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U NDERGRO UND H AVEN APRESENTA...

Ao Cair da Noite :
Crianças

Índ ice
Capítulo 1: Hora de D orm ir 3

Capítulo 2: Caracterís ticas Infantis 5


Capítulo 3: Vantagens Infantis 9
Capítulo 4 : Criação de Pers onagens 13

Capítulo 5: N arrando Crianças 15

Ate nção! Es te docum e nto é um m ini-


s uple m e nto para o l ivro Ao Cair da Noite :
De s bravadore s do O cul to. Es te e m uitos outros
com pl e m e ntos gratuitos pode m s e r e ncontrados na
página online da Unde rground H ave n
(w w w .unde rh ave n.com .br).
Ao Cair da Noite e De s bravadore s do
O cul to s ão m arcas re gis tradas de Unde rground
H ave n Publ icaçõe s . Todo o ce nário, pe rs onage ns e
te xtos de Ao Cair da Noite s ão de autoria de Tiago
Jos é Gal vão M ore ira, todos os dire itos re s e rvados .
Juninh o abriu os olh os , as s us tado. Ele não s abia o porquê, pois não tivera
nenh um pes adelo, m as es tava com m edo, trem endo. Sentiu frio ao rem over o cobertor e
levantar- s e da cam a. Es tava es curo, e o vento s oprava forte lá fora. O m enino cam baleou
s onolento até a porta do quarto, que dava no corredor. Pens ava em procurar s ua m ãe, m as
s entiu algo es tranh o vindo do quarto da irm ã m ais velh a, Is abela, cuja porta ficava bem
em frente.
Lenta e s ilencios am ente, Juninh o em purrou a porta entreaberta do quarto da
irm ã. A inda am edrontado, es ticou a cabeça para dentro, onde viu, contra a pouca luz que
entrava pelos vãos da cortina, um a form a pálida debruçar- s e s obre a cabeça da irm ã.
Juninh o gritou, e a criatura s e pôs em pé, fitando o m enino com s eus olh os negros . A
bocarra do m ons tro, liberando o ros to de Is abela, s e enrolou e dim inuiu de tam anh o, até s e
tornar um a m inús cula boca naquela face pálida.
Juninh o correu pelo corredor até o quarto dos pais , gritando: “Mãe! Pai! Tem
um bich o atacando a Is abela!”. Seus gritos des pertaram os pais as s im que ele entrou no
quarto. A m ãe, pos ta em des es pero pelo des pertar repentino, levantou- s e e correu até o
quarto da filh a.
O pai, m ais controlado, s e levantou e tratou de tentar acalm ar o m enino. “Calm a,
filh o, você teve um pes adelo”, dis s e ele a Juninh o, abraçando- o.
Q uando a m ãe entrou no quarto de Is abela, acendeu a luz , des pertando a filh a.
A m enina es tava s oz inh a no quarto, deitada em s ua cam a. Ela lentam ente virou a cabeça
para fitar a m ãe, s us s urrando com fraquez a: “Mãe? ”.
“F ilh a?Tudo bem ? ”, perguntava a m ãe, s entando- s e ao s eu lado na cam a, notando
que a m enina parecia es tar pas s ando m al.
“N ão es tou m e s entindo bem , m ãe”, Is abela res pondeu, s ua voz baixa e tórpida.
Enquanto is s o, a criatura es gueirava do lado de fora da cas a, s ob a luz do luar,
es calando o m uro s em dificuldades e s eguindo para a res idência viz inh a.
Capítul
o1
Hora d e D orm ir

Crianças de têm a m e s m a as túcia e s agacidade para vagar pe l as ruas , onde e s tariam vul ne ráve is . Al ém
dos adul tos , m as a fal ta de e xpe riências e dis s o, poucas ocorrências pode m e nfure ce r ou
conh e cim e ntos as faz pe rce be r o m undo de m ane ira ate rroriz ar m ais um a com unidade do q ue ataq ue s
única. Em ge ral , el as não têm contato dire to com a fre q üe nte s contra s e us infante s . A úl tim a cois a q ue um
re al idade “m undana”, não e nte nde ndo as com pl e xas m ons tro da noite q ue r é um a com unidade pre ocupada,
re laçõe s s ociais , e conôm icas , pol íticas e ide ol ógicas e m al e rta ou furios a.
de ntro da s ocie dade h um ana. O m undo é vis to e m tons Contudo, ne m s e m pre nos s as crianças e s tão
de pre to e branco, de “bom ” e “ruim ”, de “dive rtido” e prote gidas . Al gum as têm contato ins al ubre com o
“ch ato”. Suas prioridade s s ão outras , pois , ao invés de m undo, e xpos tas nas ruas ao crim e e às drogas . O utras
lutare m por s ua própria s obre vivência, crianças e s tão s ão m al tratadas ou ne gl ige nciadas pe l os adul tos ,
s ob a prote ção dos pais e s ó pre cis am s e pre ocupar tornando-s e alvos fáce is para os abus os do
com os probl e m as im e diatos q ue e l as cons e gue m s obre natural . O rfanatos , inte rnatos ou re giõe s pobre s
pe rce be r. ne m s e m pre dão a ate nção de vida às s uas crianças ,
Elas ainda não foram m ol dadas por anos de pe rm itindo q ue os s e re s da noite pe rcorram s e us
apre ndiz ado e doutrinação m oral . Sua im aginação e s ua corre dore s ou ruas , s e al im e ntando e m s e gre do dos
pe rce pção s ão m ais im portante s do q ue ide ol ogias e jove ns de s prote gidos .
pre conce itos , portanto não te ntam e nte nde r as cois as M e s m o q uando be m prote gidas pe l os adul tos , é
de um a form a racionalou orde nada. O m undo, aos im pos s íve lq ue as crianças pe rm ane çam s ob vigil ância o
ol h os de um a criança, é um vas to de s conh e cido, te m po todo. Curios as por nature z a, crianças s ão
pre e nch ido ape nas pe l as s uas e xpe riências pe s s oais e atraídas pe l o de s conh e cido, m e s m o q uando s e nte m
pe l as h is tórias q ue ouve dos pais ou na e s col a. Para m e do. A cas a as s om brada no fim da rua?El as pul am o
el as , bich os -papõe s , m ons tros e m ágica não s ão m uro, de cididas a de s bravar os corre dore s de crépitos . A
tratadas com o m itos ou m e dos , m as com o ve l hal ouca da viz inh ança?As crianças diz e m q ue e l aé
pos s ibilidade s re ais . um a bruxa, e a vigiam ou a provocam na te ntativa de vê-
Por caus a dis s o, q uando crianças e ntram e m la faz e r al gum a fe itiçaria. Em ge ral , a im aginação infantil
contato com o s obre natural , elas não o re futam de as faz ve r cois as q ue não e xis te m . A “bruxa” pode s e r s ó
im e diato. El as não ne ce s s ariam e nte com pre e nde m um a m ul h e r am argurada e is ol ada. A “cas a
aq uil o q ue vêe m , m as ao contrário dos adul tos q ue as s om brada” pode s e r ape nas um l ocalabandonado.
porve ntura s e de param com o im pos s íve l , el as não Contudo, ne m s e m pre as cois as s ão tão s im pl es.
ne gam as e xpl icaçõe s m ais abs urdas . Para a m e nte Por fim , h á criaturas s obre naturais m ais aptas , ou
infantil , m ons tros e xis te m , m e s m o q ue os adul tos m e s m o e s pe cial iz adas , e m l idar com crianças . Da
ins is tam no contrário. m e s m a form a q ue na nature z a h á pre dadore s de nich os
e s pe cíficos , no s obre natural h á s e re s q ue pre fe re m
atacar ce rtos tipos de vítim as , e crianças não s ão
Crianças e o Sob re natu ral e xce ção, s e ja por s e re m al vos m ais fáce is ou porq ue
Crianças s ão m ais fráge is e m ais ingênuas do s ua inocência e s e us m e dos al im e ntam tais criaturas .
q ue adul tos . Por caus a dis s o, e l
as pare ce m , a princípio, Em ge ral , e s s e s s e re s vêm dos m undos al ém da carne e
al vos ide ais para as criaturas da noite . Afinal , não s e ria têm m e ios de s e e s conde re m dos adul tos . As crianças
m uito m ais fácil para um vam piro s e al im e ntar de dão nom e s a e l e s : o bich o-papão, o h om e m do s aco, o
crianças do q ue de adul tos ?Contudo, a ve rdade é q ue m ons tro e m baixo da cam a. Es s as criaturas aguardam
m uitas criaturas s obre naturais e vitam o contato com pacie nte m e nte por um m om e nto vul ne ráve l de s uas
crianças . vítim as e e ntão atacam s e m s e re m notadas . Fe l iz m e nte ,
A raz ão para talé q ue crianças cos tum am e s tar e s s e s s e re s s ão abom inaçõe s e , portanto, s ão m uito
s e m pre s ob a vigília dos adul tos . El
as s ão m antidas e m raros .
cas a após o anoite ce r, raram e nte te ndo a pe rm is s ão

CRIANÇAS E O S O BRENATURAL 3
Inocência
Em bora s e us corpos e m e nte s s e jam fráge is ,
crianças não s ão com pl e tam e nte vul
inocência de um a criança é um a barre ira contra
ne ráve is . A “Pequenos A dultos ?

