamente nas
áreas envolvidas (art. 60, parágrafo único). Portanto, em caso de risco de
comprometimento da ordem e da saúde públicas, seria possível um servidor
ter mais do que duas horas diárias como serviço extraordinário, desde que
isso fosse autorizado pelo Governador.

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1.2.c – Horário especial

O Estatuto dos Servidores do DF permite que seja concedido horário


especial (art. 61, caput):
a) ao servidor com deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica
oficial;
b) ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente com deficiência;
c) ao servidor matriculado em curso da educação básica e da educação superior,
quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da unidade
administrativa, sem prejuízo do exercício do cargo;
d) ao servidor com encargo de curso ou concurso que precisar fazer compensação
de horário, isto é, quando desempenhar a atividade do curso ou concurso durante
a jornada de trabalho.
No caso de servidor com deficiência (letra “a”), o horário especial consistirá
na redução de até vinte por cento da jornada de trabalho (art. 61, § 1º).
No demais casos (letras “b” a “d”), será exigida do servidor a compensação
de horário na unidade administrativa, de modo a cumprir integralmente o
regime semanal de trabalho (art. 61, § 3º). Por exemplo: se o servidor
precisa ausentar-se durante duas horas para estudar; essas duas horas
deverão ser compensadas oportunamente.
Por fim, a LC 840 exige que o servidor estudante comprove, mensalmente,
a frequência escolar (art. 61, ,§ 3º).

1.2.d – Ausências justificadas

Como regra, o servidor deve cumprir rigorosamente a sua jornada de


trabalho. Entretanto, é possível que ocorram situações especiais, nas quais
o Estatuto permite que o servidor se ausente do serviço, mediante
comunicação prévia à chefia imediata, sem sofrer qualquer prejuízo em sua
remuneração ou subsídio. Os casos de ausência justificada são os seguintes
(art. 62):
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a) por um dia para:


 doar sangue;
 realizar, uma vez por ano, exames médicos preventivos ou
periódicos voltados ao controle de câncer de próstata, de mama ou do
colo de útero;
b) por até dois dias, para se alistar como eleitor ou requerer transferência
do domicílio eleitoral;
c) por oito dias consecutivos, incluído o dia da ocorrência, em razão de:
 casamento;
 falecimento do cônjuge, companheiro, parceiro homoafetivo, pai, mãe,
padrasto, madrasta, filho, irmão, enteado ou menor sob guarda ou tutela.

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Nesses casos apontados acima, não há sequer necessidade de


compensação, contando-se esses dias como de efetivo exercício do cargo,
nos termos do art. 165, II1, da LC 840.
Por outro lado, podem existir outras situações em que a falta seja
justificada, porém que não se enquadrem em nenhum dos casos acima.
Nesse contexto, o art. 63 da LC 840 prevê que, em caso de falta ao
serviço, atraso, ausência ou saída antecipada, desde que devidamente
justificados, é facultado à chefia imediata, atendendo a requerimento do
interessado, autorizar a compensação de horário a ser realizada até o
final do mês subsequente ao da ocorrência (art. 63, § 1º).
Com efeito, o atraso, a ausência justificada ou a saída antecipada serão
computados por minutos, a serem convertidos em hora, dentro de cada
mês, desprezando-se os resíduos inferiores a sessenta minutos (art. 63, §
2º). Dessa forma, se o servidor tiver 2 horas e 50 minutos de tempo de
atrasos ou saídas antecipadas, no mesmo mês, ele terá que compensar
apenas 2 horas, já que as frações menores que 60 minutos serão
desconsideradas.
Por fim, existe o Estatuto que toda compensação de horário será registrada
pela chefia imediata junto ao setor de pessoal da repartição (art. 63, § 3º).

1.2.e – Faltas injustificadas

As faltas injustificadas não compensadas não serão contadas como efetivo


exercício do cargo (art. 164, I), sendo ainda que poderão configurar
abandono de cargo ou inassiduidade habitual.
Com efeito, o abandono de cargo ocorre quando o servidor faltar
injustificadamente por mais de trinta dias consecutivos. Por outro lado, a
inassiduidade habitual configura-se quando o servidor faltar
injustificadamente mais de 60 dias, interpoladamente, no período de doze
meses (art. 64).
Anota-se que o abandono de cargo e a inassiduidade habitual configuram
infração disciplinar grave do tipo I2, ensejando a aplicação da pena
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disciplinar de demissão (art. 193, I; c/c art. 202).

 abandono do cargo, se ocorrerem por mais de trinta dias consecutivos;


 inassiduidade habitual, se ocorrerem por mais de sessenta dias,
interpoladamente, no período de doze meses.

1 Art. 165. São considerados como efetivo exercício: [...] II as ausências previstas no art. 62;
2 Na próxima aula, vamos estudar as sanções disciplinares e os grupos de gravidade.

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A LC considera ainda que, salvo nas hipóteses de licença ou afastamento,


configura-se falta injustificada, em especial, as que decorram de (art. 65):
a) não retorno ao exercício, no prazo fixado, em caso de reversão, reintegração,
recondução ou aproveitamento;
b) não apresentação imediata para exercício no órgão, autarquia ou fundação,
em caso de remoção ou redistribuição;
c) interstício entre:
(i) o afastamento do órgão, autarquia ou fundação de origem e o exercício
no órgão ou entidade para o qual o servidor foi cedido ou colocado à
disposição;
(ii) o término da cessão ou da disposição mencionada acima e o reinício do
exercício no órgão, autarquia ou fundação de origem.
Apenas para ficar mais claro, a letra “c” trata da cessão (ou disposição) de
um servidor de um órgão ou entidade para outro. Assim, o período entre o
início da cessão ou disposição e o efetivo exercício é dado como falta
injustificada. Observa-se, ademais, que a LC 840 não fixa prazo para a
remoção, redistribuição e cessão de servidor, motivo pelo qual a
apresentação na nova unidade deve ser imediata.3
Por fim, anota-se que os casos descritos nas letras “a” a “c” são exemplos
de faltas injustificadas, uma vez que podem existir outros casos.

2 DIREITOS
2.1 SISTEMA REMUNERATÓRIO
Os servidores públicos exercem sua atividade funcional profissionalmente
e, por isso, recebem uma contraprestação em dinheiro. Tal retribuição pelos
serviços prestados recebe diversas nomenclaturas da Constituição Federal
e da legislação decorrente.
Na Lei Complementar 840/2011, o pagamento aos servidores públicos pelo
exercício de suas atividades funcionais não é apenas um direito, mas uma
imposição ao Poder Público, uma vez que o art. 124 determina que é
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proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em


lei.
Existem diversas composições da contraprestação recebida pelos agentes
públicos. Nesta aula, o nosso foco será as designações utilizadas pela LC
840, sem aprofundar nas disposições doutrinárias sobre o tema.
Nessa linha, dispõe o art. 66, caput, que a retribuição pecuniária pelo
exercício de cargo público é fixada em lei, sob a forma de subsídio ou

3 Quem já estudou a Lei 8.112/1990 sabe que, no âmbito federal, o servidor que deva ter exercício

em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto
em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da
publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse
prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. A LC 840, por outro lado, não
prevê prazo para esse interstício, justamente porque o servidor já se encontrará no DF.

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remuneração mensal. Vamos abordar o conceito de subsídio e


remuneração logo mais, por ora saiba que esta admite a incidência de
diversas vantagens sobre o vencimento básico; ao passo que aquele é
fixado em parcela única.
Anota-se ainda que para se obter o valor diário da remuneração ou subsídio
basta dividir o valor da retribuição mensal por trinta (art. 66, § 1º). Já o
valor horário da remuneração ou subsídio é alcançado dividindo-se a
retribuição pecuniária mensal pelo quíntuplo da carga horária semanal
(art. 66, § 1º). Por exemplo: imagine que o servidor percebe mensalmente
R$ 10 mil. Então, a retribuição diária será R$ 10 mil / 30 = R$ 333,33/dia.
Por outro lado, considerando que o servidor exerça a carga horária padrão
de 30 horas/semana, o valor horário da retribuição pecuniária do servidor
será de R$ 10 mil / (5 x 30h) = R$ 66,67/h.
Entretanto, na retribuição pecuniária mensal mencionada nos itens acima,
não serão incluídos (art. 66, § 2º): (i) as vantagens de natureza periódica
ou eventual, as de caráter indenizatório, o adicional noturno e o
adicional por serviço extraordinário; (ii) os acréscimos previstos no art.
67, I a VII4.
Portanto, no cálculo do valor horário ou do valor diário da retribuição do
servidor, não serão consideradas vantagens indenizatórias (exemplos:
diárias), serviço extraordinário (hora-extra), 13º salário, adicional férias,
etc.
De acordo com o art. 67 da LC 840, o subsídio será constituído de parcela
única, somente podendo ser acrescido a ele, exclusivamente:
a) o décimo terceiro salário;
b) o adicional de férias;
c) o auxílio-natalidade;
d) o abono de permanência;
e) o adicional por serviço extraordinário;
f) o adicional noturno;
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g) as vantagens de caráter indenizatório;


h) a remuneração ou subsídio: (i) pelo exercício de cargo em comissão ou de
função de confiança; (ii) decorrente de substituições.
Portanto, a característica do subsídio é a incidência de uma parcela única.
Contudo, essa não é uma regra absoluta, pois a legislação admite a

4 Art. 67. O subsídio é constituído de parcela única, e a ele pode ser acrescido, exclusivamente:
I o décimo terceiro salário;
II o adicional de férias;
III o auxílio-natalidade;
IV o abono de permanência;
V o adicional por serviço extraordinário;
VI o adicional noturno;
VII as vantagens de caráter indenizatório;

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incidência de alguns acréscimos especiais, como 13º, adicional férias,


verbas indenizatórias e a remuneração ou subsídio pelo exercício de cargo
em comissão, função de confiança ou substituições.
A remuneração, por outro lado, é constituída de parcelas formadas por
vencimentos e vantagens (art. 68). Dessa forma, a remuneração
compreende:
a) os vencimentos, que se compõem: (i) do vencimento básico; (ii) das vantagens
permanentes relativas ao cargo;
b) as vantagens relativas às peculiaridades de trabalho;
c) as vantagens pessoais;
d) as vantagens de natureza periódica ou eventual;
e) as vantagens de caráter indenizatório.

É interessante observar que a LC 840 possui vários conceitos especiais.


Apesar de aparecer repetitivo, vamos apresentar os conceitos novamente
abaixo para que tudo fique mais claro.

 Subsídio: retribuição pecuniária fixada em parcela única (salvo exceções)


 Remuneração: soma dos vencimentos e outras vantagens
 Vencimentos: soma do vencimento básico e das vantagens permanentes
 Vencimento: parcela pecuniária básica fixada em lei
 Vantagens não permanentes: aquelas sem caráter permanente

Subsídio Parcela única (salvo exceções)


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Vencimento básico

Vencimentos

Remuneração Vantagens permanentes

Vantagens não permanentes

Anota-se ainda que os vencimentos ou o subsídio são irredutíveis (art.


