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JAN 1996 NBR 13557


Técnicas especiais para o isolamento e
detecção de matérias estranhas em
ABNT-Associação
Brasileira de
alimentos e bebidas
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA
Procedimento
Origem: Projeto 13:012.01-002/1995
CB-13 - Comitê Brasileiro de Alimentos e Bebidas
CE-13:012.01 - Comissão de Estudo de Métodos de Análise de Matérias
Estranhas
NBR 13557 - Extraneous materials in foods and beverages - Special technics for
isolation and detection - Procedure
Descriptors: Food. Beverage
Copyright © 1996, Esta Norma foi baseada na AOAC - Official Methods of Analysis, 15 ed., 1990
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas Válida a partir de 01.03.1996
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Alimento. Bebida 4 páginas
Todos os direitos reservados

1 Objetivo 5 Condições específicas


5.1 Técnica de peneiragem com água
Esta Norma fixa as condições exigíveis empregadas em
estudos que envolvem o isolamento e detecção de 5.1.1 Utilizar peneira limpa de diâmetro adequado
matérias estranhas em alimentos e bebidas. (203,2 mm no mínimo), tipo de malha adequada (plana,
não do tipo sarja entrelaçada) e número de malhas ade-
2 Documentos complementares quado (100, 140, 230, etc.).

5.1.2 Manter a peneira sob o aerador de água, com jatos


Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
de água à temperatura especificada no método, a um ân-
gulo aproximado de 30°.
VAZQUEZ, A. W. Structure and identification of
common food contaminating hairs. JAOAC, 5.1.3 Despejar porções da amostra bem homogeneizada
Washington, 44 (4): 754-778, 1961 (não muito grande para não obstruir a malha ou que resulte
em espuma excessiva), lavar o material em contato com
NBR 13556 - Matérias estranhas em alimentos e a peneira com jatos de pressão moderada de água.
bebidas - Terminologia
5.1.4 Aumentar a pressão da água completando a ação
máxima de peneiragem, mas de modo a não ocorrer perda
3 Definições de amostra na borda da peneira.

Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão definidos 5.1.5 Manter o material lavado na borda interior da peneira,
na NBR 13556. inclinando-a em um ângulo aproximado de 30°, e dire-
cionar o jato de água na amostra até que toda a espuma
4 Condições gerais do detergente e/ou os resíduos finos solubilizados sejam
removidos e as águas de lavagem se tornem límpidas.

O laboratório deve dispor de equipamentos e instalações 5.1.6 Adicionar novas porções de amostra e lavar até que
necessárias ao desenvolvimento das técnicas com toda a espuma do detergente e/ou os resíduos finos sejam
eficiência e segurança, como destilador de água, siste- removidos.
ma de água quente (55°C - 70°C), capela, sistema para
filtração a vácuo, ambiente livre de contaminação por 5.1.7 Transferir quantitativamente o material retido na pe-
matérias estranhas, etc. neira, como especificado no método.
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5.1.8 Lavar as paredes da peneira usando pisseta, di- 5.4 Filtração


recionando o jato de água na peneira ligeiramente in-
clinada para transferir todo o resíduo de amostra aderido Se o material coletado no béquer contiver resíduo apre-
na borda da peneira. ciável de amido, adicionar ácido clorídrico concentrado
(HCl) suficiente para se obter uma solução de 1% - 2%
5.2 Operação com frasco-armadilha de Wildman de HCl, levar à ebulição e filtrar a quente. A filtração pode
ser acelerada; no caso do material apresentar gordura
5.2.1 Resfriar a mistura do frasco à temperatura ambiente, ou material coloidal, aplicar jatos de água quente sobre o
a menos que outra temperatura seja indicada no método. papel durante a filtração.

5.2.2 Acertar o volume do líquido até cerca de 900 mL pa- 5.5 Branqueamento
ra o frasco de 2 L e 600 mL para o frasco de 1L.
Com os procedimentos de sedimentação ou flutuação,
5.2.3 Adicionar o volume de líquido de flutuação (óleo)
constituintes do alimento podem ser extraídos juntamente
como indicado no método, escorrendo-o lentamente pelo
com as partículas de sujidades. Com o branqueamento
bastão de agitação.
apropriado desses constituintes, as sujidades podem ser
5.2.4 Agitar com barra magnética. contrastadas com o fundo branco do papel de filtro por
uma das técnicas descritas em 5.5.1 a 5.5.3.
5.2.5 Adicionar líquido suficiente para elevar o volume
até o gargalo do frasco. 5.5.1 Sujidades pesadas