influências s obre naturais . Quanto m ais jove m e ingênuo Crianças não s ão “pe q ue nos adul tos ”, e você
é o infante , m e l h or e le pe rce be pre s e nças m ís ticas ao pre cis a s e l e m brar dis s o q uando for jogar Ao Cair da
s e u re dor. Da m e s m a form a, e s s a inocência prote ge a Noite : Crianças . El as não com pre e nde m o m undo
criança contra pos s e s s õe s e s pirituais ou control e de com o nós e ne m s e m pre têm cons ciência das
m e nte s . Is s o não s ignifica q ue crianças s e jam im une s cons e q üências de s e us atos . M e s m o a criança m ais
às infl uências dos s e re s da noite , m as e s s a prote ção e s pe rta ainda s e rá um tanto ingênua.
inata as pos s ibil ita ve r a re al idade com m aior cl are z a. Is to não s ignifica q ue crianças s e jam m e nos
O nde adul tos ignoram com pl e tam e nte fantas m as , inte l ige nte s do q ue adul tos . Pe lo contrário, e l as têm a
e s píritos e s e re s invis íve is , crianças ocas ional m e nte m e s m a inte l igência, m as ainda não têm e xpe riências
s ofre m s e ns açõe s de s confortáve is e têm vis l um bre s de ne m de s e nvol vim e nto s uficie nte s para apl icá-la da
form as ne bul os as m ove ndo-s e na e s curidão. m e s m a form a q ue os adul tos . El as s ão, contudo,
O s ocul tis tas q ue conh e ce m e s s e fato s e m uito obs e rvadoras , criativas e adaptáve is , apre n-
m os tram pe rpl e xos . Al guns crêe m q ue s e trata de um a de ndo rápido aq uil o q ue vêe m com o im portante .
prote ção divina ou de “anjos da guarda” invis íve is . Quando não s e e xpl ica algo a um a criança, e l a te nde
O utros de cl aram q ue pode s e tratar de um m e canis m o a tirar s uas próprias concl us õe s rapidam e nte ,
naturalde de fe s a, q ue é pe rdido conform e a pe s s oa bas e adas e m obs e rvação e e xpe riência. O bviam e nte ,
cre s ce e de s e nvol ve s ua m e nte e s e u corpo para s e e s s as concl us õe s ne m s e m pre e s tão corre tas ou
de fe nde r m e l h or. Al guns m ís ticos de fe nde m q ue e s ta é com pl e tas .
um a de m ons tração do pode r do e s pírito h um ano, a Quanto ao com portam e nto infantil , boa parte
m e s m a capacidade q ue nos pe rm ite faz e r m agia. das atitude s de um a criança s e de s e nvol ve m por
Se gundo e s te s te óricos , de s inibidas pe l a inocência e as s im il ação do com portam e nto dos pais (m e s m o
livre s das conve nçõe s ide ol ógicas da s ocie dade , as com portam e ntos q ue os pais te ntam e s conde r!) e por
crianças têm e s píritos pode ros os , m as não o foco adaptação ao am bie nte . El as l ogo apre nde m com o
ne ce s s ário para control ar e s s e pode r. cons e guir o q ue q ue re m e , s e não fore m corre ta-
m e nte e ducadas , pode m de s e nvol ve r form as
m oral m e nte incorre tas de s e obte r as cois as . Por
e xe m pl o, um a criança q ue ganh a um brinq ue do
s e m pre q ue faz birra irá ch orar e e s pe rne ar para
cons e guir o q ue q ue r. A m e nte infantilas s im il a o
be m e o m alde um a form a dife re nte : bas icam e nte , o
m alé aq uil o q ue a col oca e m probl e m as ou q ue a faz
s e r re pre e ndida. Logo, s e os adul tos não a re pre e n-
de re m por m au com portam e nto, e l a não s e ntirá cul pa
ne m re m ors o, cons ide rando tais atitude s norm ais .
Por e xe m pl o, um a criança q ue rouba um a bal a e não
é punida irá te ntar roubar outros doce s no futuro.
Por fim , crianças têm m aior dificul dade e m
s e ntir e m patia pe l os outros : é m uito difícilpara um a
criança e nte nde r com o outra pe s s oa s e s e nte . Por
is s o, e l as pode m tom ar incons cie nte m e nte atitude s
cruéis , s e m notar q ue e s tão m agoando ou m e s m o
fe rindo os outros .

“A dultos nunca entendem nada


s oz inh os , e é cans ativo para as crianças ter
de s em pre explicarem tudo para eles .”
–Antoine de Saint-Exupe ry, O Pe q ue no Príncipe

4 CAPÍTULO 1: H O RA DE D O RM IR
Capítul
o2
Caracte rís ticas
Infantis
Jogar com pe rs onage ns infantis não é o m e s m o parte da pe rs onal
idade se de s e nvolve rá na
q ue jogar com adul tos . A bas e das re gras do s is te m a adol e s cência.
ACN s e m antém , contudo crianças s ão m ais fráge is , O s arq uétipos de pe rs onal idade (e vantage ns
tanto fís ica com o m e ntal m e nte , do q ue adul tos . Em ligadas a e l e s ) não s e alte ram para crianças . Contudo, a
com pe ns ação, e l as têm forte re s il iência e s piritual. inte rpre tação de l e s pode s e r l
ige iram e nte dife re nte :
Para pe rs onage ns infantis , as re gras m udam um
pouco, de acordo com os de tal h e s dis cutidos adiante . ÍM PETO
Ante s dos s e te anos , crianças s ão ainda m uito - Água: São os am igos ins e paráve is , e m bar-
de pe nde nte s dos adul tos . Após os 12 anos , a criança cando e m ave nturas com os col e gas m e s m o q uando
s e torna um adol e s ce nte e as re gras norm ais do s abe m q ue é im prude nte , pois não q ue re m s e r de ixados
s is te m a com e çam a s e r apl icadas (e m bora um para trás . Es s as crianças te ntam agradar aos outros
pe rs onage m adol e s ce nte não te nh a a m e s m a s e m pre q ue pos s íve l .
e xpe riência q ue um adul to, e le te m o m e s m o pote ncial ). - Ar: Curios as , e s s as crianças q ue re m s abe r de
Portanto, as re gras a s e guir s e apl icam a pe rs onage ns tudo. Es tão s e m pre q ue s tionando pais e profe s s ore s , e
com s e te a 12 anos de idade . lêe m e e s tudam bas tante . Al gum as não cons e gue m
conte r a curios idade , s e pondo e m ris co para de s cobrir
cois as novas ou com provar boatos . Ge ral m e nte , e las
Pe rs onalid ad e têm boas notas na e s col a.
A pe rs onal idade infantil pode s e r e nq uadrada, - Fogo: Es tas crianças s ão im pul s ivas , as
e m te rm os de re gras , de form a s im il ar à de um adul to. f am os as “pe s t inh as ”. El as não cons e gue m ficar paradas
Contudo, crianças ainda não foram m ol dadas por tantas por m uito te m po e te nde m a s e r de s obe die nte s e
e xpe riências e traum as , ne m pas s aram pe l a agitada h ipe rativas . El as cos tum am gos tar de e s porte s e vive m
fas e da adol e s cência. Portanto, a form a com o s uas f az e ndo de s af ios a outras crianças .
pe rs onal idade s s e m anife s tam é um pouco m ais s im pl es - Te rra: O be die nte s , e s tas crianças s e gue m as
e dire ta. Crianças não e s tão acos tum adas às s util e z as re gras im pos tas pe l os adul tos . El as te ntam im pre s s ionar
da s ocie dade h um ana. Por is s o, e l as não te nde m a s e r adul tos e col e gas ao m os trar s uce s s o através de s ua
s utis ao e xpre s s ar s uas ne ce s s idade s , ne m te ntam ade rência às re gras e s ão as prim e iras a al e rtar os
e s conde r ou dis farçar s e us im pul s os . am igos q uando e s te s faz e m um a cois a e rrada.
Conform e a pe s s oa am adure ce , s ua - Vaz io: Um Ím pe to raro ne s ta idade , o Vaz io
pe rs onal idade s e torna m ais com pl e xa. Até os s e is anos indica um a criança q ue te nta m e diar s e us col e gas e
de idade , um infante te m ape nas o Ím pe to com o m ante r um a boa re l ação com os adul tos . El a é a
com pone nte de s ua pe rs onal idade , pois ainda não apaz iguadora do grupo, m uit as v e z e s um e l
e m e nto de
de s e nvol ve u s e us tal e ntos s ociais . O s Ím pe tos ne s ta união e nt re pe rs onal idade s dif e re nt e s . Tais crianças
fas e s ão be m s im pl e s : a Água indica um a criança cos tum am s e r a voz da raz ão e ntre os col e gas , e m ge ral
pas s iva e am oros a; o Ar, um a curios a e q ue s tionadora; e v itando ou e s conde ndo dos adul tos as confus õe s e m
o Fogo s e apl ica a um a criança im pul s iva e ch e ia de q ue e le s s e m e te m .
e ne rgia, e a Te rra, a um a obe die nte e cal m a. O Vaz io é
um e l e m e nto raro ne s ta fas e ; e m ge ral , el e é CO M PO RTAM ENTO
de s e nvol vido m ais tarde . - Col érico: Es te s pe rs onage ns s e im põe m
Para pe rs onage ns infantis , q ue já têm s e te anos at rav és da at itude , te ntando dom inar o grupo. Al guns
ou m ais , o Com portam e nto já com e ça a s e m anife s tar, s ão os fam os os “val e ntõe s ” q ue adoram atorm e ntar os
pois ne s ta fas e com e çam a s e r de s e nvol vidas as fracos , outros s ão os q ue s e ce rcam de am igos porq ue
h abil idade s s ociais e os pe ns am e ntos inde pe nde nte s . têm os m e l h ore s brinq ue dos . Tam bém s e incl ue m
Contudo, crianças s e conce ntram no pre s e nte , fal tando- aq ue l e s garotos m ais ous ados , q ue todo m undo s e gue
lh e s o im pul s o de pl ane jar o futuro. Por is s o, para ve r as confus õe s e m q ue e l e s e m e te .
pe rs onage ns infantis não pos s ue m um a Dire ção; e s s a - Fl e um át ico: Es ta é a criança q ue te nta s e r be m