69).
O artigo 70 da LC 840 trata do teto constitucional remuneratório. Nessa
linha, a remuneração ou o subsídio dos ocupantes de cargos e funções
públicos da administração direta, autárquica e fundacional, incluídos os
cargos preenchidos por mandato eletivo, e os proventos, as pensões ou

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outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não,


incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não
podem exceder o subsídio mensal, em espécie, dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios.
Todavia, são excluídos do valor do teto de remuneração (art. 70, § 2º): (i)
décimo terceiro salário; (ii) adiantamento de férias; (iii) adicional de férias;
(iv) o auxílio-natalidade; (v) auxílio pré-escolar; e (vi) vantagens de caráter
indenizatório.
Isso quer dizer, por exemplo, que no mês em que receber o 13º salário, o
servidor poderia acabar percebendo uma remuneração acima do teto
constitucional, mas apenas em relação à parcela do 13º.
Por fim, exige o Estatuto que o valor do teto de remuneração ou subsídio
deverá ser publicado no Diário Oficial do Distrito Federal pelo Poder
Executivo sempre que se alterar o subsídio dos Desembargadores do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (art. 70, § 1º).

É importante vermos dois assuntos abordados na jurisprudência do STF. A primeira


refere-se à forma de fixação dos vencimentos dos servidores. Anota-se que a
-se, na verdade, ao
ásica da retribuição pelo exercício do
cargo público.
Nesse contexto, para o STF, o vencimento deve ser fixado em lei, motivo pelo qual
não pode ser objeto de convenção coletiva. Nessa linha, vejamos as disposições da
Súmula 679:
Súmula 679 do STF: "A fixação de vencimentos dos servidores públicos não
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pode ser objeto de convenção coletiva".

Outro assunto importante trata do salário mínimo. Nesse caso, o salário mínimo é
analisado pela remuneração total (ou subsídio). O art. 7º, inc. IV, da CF, assegura aos
trabalhadores urbanos e rurais o salário mínimo. Por sua vez, o art. 39, §3º, da
Constituição, estende esse direito aos servidores ocupantes de cargo público.
Nesse contexto, por meio da Súmula Vinculante 16, o STF firmou entendimento de
que o salário mínimo dos servidores ocupantes de cargo público refere-se ao total
da remuneração recebida pelo servidor público, vejamos:

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Súmula Vinculante 16: Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da


Constituição, referem-se ao total da remuneração percebida pelo servidor
público.
Complementando, vejamos alguns precedentes:
Servidor público: salário mínimo. É da jurisprudência do STF que a
remuneração total do servidor é que não pode ser inferior ao salário
mínimo (CF, art. 7º, IV). Ainda que os vencimentos sejam inferiores ao
mínimo, se tal montante é acrescido de abono para atingir tal limite,
não há falar em violação dos arts. 7º, IV, e 39, § 3º, da Constituição.
Inviável, ademais, a pretensão de reflexos do referido abono no cálculo
de vantagens, que implicaria vinculação constitucionalmente vedada
(CF, art. 7º, IV, parte final). (RE 439.360-AgR, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, julgamento em 9-8-2005, Primeira Turma, DJ de 2-9-2005.)
Agravo regimental no recurso extraordinário. Servidor público. Salário
mínimo. Garantia. Total da remuneração. Abono. Inclusão no cálculo
de outras vantagens pecuniárias. Impossibilidade. Precedentes. 1. É
pacífica a jurisprudência desta Corte de que a garantia de percepção de
salário mínimo conferida ao servidor por força dos arts. 7º, inciso IV, e
39, § 3º, da Constituição Federal, corresponde à sua remuneração
total e não apenas ao vencimento básico, que pode ser inferior ao
mínimo, e, também, que sobre o abono pago para atingir o salário-
mínimo não devem incidir as gratificações e demais vantagens
pecuniárias, sob pena de ofensa ao art. 7º, inciso IV, da Constituição
Federal. 2. Agravo regimental não provido. (RE 439.360-AgR, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, julgamento em 9-8-2005, Primeira Turma, DJ de
2-9-2005.)

2.1 VANTAGENS
Além do vencimento básico, poderão ser pagas ao servidor as seguintes
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vantagens (art. 74):


a) gratificações;
b) adicionais;
c) abonos;
d) indenizações.
As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para
qualquer efeito (art. 74, § 2º). Já as gratificações e os adicionais
incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados
em lei (art. 74, § 1º).

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De acordo com o art. 75 da LC 840/2011, as vantagens pecuniárias não


serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer
outros acréscimos pecuniários ulteriores.
Vamos ver como este tema poderá ser exigido na prova!

1. (Cespe – TJ/CNJ/2013) Além do vencimento, o servidor


público pode receber vantagens, como indenizações, gratificações
e adicionais, sendo que as duas primeiras vantagens citadas
incorporam-se ao vencimento ou provento.
Comentário: a remuneração é composta pelo vencimento mais as
vantagens pecuniárias de caráter permanente. As vantagens previstas na
LC 840/2011 são: I - gratificações; II - adicionais; III - abonos; e IV -
indenizações. As indenizações não se incorporam ao vencimento ou
provento para qualquer efeito. Já as gratificações e os adicionais
incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições
indicados em lei.
Gabarito: errado.

2.1.1 VANTAGENS RELATIVAS ÀS PECULIARIDADES DE TRABALHO

2.1.1.1 GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO DE CONFIANÇA E DOS VENCIMENTOS DE CARGO EM


COMISSÃO

De acordo com o art. 77 da LC 840/2011, ao servidor ocupante de cargo


efetivo investido em função de confiança ou cargo de provimento em
comissão é devido o valor integral da função de confiança para a qual foi
designado e 80% dos vencimentos ou subsídio do cargo em comissão por
ele exercido, salvo disposição legal em contrário, sem prejuízo da
remuneração ou subsídio.
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As férias, o adicional de férias e o 13º salário serão pagos


proporcionalmente aos meses de efetivo exercício do servidor efetivo no
cargo em comissão ou função de confiança (art. 77, § 1º).
Isso será válido para todos os servidores ou empregados requisitados de
qualquer órgão ou entidade dos Poderes do Distrito Federal, da União, de
Estado ou Município (art. 78).
Outrossim, o servidor efetivo poderá optar pelo valor integral do cargo em
comissão. Todavia, nessa hipótese, ele não poderá perceber o subsídio ou
a remuneração do cargo efetivo.

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2.1.1.2 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE


A insalubridade ocorre quando o servidor possui contato constante com
substâncias que possam deteriorar as suas condições de saúde ao longo do
tempo, tais como substâncias tóxicas ou radioativas. A periculosidade,
por sua vez, ocorre quando o exercício das atribuições do cargo coloca o
servidor em condições de risco para sua integridade física, a exemplo do
trabalho com a rede elétrica.
Nessa linha, o art. 79 da LC 840/2011 assegura o adicional por
insalubridade ou periculosidade aos servidores que trabalhem com
habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com
substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida.
Vale mencionar que o servidor não pode acumular os adicionais de
insalubridade e periculosidade, devendo escolher um deles se preencher
os requisitos para ambos os adicionais (art. 79, § 1º).
Ademais, eliminando-se das condições ou os riscos que deram causa à
concessão dos adicionais de insalubridade ou periculosidade, cessar-se-á o
direito de recebê-los (art. 79, § 2º).
O art. 80 do Estatuto determina ainda que exista permanente controle
da atividade de servidores em operações ou locais considerados penosos,
insalubres ou perigosos.
Na mesma linha, o art. 82 exige que os locais de trabalho e os servidores
que operam com Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob
controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não
ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria. Nesse caso, os
servidores serão submetidos a exames médicos a cada seis meses (art. 82,
parágrafo único).
Ademais, a servidora gestante ou lactante, será afastada, enquanto durar
a gestação e a lactação, das operações e locais insalubres ou perigosos,
exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não
penoso e não perigoso (art. 80, parágrafo único).
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Por fim, é preciso definir os valores a serem pagos ao servidor. Posto isso,
o art. 83 pontua que o adicional de insalubridade ou de periculosidade é
devido nos termos das normas legais e regulamentares pertinentes aos
trabalhadores em geral, observados os percentuais seguintes, incidentes
sobre o vencimento básico:
a) 5%, 10%, ou 20%, no caso de insalubridade nos graus mínimo,
médio ou máximo, respectivamente;
b) 10%, no caso de periculosidade;
c) 5%, 10%, ou 20%, na forma do regulamento, no caso de adicional
de irradiação ionizante;
d) 10% para trabalhos com raios X ou substâncias radioativas.

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2.1.1.3 ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO


O adicional pela prestação de serviço extraordinário é a famosa hora-
extra. Assim, trata-se de um acréscimo pecuniário recebido pelo servidor
que exercer suas atribuições além da carga-horária normal para o seu
cargo.
Nessa linha, o serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de
cinquenta por cento em relação ao valor da remuneração ou subsídio da
hora normal de trabalho (art. 84).

2.1.1.4 ADICIONAL NOTURNO


O adicional noturno é devido ao servidor que exercer suas atividades em
horário compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia
seguinte. Nesse caso, o valor-hora devido ao servidor será acrescido em
25% em relação ao que lhe seria devido pelo trabalho diurno. Além disso,
computa-se cada hora como cinquenta e dois minutos e trinta
segundos.
Portanto, se um servidor recebe R$100,00 (cem reais) por hora de atividade
diurna, ele receberá, durante o período em que é devido o adicional
noturno, o valor de R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais) a cada 52min.
e 30seg. de atividade.
Ademais, tratando-se de serviço extraordinário, o adicional noturno incidirá
sobre a remuneração em que está acrescido do adicional pela prestação de
serviço extraordinário. Vamos explicar. No mesmo exemplo do servidor que
recebia R$ 100,00 (cem reais) por hora de serviço ordinário diurno, se ele
prestar serviço extraordinário, durante o horário em que é devido o
adicional noturno, a sua remuneração será calculada da seguinte forma: (a)
incidirá os 50% do adicional pela prestação de serviço extraordinário,
gerando o valor de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais); (b) sobre este
último, incidirá os 25% de adicional noturno, totalizando R$ 187,50 (cento
e oitenta e sete reais e cinquenta centavos) para cada hora noturna (52min.
e 30seg.). 00618695117

2. (Cespe – Analista Técnico Administrativo/MJ/2013 –


adaptada) Conforme decisão recente do STJ, o adicional noturno
previsto na LC 840/2011 será devido ao servidor público federal
que preste serviço em horário compreendido entre 22 horas de um
dia e 5 horas do dia seguinte. Entretanto, esse adicional não será
devido se o serviço for prestado em regime de plantão.
Comentário: vamos começar pelo Recurso Especial do STJ que trata do
assunto apresentado na questão.

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RECURSO ESPECIAL. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGENTES DA


POLÍCIA FEDERAL. REGIME DE PLANTÃO (24H DE TRABALHO POR 48H DE
DESCANSO). ADICIONAL NOTURNO. ART. 7º, IX, DA CF/88. ART. 75 DA LEI
8.112/90. CABIMENTO. PRECEDENTES DO TST. SÚMULA 213/STF. 1. O servidor
público federal, mesmo aquele que labora em regime de plantão, faz jus ao
adicional noturno quando prestar serviço entre 22h e 5h da manhã do dia seguinte,
nos termos do art. 75 da Lei 8.112/90, que não estabelece qualquer restrição. 2.
"É devido o adicional noturno, ainda que sujeito o empregado aoregime de
revezamento" (Súmula 213/STF). 3. Ao examinar o art. 73 da CLT, o Tribunal
Superior do Trabalho decidiu, inúmeras vezes, que o adicional noturno é
perfeitamente compatível com o regime de plantões. 4. Recurso especial não
provido. (STJ - REsp: 1292335 RO 2011/0267651-4, Relator: Ministro CASTRO
MEIRA, Data de Julgamento: 09/04/2013, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de
Publicação: DJe 15/04/2013) (grifos nossos)

Ou seja, o STJ entende que o adicional noturno é devido ao servidor


público federal que trabalhar entre 22h e 5h da manhã, ainda que o
serviço seja prestado em regime de plantão.
Gabarito: errado.