Nota: Desaerar todo o líquido de flutuação antes de usar. Umedecer o papel com água ou álcool a 50%; esta técnica
não branqueia completamente o material, mas clareia fo-
5.2.6 A menos que seja referido no método, deixar a mis-
lhas, excrementos de roedores e outras sujidades macias
tura em repouso durante 30 min, agitando ocasionalmente
e flexíveis.
a camada da base a cada 3 min - 6 min nos 20 primeiros
minutos.
5.5.2 Sujidades leves
5.2.7 Girar a rolha para remover o sedimento e sifonar a
camada oleosa por elevação da rolha (fechar) até o Molhar o papel com álcool-glicerol (proporção de 1:1);
gargalo do frasco, estando a fase oleosa mais de 1cm após a filtração, colocar líquido suficiente para saturar as
acima do líquido da interface. fibras do papel, de modo a não causar o escoamento do
material estranho. Este agente não endurece a sujidade
5.2.8 Transferir a camada oleosa para o béquer. no papel, como fazem muitos óleos que são usados como
agentes clareadores.
5.2.9 Enxaguar o bastão e as paredes do gargalo do frasco
com o líquido de extração que foi utilizado para a flu- 5.5.3 Material vegetal
tuação da camada de óleo e coletar no mesmo béquer.
Utilizar óleo de cravo-da-índia, que tem o índice de re-
Nota: Não lavar as paredes do gargalo do frasco com álcool a
fração alto e poder clarificante maior que a solução de
95% ou outro líquido que interfira com a relação de su-
álcool-glicerol.
perfície das duas fases, pois isto pode causar menor re-
cuperação das extrações subseqüentes.
5.6 Iluminação direta para microscópio estereoscópico
5.2.10 Filtrar o material coletado e os líquidos de lavagens,
através de papel de filtro de filtração rápida com sucção Ajustar o foco de luz para incidir sob o papel de filtro num
em funil de Hirsch. ângulo de aproximadamente 70o da horizontal; a luz pode
vir da direita ou da esquerda.
5.2.11 Adicionar líquido de flutuação (óleo) no frasco-ar-
madilha, como especificado no método, e agitar vigo- 5.7 Exame microscópico dos papéis de filtro
rosamente.
Proceder ao exame microscópico sob aumento de 30X, a
5.2.12 Adicionar o meio líquido de extração suficiente para menos que outro aumento diferente seja especificado no
trazer o líquido de flutuação até o gargalo do frasco. método, usando microscópio estereoscópico no papel
corretamente branqueado e com fundo branco opaco.
5.2.13 Proceder à segunda extração, lavar e filtrar como
na primeira extração.
5.7.1 Examinar as partículas, virar todos os pedaços de
5.3 Operação com agitador magnético material maiores, como, por exemplo, farelos que podem
esconder as sujidades.
Para dispersar completamente a amostra no meio líquido
de flutuação, adicionar o meio líquido de extração até o 5.7.2 Examinar todos os pedaços de material duvidoso
volume especificado no método e na temperatura reco- sob aumento de 60 X - 70 X. O aumento de pelo menos
mendada. Adicionar a barra magnética e o volume ade- duas vezes a magnitude usada no exame original deve
quado de líquido de flutuação. Cuidadosamente, elevar ser empregado para observar detalhes não observados
até a velocidade máxima de agitação, de modo que não com o aumento menor.
provoque respingos (a porção central do magneto é
visível na base do redemoinho). Agitar por tempo esta- 5.7.3 Se persistir a dúvida, clarear o fragmento novamente
belecido no método. e examinar em microscópio composto.
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5.8 Contagem de insetos e outras sujidades 5.9.7.2 Resumir os resultados da amostra por categorias
médias e totais. Anotar se a amostra foi ou não fumigada
Para o diagnóstico da característica do fragmento de in- antes do carregamento ou na recepção do laboratório, se
seto, contar como fragmento de inseto qualquer fragmento há insetos inteiros, ácaros ou outro artrópode.
que apresentar uma ou mais das características descritas
de 5.8.1 a 5.8.7. 5.9.7.3 Número de insetos inteiros ou equivalentes (isto é,
cabeças separadas ou porções do corpo com a cabeça
5.8.1 Forma característica completa ou porção de apêndice
unida): discriminar insetos inteiros ou equivalentes em
específico ou partes do corpo.
subtotais; dar a identidade, relatar o estágio do ciclo de
5.8.2 Pontos de articulação (vários tipos de juntas). vida, o tamanho, em milímetros, e o estado do inseto inteiro
(se está vivo ou morto).
5.8.3 Uma ou mais cicatrizes de seta.
5.9.7.4 Número de exúvias de insetos: dar a identidade,
5.8.4 Um ou mais pêlos ou setas do corpo. se conhecida, relatar o tamanho, em milímetros, e espe-
cificar se é ninfa, larva ou pupa; discriminar se inteira
5.8.5 Superfícies desenhadas (esculpidas), características
(com porção da cabeça) ou fragmentada.
do inseto.