PERSO NALIDADE 5
vis ta por todos para e s capar de confus õe s ou puniçõe s .
El a conta h is tórias para im pre s s ionar os col e gas , s e
m os tra obe die nte para agradar os adul tos e pe de ajuda
com je itinh o aos am igos . Porém , q uando não h á nada a
pe rde r, e las abandonam e s s a fach ada e faz e m o q ue
Só M e io D ad o?
lh e s de r vontade . Um adul to, por pior q ue s e ja, te rá no m ínim o
- Me lancól ico: Crianças m e lancól icas s ão tím idas um dado para te s tar, e xce to q uando pe nal idade s o
e q uie tas , e vitando ch am ar ate nção. São m uitas ve z e s cance l are m . M e s m o q ue e l e te nh a o níve lm ínim o (2)
pas s ivas , o q ue faz com q ue os adul tos as cons ide re m num Atributo e ne nh um níve l na Aptidão a s e r
“boaz inh as ”. Ape s ar de não gos tare m de ch am ar te s tada, e s s e Atributo garante a e l e um dado no te s te .
ate nção ou fal ar e m públ ico, e l
as ainda m antêm am igos , Crianças , porém , por te re m ape nas um níve l
e m bora s e re s trinjam a um círcul o pe q ue no de bás ico e m s e us Atributos , pode m corre r o ris co de
am iz ade s . te s tare m ape nas “m e io dado”, cas o não te nh am
- Ne utro: Es tas crianças te ntam m os trar s e us níve is na Aptidão re l acionada. Pe l as re gras norm ais
conh e cim e ntos e “s abe doria” com o form a de ch am are m do s is te m a, “m e io dado” nunca é te s tado. Contudo,
ate nção. Pode m s e r vis tas com o “s abich onas ” pe l os ne s te cas o e s pe cial , s uge re -s e q ue o Narrador
col e gas , pois cos tum am s e de s tacar na e s col a. cons ide re “m e l h orar” e s te “m e io dado” para um dado
“Conh e cim e nto”, porém , não pre cis a e nvol ve r ape nas os com pl e to. O u s e ja, um a criança com Atributo 1 ainda
e s tudos : conh e ce r a fundo fil m e s , pe rs onage ns de te rá um dado para faz e r s e us te s te s . O m e s m o é
q uadrinh os e outros as s untos inte re s s ante s aos col e gas vál ido para anim ais pe q ue nos q ue têm níve l1 num
tam bém é vál ido. Atributo.
- Sangüíne o: O pe rs onage m s angüíne o é aq ue l e Note , porém , q ue is s o s ó s e apl ica q uando o
q ue bus ca a am iz ade de todos . Es ta criança e s tá “m e io dado” é natural , is to é, q uando e l e não é
s e m pre ajudando os outros e e vita brigas . M ante r um a im pos to por pe nal idade s e q uando a parada inte ira do
boa im age m é m uito im portante para e l a e , ape s ar de pe rs onage m se re s um e a el e, sem outros
s e r be m com pre e ns iva, e l a s e m agoa fácilq uando te m m odificadore s . Por e xe m pl o, um a parada de “dois
s ua am iz ade de s re s pe itada. dados e m e io” jam ais de ve s e r m e l h orada para três
dados .
A tribu tos Note tam bém q ue is s o s ó s e apl ica a paradas
de dados us adas e m te s te s . O utros us os do níve l
Crianças m antêm os m e s m os s e is Atributos q ue ativo de um Atributo não s ão be ne ficiados . Por
pe rs onage ns adul tos : Força, Agil idade , Re s il iência, e xe m pl o, um a criança com Força 1 s om a z e ro ao
Caris m a, Pe rce pção e Pe rs picácia. Contudo, várias dano de ataq ue s de s arm ados ou de arm as brancas .
dife re nças s e apl icam :
Níve l Bás ico: O s níve is de Atributos para
crianças s e dis tribue m de força s ingul ar. Enq uanto
adul tos têm e m m édia três níve is e m s e us Atributos ,
crianças têm e m m édia um único níve l (q ue s e ria
cal cul
am os val ore s de caracte rís ticas de rivadas , com o
cons ide rado “de ficie nte ” para um adul to). Crianças não
Ve locidade , Abs orção e Iniciativa, da m e s m a m ane ira
pos s ue m “Atributos de s favore cidos ”. Es s a caracte rís tica
q ue pe rs onage ns adul tos .
s ó e xis te para adul tos , re pre s e ntando ne l e s um Atributo
Cus to e m Expe riência: Crianças têm m ais
q ue foi pouco de s e nvol vido ao l ongo da vida.
dificul
dade e m aprim orar s e us Atributos . El as pre cis am
Para crianças , os níve is de Atributos
pagar o Novo Níve lx6 e m pontos de e xpe riência (ao
re pre s e ntam o s e guinte :
invés de x3) para e l e var q ual
q ue r Atributo.
Níve l1 –M édia Infantil
Níve l2 –Bom
Níve l3 –M uito Bom A ptid õe s
Níve l4 –Exce l e nte
Lim ite M áxim o: Crianças pos s ue m o l im ite Em te oria, Aptidõe s funcionam para crianças da
m áxim o de q uatro níve is e m Atributos , contra os oito m e s m a m ane ira q ue para adul tos . Na prática, contudo, é
níve is pos s íve is para adul tos . Is s o incl ui os Atributos rara a criança q ue de s e nvol ve m ais do q ue q uatro níve is
M e ntais : crianças ainda não as s im il aram com pl e tam e nte e m um a Aptidão. A m édia infantile m Aptidõe s gira e m
as com pl e xidade s com as q uais os adul tos pre cis am torno de um a dois níve is , com níve is três ou q uatro nas
lidar. áre as favoritas da criança (e m ge ralTal e ntos , vis to q ue
Atributo Exce pcional : As s im com o e m adul tos , m uitos Conh e cim e ntos s ão re s tritos a adul tos ). É cl aro,
é pos s íve lq ue um a criança s upe re s e us l im ite s e m um e xis te m prodígios infantis , capaz e s de igual ar ou s upe rar
único Atributo, e m bora tal fe ito s e ja raro. Para s e u adul tos e m ce rtas atividade s , m as dificil m e nte um a
pe rs onage m infantil , e s col h a um Atributo: ne l e, o criança s e rá e s pe tacul ar e m m ais do q ue um a ou duas
pe rs onage m pode al cançar um l im ite de cinco pontos . Aptidõe s .
Fe itos de Força: De vido ao s e u tam anh o e Es pe cializ açõe s : Com o adul tos , crianças pode m
de s e nvol vim e nto m us cul ar, um a criança não é capaz de adq uirir e s pe cial iz açõe s e m s uas Aptidõe s . Em ge ral ,
e rgue r o m e s m o pe s o q ue um adul to com Força elas te rão um a única e s pe cial iz ação (pois poucas
e q uival e nte . Ao us ar a tabe l a de Fe itos de Força (pg. 9 4 crianças al cançam o q uinto níve le m um a Aptidão, q ue é
do Livro de Re gras ), re duz a o pe s o q ue um a criança ne ce s s ário para a s e gunda e s pe cial iz ação).
pode carre gar pe l a m e tade . Logo, e nq uanto um adul to Re s triçõe s : Para pe rs onage ns infantis , ne m
com Força 3 pode e rgue r até 40k g, um a criança com todas as Aptidõe s s ão apropriadas . Em bora, e m te oria,
Força 3 cons e guirá e rgue r “ape nas ” 20k g. um a criança pos s a de s e nvol ve r q ual q ue r Aptidão, na
Caracte rís ticas De rivadas : Crianças ainda prática m uitas de l as re pre s e ntam conh e cim e ntos

6 CAPÍTULO 2: CARACTERÍSTICAS INFANTIS


de s e nvolvidos na adol e s cência e na vida adul ta. Por ch e gue m à m aioridade . O H is tórico Dinh e iro s ubs titui
e xe m plo, é difícil para um a criança te r níve is e m Re curs os , re pre s e ntando um a q uantia de dinh e iro a q ue
Condução ou M e dicina. A s e guinte l is ta indica as a criança te m ace s s o re gul arm e nte .
Aptidõe s re com e ndadas , raras e inapropriadas para Be ne fício: Ao contrário de Re curs os , Dinh e iro
crianças . não e nvol ve be ns ou inve s tim e ntos , ape nas dinh e iro
- Aptidõe s Re com e ndadas : Crianças têm grande re alno bol s o. A q uantia e o q ue o pe rs onage m pre cis a
facil idade para de s e nvol ve r e s tas h abil
idade s . faz e r para m ante r s e us bol s os ch e ios varia com o níve l
(Tale ntos Fís icos ) Arre m e s s o, Es porte s , Es q uiva, pos s uído ne s te H is tórico.
Furtividade Níve l0: Se us pais ou re s pons áve is control am
(Tale ntos M e ntais ) Em patia com Anim ais , todos os s e us gas tos , raram e nte de ixando dinh e iro e m
Expre s s ão, Intim idação, Prontidão s uas m ãos . Tudo o q ue você pre cis ar, te rá de pe dir para
s e us pais ou col e gas .
- Aptidõe s Raras : Crianças pode m de s e nvol ve r Níve l 1: Se us pais ou re s pons áve is te dão
e s s as h abilidade s , m as e m ge ralas m antém e m níve is dinh e iro q uando você pe de e e xpl ica no q ue q ue r
baixos , s e ja por dificul dade e m com pre e ndê-l as ou por gas tar. Contudo, e l e s s ão be m m ode rados e não darão
im pe dim e ntos im pos tos pe l os adul tos . Al
guns adul tos , dinh e iro s e m s e ntire m q ue você m e re ce . Você cons e gue
contudo, pode m ince ntivar s e us fil h os a de s e nvolve re m ce rca de $2,00 a $4,00 por s e m ana.
e s s as Aptidõe s . Níve l 2: Se us pais l
he dão dinh e iro
(Tale ntos Fís icos ) Arm as Brancas , Briga, s e m anal m e nte , s e ja para cobrir de s pe s as com m e re nda
Pre s tidigitação, Sobre vivência ou porq ue acre ditam q ue você m e re ce . Você cons e gue
(Conh e cim e ntos Fís icos ) Acrobacia, Arte da ce rca de $5,00 a $8,00 por s e m ana.
Fuga, Arte s M arciais , O fícios , Pe rform ance , Subte rfúgio Níve l3: Você faz trabal h inh os e m cas a ou para
(Tale ntos M e ntais ) Em patia, Etiq ue ta, os viz inh os , com o carre gar s acol as ou cortar jardins , e m
Inve s tigação, Lábia, Lide rança, M anh a troca de pe q ue nos val ore s . Enq uanto m antive r e s s e s
(Conh e cim e ntos M e ntais ) Acadêm icos , Ciências , trabal h os , você te m ce rca de $ 9 ,00 a $ 14,00 por
Com putação, Cul tura, O cul tis m o, Te cnol ogia s e m ana.
Níve l 4: Você re ce be um a m e s ada ge ne ros a.
- Aptidõe s Inapropriadas /Re s tritas : Es tas h abil i- Com is s o, cons e gue ce rca de $60,00 a $80,00 por m ês
dade s não s ão re com e ndadas para crianças , ou (m ais ou m e nos $15,00 a $20,00 por s e m ana).
re pre s e ntam conh e cim e ntos q ue em ge ral s ão Níve l5: Você é incrive l m e nte m im ado. Al ém de
e ns inados ape nas a adul tos . Contudo, al gum as um a grande m e s ada ($100,00 a $120,00 por m ês , ou $
crianças de s e nvol ve m conh e cim e nto bás ico ne s s as 25,00 a $ 30,00 por s e m ana), s e us pais l h e dão q uas e
áre as . tudo o q ue pe de . Você não te m a m e nor idéia do q ue é
(Conh e cim e ntos Fís icos ) Arm as de Fogo, e conom iz ar dinh e iro ou do q uão difícilé cons e gui-l o.
Condução Ganh ando/Pe rde ndo Dinh e iro: Em ge ral , só se
(Conh e cim e ntos M e ntais ) Adm inis tração, Dire ito,
M e dicina, Pol ítica