2.1.2 VANTAGENS PESSOAIS


Determina o art. 86, que se consideram pessoais as parcelas da
remuneração que dependam da situação individual de cada servidor perante
a administração pública. Assim, vejamos quais vantagens são essas:

2.1.2.1 ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO


O adicional por tempo de serviço é devido à razão de 1% sobre o
vencimento básico do cargo de provimento efetivo por ano de efetivo
serviço, a partir do mês em que o servidor completar o anuênio (art. 88).
De mais a mais, o valor desse adicional, após adquirido, será incorporado à
remuneração.

2.1.2.2 ADICIONAL DE QUALIFICAÇÃO


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Conforme o próprio nome sugere, o adicional de qualificação5, instituído por


lei específica, destina-se a remunerar a melhoria na capacitação para o
exercício do cargo efetivo (art. 89).
Tendo isso em vista, o Estatuto determina que os conteúdos dos cursos de
qualificação devem guardar pertinência com as atribuições do cargo efetivo
ou da unidade de lotação e exercício.

5 Uma vez adquirido, incorpora-se à remuneração.

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2.1.3 VANTAGENS PERIÓDICAS

2.1.3.2 ADICIONAL FÉRIAS


O adicional férias é um direito constitucional constante no art. 7º, XVII,
da Constituição Federal, encontrando-se previsto também na LC 840/2011
em seu art. 91. Esse adicional correspondente a 1/3 (um terço) da
remuneração ou subsídio do período das férias6, devendo ser pago ao
servidor independentemente de solicitação. No caso de o servidor exercer
função de confiança ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem
será considerada no cálculo do adicional férias (art. 91, § 1º).
Outrossim, o adicional de férias incide sobre o valor do abono pecuniário.

2.1.3.3 13º SALÁRIO


Essa gratificação corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que
o servidor fizer jus no mês em que é devido, por mês de exercício no
respectivo ano (art. 92). Para fins de cálculo do valor da gratificação, a
fração superior a quatorze dias será considerada como mês integral.
No caso de servidor efetivo em exercício de função de confiança ou cargo
em comissão, é devido o 13º sobre a parcela da retribuição pecuniária,
observada a proporcionalidade indicada nesse Estatuto (art. 92, § 2º).
A gratificação deve ser paga (i) no mês de aniversário do servidor ocupante
de cargo de provimento efetivo, incluído o requisitado da administração
direta, autárquica ou fundacional de qualquer Poder do Distrito Federal, da
União, de Estado ou Município, ou (ii) até o dia 20 do mês de dezembro de
cada ano, para os servidores não contemplados no mês de aniversário (art.
93).
Sendo assim, no mês de dezembro, o servidor efetivo fará jus a eventuais
diferenças entre o valor pago como 13º salário e a remuneração devida
nesse mês. Além disso, o Poder Executivo e os órgãos do Poder Legislativo
podem alterar a data de pagamento do 13º salário, desde que ele seja
efetivado até o dia 20 de dezembro de cada ano.
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Caso o servidor seja exonerado, demitido ou que entre em licença sem


remuneração ao longo do ano, ele perceberá seu 13º salário,
proporcionalmente aos meses de exercício, calculado sobre a remuneração
ou o subsídio do mês do evento (art. 94). Entretanto, se o servidor
reassumir o cargo, o 13º salário deve ser pago proporcionalmente aos
meses de exercício após a reassunção.
Por fim, o 13º não será considerado para cálculo de qualquer vantagem
pecuniária, nem tampouco ser superior ao valor do teto de remuneração a
que o servidor está submetido (art. 95).

6 A base para o cálculo do adicional de férias não pode ser superior ao teto de remuneração ou

subsídio, salvo em relação ao abono pecuniário.

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2.1.4 VANTAGENS EVENTUAIS

2.1.4.1 AUXÍLIO-NATALIDADE
O Estatuto dispõe que servidora gestante fará jus à auxílio-natalidade, por
motivo de nascimento de filho ou adoção, em quantia equivalente ao menor
vencimento básico do serviço público distrital, inclusive no caso de
natimorto (art. 96).
Cabe uma ressalva nesse momento. O auxílio-natalidade será pago na
ocasião do nascimento de um filho. Porém, em caso de gestação múltipla
(gêmeos, trigêmeos, e etc.), será acrescido 50% do valor, por recém-
nascido, no pagamento da vantagem.
Além disso, caso a parturiente não seja servidora pública distrital, o auxílio-
natalidade deverá ser pago ao cônjuge ou companheiro servidor público.

2.1.4.2 AUXÍLIO-FUNERAL
O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido em atividade ou
aposentado, ou a terceiro que comprovar ter gastos com o funeral7, em
valor equivalente a um mês da remuneração, subsídio ou provento (art.
97). No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente
em razão do cargo de maior remuneração ou subsídio.
Outro detalhe na concessão dessa vantagem, é que ela deve ser paga no
prazo de 48 horas, por meio de procedimento sumaríssimo, à pessoa da
família que houver custeado o funeral. Na situação de servidor aposentado,
o auxílio-funeral será pago pelo regime próprio de previdência social,
mediante ressarcimento dos valores pelo Tesouro do Distrito Federal.
Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho,
inclusive no exterior, as despesas de transporte do corpo correm à conta
de recursos do Distrito Federal, da autarquia ou da fundação pública (art.
99).

2.1.4.3 GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO DE CURSO OU CONCURSO


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A gratificação por encargo de curso ou concurso, presente no art. 100


da LC 840/2011, é devida ao servidor estável que, em caráter eventual:
a) atuar como instrutor em curso de formação, de
desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído nos
Poderes Executivo ou Legislativo;
b) participar de banca examinadora ou de comissão para exames
orais, para análise curricular, para correção de provas discursivas,
para elaboração de questões de provas ou para julgamento de

7 O terceiro que custear o funeral tem direito de ser indenizado, não podendo a indenização superar

o valor de um mês da remuneração, subsídio ou provento (art. 98).

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recursos intentados por candidatos;


c) participar da logística de preparação e de realização de
concurso público envolvendo atividades de planejamento,
coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando
tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições
permanentes;
d) participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame
vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas
atividades.

Devemos notar que o desempenho dessas atividades deve ocorrer em


caráter eventual. Dessa forma, se o servidor for lotado em alguma unidade
responsável por realizar cursos ou concursos, sendo essas suas atribuições
ordinárias, não lhe será devido o pagamento da gratificação. Isso porque,
nesse caso, o servidor não exerce tais atividades de forma eventual, mas
sim como uma atribuição comum.
Os critérios e os percentuais a serem pagos como gratificação por encargo
de curso ou concurso constam no §1º, do art. 100, da seguinte forma:
§ 1º Os critérios de concessão e os limites da gratificação para as atividades de que
trata este artigo são fixados em regulamento, observados os seguintes parâmetros:
I – o valor da gratificação deve ser calculado em horas, observadas a natureza e a
complexidade da atividade exercida;
II – o período de trabalho nas atividades de que trata este artigo não pode exceder
a cento e vinte horas anuais ou, quando devidamente justificado e previamente
autorizado pela autoridade máxima do órgão, autarquia ou fundação, a duzentas e
quarenta horas anuais;
III – o valor máximo da hora trabalhada corresponde aos seguintes percentuais,
incidentes sobre o maior vencimento básico da tabela de remuneração ou subsídio
do servidor:
a) dois inteiros e dois décimos por cento, em se tratando de atividades previstas nos
incisos I e II do caput;
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b) um inteiro e dois décimos por cento, em se tratando de atividade prevista nos


incisos III e IV do caput.

Com efeito, o pagamento da gratificação por encargo de curso ou concurso


somente será paga se as atividades mencionadas acima forem exercidas
sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for titular,
devendo ser objeto de compensação de carga horária quando
desempenhadas durante a jornada de trabalho.
Por fim, a gratificação por encargo de curso ou concurso não se incorpora
à remuneração do servidor para qualquer efeito e não poderá ser
utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens,
inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões
(art. 100, § 3º).

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2.1.5 VANTAGENS DE CARÁTER INDENIZATÓRIO


Tem caráter indenizatório o valor das parcelas relativas a (art. 101):
a) diária e passagem para viagem;
b) transporte;
c) alimentação;
d) creche ou escola;
e) fardamento;
f) conversão de férias ou de parte delas em pecúnia;
g) abono de permanência;
h) créditos decorrentes de demissão, exoneração e aposentadoria, ou
relativos a férias, adicional de férias ou conversão de licença-prêmio em
pecúnia.
Os valores das indenizações, assim como as condições para a sua
concessão, são estabelecidos em lei ou regulamento, observadas as
disposições dos artigos seguintes (art. 102).
Ademais, o valor das indenizações não poderá ser (i) incorporado à
remuneração ou ao subsídio, (ii) computado na base de cálculo para fins de
incidência de imposto de renda ou de contribuição para a previdência social,
ressalvadas as disposições em contrário na legislação federal, nem (iii)
computado para cálculo de qualquer outra vantagem pecuniária (art. 103).

2.1.5.1 DIÁRIAS E PASSAGENS


Dispõe o art. 104 da LC 840/2011 que o servidor que, a serviço, afastar-se
do Distrito Federal em caráter eventual ou transitório, fará jus a
passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas
extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção urbana.
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Por exemplo, se um servidor de algum órgão de fiscalização afastar-se do


DF para participar de um evento em São Paulo, ele deverá receber as
passagens e as diárias para indenizar eventuais despesas que vier a ter com
pousada, alimentação e locomoção urbana no local da fiscalização.
A diária deve ser paga para cada dia de deslocamento. Contudo, se o
deslocamento não exigir pernoite fora da sede, o seu pagamento ocorrerá
pela metade (art. 104, § 1º). Por exemplo, se um servidor deslocar-se
para fora do DF, mas não necessitar dormir fora de sua sede, fará jus
somente à metade do valor da diária.
Deve-se notar que o afastamento da sede deve possuir caráter eventual ou
transitório. Caso esse deslocamento constitua uma exigência permanente
do cargo, o servidor não fará jus a diárias (art. 104, § 2º).

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A diária destina-se a custear as despesas


extraordinárias para deslocamentos da sede
em caráter eventual ou transitório.

Se o servidor receber diárias, mas não se afastar do Distrito Federal, por


qualquer motivo, ficará obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de
72 horas, contadas da data em que deveria ter viajado (art. 105). Da
mesma forma, se o retorno à sede ocorrer em prazo menor que o
inicialmente previsto, o servidor deverá restituir as diárias recebidas em
excesso, também no prazo de 72 horas.

2.1.5.2 INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE


A indenização de transporte será concedida ao servidor que realizar
despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a
execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do
cargo (art. 106). Seria o caso de um servidor utilizar o seu próprio veículo
para se deslocar, com a finalidade de realizar algum serviço externo,
decorrente das atribuições de seu cargo.