5.8.6 Presença de uma ou mais suturas (vários tipos se- 5.9.7.5 Número de ovos de insetos: dar a identidade, se
parando o corpo em placas ou escleritos). conhecida.

5.8.7 Diagnóstico para as características de pêlos de ani- 5.9.7.6 Número de fragmentos de insetos: dar a identidade,
mal: ver Vasquez, A.W., Structure and identification of se conhecida; relatar as dimensões ou tamanho, em mi-
common food contaminating hairs, JAOAC, Washington, límetros, o nome da partícula e o estágio, se identificado,
44 (4): 754-778, 1961. dos fragmentos (se são insetos adultos ou imaturos).

5.9 Relatório 5.9.7.7 Número de setas: se for de moscas, especificar.

5.9.1 Recipiente
5.9.7.8 Excreta de insetos: relatar a massa, em miligramas,
Descrição do tamanho, tipo e recravação do recipiente e e/ou contar os grãos de excrementos com as dimensões
anotações das suas condições, se este estiver intacto. ou tamanho médio, em milímetros; dar a identidade, se
conhecida.
5.9.2 Produto
5.9.7.9 Penetração de inseto na embalagem: relatar o
Nome comum, identidade, se conhecida, ou simples des- número, o tamanho, em milímetros, e a direção; anotar a
crição. integridade da embalagem e o acabamento do fecha-
mento e das costuras.
5.9.3 Código(s)

Nome do(s) fabricante(s) ou distribuidor(es) e marca de 5.9.7.10 Número de ácaros: dar a identidade, se
identificação. conhecida, e o estado (se está morto ou vivo); relatar os
fragmentos de ácaro como subcategoria.
5.9.4 Método(s)
5.9.7.11 Número de artrópodes: dar o estado (se está vivo
Citar o(s) número(s) dos parágrafos da referência e anotar ou morto), a identidade (por exemplo: aranha, pseudo-
qualquer modificação realizada. escorpião); relatar os fragmentos como subcategoria.
5.9.5 Amostra examinada 5.9.7.12 Número de materiais fecais de rato ou ca-
Número de subamostras analisadas e quantidade de mundongo: (relatar o estado ou o comprimento e diâmetro,
cada subamostra. Se a quantidade utilizada for variada, em milímetros), a massa, em miligramas, e se é de se-
relatar para cada uma. mentes de condimentos, temperos, semente de cacau,
café ou grãos.
5.9.6 Averiguação
5.9.7.13 Número de fragmentos de excrementos de rato
Relatar as avaliações na ficha de relatório pelo número ou camundongo: dar a base para a identificação; relatar
de subamostra. Usar somente categorias aplicáveis e re- as dimensões ou tamanho médio, em milímetros, a massa,
portar qualquer elemento de sujidade encontrada so- em miligramas, e se é de sementes de condimentos, tem-
mente sob uma das categorias, não mais que uma. Dentro peros, semente de cacau ou grãos.
das categorias, agrupar os elementos de sujidades por
identidade, quando conhecida, em seguida, por tamanho 5.9.7.14 Outras fezes de mamíferos: relatar o tamanho, em
ou outra descrição apropriada de aparência. milímetros, e a massa, em miligramas; dar a identidade
(por exemplo: gato, gado), se for conhecida, e a base pa-
5.9.7 Expressão dos resultados ra a identificação.

5.9.7.1 Se a porção de sujidades presentes tornar a con- 5.9.7.15 Número de pêlos e fragmentos de pêlos de rato
tagem impraticável, relatar o número aproximado ou ou camundongo: relatar o comprimento, em milímetros,
especificar o tipo de sujidade antes do termo “contagem de cada fragmento de pêlo ou, se for numeroso, agrupar
muito numerosa”. em categorias por faixas de tamanho.
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5.9.7.16 Número de outros pêlos e fragmentos de pêlos: dimensões ou tamanho médio, em milímetros, da mancha
relatar o comprimento, em milímetros, agrupando confor- e anotar se houve penetração no produto; relatar também
me 5.9.7.15; se não for identificado, relatar o estado (se os componentes detectados pelo teste da AOAC.
estriado ou não-estriado).
5.9.7.19 Excremento de pássaros na embalagem ou sob
5.9.7.17 Número de penas, fragmentos de penas e bárbu-
o produto: relatar o estado, a massa, em miligramas, ou o
las: relatar as dimensões ou tamanho médio, em milíme-
número e dimensões, em milímetros, do excremento.
tros, das penas e dos fragmentos.

5.9.7.18 Urina na embalagem ou no alimento: relatar o 5.9.7.20 Outros materiais estranhos: descrever e relatar
estado, o odor de urina, se for detectado, o número e as cada tipo através de figura quantitativa apropriada.

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