His tórico
As re gras de H is tórico não s e al te ram para
crianças . Contudo, ce rtos H is tóricos s ofre m re s triçõe s ,
conform e indicado a s e guir:
- Re com e ndados : Es te s H is tóricos s ão apro-
priados para pe rs onage ns infantis : Be l e z a, Idiom as ,
M e ntor, Se ntidos Aguçados , Sorte , Tal e nto Natural .
- Raros : Crianças pode m de s e nvol ve r e s te s
H is tóricos , m as is s o é incom um . As q ue de s e nvol ve m
tais caracte rís ticas te nde m a m antê-l as e m níve lbaixo:
Al iado, Bibl iote ca, Cons tituição, Contatos , Fam a.
Dos H is tóricos pre s e nte s no l ivro De s brava-
dore s do O cul to, s ão raros : Foco M arcialDe fe ns ivo,
Foco M arcialO fe ns ivo e Trace ur.
- Proibidos : Pe rs onage ns infantis não pode m te r
os s e guinte s H is tóricos : Influência, Re curs os .
Dos H is tóricos de De s bravadore s do O cul to,
s ão proibidos : Auxil iare s e O cultis ta Expe rie nte .
- H is tóricos Ne gativos : Crianças pode m te r
H is tóricos Ne gativos . Im paridade e Traum as s ão m ais
com uns ;Infâm ia e Inim igos s ão raros .
- H is tóricos M ís ticos : Ve ja m ais inform açõe s no
próxim o capítul o.

NO VO H ISTÓRICO : D INH EIRO


Crianças não têm ace s s o a Re curs os , com o os
adul tos . M e s m o q ue te nh am dire ito a be ns ou
aplicaçõe s finance iras , e s s e s re curs os e s tão s ob
control e de s e us pais ou guardiõe s l e gais até q ue

H ISTÓRICO 7
pode adq uirir Dinh e iro na criação de pe rs onage ns ou
através dos e ve ntos e m jogo. Contudo, o Narrador pode
pe rm itir adq uirir o H is tórico com pontos de e xpe riência
até o te rce iro níve l , re pre s e ntando um a criança q ue
com e ça a faz e r trabal h os para os outros e m troca de
Saúd e e Id ad e s
val ore s . Ao l ongo da vida de um s e r h um ano, s e us
O com portam e nto do pe rs onage m pode faz e r níve is de Saúde aum e ntam conform e o corpo s e
com q ue s e u níve lde Dinh e iro caia. Cas o s e torne de s e nvol ve . O s níve is m os trados no Livro de Re gras
irre s pons áve lnos s e rviços q ue pre s ta, por e xe m pl
o, e l
e s ão apl icados a adul tos de tam anh o norm al . Contudo,
pode pe rde r s ua fonte de re nda. Da m e s m a form a, um a e m outras fas e s da vida, e s s e s níve is s ão dife re nte s ,
criança de s obe die nte ou q ue s e m e ta e m m uitos apuros conform e a progre s s ão:
pode s e r punida pe l os pais com a s us pe ns ão de s ua Criança de Col o: Us e a m e s m a progre s s ão
m e s ada. q ue a de anim ais m iúdos , com ape nas três níve is de
Saúde : dois níve is s érios (-1) e um níve lgrave (-2).
Eid olon Crianças ne s ta idade s ão e xtre m am e nte fráge is .
Criança Pe q ue na: Para crianças com m e nos
Pe rs onage ns infantis pos s ue m os m e s m os três de s e is anos , us e a m e s m a progre s s ão q ue a de
Eidol on q ue adultos : Cons ciência, Es pírito e anim ais pe q ue nos , com s e is níve is de Saúde : dois
Pe rs e ve rança. Contudo, crianças cos tum am te r s e us le ve s (s e m pe nal idade s ), um m édio (-½), um s ério (-
Eidol on m e nos de s e nvol vidos q ue adul tos , fal
tando-l hes 1), um grave (-2) e um de incons ciência.
intuição, autocontrol e e m ocionale de te rm inação para Criança: Us e as re gras acim a, com nove
e nfre ntar de s afios . níve is de Saúde , para crianças e ntre s e te e 12 anos .
Is s o s ignifica q ue crianças pos s ue m al m as num Adol e s ce nte : Para adol e s ce nte s e ntre 13 e
e s tado de de s e nvol vim e nto. Contudo, o q ue l h e s fal
ta 14 anos , us e 12 níve is de Saúde : dois l e ve s (s e m
e m h abil idade , s obra e m pode r e s piritual, de vido ao s e u pe nal idade s ), dois m édios (-½), dois s érios (-1), um
e s tado de pure z a. Ve ja a caracte rís tica Inocência, no grave (-2), um incapacitado (-4) e q uatro de
próxim o capítul o, para m aiore s de talh es. incons ciência.
Jove ns e Adul tos : A partir dos 15 anos , us e
as re gras norm ais , com 15 níve is de Saúde .
Saúd e
Níve is de Saúde s ão dife re nte s para crianças .
Por um l ado, e l as s e re cupe ram de fe rim e ntos m ais
rápido do q ue adul tos . Por outro, s ão be m m ais
s e ns íve is a danos , drogas , ve ne nos , doe nças e Crianças s e re cupe ram de fe rim e ntos no m e s m o
s ituaçõe s daninh as , pode ndo s e r m ortas por fe rim e ntos ritm o q ue adul tos . Contudo, um adul to incapacitado
q ue l e variam um adul to ao h os pital . obviam e nte de m orará m uito m ais para s e re cupe rar do
Para re pre s e ntar is s o, pe rs onage ns infantis têm q ue um a criança incapacitada, pois e s ta te m m e nos
m e nos níve is de Saúde do q ue um adul to. Ao contrário níve is de Saúde para re cupe rar.
dos 15 níve is de Saúde (s e ndo cinco de incons ciência) Crianças têm as m e s m as re s is tências e
dos adul tos , crianças têm nove níve is de Saúde (s e ndo vul ne rabilidade s q ue adul tos : e l as abs orve m dano
três de incons ciência). O s níve is de Saúde s e atordoante e s ão vul ne ráve is a danos l e tais e
dis tribue m da s e guinte m ane ira: e ntrópicos . Cas o s ofram dano l e talou e ntrópico nos
- Dois níve is Le ve s (s e m pe nal idade s ); s e us níve is de incons ciência, s angrarão até a m orte ou
- Um níve lM édio (-½); até q ue s e jam s al vas por tratam e nto m édico.
- Um níve lSério (-1); Im portante : Note q ue um a criança com
- Um níve lGrave (-2); Re s iliência 1 te rá um a abs orção e fe tiva de z e ro, m as
- Um níve lIncapacitado (-4); ainda é cons ide rada re s is te nte natural m e nte a dano
- Três níve is Incons cie nte s (Se m Ação, pos s ive l - atordoante . Logo, e l a não corre o ris co de “s angrar” até
m e nte s angrando). a m orte cas o s e ja nocaute ada por dano atordoante .

“A s pes s oas que ficam


nos tálgicas quanto a s uas infâncias
obviam ente nunca foram crianças .”
–Bil
lW ate rs on, Cal
vin e H arol
do

8 CAPÍTULO 2: CARACTERÍSTICAS INFANTIS


Capítul
o3
Vantage ns Infantis

Crianças pos s ue m um a vantage m e s pe cial , e xe m pl o, um a criança com Cons ciência 2 e Inocência 4