2.1.5.3 AUXÍLIO-TRANSPORTE
Ao servidor é devido auxílio-transporte, a ser pago em pecúnia ou em vale-
transporte, destinado ao custeio parcial das despesas realizadas com
transporte coletivo, inclusive interestadual, no início e no fim da jornada de
trabalho, relacionadas com o deslocamento da residência para o trabalho e
vice-versa8 (art. 107).
Todavia, não se deve confundir a indenização de transporte com o auxílio-
transporte. Na primeira situação, o servidor utiliza um meio próprio de
transporte e é ressarcido; no segundo caso, o servidor receberá o valor ou
o vale-transporte para custeio de seu deslocamento, por meios urbanos.
Além disso, o auxílio-transporte não é devido:00618695117

a) quando o órgão, autarquia ou fundação proporcionar, por meios


próprios ou por meio de terceiros contratados, o transporte do
servidor para o trabalho e vice-versa;
b) durante as férias, licenças, afastamentos ou ausências ao serviço,
exceto nos casos de:
a. cessão do servidor para órgão da administração direta,
autárquica ou fundacional do Distrito Federal, cujo ônus da

8 A concessão do auxílio-transporte fica condicionada à apresentação de declaração, firmada pelo


próprio servidor, de que realiza despesas com transporte coletivo (art. 110). Sem prejuízo da
fiscalização da administração pública e de eventual responsabilidade administrativa, civil ou penal,
presumem-se verdadeiras as informações constantes da declaração prestada pelo servidor.

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remuneração recaia sobre o órgão cedente;


b. participação em programa de treinamento regularmente
instituído;
c. participação em júri e outros serviços obrigatórios por lei;
c) quando a despesa mensal com transporte coletivo for igual ou inferior
ao valor resultante da aplicação do percentual de 6%;
d) cumulativamente com outro benefício ou vantagem de natureza igual
ou semelhante ou com vantagem pessoal originária de qualquer
forma de indenização ou auxílio pago sob o mesmo título ou idêntico
fundamento, salvo nos casos de:
a. acumulação lícita de cargos públicos;
b. servidor que exerça suas atribuições em mais de uma unidade
administrativa do órgão ou entidade a que esteja vinculado,
aqui compreendidos os estabelecimentos públicos de ensino e
saúde do Distrito Federal.

Outro detalhe que devemos mencionar, o servidor poderá optar pela


percepção do auxílio referente ao deslocamento da repartição pública para
outro local de trabalho ou vice-versa; ou do trabalho para instituição de
ensino onde esteja regulamente matriculado ou vice-versa.
Em seguimento, os arts. 108 e 109 da LC 840/2011 se destinam a tratar
dos valores e modo de pagamento do auxílio-transporte.
Com esse foco, o valor mensal do auxílio-transporte corresponde ao
montante das despesas realizadas com transporte coletivo, subtraído o
montante de 6% incidente exclusivamente sobre o subsídio ou vencimento
básico do cargo efetivo ocupado pelo servidor; ou sobre a retribuição
pecuniária de cargo em comissão, quando se tratar de servidor não detentor
de cargo efetivo (art. 108).
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De mais a mais, o pagamento do auxílio-transporte, em pecúnia ou em


vale-transporte, deve ser efetuado no mês anterior ao da utilização de
transporte coletivo. Isso não se aplicará apenas se (a) o servidor estiver em
efetivo exercício no cargo em razão de primeira investidura ou reinício do
exercício decorrente de licença ou afastamento previstos em lei, (b) ocorrer
modificação no valor da tarifa do transporte coletivo, no endereço
residencial, no local de trabalho, no trajeto ou no meio de transporte
utilizado, quando passa a ser devida a complementação correspondente, ou
(c) ocorrer mudança de exercício financeiro. Em todas essas situações, o
pagamento poderá ser feito até o mês imediatamente subsequente.
Nesse sentido, caso o pagamento seja feito indevidamente, o valor deve
ser devolvido pelo servidor em parcela única no prazo de 72 horas, contados
da data em que o servidor foi comunicado.

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Finalmente, como o servidor deve apresentar uma comprovação de que


necessita de auxílio-transporte, caberá a ele manter atualizados os dados
cadastrais que fundamentam a concessão do auxílio-transporte.

2.1.5.4 AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO
De acordo com o art. 111, é devido ao servidor, mensalmente, o auxílio-
alimentação, com o valor fixado na forma da lei.
Entretanto, a concessão dessa vantagem exige o cumprimento de alguns
requisitos, quais sejam (art. 112):
a) o pagamento é feito em pecúnia, sem contrapartida;
b) não pode ser acumulado com outro benefício da mesma espécie, ainda
que pago in natura;
c) depende de requerimento do servidor interessado, no qual declare não
receber o mesmo benefício em outro órgão ou entidade;
d) o seu valor deve ser atualizado anualmente pelo mesmo índice que
atualizar os valores expressos em moeda corrente na legislação do
Distrito Federal;
e) não é devido ao servidor em caso de:
a. licença ou afastamento sem remuneração;
b. licença por motivo de doença em pessoa da família;
c. afastamento para estudo ou missão no exterior;
d. suspensão em virtude de pena disciplinar;
e. falta injustificada e não compensada.
Além disso, da mesma forma que vimos no auxílio-transporte, no caso de
pagamento indevido do auxílio-alimentação, o servidor terá o prazo de 72
horas para ressarcir o valor recebido.
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2.1.5.5 ABONO PECUNIÁRIO


O abono pecuniário pode ser entendido como a conversão de 1/3 das férias
a que o servidor tem direito9. Sobre esse valor, incidirá o adicional de férias.
Todavia, a base para o cálculo do abono pecuniário não pode ser superior
ao teto de remuneração ou subsídio.

9 O abono pecuniário depende de autorização do Governador, do Presidente da Câmara Legislativa

ou do Presidente do Tribunal de Contas.

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2.1.5.6 ABONO DE PERMANÊNCIA


Compreende uma vantagem concedida ao servidor que permanecer em
atividade após ter completado as exigências para aposentadoria voluntária,
equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária, na forma e nas
condições previstas na Constituição Federal (art. 114).

2.1.6 DISPOSIÇÕES GERAIS


Sempre que exercer suas funções, o servidor deverá receber a devida
remuneração. No entanto, o art. 115 dispõe que o servidor perderá a
remuneração ou subsídio do dia em que faltar ao serviço, sem motivo
justificado; ou perderá a parcela de remuneração ou subsídio diário,
proporcional aos atrasos, ausências justificadas e saídas antecipadas, salvo
quando compensar o horário.
Os artigos 116 a 119 do Estatuto dos Servidores do Distrito Federal
estabelecem regras sobre a proteção da remuneração e sobre as formas de
quitação da folha e incidência de descontos.
Nessa linha, o art. 116 estabelece que nenhum desconto poderá incidir
sobre a remuneração ou subsídio do servidor, salvo por imposição legal
ou mandado judicial. Permite-se ainda a existência de consignação em
folha de pagamento a favor de terceiros, mediante autorização do servidor
e a critério da administração, com reposição de custos. Nesse caso, a soma
das consignações não pode exceder a 30% da remuneração ou subsídio do
servidor.
De mais a mais, a consignação em folha de pagamento não traz nenhuma
responsabilidade para a administração pública, salvo a de repassar ao
terceiro o valor descontado do servidor.
Além disso, o subsídio, a remuneração ou qualquer de suas parcelas tem
natureza alimentar e não serão objeto de arresto, sequestro ou
penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão
judicial (art. 117). Em termos bem simples, esses três instrumentos
destinam-se a execução de dívidas ou a garantia da preservação do bem
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para fins de cobrança. Assim, se determinada pessoa tentar obter a


execução de uma dívida com um servidor público, não será possível, por
exemplo, penhorar a sua remuneração.
Prosseguindo, o art. 118 menciona a quitação da folha de pagamento, que
deverá ser feita até o quinto dia útil do mês subsequente. Embora essa seja
a regra, no caso de erro desfavorável ao servidor no processamento da
folha de pagamento, a quitação do débito deve ser feita no prazo de até 72
horas.
De acordo com o art. 119 da LC 840/2011, as reposições e indenizações ao
erário serão previamente comunicadas ao servidor para pagamento, no
prazo máximo de dez dias, podendo ser parceladas, a pedido do
interessado. Para pagamento em parcela única, o desconto deverá ser de
valor igual ou inferior à décima parte da remuneração ou subsídio. Em

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contrapartida, no caso de parcelamento, o valor de cada parcela deverá ser


igual à décima parte do subsídio ou remuneração, devendo o resíduo
constituir-se como última parcela. Porém, se um pagamento indevido
houver ocorrido, a reposição será feita no prazo de 72 horas, em uma única
parcela.
Ademais, o pagamento efetuado pela administração pública em desacordo
com a legislação não deve ser aproveitado ao servidor beneficiado, ainda
que ele não tenha dado causa ao erro. Portanto, se houver um pagamento
em desacordo com a legislação, a regra é que o servidor seja obrigado a
devolvê-lo. Entretanto, é vedado exigir reposição de valor em virtude de
aplicação retroativa de nova interpretação da norma de regência (art.
120). Esse dispositivo trata da aplicação do princípio da segurança jurídica,
que tem justamente o fim de impedir a aplicação retroativa de nova
interpretação.
Segundo o art. 121 frisa que em caso de demissão, exoneração,
aposentadoria ou qualquer licença ou afastamento sem remuneração, o
servidor tem direito de receber os créditos a que faz jus até a data do
evento10.
Nessas hipóteses, o servidor em débito com o erário deve quitá-lo
deduzindo integralmente dos créditos que tenha ou venha a ter em virtude
do cargo ocupado; na insuficiência desse crédito, terá o prazo de sessenta
dias para quitar o débito. Caso ainda reste débito, ele deve ser descontado
de qualquer valor que o devedor tenha ou venha a ter como crédito junto
ao Distrito Federal, inclusive remuneração ou subsídio de qualquer cargo
público, função de confiança, proventos de aposentadoria ou pensão. A não
quitação do débito no prazo mencionado implicará sua inscrição em dívida
ativa.
Nessa mesma linha, os créditos a que o ex-servidor faz jus devem ser
quitados no prazo de até 60 dias, salvo nos casos de insuficiência de
dotação orçamentária, observado o regulamento.
Na ocorrência de falecimento do servidor, após a apuração dos valores e
dos procedimentos, o saldo remanescente deve ser (art. 122):
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a) pago aos beneficiários da pensão e, na falta destes, aos sucessores


judicialmente habilitados;
b) cobrado na forma da lei civil, se negativo.
Finalizando, mas ainda nesse foco, o débito do servidor com o erário ou o
crédito que venha a ser reconhecido administrativa ou judicialmente deve
ser atualizado pelo mesmo índice que atualizar os valores expressos em

10 Aplicável, inclusive, aos casos de dispensa da função de confiança ou exoneração de cargo em

comissão, quando:
I – seguidas de nova dispensa ou nomeação;
II – se tratar de servidor efetivo, hipótese em que faz jus à percepção dos créditos daí decorrentes,
inclusive o décimo terceiro salário e as férias, na proporção prevista nesta Lei Complementar.

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moeda corrente na legislação do Distrito Federal, além de sofrer


compensação de mora, na forma da legislação vigente (art. 123).