Inocência, q ue age com o um a prote ção contra o lança s e is dados para s e ntir a pre s e nça de s e re s da
s obre natural. Al
ém dis s o, ce rtas crianças pode m nas ce r noite . Contudo, outros us os de Cons ciência (com o bom
com h abil idade s e s pe ciais . Es s e s conce itos s ão s e ns o ou pre m oniçõe s ) não s ão be ne ficiados .
e xpandidos a s e guir. Re s is tência Es piritual : O níve lde Inocência é
s om ado ao de Es pírito do pe rs onage m para s e
de te rm inar a dificul dade de s ofre r pos s e s s õe s e s pirituais
Inocência ou de m oníacas . Logo, um a criança com Es pírito 1 e
Ape s ar de s e us corpos fráge is , m e nte s ingênuas Inocência 4 te ria o e q uival e nte a Es pírito 5 para re s is tir
e m oral idade e m de s e nvol vim e nto, crianças não s ão a pos s e s s ão. Es s a prote ção não s e e s te nde a outros
total m e nte vul ne ráve is . Se ja q ual for a raz ão, a us os de Es pírito, contudo (por e xe m pl o, crianças ainda
inocência de um a criança a prote ge contra o m al(pe l o pode m s ofre r de s control e e m ocional ; s ua Inocência não
m e nos , contra os m al e s provocados pe l o s obre natural ). os prote ge contra is s o).
H á m uito de bate e ntre os m ís ticos s obre a orige m de s ta Re s is tência M e ntal : O níve l de Inocência é
h abil idade inata da h um anidade . M uitas e xpl icaçõe s s om ado ao de Pe rs e ve rança para s e de te rm inar a
e xis te m : be nção divina, anjos da guarda, pure z a de dificul dade de te r a m e nte l ida ou control ada, as s im
e s pírito, m odo dife re nte de inte rpre tar o m undo, com o a te ntativas do pe rs onage m de ve nce r control e
pote ncial m ágico ainda irre s trito pe l a inge nuidade m e ntalou re s is tir a pos s e s s õe s . Logo, um a criança com
infantil , e tc. Pe rs e ve rança 2 e Inocência 4 te ria o e q uival e nte a
Es ta prote ção s e m anife s ta de m uitas m ane iras : Pe rs e ve rança 6 para e s te s propós itos . Porém , e s s a
crianças têm m ais re s is tência a pos s e s s õe s e s pirituais prote ção não s e e s te nde a outros us os de
ou de m oníacas , s ão m e nos afe tadas por control e e Pe rs e ve rança, ne m aum e nta o núm e ro de pontos de
le itura de m e nte s , têm m ais facil idade para s e ntir a Gl adius a q ue o pe rs onage m te m dire ito.
pre s e nça de e ntidade s s obre naturais e, Re ve l ar Il us õe s : Crianças vêe m o m undo de
ocas ional m e nte , cons e gue m ve r os vul tos e ouvir os form a dife re nte . Logo, q uando um a il us ão s obre natural
s us s urros de e s píritos , fantas m as e outras e ntidade s te nta diz e r-l h e s q ue al go q ue não e xis te é “re al ”,
invis íve is . Para s e re s capaz e s de ve r auras , a aura de crianças têm m aior ch ance de pe rce be r q ue h á al go
um a criança bril h a radiante e m fogo inte ns o. e rrado. Quando um pe rs onage m e ncontra um a il us ão
Contudo, q uanto m ais a criança e nte nde o s obre natural , adicione s e u níve lde Inocência a q ual q ue r
m undo e abandona s e us s onh os e inge nuidade infantis , caracte rís tica (e m ge ral Cons ciência) us ada para s e
m e nos e ficaz e s s a prote ção s e torna. Conform e ganh a de te ctar a il us ão. Cas o a il us ão norm al m e nte não
m aturidade , a inocência é pe rdida, de ixando a criança pe rm ita te s te s para s e r de te ctada, a criança ainda
vul ne ráve l . Es s a pe rda é irre ve rs íve le ine xoráve l : a pode rá faz e r um te s te de Inocência (dificul dade 8) para
inocência infantilnão pode s e r m antida para s e m pre . pe rce be r a ve rdade .
Cas o te nh a s uce s s o, a criança s abe rá q ue h á
S ISTEM AS “al go e rrado” na il us ão e q ue não de ve confiar ne l a,
Em te rm os de re gras , crianças pos s ue m um a e m bora ne m s e m pre pe rce ba q ue s e trata de um a
caracte rís tica e xcl us iva, ch am ada Inocência, q ue te m ilus ão. Es ta prote ção tam bém s e e s te nde contra
cinco níve is e q ue indica o q uão ingênuo é o criaturas q ue us am il us õe s para s e tornare m invis íve is
pe rs onage m . Conform e o pe rs onage m e nve l h e ce ou ou pas s are m de s pe rce bidas . Note , porém , q ue a
s ofre e xpe riências (ou traum as ) q ue o faz e m criatura não é com pl e tam e nte re ve l ada: o pe rs onage m
am adure ce r, e s s a Inocência é pe rdida e não pode m ais pode ve r vul tos ocas ionais , q uas e com o um e s pírito, e
s e r re cupe rada. s abe r q ue h á al go por pe rto, m as não cons e guirá ve r a
O níve lde Inocência do pe rs onage m s e apl ica a: criatura com de tal h es.
Se ns itividade : Adicione s ua Inocência a te s te s Ve r o Invis íve l : O cas ional m e nte , crianças s ão
de Cons ciência para pre s s e ntir o s obre natural . Por capaz e s de ve r e ouvir e s píritos , fantas m as e outras

INO CÊNCIA 9
e ntidade s q ue não e s tão no m undo fís ico. Para is s o, a afe tarão m ais .
criança pre cis a e s tar num l ugar raz oave l
m e nte tranq üil
o Ch oq ue s s érios têm dificul dade 8. Um a ve z q ue a
e e s curo. Na pre s e nça de um fantas m a ou e s pírito, o criança te nh a pe rdido Inocência de vido a um tipo de
pe rs onage m te s ta s e u níve l total de Inocência. A ch oq ue s ério, ch oq ue s de m e s m a nature z a pas s am a
dificuldade bás ica é 6, m as pode s ofre r m odificadore s : te r dificuldade 6.
+ 1 para um l ocalcom ruídos ou be m il um inado, + 2 s e Ch oq ue s traum atiz ante s s ão m ais grave s . Na
h ouve r adul tos pre s e nte s ou m uita atividade no l ocal . prim e ira e xpos ição a um tipo de ch oq ue traum atiz ante ,
Se obtive r s uce s s o, o pe rs onage m pode pe rce be r o não s ó é pe rdido autom aticam e nte um níve l de
vul to e ouvir os s us s urros da e ntidade , e m bora tal Inocência, com o um te s te de Es pírito (dificul dade 8)
pe rce pção s e ja pre cária e pos s a s e r q ue brada por pre cis a s e r fe ito para s e e vitar ganh ar um traum a (ve ja o
dis túrbios ou dis traçõe s no am bie nte . Livro de Re gras , pg. 66-68). Após o prim e iro contato
com um tipo de ch oq ue traum atiz ante , novos contatos
PERDENDO A INO CÊNCIA de m e s m a nature z a não provocam m ais traum as e
A Inocência inicialde um pe rs onage m de pe nde pe rm ite m te s te s de Es pírito com dificul dade 8 para s e
de s ua idade . Conform e o pe rs onage m am adure ce e e vitar a pe rda de Inocência.
s ofre ch oq ue s q ue a forçam a confrontar o m undo, s ua Exe m pl os de ch oq ue s de re alidade e s tão adiante
Inocência de s apare ce , até s um ir por com pl e to na ne s te capítul o.
adol e s cência. Em te rm os de re gras , e xis te m três form as
de s e pe rde r níve is de Inocência: am adure cim e nto, — De s pe rtar Sobre natural
ch oq ue s de re alidade ou um de s pe rtar s obre natural . Re ce be r tre inam e nto e m arte s m ís ticas ou s ofre r
trans form açõe s s obre naturais pode fragil iz ar ou m e s m o
— Am adure cim e nto de s truir a Inocência de um a criança. M aiore s de tal hes
O níve l m áxim o de Inocência q ue um e s tarão adiante ne s te capítul o.
pe rs onage m pode pos s uir de pe nde de s ua idade .
Quando um a criança ul trapas s a ce rta idade , s ua
Inocência, cas o s upe rior ao l im ite pe rm itido,
Ch oq u e s d e R e alid ad e
autom aticam e nte é de cre m e ntada até o níve lm áxim o, Ch oq ue s de re al idade ocorre m q uando um a
de acordo com a progre s s ão a s e guir: criança s e de para com um a s ituação q ue e s tá fora de
s ua idéia de re al idade ou q ue a faz s e tornar m ais
IDADE INO CÊNCIA M ÁX. cons cie nte de s ua nature z a h um ana e fal h a. Um ch oq ue
Até 8 anos 5 de re al idade pode s e r provocado por e ve ntos inte rnos
ou e xte rnos : um e ve nto inte rno te m a ve r com a criança
Até 9 anos 4 pe rce be r as cons e q üências de s uas próprias açõe s . Um
Até 10 anos 3 e ve nto e xte rno é m ais viol e nto, caus ado por s ituaçõe s

Até 11 anos 2
Até 12 anos 1
13 anos ou m ais 0

Note q ue as idade s não s ão e xatas : o


pe rs onage m não pe rde um níve lde Inocência no dia
q ue faz s e u anive rs ário. Es s as idade s s ão ape nas
aproxim açõe s e m q ue s e cons ide ra q ue , ao atingi-l
as , a
criança já te rá am adure cido o s uficie nte para pe rde r um
pouco de s ua inocência.

— Ch oq ue s de Re al idade
Infe liz m e nte , o m undo é crue l , e ne m todas as
crianças têm ch ance de am adure ce r natural m e nte . Às
ve z e s , um a criança s ofre um ch oq ue de re al idade : um
m om e nto e m q ue s e us s onh os e cre nças infantis s ão
duram e nte pos tos à prova.
Ch oq ue s de re al idade s ão e ve ntos ou condiçõe s
q ue faz e m com q ue a criança e ncare o m undo pe l o q ue
ele re al m e nte é, não pe l o q ue e la im agina q ue s e ja.
Es s e s ch oq ue s pode m ser l e ve s , s érios ou
traum atiz ante s : q uanto m aior a gravidade do ch oq ue ,
m ais difícilé para a criança m ante r s ua Inocência.
Sis te m a: Quando um a criança s e vê diante de
um ch oq ue de re al idade , e l
a pre cis a te s tar Es pírito.
Cas o s e ja be m -s uce dida, a criança m antém s e u níve l
atualde Inocência. Cas o contrário, e l a pe rde um níve l
de Inocência pe rm ane nte m e nte . A dificul dade do te s te
de pe nde do níve ldo ch oq ue :
Ch oq ue s l e ve s têm dificuldade 6. Um a ve z q ue a
criança te nh a pe rdido Inocência de vido a um tipo de
ch oq ue l e ve , novos ch oq ue s de m e s m a nature z a não a