2.1.7 FÉRIAS
Acho que este é um assunto de interesse de todos! 
O direito às férias encontra-se previsto no art. 7º, XVII, da CF,
representando o período anual de descanso do servidor. Na LC 840/2011,
esse direito encontra-se previsto nos arts. 125 a 129.
As férias têm duração de trinta dias anuais, que podem ser acumuladas, no
caso de necessidade do serviço, por até o máximo de dois períodos,
ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica. Nesse período,
o servidor ficará afastado do exercício de suas atribuições, mas receberá
sua remuneração, somada do adicional de férias, contando o seu prazo
como de efetivo exercício do cargo para todos os efeitos.
O primeiro período aquisitivo de férias ocorre depois de doze meses de
exercício (art. 125, § 1º). Isso não é válido, no entanto, para casos de
férias coletivas, hipótese em que as primeiras férias são proporcionais ao
efetivo exercício.
O § 3º do art. 125 veda que se leve à conta de férias qualquer falta ao
serviço. Dessa forma, se o servidor faltar ao serviço injustificadamente,
deverá ser descontada à sua remuneração correspondente aos dias de
ausência, não se podendo descontar esses dias do período de férias.
Ademais, o Estatuto permite que as férias sejam parceladas em até três
etapas, nenhuma delas inferior a 10 dias. Nesse caso, o requerimento
deverá partir do servidor, mas a concessão do parcelamento ocorre no
interesse da administração pública, ou seja, a administração decidirá de
forma discricionária.
Até dois dias antes de as férias serem iniciadas, devem ser pagos ao
servidor:
a) o adicional de férias;
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b) o abono pecuniário, se deferido;


c) o adiantamento de parcela correspondente a 40% do valor líquido do
subsídio ou remuneração, desde que requerido.
Nesse último caso, o desconto do subsídio ou remuneração do servidor deve
ocorrer em quatro parcelas mensais e sucessivas de idêntico valor.
Dispõe o art. 127 que o servidor que opera direta e permanentemente com
Raios X ou substâncias radioativas gozará vinte dias consecutivos de
férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer
hipótese a acumulação. Para esses servidores não será permitida a
concessão do abono pecuniário.
Já o art. 128 apresenta as regras sobre a interrupção das férias, que só
poderá ocorrer por motivo de calamidade pública, comoção interna,

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convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por


necessidade do serviço declarada por portaria do Secretário de
Estado ou autoridade equivalente, no Poder Executivo, ou por ato
do Presidente da Câmara Legislativa ou do Tribunal de Contas, nos
respectivos órgãos.
Por fim, caso o servidor seja e exonerado, demitido ou aposentado do cargo
efetivo, ou destituído do cargo em comissão, ele deverá receber
indenização referente às férias não gozadas, no valor da remuneração ou
subsídio devido no mês da ocorrência do evento, acrescido do adicional de
férias.
O período de férias incompleto será indenizado na proporção de um doze
avos por mês de efetivo exercício. Aqui, cabe frisar que a fração superior a
quatorze dias será considerada como mês integral (art. 129, §§ 1º e 2º).

3. (Cespe – TJ/TRT 17 ES/2013) A convocação para júri constitui


hipótese de interrupção das férias de servidor público.
Comentário: questão bem simples. A situação normal é que as férias não
sejam interrompidas. Contudo, o art. 128 apresenta situações específicas
que permitem a interrupção do período das férias, vejamos:
 calamidade pública;
 comoção interna;
 convocação para júri;
 serviço militar ou eleitoral; ou
 por necessidade do serviço.
Portanto, a convocação para o júri é uma das situações que justificam a
interrupção das férias do servidor público.
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Gabarito: correto.

2.1.8 LICENÇAS
Os capítulos III e IV do Capítulo III do Estatuto dos Servidores do Distrito
Federal apresentam, respectivamente, as licenças e afastamentos.
Tecnicamente, não existe diferença entre licença e afastamento, pois as
duas representam hipóteses em que o servidor ficará afastado de suas
atribuições. Simplesmente, o legislador optou por denominar esses períodos
ora de licenças, ora de afastamentos. Dito isso, vamos iniciar pelo Capítulo
III, que trata das licenças.
De acordo com o art. 130 da LC 840/2011, além do abono de ponto,
conceder-se-á ao servidor licença:

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a) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;


b) por motivo de doença em pessoa da família;
c) para o serviço militar;
d) para atividade política;
e) prêmio por assiduidade;
f) para tratar de interesses particulares;
g) para desempenho de mandato classista;
h) paternidade;
i) maternidade11;
j) médica ou odontológica.
Caso uma licença seja concedida dentro de sessenta dias do término
de outra da mesma espécie será considerada como prorrogação (art.
131). Por exemplo, imagine que um servidor está em gozo de licença por
motivo de doença em pessoa da família, prevista para encerrar no dia 30
de julho de 2015. Se ele solicitar a renovação dessa licença, e ela for
concedida no dia 15 de julho (dentro do período de sessenta dias do
término), será considerada mera prorrogação e não uma nova licença.
Ademais, com exceção da licença por motivo de afastamento do cônjuge ou
companheiro, todas as demais licenças apresentadas acima garantem, ao
seu término, o direito ao servidor de retornar à mesma lotação, com a
mesma jornada de trabalho de antes do início da licença, desde que uma
ou outra não tenha sofrido alteração normativa (art. 132).
Agora, vamos analisar cada uma das licenças.

2.1.8.1 LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CÔNJUGE


Segundo o art. 133 da LC 840/2011, poderá ser concedida licença ao
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servidor estável para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi


deslocado para trabalhar em localidade situada fora da Região Integrada de
Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno – RIDE, bem
como para exercer mandato eletivo em Estado ou Município não
compreendido na RIDE.
Essa licença será concedida por até cinco anos e sem remuneração ou
subsídio (art. 133, § 1º).
De mais a mais, por se tratar de licença para acompanhar cônjuge ou
companheiro, a manutenção do vínculo conjugal deve ser comprovada
anualmente, sob pena de cancelamento da licença.

11 A concessão da licença-maternidade sujeita-se às normas do regime de previdência social a que


a servidora se encontra filiada.

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2.1.8.2 LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA


A licença por motivo de doença em pessoa da família, disciplinada no art.
134 da LC 840/2011, poderá ser concedida ao servidor por motivo de
doença do cônjuge ou companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente,
descendente, enteado e colateral consanguíneo ou afim até o segundo grau
civil, mediante comprovação por junta médica oficial e sem prejuízo da
remuneração ou subsídio do cargo efetivo.
Apesar de o texto da lei mencionar expressamente que a licença “poderá”
ser concedida, o entendimento atual é que sua concessão é vinculada, ou
seja, se estiverem preenchidos os requisitos legais, a Administração deverá
conceder a licença.
Com efeito, a licença somente será deferida se a assistência direta do
servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com
o exercício do cargo.
Assim, podemos resumir os seguintes aspectos para a concessão da licença
por motivo de doença em pessoa da família:
a) a doença deve ser do cônjuge ou companheiro, padrasto ou
madrasta, ascendente, descendente, enteado e colateral
consanguíneo ou afim até o segundo grau civil;
b) a doença deverá ser comprovada por junta médica oficial;
c) a assistência direta do servidor deve ser indispensável e não poderá
ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.
Devemos acrescentar ainda que, durante o período dessa licença, é vedado
o exercício de atividade remunerada (art. 135). O entendimento é
muito simples, se a licença é indispensável para que o servidor possa
prestar a assistência à pessoa da família, obviamente que ele não poderia
se ocupar em outra atividade remunerada. Sendo assim, são considerados
como faltas injustificadas ao serviço, para todos os efeitos legais, os dias
em que for constatado, em processo disciplinar, o exercício de atividade
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remunerada durante a licença, ainda que a licença se tenha dado sem


remuneração ou subsídio.
Na sequência, o § 3º do art. 134 estabelece que nenhum período de licença
pode ser superior a 30 dias, e o somatório dos períodos não pode
ultrapassar 180 dias por ano, iniciando-se a contagem com a primeira
licença. Caso a junta médica oficial comprove a necessidade de licença por
período superior a 180 dias, a licença é sem remuneração ou subsídio.

2.1.8.3 LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR


Será concedida licença ao servidor convocado para o serviço militar,
na forma e condições previstas na legislação específica (art. 136). Concluído
o serviço militar, o servidor terá até trinta dias sem remuneração para
reassumir o exercício do cargo. Vale acrescentar que, por força do art. 165,

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III, “d”, o período dessa licença é considerado como de efetivo exercício do


cargo.

2.1.8.4 LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA


A licença para atividade política, prevista no art. 137 da LC 840/2011, é um
direito do servidor público, ou seja, uma vez preenchidos os seus requisitos,
a administração pública está vinculada a concedê-la.
Ela será concedida nas seguintes condições, conforme o período em que se
aplica:
a) sem remuneração ou subsídio, durante o período que mediar entre a
sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo,
e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral
(art. 137, I); e
b) com remuneração ou subsídio, a partir do registro da candidatura e até
o décimo dia seguinte ao da eleição (art. 137, II).
Negado o registro ou havendo desistência da candidatura, o servidor tem
de reassumir o cargo imediatamente.
Conforme comentamos acima, a licença para atividade política é um direito
do servidor, dependendo, portanto, de requerimento do interessado.
Contudo, se o servidor desejar, em regra, ele poderá permanecer exercendo
as atribuições de seu cargo. Entretanto, existe uma situação em que o
servidor não pode optar por permanecer em exercício, ou seja, ele deverá
obrigatoriamente ser afastado de suas atribuições.
Nessa linha, o art. 137, § 3º, da LC 840/2011 estabelece que o servidor
candidato a cargo eletivo que exerça cargo em comissão ou função de
confiança, dele será exonerado ou dispensado, observados os prazos da
legislação eleitoral.
Para o caso de servidor efetivo, caberá à legislação eleitoral determinar
quando o servidor que pretenda ser candidato deve ficar afastado de suas
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atribuições habituais (art. 138). Nessa hipótese, ao servidor afastado, sem


prejuízo da remuneração ou subsídio, devem ser cometidas atribuições
compatíveis com seu cargo e a legislação eleitoral12.

2.1.8.5 LICENÇA PRÊMIO POR ASSIDUIDADE


Essa licença é concedida a título de prêmio, como incentivo à assiduidade,
com direito à percepção da remuneração ou subsídio do cargo efetivo.
Em vista disso, após cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor fará
jus a três meses de licença-prêmio.

12 Esse afastamento encerra-se na data da convenção partidária, aplicando-se a partir daí o disposto

no art. 137, I e II.

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Com efeito, para fins de licença-prêmio, a contagem do prazo para


aquisição é interrompida quando o servidor, durante o período aquisitivo (i)
sofrer sanção disciplinar de suspensão, (ii) licenciar-se ou afastar-se do
cargo sem remuneração. Sem embargo, as faltas injustificadas ao serviço
retardam a concessão da licença, na proporção de um mês para cada falta.
Dando continuidade ao assunto, o art. 141 menciona que o número de
servidores em gozo simultâneo de licença-prêmio não pode ser superior a
um terço da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão,
autarquia ou fundação.
Outrossim, os períodos de licença-prêmio adquiridos e não gozados são
convertidos em pecúnia, quando o servidor for aposentado (art. 142). Em
caso de falecimento do servidor, a conversão em pecúnia é paga aos
beneficiários da pensão ou, não os havendo, aos sucessores judicialmente
habilitados.
Enfim, é garantido às servidoras públicas o direito de iniciar a fruição de
licença-prêmio por assiduidade logo após o término da licença-
maternidade13 (art. 143).

2.1.8.6 LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES


A licença para tratar de interesses particulares poderá ser concedida, a
critério da Administração, ao servidor ocupante de cargo efetivo, pelo prazo
de até três anos consecutivos – prorrogáveis por igual período, uma
única vez –, sem remuneração (art. 91).
Todavia, existem critérios para essa concessão, ou seja, o servidor poderá
ser licenciado desde que não possua débito com o erário relacionado com
sua situação funcional e não se encontre respondendo a processo
disciplinar.
Como vimos há pouco, a concessão da licença ocorre de forma discricionária
pela Administração. Isso quer dizer que se pode interrompê-la, a qualquer
tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço (art. 144, § 1º).
O último detalhe pertinente a essa licença é que o servidor não pode exercer
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cargo ou emprego público inacumulável enquanto licenciado.

2.1.8.7 LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA


É direito do servidor gozar da licença para o desempenho de mandato
classista, com remuneração ou subsídio e encargos sociais pagos
pelo órgão ou entidade de lotação do servidor, para o desempenho de
mandato em central sindical, confederação, federação ou sindicato
representativos de servidores do Distrito Federal, regularmente registrados
no órgão competente (art. 145, caput e § 2º).

13O direito assegurado aplica-se à licença-prêmio por assiduidade cujo período de aquisição for
completado até dez dias antes do término da licença-maternidade.

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Deve-se destacar, ademais, que essa licença tem duração igual à do


mandato, podendo ser prorrogada no caso de reeleição, e é considerada
como efetivo exercício.
Além disso, o art. 146 indica o modo de eleição e limita a quantidade de
servidores que poderão ser licenciados para sindicato representativo de
categoria de servidores civis do Distrito Federal, que deve ser feita da
seguinte forma:
 o servidor tem de ser eleito dirigente sindical pela categoria;
 cada sindicato tem direito à licença de:
o dois dirigentes, desde que tenha, no mínimo, trezentos
servidores filiados;
o um dirigente para cada grupo de dois mil servidores
filiados, além dos dirigentes previstos na alínea a, até o
limite de dez dirigentes.
De mais a mais, para cada dois dirigentes sindicais licenciados, observado
o regulamento, pode ser licenciado mais um, devendo o sindicato ressarcir
ao órgão ou entidade o valor total despendido com remuneração ou
subsídio, acrescido dos encargos sociais e provisões para férias, adicional
de férias, 13º salário e conversão de licença-prêmio em pecúnia.
Ainda na linha dos limites, vemos no art. 147 que para o desempenho de
mandato em central sindical, confederação ou federação, pode ser
licenciado um servidor – eleito dirigente pela categoria –, para cada grupo
de 25 mil associados por instituição. Para tanto, o grupo de servidores é
aferido pelo número de servidores associados aos sindicatos filiados a cada
instituição.
Fechando o assunto, dispõe o art. 149 que o servidor investido em mandato
classista, durante o mandato e até um ano após o seu término, não pode
ser removido ou redistribuído de ofício para unidade administrativa diversa
daquela de onde se afastou para exercer o mandato.
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2.1.8.8 LICENÇA PATERNIDADE


Essa é uma licença mencionada bem brevemente pelo Estatuto.
Nesses termos, pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor tem
direito a licença-paternidade de sete dias consecutivos, incluído o dia da
ocorrência (art. 150).

2.1.8.9 ABONO DE PONTO


O servidor que não tiver falta injustificada no ano anterior faz jus ao abono
de ponto de cinco dias (art. 151).
Contudo, para ter direito ao abono, é necessário que o servidor tenha
estado em efetivo exercício de 1º de janeiro a 31 de dezembro do ano

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aquisitivo, sendo que o direito ao gozo do abono de ponto extingue-se em


31 de dezembro do ano seguinte ao do ano aquisitivo.
Ocorrendo a investidura após 1º de janeiro do período aquisitivo, o servidor
faz jus a um dia de abono de ponto por bimestre de efetivo exercício, até o
limite de cinco dias.
Além disso, cabe destacar, que o gozo do abono de ponto pode ser em dias
intercalados.
Por fim, o número de servidores em gozo de abono de ponto não pode ser
superior a um quinto da lotação da respectiva unidade administrativa do
órgão, autarquia ou fundação.

2.1.9 AFASTAMENTOS
Os afastamentos previstos no Estatuto são os seguintes:
a) afastamento para servir em outro órgão ou entidade (arts. 152 a 157);
b) afastamento para exercício de mandato eletivo (art. 158);
c) afastamento para estudo ou missão no exterior (art. 159);
d) afastamento para participar de competição esportiva (art. 160);
e) afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto
sensu no País (art. 161); e
f) afastamento para frequência em curso de formação (art. 162).
Vamos analisar cada um deles.

2.1.9.1 AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU ENTIDADE

Exercício em outro cargo

Dispõe o art. 152, que desde que não haja prejuízo para o serviço, o
servidor efetivo pode ser cedido a outro órgão ou entidade dos Poderes do
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Distrito Federal, da União, dos Estados ou dos Municípios, para o exercício


de:
a) emprego ou cargo em comissão ou função de confiança, cuja
remuneração ou subsídio seja superior a:
a. um décimo do subsídio de Secretário de Estado no caso do
Distrito Federal;
b.
c. um quinto do subsídio de Secretário de Estado nos demais
casos;
b) cargos integrantes da Governadoria ou Vice-Governadoria do Distrito
Federal ou da Casa Civil e do Gabinete de Segurança Institucional da

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Presidência da República;
c) cargo em comissão ou função de confiança em gabinete de Deputado
Federal ou Senador da República integrante da bancada do Distrito
Federal;
d) cargo em comissão ou função de confiança de Secretário Municipal
nos Municípios que constituem a RIDE;
e) cargo em comissão ou função de confiança, nas áreas correlatas da
União, de servidores das áreas de saúde, educação ou segurança
pública.

À cessão de servidor do Poder Executivo para órgão do Poder Legislativo


aplica-se o seguinte:
a) o caso da Câmara Legislativa, podem ser cedidos até cinco servidores
por Gabinete Parlamentar;
b) no caso do Congresso Nacional, podem ser cedidos até dois servidores
por gabinete de Deputado Federal ou Senador da República eleito pelo
Distrito Federal.
A cessão de servidor é autorizada pelo Governador, no Poder Executivo,
Presidente da Câmara Legislativa, Presidente do Tribunal de Contas, e em
caráter excepcional, pode ser autorizada cessão e requisição fora dessas
hipóteses e daquelas previstas no art. 154, que veremos logo mais.
Destaca-se que o servidor tem garantidos todos os direitos referentes ao
exercício do cargo efetivo durante o período em que estiver cedido.
Em contrapartida, a cessão termina com a (i) exoneração do cargo para o
qual o servidor foi cedido, salvo se houver nova nomeação na mesma data,
e (ii) revogação pela autoridade cedente (art. 153). Desse modo, terminada
a cessão, o servidor tem de apresentar-se ao órgão, autarquia ou fundação
de origem até o dia seguinte ao da exoneração ou da revogação,
independentemente de comunicação entre o cessionário e o cedente.
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Com efeito, o ônus da cessão é do órgão ou entidade cessionária, exceto


para os casos “b”, “c”, “d” e “e” do quadro acima, na cessão para órgão do
Poder Legislativo, bem como para o exercício de cargo em comissão da
administração direta, autárquica ou fundacional de qualquer dos Poderes
do Distrito Federal (art. 154). Nestes casos, o ônus passa para o órgão,
autarquia ou fundação cedente.
Na cessão com ônus para o cessionário, são ressarcidos ao órgão cedente
os valores da remuneração ou subsídio, acrescidos dos encargos sociais e
das provisões para férias, adicional de férias, décimo terceiro salário e
licença-prêmio por assiduidade. Isso ocorre, porém, por meio de
apresentação ao cessionário, mensalmente, de fatura com os valores
discriminados por parcelas remuneratórias, encargos sociais e provisões.

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Havendo atrasos superiores a 60 dias no ressarcimento, a cessão tem de


ser revogada, devendo o servidor reapresentar-se ao seu órgão, autarquia
ou fundação de origem.
Outrossim, quando o Distrito Federal for cedente e cessionário de
servidores, fica autorizada a compensação de valores.
O último artigo desse título (art. 156) traz algumas disposições sobre o
servidor, quando no exercício de cargo em comissão ou função de
confiança.
Posto isso, o servidor em acumulação de dois cargos efetivos, fica afastado
das atribuições do seu cargo de provimento efetivo enquanto estiver no
exercício de cargo em comissão ou função de confiança. Nessa situação, a
remuneração do segundo cargo efetivo depende da contraprestação de
serviço e da compatibilidade de horário com o cargo em comissão ou função
de confiança.
De mais a mais, a contraprestação de serviço e a compatibilidade de horário
com o cargo em comissão ou função de devem ser declaradas pelas
autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.
Finalmente, independentemente da contraprestação do serviço, se a soma
das horas de trabalho dos cargos em regime de acumulação não superar 44
horas semanais, o servidor afastado faz jus à remuneração ou subsídio dos
dois cargos efetivos, salvo no caso da opção pelo valor integral do cargo em
comissão, hipótese em que não pode perceber o subsídio ou a remuneração
do cargo efetivo.

Exercício em outro cargo

O servidor estável, sem prejuízo da remuneração ou subsídio e dos demais


direitos relativos ao cargo efetivo, pode ser colocado à disposição de outro
órgão ou entidade para o exercício de atribuições específicas, nos seguintes
casos (art. 157):
a) interesse do serviço, ou seja, quando o remanejamento de pessoal
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se destina a:
a. lotar pessoal de órgão ou unidade orgânica reestruturado ou
com excesso de pessoal;
b. promover o ajustamento de pessoal às necessidades dos
serviços para garantir o desempenho das atividades do órgão
cessionário;
c. viabilizar a execução de projetos ou ações com fim
determinado e prazo certo.
b) deficiência de pessoal em órgão, autarquia ou fundação sem
quadro próprio de servidores de carreira;

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c) requisição da Presidência da República;


d) requisição do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal
Regional Eleitoral do Distrito Federal.

Nos dois primeiros casos, o afastamento do cargo efetivo restringe-se ao


âmbito do mesmo Poder e só pode ser para fim determinado e a prazo
certo.

2.1.9.2 AFASTAMENTO PARA EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO


Anteriormente, vimos a licença para atividade política. Naquele caso, o
servidor iria participar do processo eletivo, concorrendo a uma das vagas
nos Poderes Legislativo ou Executivo. Agora, vamos falar do afastamento
para exercício do mandato eletivo, ou seja, a situação em que o servidor foi
eleito, passando a exercer o mandato eletivo.
As regras sobre o afastamento para exercício do mandato eletivo constam
no art. 158 do Estatuto, que praticamente reproduz o conteúdo do art. 38
da Constituição da República.
Nesse sentido, ao servidor investido em mandato eletivo, aplicam-se as
seguintes disposições:
a) tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado
do cargo;
b) investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração;
c) investido no mandato de vereador:
c1) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de
seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
c2) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
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Vamos explicar melhor. Na primeira situação, não existirá opção para o


servidor. Assim, sendo eleito para mandato federal, estadual ou distrital
(Presidente, Governador, Senador, Deputado, etc.), o servidor será
afastado do cargo e obrigatoriamente receberá o subsídio do cargo eletivo.
Na segunda situação, o servidor investido no cargo de Prefeito, também
será afastado obrigatoriamente do cargo. Contudo, poderá optar pela
remuneração do cargo ou pelo subsídio referente ao mandato de Prefeito.
Por fim, no caso de mandato de vereador, havendo compatibilidade de
horários, o servidor deverá acumular o cargo, recebendo a remuneração e
o subsídio simultaneamente. Não existindo compatibilidade de horários, o
servidor será afastado do cargo, podendo optar pela remuneração deste ou
então pelo subsídio de vereador.