10 CAPÍTULO 3: VANTAGENS INFANTIS


fora do control
e da criança. influe nciada por pe s s oas m ais ve l h as (nota: viol ência
s e xualnão s e incl ui aq ui, e l a é tratada com o um ch oq ue
CH O QUES LEVES traum atiz ante ).
Ch oq ue M oral : Para crianças , “be m ” ou “m al ” M al M e nor Inte ncional : É dito q ue crianças
e s tá na inte nção, não nos atos . Um a criança pode pode m s e r cruéis , m as ainda q ue o m ale s te ja no ato, a
atorm e ntar outra, faz e r traq uinage ns , q ue brar cois as crue l dade e s tá na inte nção. Crianças s ão irre s pons áve is
durante brincade iras , roubar brinq ue dos ou até porq ue não pe ns am nas cons e q üências de s uas açõe s .
m ach ucar s e us col e guinh as , m as não vê e s s e s atos Contudo, ocas ional m e nte , um a criança, e m e s pe cial
com o m aus e m s i, pois não e ra s ua inte nção pre judicar um a q ue já pas s ou por ch oq ue s m orais , pode te r a
os outros . Contudo, ce do ou tarde , um a criança corre o cons ciência de q ue um ato s e u irá pre judicar outras
ris co de provocar um grande m als e m a inte nção de pe s s oas . El a pode bate r num col e ga de cl as s e ape nas
faz ê-l o. Um a brincade ira inoce nte pode l e var s ua irm ã para h um il h á-l
o, furar os pne us do carro do profe s s or
para o h os pital , por e xe m pl o, ou m agoar profundam e nte para s e vingar de um a nota baixa ou q ue brar o
s ua m ãe . Quando um a criança com pre e nde q ue é o ato brinq ue do do irm ão ape nas para privá-l o de s e u
q ue im porta, não a inte nção, e l a com e ça a te m e r as pas s ate m po. Quando um a criança pre judica os outros
cons e q üências de s uas açõe s e pe rde um pouco de s ua cons cie nte m e nte , e l a de m ons tra crue l dade e pe rde um
inocência. pouco de s ua inocência.
De s acre ditar e m Sonh os : Crianças s ão
s onh adoras por nature z a: s ua im aginação pre e nch e as CH O QUES TRAUM ATIZ ANTES
lacunas da re al idade de s conh e cida. Al im e ntadas por Grande M al Inte ncional : Crianças pode m s e
fantas ias , e l as crêe m no irre al : s upe r-h e róis , ave nturas m ach ucar e m brincade iras ou pode m não gos tar um a
incríve is , am igos im aginários e figuras fantás ticas com o das outras e s e provocar e brigar. Às ve z e s , e l as pode m
o Papai Noe lou o coe l h inh o da Pás coa. Quando al go, até de s e jar o m alpara as outras pe s s oas . Contudo, h á
s e ja um a re ve l ação dos adul tos ou um confronto com a um a dife re nça e ntre q ue re r o m ale faz e r o m al . Da
re al idade , as faz q ue s tionar ou abandonar e s s e s m e s m a form a, m e s m o q uando brigam , dificil m e nte e l as
s onh os , e las de ixam um pouco de s ua inocência para irão a e xtre m os . Quando um a criança provoca
trás . cons cie nte m e nte dor, fe rim e ntos ou m e s m o a m orte de
De s e jar s e r Adul to: Crianças s e m pre de s e jam outra pe s s oa, s ua inocência é m anch ada de form a
s e r adul tos , m as não têm um a com pre e ns ão do q ue é irre ve rs íve l .
s e r adul to. El as s im pl e s m e nte vêe m os pais , Vítim a de Viol ência: H á poucas cois as m ais
ce l e bridade s ou h e róis de fil m e s e h is tórias com o te rríve is para a m e nte infantil do q ue s e r vítim a de
m ode l os e m q ue s e ins pirar. Contudo, q uando de ixam viol ência, e s pe cial m e nte s e e s ta vie r dos pais .
de faz e r “cois as de criança” para val oriz ar atividade s Infe l iz m e nte , pe l o m undo todo, crianças s ão
adul tas e com e çam a e s nobar outras crianças por apris ionadas , e s pancadas , torturadas ou viol e ntadas
s e re m “infantis ”, s ua inocência é pre judicada. s e xual m e nte por pais , pare nte s ou conh e cidos da
fam íl ia. Cada ve z q ue s ofre viol ência provocada por um
CH O QUES S ÉRIO S adul to e s e m ch ance s de autode fe s a, um a criança é
Com pre e nde r a M orte : Crianças s abe m q ue a m arcada irre ve rs ive l m e nte , de ixando um pouco de s ua
m orte e xis te , por m ais q ue os adul tos te nte m e s condê-l a infância para trás .
de l as . Quando ouve m e m “s ono e te rno” ou “ir para o
céu”, e l as e nte nde m q ue s e trata de m orte . Contudo,
um a criança não com pre e nde de ve rdade a m orte até
Hab ilid ad e s Sob re natu rais
q ue s inta o im pacto de l a: q uando um e nte q ue rido Em bora s e jam prote gidas do s obre natural por
m orre e a criança nota q ue não vai m ais vê-l o; q uando s ua Inocência, crianças pode m nas ce r com h abil idade s
pre s e ncia um a m orte brutalou s úbita; q uando q uas e s obre naturais inatas . Pode re s ps íq uicos s ão
m orre de vido a um acide nte . É ne s s as ocas iõe s , e m l ige iram e nte m ais com uns e m crianças do q ue e m
q ue a criança com e ça a te m e r a m orte e a s ofre r com a adul tos , m as poucas crianças de s e nvol ve m e s s as
pe rda, q ue s ua inocência é abal ada. h abil idade s , e nq uanto m uitas as pe rde m conform e
De s pe rtar da Se xual idade : Nos e s tágios iniciais am adure ce m . Da m e s m a form a, um a criança pode
da infância, crianças cos tum am te r rival idade s com , às pe rte nce r a um a l inh age m m ís tica (afinal , cons orte s ,
ve z e s até ave rs ão a, o s e xo opos to. Conform e e l as dh am pyre s e ne ph al ins já foram crianças um dia).
am adure ce m , com e ça a s urgir curios idade q uanto ao Em te rm os de re gras , um pe rs onage m infantil
corpo e às re l açõe s am oros as . Contudo, crianças não pode s e r criado com um níve l e m Ps iq uis m o ou
têm os de s e jos s e xuais q ue adol e s ce nte s ou adul tos H e rança. Contudo, níve is adicionais re pre s e ntam
têm , ne m com pre e nde m a s e xual idade . Quando tre inam e nto e dis cipl ina q ue não condiz e m com a
de s pe rta para e s s as cois as , a criança pe rde um pouco m e ntal idade infantil : cada níve l adicional apre ndido
de s ua Inocência. re duz e m um a Inocência do pe rs onage m .
Em ge ral , o de s pe rtar s e xualcom e ça aos 12 Fe rvor Re l igios o, Dis cipl ina e Focal iz ação,
anos , q uando as prim e iras trans form açõe s da porém , não s ão h abil idade s inatas , e xigindo um a m e nte
pube rdade com e çam a ocorre r. Contudo, is s o pode e s pe cial m e nte tre inada, o q ue e rode a Inocência infantil .
aconte ce r m ais ce do, e m e s pe cial s e a criança for

H ABILIDADES S O BRENATURAIS 11
Para cada níve lne s s e s H is tóricos M ís ticos , inclus ive o de l obis om e ns , m as e m ge rala trans form ação e m um
prim e iro níve le m cada, o pe rs onage m re duz e m um a lobis om e m só ocorre rá na adol e s cência.
s ua Inocência. O cas ional m e nte , um a criança pode s ofre r a
(Para m aiore s de talhes s obre H is tóricos trans form ação ante s dis s o, m as s om e nte cas o s ua
M ís ticos , ve ja o l
ivro Ao Cair da Noite : De s bravadore s Inocência te nh a s ido com pl e tam e nte pe rdida ante s de l a
do O cul to). de ixar a infância.
Fantas m as : Crianças fantas m as e s tão
AS CRIANÇAS DA NO ITE conde nadas a pe rm ane ce r s ob as l im itaçõe s infantis ,
Crianças pode m s e r trans form adas e m s e re s m e s m o q ue décadas ou s écul os te nh am s e pas s ado
s obre naturais , m as o proce s s o de s trói com pl e tam e nte a de s de s uas m orte s . Es ta é um a l im itação im pos ta pe l a
Inocência, e l im inando-a não im porta s e u níve loriginal . Som bra do M undo, contudo, e al m as infantis q ue
O s e fe itos da trans form ação no corpo e na m e nte al cance m outros pl anos de e xis tência, com o o Éde n,
infantil , contudo, de pe nde m da nova nature z a da pode m continuar a m aturar, conform e s ua m e nte
criança: am adure ce e s ua form a e s piritual s e adéq ua à
Vam piros : Um a criança tornada vam pira não m aturidade m e ntal .
m ais e nve l h e ce rá e m corpo, m as s ua m e nte continua a Ce le s tiais : Raros s ão os anjos q ue re nas ce m de
m aturar e o pode r do s angue pe rm ite q ue ce rtas crianças . No ato do re nas ce r, e s s e s Ce l e s tiais m antém
lim itaçõe s infantis s e jam s upe radas . O s l im ite s dos a aparência e a m e ntal idade infantil , m as não as
Atributos de um a criança vam pírica s e tornam iguais l im itaçõe s de Atributos de um a criança. Conform e a
aos de um adul to, m as s ua capacidade de carga ainda m e nte do Ce l e s tialam adure ce , s e u corpo a acom panh a,
é re duz ida à m e tade de vido a s e u tam anh o. Al ém dis s o, e m bora o proce s s o de “e nve l h e cim e nto” de um Ce l e s tial
os níve is de Saúde de s s e vam piro não e vol ue m para s e pos s a de m orar décadas , vis to q ue não é im pul s ionado
igual are m aos de um adul to: a criatura e s tará pre s a a por ne ce s s idade s biol ógicas . Enq uanto tive r um corpo
um corpo infantilpor toda a e te rnidade . infantil, a capacidade de carga do Ce l e s tiale s e us níve is
Lobis om e ns : Crianças pode m contrair de Saúde s ão iguais aos de um a criança m ortal .
licantropia, tanto pe l o nas cim e nto com o por um ataq ue

“Um a criança de cinco anos


entenderia is s o. Mande alguém bus car um a
criança de cinco anos .”
–Grouch o M arx

“Q ualquer um que us e a fras e


‘fácil com o roubar doce de um a criança’
nunca tentou roubar o doce de um a criança.”
–De s conh e cido

12 CAPÍTULO 3: VANTAGENS INFANTIS


Capítul
o4
Criação d e
Pe rs onage ns
O proce s s o de criação de pe rs onage ns infantis é e s pe ciais :
s im il
ar ao us ado para adul tos . As dife re nças s e gue m -s e — Atributos infantis com e çam com ape nas um
abaixo: níve l ;
— Não e xis te o conce ito de “Atributo
CO NCEITO de s favore cido” para crianças ;
Com o e m pe rs onage ns adul tos , de fina conce ito, — Ne s te ponto da criação de pe rs onage ns , o
nom e e idade de s e u pe rs onage m . Crianças não níve lm áxim o q ue você pode al cançar num Atributo é
cos tum am pe rte nce r a um a “facção”, l ogo não s e três . O q uarto e úl tim o níve l é alcançáve l ape nas
pre ocupe com is s o. Para pe rs onage ns infantis , a idade através de pontos de aprim oram e nto ou de e xpe riência.
de ve e s tar e ntre s e te e 12 anos . A e s colh a da idade irá
influe nciar todo o re s to da criação de pe rs onage ns , vis to APTIDÕES
q ue pe rs onage ns m ais jove ns têm m e nos pontos a O núm e ro de pontos q ue você te m para dis tribuir
dis tribuir, m as s ua Inocência é m ais forte . é de pe nde nte da idade da criança, conform e tabe l a
ante rior. Todas as de m ais l im itaçõe s us am as re gras
PERSO NALIDADE norm ais para adul tos (l
e m bre -s e q ue , ne s te m om e nto, o
Se l e cione os s e guinte s arq uétipos de níve lm áxim o de um a Aptidão é 5. Níve is acim a dis to
pe rs onalidade : s ão pos s íve latravés de pontos de aprim oram e nto ou de
Ím pe to: Água, Ar, Fogo, Te rra ou Vaz io. e xpe riência).
Com portam e nto: Col érico, Fl e um ático,
Me l ancól ico, Ne utro ou Sangüíne o. E SPECIALIZ AÇÕES
Ao contrário de pe rs onage ns adul tos , crianças O núm e ro de e s pe cializ açõe s q ue você te m para
ainda não te rão de s e nvolvido um a Dire ção. dis tribuir é de pe nde nte da idade da criança, conform e
tabe l a ante rior. Todas as de m ais l im itaçõe s us am as
FO CO re gras norm ais para adul tos .
Com o adul tos , crianças pode m te r um foco fís ico
ou m e ntal . A e s col h a de te rm inará com o você pode H ISTÓRICO
dis tribuir s e us pontos e m Atributos , Aptidõe s e O núm e ro de pontos q ue você te m para dis tribuir
Es pe cial iz açõe s . é de pe nde nte da idade da criança, conform e tabe l a
ante rior. Al ém dis s o, ch e q ue no Capítul o 2:
ATRIBUTO S Caracte rís ticas Infantis para ve r com o os H is tóricos s ão
O núm e ro de pontos q ue você te m para dis tribuir m udados para crianças . Todas as de m ais l im itaçõe s
é de pe nde nte da idade da criança, conform e tabe l a us am as re gras norm ais para adul tos .
ante rior. Contudo, le m bre -s e das s e guinte s l
im itaçõe s