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Até agora, discutiu-se somente a investidura em mandato eletivo. Contudo,


o § 1º do art. 158 trata de um assunto um pouco mais amplo. De acordo
com esse dispositivo, o servidor investido em mandato eletivo ou
classista, e até um ano após o seu término, não poderá ser removido ou
redistribuído de ofício para unidade administrativa diversa daquela onde
exerce o mandato.
Enfim, o art. 158, § 2º, estabelece que o servidor tem garantidos todos os
direitos referentes ao exercício do cargo efetivo durante o período em que
estiver em cargo eletivo; ao passo que o art. 165, parágrafo único,
determina que o tempo de afastamento será considerado como efetivo
exercício.

2.1.9.3 AFASTAMENTO PARA ESTUDO OU MISSÃO NO EXTERIOR


O art. 159 trata do afastamento para estudo ou missão no exterior. Tal
afastamento é concedido de forma discricionária.
Assim, o servidor não poderá ausentar-se do Distrito Federal ou do País (i)
para estudo ou missão oficial, nem (ii) para serviço em organismo
internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere, sem
autorização do Governador, do Presidente da Câmara Legislativa ou do
Presidente do Tribunal de Contas (art. 159).
Havendo a autorização, no primeiro caso, o servidor terá direito à
remuneração ou subsídio do cargo efetivo. Já no segundo caso, não haverá
remuneração.
A ausência não poderá exceder a quatro anos, e finda a missão ou estudo,
somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.
Além disso, em caso de exoneração, demissão, aposentadoria voluntária,
licença para tratar de interesse particular ou vacância em razão de posse
em outro cargo inacumulável antes de decorrido período igual ao do
afastamento, o servidor beneficiado com o afastamento para estudo ou
missão no exterior tem de ressarcir proporcionalmente a despesa, incluída
a remuneração ou o subsídio e os encargos sociais, havida com seu
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afastamento e durante ele.

2.1.9.4 AFASTAMENTO PARA PARTICIPAR DE COMPETIÇÃO ESPORTIVA


Como o próprio nome sugere, esse afastamento – autorizado pelo
Governador, Presidente da Câmara Legislativa ou Presidente do Tribunal de
Contas – é destinado ao servidor estável que for participar de competição
desportiva nacional para a qual tenha sido previamente selecionado ou que
for convocado para integrar representação desportiva nacional, no País ou
no exterior (art. 160).
Esse afastamento durará pelo prazo da competição e gera como única
despesa para o órgão, autarquia ou fundação a remuneração do servidor.

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2.1.9.5 AFASTAMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO


SENSU NO PAÍS

Esta hipótese de afastamento possui a finalidade bem clara de permitir que


o servidor participe de programa de pós-graduação stricto sensu (mestrado,
doutorado e pós-doutorado) em instituição de ensino superior no país ou
no exterior. A concessão do afastamento é medida discricionária da
Administração, só podendo ser deferido quando a participação não puder
ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante
compensação de horário (art. 161). Sendo concedido o afastamento, o
servidor perceberá a correspondente remuneração ou subsídio do cargo e o
período será contabilizado como de efetivo exercício do cargo.
A competência para definir os programas de capacitação e os critérios para
participação em programas de pós-graduação de que trata este artigo, com
ou sem afastamento do servidor, observado o regulamento caberá ao titular
do órgão, autarquia ou fundação.
Ademais, esse afastamento somente poderá ser concedido a servidor
público efetivo, exigindo-se os seguintes períodos mínimos de exercício do
cargo no respectivo órgão ou entidade (art. 161, § 2º):
a) pelo menos três anos para mestrado;
b) pelo menos quatro anos para doutorado ou pós-doutorado.
É vedado autorizar novo afastamento para curso do mesmo nível, bem
como antes de decorrido prazo igual ao de afastamento já concedido.
Dando seguimento ao texto da norma, o § 4º do art. 161, menciona que o
servidor beneficiado pelos afastamentos tem de:
a) apresentar o título ou grau obtido com o curso que justificou seu
afastamento;
b) compartilhar com os demais servidores de seu órgão, autarquia ou
fundação os conhecimentos adquiridos no curso;
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c) permanecer no efetivo exercício de suas atribuições após o seu


retorno por um período igual ao do afastamento concedido.

Além disso, o servidor afastado tem de ressarcir a despesa havida com seu
afastamento, incluídos a remuneração ou o subsídio e os encargos sociais,
da forma seguinte:
 proporcional, em caso de exoneração, demissão, aposentadoria
voluntária, licença para tratar de interesse particular ou vacância
em razão de posse em outro cargo inacumulável, antes de
decorrido período igual ao do afastamento;
 integral, em caso de não obtenção do título ou grau que
justificou seu afastamento, salvo na hipótese comprovada de

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força maior ou de caso fortuito.

2.1.9.6 AFASTAMENTO PARA FREQUÊNCIA EM CURSO DE FORMAÇÃO


Esse é nosso último afastamento.
Desde que haja expressa previsão do curso no edital do concurso e
incompatibilidade entre os horários das aulas e os da repartição, o servidor
pode afastar-se do cargo ocupado para participar de curso de formação
previsto como etapa de concurso público.
Para tanto, nos casos de curso de formação para cargo efetivo de órgão,
autarquia ou fundação dos Poderes Legislativo ou Executivo do Distrito
Federal, o servidor fica afastado com remuneração ou subsídio. Caso
contrário, não haverá remuneração.
Outrossim, o servidor pode optar por eventual ajuda financeira paga em
razão do curso de formação.

2.1.10 TEMPO DE SERVIÇO


Já vimos boa parte sobre as regras da contagem do tempo de serviço.
Vamos, agora, complementar alguns pontos e reforçar os demais.
As disposições sobre a contagem de tempo de serviço constam nos artigos
163 a 166.
Inicialmente, o art. 163 estabelece que o tempo de serviço público,
prestado a órgão, autarquia ou fundação dos Poderes Executivo e
Legislativo do Distrito Federal, é contado para todos os efeitos.
Consoante o art. 163, § 1º, a apuração do tempo de serviço será feita em
dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de
trezentos e sessenta e cinco dias.
Já o art. 163, § 2º, veda:
a) o arredondamento de dias faltantes para complementar período,
ressalvados os casos previstos nesta Lei Complementar
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b) qualquer forma de contagem de tempo de serviço fictício;


c) à contagem cumulativa de tempo de serviço prestado
concomitantemente:
a. em diferentes cargos do serviço público;
b. em cargo do serviço público e em emprego na
administração indireta ou na iniciativa privada;
d) à contagem do tempo de serviço já computado:
a. em órgão ou entidade em que o servidor acumule cargo
público;
b. para concessão de aposentadoria em qualquer regime de

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previdência social pelo qual o servidor receba proventos.


Além disso, salvo disposição legal em contrário, não são contados como
tempo de serviço
(i) a falta injustificada ao serviço e a não compensada na forma desta Lei
Complementar;
(ii) o período em que o servidor estiver licenciado ou afastado sem
remuneração ou cumprindo sanção disciplinar de suspensão;
(iii) o período decorrido entre exoneração e o exercício em outro cargo de
provimento efetivo; entre a concessão de aposentadoria voluntária e a
reversão; e entre a data de publicação do ato de reversão, reintegração,
recondução ou aproveitamento e o retorno ao exercício do cargo.
Na sequência, o art. 165 apresenta os afastamentos considerados de efetivo
exercício do cargo, ao passo que o art. 166 apresenta as situações em que
o período será contado apenas para efeitos de disponibilidade.
Nesse contexto, dispõe o art. 165 que são considerados como de efetivo
exercício os afastamentos em virtude de:
a) as férias;
b) as ausências previstas no art. 6214;
c) a licença:
a. maternidade ou paternidade;
b. médica ou odontológica;
c. prêmio por assiduidade;
d. para o serviço militar obrigatório;
d) o abono de ponto;
e) o afastamento para: 00618695117

a. exercício em outro órgão ou entidade, inclusive em cargo


em comissão ou função de confiança, de qualquer dos
Poderes do Distrito Federal, União, Estado ou Município;

14 Art. 62. Sem prejuízo da remuneração ou subsídio, o servidor pode ausentar-se do serviço,
mediante comunicação prévia à chefia imediata:
I – por um dia para:
a) doar sangue;
b) realizar, uma vez por ano, exames médicos preventivos ou periódicos voltados ao controle de
câncer de próstata, de mama ou do colo de útero;
II – por até dois dias, para se alistar como eleitor ou requerer transferência do domicílio eleitoral;
III – por oito dias consecutivos, incluído o dia da ocorrência, em razão de:
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, parceiro homoafetivo, pai, mãe, padrasto, madrasta, filho,
irmão, enteado ou menor sob guarda ou tutela.

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b. estudo ou missão no exterior, com remuneração;


c. participação em competição desportiva;
d. participação em programa de treinamento regularmente
instituído ou em programa de pós-graduação stricto sensu;
f) o afastamento em virtude de auxílio-doença previsto na legislação
previdenciária;
g) o período entre a demissão e a data de publicação do ato de
reintegração;
h) a participação em tribunal do júri ou outros serviços obrigatórios por
lei.
Por outro lado, será contado apenas para efeito de disponibilidade (art.
166):
a) o tempo de serviço prestado a Município, Estado ou União, inclusive o
prestado ao Tribunal de Justiça, Ministério Público ou Defensoria
Pública do Distrito Federal e Territórios;
b) o tempo de serviço em atividade privada, vinculada ao regime geral de
previdência social, inclusive o prestado à empresa pública ou à
sociedade de economia mista de qualquer ente da federação;
c) a licença remunerada por motivo de doença em pessoa da família do
servidor;
d) a licença remunerada para atividade política;
e) o tempo de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital,
anterior ao ingresso no serviço público do Distrito Federal;
f) o afastamento para frequência em curso de formação, quando
remunerado. 00618695117

2.1.11 TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO


Essa é uma breve passagem que a LC 840/2011 nos traz.
O art. 167 apenas pontua que faz-se na forma da legislação previdenciária
a contagem do tempo de contribuição; no serviço público; de serviço no
cargo efetivo; de serviço na carreira.

2.1.12 DIREITO DE PETIÇÃO


O direito de petição possui previsão constitucional (CF, art. 5º, XXXIV, “a”).
No Estatuto, esse direito possui uma previsão mais restrita, uma vez que é
aplicável aos servidores públicos. Basicamente, representa uma forma de
solicitar direitos ou providências da Administração.