D ISTRIBUIÇÃO DE PO NTO S PO R IDADE

IDADE ATRIBUTO S APTIDÕES E SPECIALIZ AÇÕES H ISTÓRICO INO CÊNCIA


7 2/1+ 1 6/4+ 3 0/0+ 0 3 5
8 3/1+ 1 7/4+ 3 0/0+ 0 3 4
9 3/1+ 1 7/5+ 4 0/0+ 0 4 3
10 3/2+ 1 8/5+ 4 1/0+ 0 4 2
11 3/2+ 1 8/6+ 5 1/0+ 0 5 1
12 4/2+ 1 9 /6+ 5 1/0+ 1 5 0

CRIAÇÃO DE PERSO NAGENS 13


E IDO LO N
Crianças com e çam com 3 pontos para dis tribuir
e ntre os s e us Ae gis , inde pe nde nte da idade . Com o e m
adul tos , cada Ae gis com e ça com um níve lautom ático, e
o núm e ro de Gl adius dis poníve lpara o pe rs onage m
Pe rs onage ns A d ole s ce nte s
de pe nde rá de s e u níve lfinalde Pe rs e ve rança. Se você q uis e r criar um pe rs onage m
adol e s ce nte , e ntre 13 e 17 anos , us e o m e s m o
INO CÊNCIA proce s s o q ue para adul tos , m as com as s e guinte s
A Inocência inicialdo pe rs onage m é de te rm inada dife re nças :
por s ua idade , conform e tabe l a ante rior. Você pode Atributos : Com e çam todos com dois níve is .
aum e ntar a Inocência e m até um (até um m áxim o de Um adol e s ce nte pode te r algum “Atributo
cinco níve is ) us ando pontos de aprim oram e nto (ve ja a de s favore cido” q ue com e ça com um níve l . Dis tribua
s e guir). 4/2+ 1.
Aptidõe s : Dis tribua 13/9 + 7.
PO NTO S DE APRIM O RAM ENTO H is tórico: Dis tribua 6 pontos .
Pe rs onage ns infantis têm 10 pontos de Eidol on: Dis tribua 4 pontos .
Aprim oram e nto para com prar níve is e m outras Pontos de Aprim oram e nto: 10 pontos .
caracte rís ticas no final do proce s s o de criação. Saúde : Até os 14 anos , us e os níve is de
Contudo, h á al gum as dife re nças e m re l ação à criação Saúde para adol e s ce nte s indicados no Capítul o 2. A
de pe rs onage ns adul tos : partir dos 15 anos , us e os níve is de Saúde para
Atributos : Cus tam 4 pontos de aprim oram e nto adul tos .
por níve l, ao invés de ape nas três . Al ém dis s o, o q uarto A partir dos 18 anos , us e as m e s m as
níve le m um Atributo cus ta 5 pontos . e s tatís ticas us adas e m pe rs onage ns adul tos .
Inocência: Você pode gas tar três pontos de
aprim oram e nto para aum e ntar s ua Inocência iniciale m
um , m as nunca m ais do q ue is s o.
De re s to, o proce s s o é igual ao de adul tos ,
vale ndo l e m brar q ue q ualq ue r caracte rís tica com prada
acim a do q uinto níve lcus ta um ponto de aprim oram e nto
adicional , e q ue adq uirir um a s e gunda e s pe cial iz ação
num a Aptidão e xige cinco níve is na m e s m a.

PO NTO S DE E XPERIÊNCIA
Para pe rs onage ns infantis , os cus tos para
aum e ntar caracte rís ticas com pontos de e xpe riência s ão
os m e s m os , e xce to para Atributos , q ue e xige m o dobro
de e xpe riência (Novo Níve lx6).

14 CAPÍTULO 4: CRIAÇÃO DE PERSO NAGENS


Capítul
o5
N arrand o Crianças

Então, você já de s bravou a e s curidão, dos adul tos te nde rá a s e r um a indicação de s e gurança:
e nfre ntando m ons tros e de s ve ndando grande s m is térios as criaturas da noite e vitarão s e r vis tas por e l es e
ance s trais ? Você já s obre vive u a tirote ios , conq uis tou aguardarão o m om e nto ce rto para pe gar as crianças
fortunas ou acabou com o re inado de te rror das de s prote gidas .
criaturas da noite ? Es tá pronto para um de s afio de El e nco é Im portante : Crianças s e m pre bus cam
ve rdade ? a com panh ia de outras crianças . El as ne m s e m pre
Ao Cair da Noite : Crianças proporciona um confiam nos adul tos e pre fe re m conve rs ar com ge nte da
jogo dife re nte . Você já não é m ais um adul to dono de s i própria idade . O grupo de pe rs onage ns te m q ue
m e s m o, arris cando s ua vida para de s ve ndar os apre nde r a trabal h ar junto, pois é ape nas com o e s forço
m is térios da noite . Ne s te jogo, você s e torna um a unido q ue crianças pode m s upe rar os de s afios . Por is s o,
criança: ingênua, inde fe s a, s ob o ol h ar vigilante dos le m bre -s e de criar um e l e nco de NPCs infantis com
pais . A s ocie dade não crê e m você q uando você diz q ue q ue m os pe rs onage ns jogadore s pode m inte ragir. Ne m
m ons tros e xis te m . El
a não vai te de fe nde r das criaturas todos pre cis am s e r al iados , cl aro: o val e ntão q ue
q ue te obs e rvam nas s om bras , com ol h os brilh ante s e atorm e nta os pe rs onage ns na e s col a pode adicionar
fam intos . Tudo o q ue você te m é s ua as túcia e s e us bas tante confl ito s e m q ue você te nh a q ue ape l ar para o
am igos . s obre natural .
É aq ui q ue as re ais h is tórias de te rror aconte ce m ! Sob o O l h ar Infantil : De s cre va ce nas , e ve ntos e
aconte cim e ntos de form a s im pl e s , dire ta e us ando
pal avras infantis . Faça com q ue os jogadore s re al m e nte
A ve ntu ras Infantis s e s intam pe q ue nos num m undo e norm e , de s conh e cido
Ao pl ane jar ave nturas infantis , l e m bre -s e q ue e as s us tador. Não diga o nom e de obje tos e s tranh os
crianças s ofre m m uito m ais l im itaçõe s do q ue adul tos : q ue os pe rs onage ns e ncontram : de s cre va-os e de ixe
el as e s tão cons tante m e nte s ob a vigil ância dos pais ; q ue os jogadore s s e vire m para re conh e cê-l os . M os tre o
pas s am boa parte do dia e m e s col as ou curs os infantis ; q uanto os pais têm control e s obre os pe rs onage ns e
el as não têm m e ios próprios de trans porte (e xce to q uão pouca l ibe rdade os jogadore s te rão para tom ar
bicicl e tas ) ne m be ns ou dinh e iro, e h á dive rs as de cis õe s .
atividade s proibidas para m e nore s . Le m bre -s e das
s e guinte s dicas ao criar s uas h is tórias : A ntagonis tas
O M al Es tá Próxim o: H is tórias e nvol ve ndo
crianças cos tum am ocorre r nas proxim idade s de l ugare s Em Ao Cair da Noite : Crianças , os antagonis tas
fam il iare s : pe rto de cas a, nos arre dore s da e s col a, no pre cis am de al gum a form a s e r capaz e s de e vitar os
cam inh o e ntre a e s col a e s ua cas a, nas m atas ao re dor adul tos . Cas o contrário, os adul tos re s ol ve rão o
da faz e nda da fam íl ia. Ave nturas e s pe ciais pode m probl e m a e os pe rs onage ns s e rão ape nas coadjuvante s
ocorre r e m l ocais q ue a criança e s tá vis itando por na tram a. Note , contudo, q ue ne m s e m pre o antagonis ta
acas o: num a e xcurs ão ao m us e u, num parq ue de pre cis a s e r um a criatura s obre natural : um a h is tória q ue
dive rs õe s ou circo, num pas s e io pe l o s h opping, no s e pas s a na e s col a, e nvol ve ndo o val e ntão da cl as s e
acam pam e nto de ve rão ou num a vis ita a pare nte s q ue atorm e nta os pe rs onage ns , é tão vál ida q uanto um a
inte rioranos . invas ão à cas a m al -as s om brada.
Soz inh os no Es curo: A h is tória vai e xigir Quanto a s e re s s obre naturais , e m ge ralcrianças
m om e ntos e m q ue as crianças e s tarão s oz inh as : tal ve z s e e nvol ve m com abom inaçõe s ins tintivas , criaturas q ue
el as s aiam e s condidas de cas a no m e io da noite para e s tarão m ais prope ns as a atacar crianças e a fugir de
inve s tigar os aconte cim e ntos da rua ou, durante um adul tos . Al gum as s uge s tõe s :
jogo de fute bol , a bola cai na ve l h a cas a abandonada, e Diabre te s : Criaturas pe q ue nas , q ue pode m e s tar
o grupo de cide e ntrar para e ncontrá-l a. A m e nos q ue caus ando probl e m as pe l a cas a, e s conde m -s e facil m e nte
você e s te ja al m e jando um a h is tória viole nta, e m q ue os s ob cam as e e m arm ários , e têm inte l igência s uficie nte
m ons tros e s tão dis pos tos a atacar adul tos , a pre s e nça para apre nde r a us ar fe rram e ntas e a fal ar. Es te s s e re s