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Assim, a LC 840 dispõe que o direito de petição compreende a apresentação


de requerimento, pedido de reconsideração, recurso ou qualquer
outra manifestação necessária à defesa de direito ou interesse legítimo ou
à ampla defesa e ao contraditório do próprio servidor ou de pessoa da sua
família.
Nesse contexto, além de outras possibilidades, são três os instrumentos
para o exercício do direito de petição:
a) requerimento;
b) pedido de reconsideração; e
c) recurso.
O art. 168 assegura ao servidor o direito de petição junto aos órgãos
públicos onde exerce suas atribuições ou junto àqueles em que tenha
interesse funcional.
Além disso, para o exercício do direito de petição, assegura-se (art. 168, §
2º): (i) vista do processo ou do documento, na repartição, ao servidor ou a
procurador por ele constituído; (ii) cópia de documento ou de peça
processual, observadas as normas daqueles classificados com grau de
sigilo. Observa-se que a cópia do documento poderá ser fornecida em meio
eletrônico.
Com efeito, o requerimento, o pedido de reconsideração ou o recurso é
dirigido à autoridade competente para decidi-lo (art. 169, caput),
sendo que essa autoridade poderá dar efeito suspensivo ao recurso,
desde que fundamento a sua decisão (art. 169, parágrafo único). O efeito
suspensivo é aquele que faz os efeitos da decisão recorrida ficarem
suspensos. Por exemplo, um servidor recorre contra uma decisão que
determinou a sua remoção para outra unidade; se for dado efeito
suspensivo, o servidor aguardará em sua unidade atual até a decisão final
do recurso.
Por meio do requerimento, o servidor solicita alguma providência, seja
um direito ou um interesse legítimo que possua. Por exemplo, o servidor
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pode apresentar um requerimento solicitando a sua inclusão no plano de


férias.
O pedido de reconsideração, por sua vez, é dirigido a autoridade que
houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser
renovado (art. 170). Logo, percebe-se que o pedido de reconsideração é
encaminhado à mesma autoridade que tomou a decisão que está sendo
recorrida. Nesse caso, o servidor está solicitando que a mesma autoridade
reconsidere o que decidiu anteriormente.
Ademais, o requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser
despachados no prazo de cinco dias e decididos dentro de trinta
dias, contados da data do protocolo (art. 173).
Por fim, o recurso é cabível nas seguintes situações (art. 171):
a) contra o indeferimento do requerimento, desde que não tenha

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sido interposto pedido de reconsideração;


b) contra a decisão sobre pedido de reconsideração ou de outro
recurso interposto.
O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver
expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala
ascendente, às demais autoridades (art. 171, parágrafo único). Portanto,
no recurso, solicita-se que a autoridade superior reveja o ato de seu
subordinado.
Vamos exemplificar um pouco. Suponha que um servidor deseje solicitar a
concessão de um direito. Nesse caso, ele deverá fazer um requerimento,
encaminhando-o para a autoridade competente, que chamaremos de
Fulano. Se Fulano negar o requerimento do servidor, este último poderá
fazer um pedido de reconsideração, dirigido a Fulano, solicitando que a
decisão seja revista. Contudo, se Fulano negar novamente o direito, o
servidor deverá fazer um recurso, que será encaminhado à autoridade
superior de Fulano. A partir daí, o servidor poderá realizar sucessivos
recursos, conforme permitir a legislação, para as autoridades superiores.
Consoante o art. 172, o prazo para interposição de pedido de
reconsideração ou de recurso é de trinta dias, a contar da publicação
ou da ciência, pelo interessado, da decisão impugnada.
Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os
efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado (art. 174).
Na sequência, o art. 175 apresenta os prazos em que o direito de requerer
prescreverá, são eles:
a) em cinco anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, ou de destituição do cargo em
comissão;
b) em cinco anos, quanto ao interesse patrimonial ou créditos
resultantes das relações de trabalho;
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c) em cento e vinte dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo
for fixado em lei.
O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato
impugnado, da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for
publicado ou do trânsito em julgado da decisão judicial (art. 175, parágrafo
único).
Porém, o pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis,
interrompem a prescrição, ou seja, fazem zerar a contagem do prazo
para prescrição.
Ademais, a prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela
administração. Nesse caso, aplica-se a indisponibilidade do interesse
público, pois se a lei estabeleceu a prescrição, não pode o agente público

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competente simplesmente desconsiderá-la e reconhecer algum direito do


servidor.
Com efeito, os prazos previstos no Capítulo sobre o direito de petição são
fatais e improrrogáveis, salvo motivo de força maior (art. 179).
Apesar de não poder relevar a prescrição, a Administração não pode
simplesmente deixar de fazer alguma coisa quando constatar uma
ilegalidade. Assim, com base no princípio da autotutela, o art. 178 dispõe
que a Administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando
eivados de ilegalidade, assegurando o contraditório e a ampla defesa.

 Os atos que apresentarem defeitos sanáveis podem ser convalidados pela


própria administração pública, desde que não acarretem lesão ao interesse
público, nem prejuízo a terceiros;
 O direito de a administração pública anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para o servidor decai em cinco anos, contados da
data em que foram praticados, salvo em caso de comprovada má-fé;
 No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência é contado
da percepção do primeiro pagamento;
 No caso de ato sujeito a registro pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal,
o prazo de anulação dos atos pela Administração começa a ser contado da
data em que o processo respectivo lhe foi encaminhado.

Vamos explicar esses casos!


A convalidação é forma de correção de um ato administrativo com vício
sanável, isto é, que possua uma ilegalidade que não seja tão grave. Os
vícios sanáveis são aqueles decorrentes da incompetência quanto à pessoa
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– exemplo: uma autoridade pratica um ato que seria da autoridade


superior; ou de forma, desde que a forma não seja essencial – por exemplo:
se não for observado o direito de defesa, ocorrerá uma violação de uma
formalidade essencial, o que impedirá a convalidação.
O segundo tópico trata da decadência do direito da Administração de anular
determinados atos. Essa é mais uma aplicação do princípio da segurança
jurídica, que busca evitar que a Administração anule um ano vários e vários
anos após tomar conhecimento do caso, o que poderia trazer sérios
prejuízos para o servidor atingido pela anulação. Dessa forma, se o ato tiver
gerado efeitos favoráveis ao servidor, e este não tiver agido com má-fé, a
Administração terá o prazo de até cinco anos para anular o ato (se houver
ilegalidade).

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Atos que possuem efeitos patrimoniais contínuos são aqueles pagos


periodicamente ao servidor. Por exemplo, o pagamento mensal de uma
gratificação. Nessa situação, o prazo de decadência conta do primeiro
pagamento.
Por fim, os atos sujeitos a registro pelo Tribunal de Contas do Distrito
Federal são os relativos à admissão e concessão de aposentadoria, reforma
ou pensão15. Nesses casos, a Administração envia o processo para o TCDF
proceder ao registro; depois, o TCDF retorna o processo ao órgão
competente. Assim, o prazo de anulação conta da data em que o processo
respectivo lhe foi encaminhado.
******
Agora, já concluímos a teoria desta aula. Vamos resolver mais algumas
questões!

3 QUESTÕES EXTRAS
4. (Cespe – Analista Judiciário/TRE-GO/2015 – adaptada) Caio,
servidor efetivo do DF, está em gozo de licença para tratar de
interesses particulares. Nessa situação, a referida licença pode ser
interrompida, a qualquer tempo, se for de interesse do tribunal.
Comentário: a licença para tratar de interesses particulares poderá ser
concedida ao servidor estável, a critério da Administração, pelo prazo de
até três anos consecutivos, sem remuneração (art. 144). A licença poderá
ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse
do serviço (art. 144, § 1º). Conforme se vê, a licença é discricionária,
cabendo ao Poder Público decidir sobre a conveniência em concedê-la ou
não e, ainda, podendo revogá-la a qualquer momento, no interesse do
serviço. Portanto, a questão está correta.
Gabarito: correto.

5. (Cespe – Analista Judiciário/TRE-GO/2015) Pablo, servidor


efetivo do DF, recebe mensalmente adicional de qualificação por ter
concluído curso de mestrado na sua área de atuação. Nessa
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situação, os valores recebidos por Pablo pela referida qualificação


incorporam-se ao seu vencimento.
Comentário: vejamos o que dispõe o art. 74 da LC 840/2011:
Art. 74. Além do vencimento básico, podem ser pagas ao servidor, como vantagens,
as seguintes parcelas remuneratórias:
I gratificações;

15 Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal

de Contas da União, ao qual compete: [...] III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos
de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as
melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

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II adicionais;
III abonos;
IV indenizações.
§ 1º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento, nos casos
e nas condições indicados em lei.
§ 2º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer
efeito.

Quanto aos adicionais, eles estão “espalhados” por todo o Estatuto.


No caso da questão, o servidor está recebendo mensalmente um “adicional
de qualificação por ter concluído curso de mestrado na sua área de atuação”
– art. 89. O mestrado é um título que, uma vez concluído, não há como
tirar do servidor. Logo, o adicional pela conclusão do mestrado deve se
incorporar ao vencimento, pois possui uma natureza permanente.
Gabarito: correto.

6. (Cespe – Técnico Administrativo em Educação/FUB/2015) A


licença de um servidor para tratar de assuntos particulares, desde
que preenchidos os requisitos previstos em lei, dependerá da
concessão da administração. No entanto, a interrupção da licença
somente ocorrerá com o consentimento do servidor licenciado.
Comentário: a licença para tratar de assuntos particulares é concedida de
forma discricionária pela Administração. Além disso, ela poderá ser
interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do
serviço (art. 144, § 1º). Portanto, a licença poderá ser revogada no
interesse do serviço, independentemente de o servidor concordar ou não.
Gabarito: errado.

É isso. Nos vemos na próxima aula!


Bons estudos.
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HERBERT ALMEIDA.
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4 - LISTA DAS QUESTÕES DE AULA


1. (Cespe – TJ/CNJ/2013) Além do vencimento, o servidor público
pode receber vantagens, como indenizações, gratificações e
adicionais, sendo que as duas primeiras vantagens citadas
incorporam-se ao vencimento ou provento.
2. (Cespe – Analista Técnico Administrativo/MJ/2013 – adaptada)
Conforme decisão recente do STJ, o adicional noturno previsto na
LC 840/2011 será devido ao servidor público federal que preste
serviço em horário compreendido entre 22 horas de um dia e 5
horas do dia seguinte. Entretanto, esse adicional não será devido se
o serviço for prestado em regime de plantão.
3. (Cespe – TJ/TRT 17 ES/2013) A convocação para júri constitui
hipótese de interrupção das férias de servidor público.
4. (Cespe – Analista Judiciário/TRE-GO/2015 – adaptada) Caio,
servidor efetivo do DF, está em gozo de licença para tratar de
interesses particulares. Nessa situação, a referida licença pode ser
interrompida, a qualquer tempo, se for de interesse do tribunal.
5. (Cespe – Analista Judiciário/TRE-GO/2015) Pablo, servidor
efetivo do DF, recebe mensalmente adicional de qualificação por ter
concluído curso de mestrado na sua área de atuação. Nessa
situação, os valores recebidos por Pablo pela referida qualificação
incorporam-se ao seu vencimento.
6. (Cespe – Técnico Administrativo em Educação/FUB/2015) A
licença de um servidor para tratar de assuntos particulares, desde
que preenchidos os requisitos previstos em lei, dependerá da
concessão da administração. No entanto, a interrupção da licença
somente ocorrerá com o consentimento do servidor licenciado.

5 GABARITO
1. E
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2. E
3. C
4. C
5. C
6. E

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6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final da nossa aula demonstrativa.
Tratamos, entre outros assuntos:

Conceitos de subsídio,
remuneração,
Conceito de Regime e jornada Sistema
vencimentos,
promoção de trabalho remuneratório
vencimento e
vantagens

Vantagens que Contagem do


Licenças e
podem ser pagas tempo de serviço Direito de petição
afastamentos
ao servidor e de contribuição

No próximo encontro, vamos continuar estudando o Estatuto dos Servidores


do DF, abordando os títulos V a IX:

Regime e processo
Seguridade social
disciplinar

Aguardo vocês em nossa próxima aula!

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