AVENTURAS INFANTIS 15
s ão antagonis tas inte re s s ante s num a h is tória infantil ,
pois ape s ar de pode re m caus ar s érios probl e m as para
crianças , s ão criaturas q ue pode m s e r ve ncidas pe l os
pe rs onage ns . Por s e re m inte l ige nte s , tam bém pode m s e
afe içoar e até m e s m o ganh ar a am iz ade de um a criança
His tórias Infantis , Te m as
ingênua, e m bora o diabre te q ue o fiz e r com ce rte z a
col ocará s e u “am igo” e m confus õe s .
A d u ltos
Para de tal h e s s obre diabre te s , ve ja Ao Cair da Talve z pas s e por s ua cabe ça um a h is tória e m
Noite : De s bravadore s do O cul to. q ue os antagonis tas s ão m ortais m undanos , adul tos
Es píritos : Es píritos s ão m uitas ve z e s irracionais . q ue abus am de crianças . Se ja o vil ão um
Um e s pírito pre dador pode s e r pe rturbado pe l os s e q üe s trador, um pai abus ivo ou um pe dófil o, tom e
pe rs onage ns e com e çar a caçá-l os , m anife s tando-s e cuidado com e s s e tipo de h is tória. Ce nas de viol ência
em l ocais e m om e ntos q ue e s tão e m afinidade com os contra crianças , e m e s pe cialcontra os pe rs onage ns
pode re s do e s pírito. Tam bém h á m uitos e s píritos dos jogadore s , pode m ch ocar ou ofe nde r as pe s s oas .
brincal h õe s q ue , s e pe rturbados , pode m com e çar a Se us jogadore s pode m não apre ciar e s s e tipo de
traz e r m á s orte para todos ao s e u re dor. h is tória, e obs e rvadore s e xte rnos ao jogo pode m
Es píritos Totêm icos : O q ue aconte ce q uando acabar te ndo a im pre s s ão e rrada. Se re al m e nte for
crianças ganh am al gum a e s pécie de e l o com um faz ê-l o, faça-o e m l ocalade q uado, onde não atrairá
e s pírito totêm ico? Tal ve z um dos pe rs onage ns im pre s s õe s e rradas ; te nte não s e r gráfico de m ais e m
de s ce nda de um a l inh age m q ue e ra prote gida por um s uas de s criçõe s , pois e l as pode m pe rturbar os
tote m , ou tal ve z o grupo s e afe içoe por um anim alfe rido jogadore s , e ante s do jogo inform e aos jogadore s de
e cuide m de l e e m s e gre do, s e m s abe re m q ue s e trata q ue a h is tória irá tratar de te m as pe s ados .
de um e s pírito m anife s to (ou de um anim alprote gido por
um tote m ).
Para de tal h e s s obre e s píritos totêm icos , ve ja Ao
Cair da Noite : De s bravadore s do O cul to.
Fantas m as : Típicos e m h is tórias de te rror para
crianças , fantas m as s ão e xce l e nte s antagonis tas por
proporcionare m de s afios dive rs os : e l e s pode m s e r e s pe cial m e nte q uanto a re curs os , de s l ocam e nto e
inim igos , caçando e ate rroriz ando as crianças do bairro, h orários l ivre s , as h is tórias te nde m a s e r e pis ódicas :
ou pode m s e r vítim as inoce nte s q ue pre cis am s e r s urge um probl e m a, as crianças o inve s tigam e o
ajudadas , vis to q ue os adul tos não s ão capaz e s de probl e m a é re s ol vido. Contudo, h á um l im ite de h is tórias
pe rce bê-l os e não e s tão dis pos tos a acre ditar q ue q ue você pode faz e r ante s q ue s uas ave nturas pare çam
e xis tam . Fantas m as tam bém pode m e s tar l igados a um s h ow te m ático com “os m ons tros da s e m ana”.
pe s s oas , logo você pode criar um fantas m a q ue prote ge Com e ça a de s afiar o bom s e ns o q uando tantas cois as
ou atorm e nta al guém . Por e xe m pl o, a al m a da m ãe de e s tranh as pas s am a aconte ce r ao re dor dos
um garoto franz ino da e s col a pode ate rroriz ar as pe rs onage ns .
crianças q ue m al tratam s e u filh o. Is s o não s ignifica q ue s e ja im pos s íve lfaz e r um a
Ladrõe s de Sopro: O inim igo q uinte s s e ncialde crônica para crianças , ape nas q ue tal fe ito e xige
pe rs onage ns infantis , Ladrõe s de Sopro s ão l ite rais bas tante pl ane jam e nto e cuidado. Você pode , por
bich os -papõe s , q ue atacam vítim as incons cie nte s ou e xe m pl o, col ocar um a l igação e ntre todos os
inde fe s as e roubam s uas e ne rgias vitais s e m de ixar aconte cim e ntos , as s im faz e ndo com q ue as h is tórias
m arcas . El e s s ão pre dadore s pe rfe itos contra crianças , pos te riore s s e jam um agravam e nto da s ituação
s e ndo capaz e s de e ntrar nas cas as s e m ch am ar provocada pe l a intrus ão de “crianças e nxe ridas ” no
ate nção e de de s apare ce re m por com pl e to ao com e ço da crônica. A h is tória tam bém pode te r um
am anh e ce r. Al guns de l e s pode m até m e s m o raptar “m e ta-arco”, um a tram a m aior e s condida q ue guia as
crianças m e nore s para s e al im e ntare m s e m s e re m m uitas tram as m e nore s .
pe rturbados . Ladrõe s de Sopro s ão as criaturas m ais O utras opçõe s incl ue m ave nturas q ue ocorre m
ate rroriz ante s q ue um a criança pode im aginar. ao l ongo de anos . Um a ave ntura pode te r todos os
Para de tal h e s s obre Ladrõe s de Sopro, ve ja Ao pe rs onage ns aos s e te anos de idade , por e xe m pl o. A
Cair da Noite : De s bravadore s do O cul to. continuação de l a pode ocorre r um ou dois anos de pois ,
O utros Se re s das Tre vas : O bviam e nte , e s tas e m outro l ocal , q uando por acas o os pe rs onage ns
não s ão as únicas e s col h as . Você pode criar s uas e ncontram novam e nte al go fora do com um . De s ta
próprias abom inaçõe s , us ar outras criaturas form a, e nq uanto um a crônica de adul tos s e pas s a ao
e s tabe le cidas do ce nário ou m is turar idéias para criar longo de vários e pis ódios q ue l e vam dias ou m e s e s , a
opone nte s únicos . crônica infantilpode te r poucos e pis ódios e s pal h ados ao
longo de anos para os pe rs onage ns .
Por fim , nada im pe de q ue os pe rs onage ns
Crônicas Infantis cre s çam . Es te artigo contém re gras para pe rs onage ns
adol e s ce nte s , por e xe m pl o, e as re gras bás icas do
Pode s e r fácilcriar um a ou duas ave nturas para
s is te m a cobre m pe rs onage ns adul tos . O s jogadore s
pe rs onage ns infantis , m as m ante r um a crônica com
pode m com e çar a crônica com crianças e te rm iná-l a
crianças pode s e r difícil. De vido às l
im itaçõe s infantis ,
com os pe rs onage ns já adul tos e e xpe rie nte s .

16 CAPÍTULO 5: NARRANDO CRIANÇAS


Ao Cair da N oite
Nom e :
Ím pe to:
Crianças
Força
ATRIBUTO S

Com portam e nto:

FÍSICO S
Conce ito: Agil
idade

Iniciativa: Re s il
iência
Ve locidade :
Caris m a
O utros :_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

M ENTAIS
________________________________________________________ Pe rce pção
________________________________________________________
________________________________________________________ Pe rs picácia

APTIDÕES
TALENTO S CO NH ECIM ENTO S

Arm as Brancas Acrobacia


Arre m e s s o Arm as de Fogo
Briga Arte da Fuga
FÍSICO S

Es porte s Arte s M arciais


Es q uiva Condução
Furtividade O fícios
Pre s tidigitação Pe rform ance
Sobre vivência Subte rfúgio
Em patia Acadêm icos
Em p. Anim ais Adm inis tração
Etiq ue ta Ciências
Expre s s ão Com putação
M ENTAIS

Intim idação Cul tura


Inve s tigação Dire ito
Lábia M e dicina
Lide rança O cul tis m o
M anh a Pol ítica
Prontidão Te cnol ogia

H ISTÓRICO E IDO LO N
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO CO NSCIÊNCIA
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO E SPÍRITO
AEGIS

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO PERSEVERANÇA
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO G LADIUS

LEVE M ÉDIO S ÉRIO G RAVE INC INCO NSCIENTE


INO CÊNCIA
S AÚDE

-0 -½ -1 -2 -4 S EM AÇÃO
Atributos : Por Idade (m áx. 3), Aptidõe s : Por Idade (m áx. 5), Es pe cial
iz açõe s : Por Idade , H is tórico: Por Idade , Eidol
on: 3, Inocência: Por Idade ,

Aprim oram e ntos : 10 (4/1/*/1/2/3)


O UTRAS CARACTERÍSTICAS D ADO S DO PERSO NAGEM
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO D ESCRIÇÃO
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO Se xo:
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO Raça:
Altura:
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO
Olh os :
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO Cabe l os :
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO Nas cim e nto:
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO O utros:_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _______________________________
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _______________________________
_______________________________
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ OOOOO
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O UTRAS APTIDÕES _______________________________
BACK GRO UND
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_______________________________
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_______________________________
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E XPERIÊNCIA _______________________________
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G ANH A G ASTA _______________________________
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O UTRAS INFO RM AÇÕES _______________________________
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LÍNGUAS FALADAS
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ARM AS
NO M E D IF. D ANO O UTRAS INFO RM AÇÕES

PRO TEÇÃO /ARM ADURA E QUIPAM ENTO D IVERSO


TIPO ÍNDICE PENALIDADE

O UTRO S D ADO S

PRO TEÇÃO /E SCUDO


TIPO APARAR CO BERTURA

O UTRO S D ADO S

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