Você está na página 1de 18

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC

CENTRO DE CIENCIAS TECNOLÓGICAS – CCT


ENGENHARIA ELÉTRICA

MATHEUS ZIMMER SCHUPEL


VÍTOR HORBE PEREIRA DA COSTA

FILTROS ATIVOS: PASSA-FAIXA DE 1a ORDEM

JOINVILLE
2017
MATHEUS ZIMMER SCHUPEL
VÍTOR HORBE PEREIRA DA COSTA

FILTROS ATIVOS: PASSA-FAIXA DE 1a ORDEM

Trabalho apresentado como requisito par-


cial para obtenção de aprovação na disci-
plina de Eletrônica Aplicada, no Curso de
Engenharia Elétrica, na Universidade do Es-
tado de Santa Catarina.
Professor: Dr. Sérgio Vidal

JOINVILLE
2017
RESUMO

Este trabalho tem como objetivo mostrar a implementação de um filtro ativo de pri-
meira ordem passa-faixa. Utilizaremos o amplificador operacional TL081, resistores e
capacitores para implementar duas frequências de corte, superior e inferior. Será apresen-
tado um estudo teórico do filtro, simulações em software pspice e resultados experimentais.

Palavra-chave: Filtro Ativo.Passa-Faixa. TL081.

“Desejar ser outra pessoa é um desperdı́cio da pessoa que voce é”

-Kurt Cobain

1
Sumário
1 Introdução 4

2 Filtros Ativos de 1a Ordem 5


2.1 Filtro Passa-Baixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 Filtro Passa-Alta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3 Filtro Passa-Faixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

3 Circuito Prático 9
3.1 Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.2 Simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.3 Prática de laboratório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

4 Conclusão 15

Referências 16

2
Lista de Figuras
1 Circuito Passa-Baixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2 Diagrama de Bode para o filtro passa-baixa . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3 Circuito Passa-Alta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4 Diagrama de Bode para o filtro passa-alta . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
5 Circuito Passa-Faixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
6 Diagrama de Bode para o filtro passa-faixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
7 Circuito Simulado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
8 Diagrama de Bode Módulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
9 Diagrama de Bode Fase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
10 Módulo em unidade linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
11 Osciloscópio Tektronix . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
12 Multı́metro Tektronix . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
13 Fonte DC Tektronix . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
14 Montagem do circuito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
15 Saı́da e entrada para f = 30Hz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
16 Saı́da e entrada para f = 300Hz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
17 Saı́da e entrada para f = 3KHz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
18 Tabela 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

3
1 Introdução

Filtros possuem muitas aplicações na eletrónica. Seber qual tipo de filtro utilizar é
uma porte muito importante do projeto do circuito. Os filtros podem ser classificados em
termos da tecnologia utilizada como filtros passivos e filtros ativos.
Os filtros passivos são constituı́dos por resistências, capacitores e indutores. Eles fun-
cionam bem em altas frequências porém para baixar frequências apresentam bobinas vo-
lumosas, que não podem ser produzidas em circuitos integrados. Filtros passivos também
são relativamente difı́ceis de sintonizar. Já os filtros ativos são constituı́dos de resistências,
capacitores e amplificadores operacionais. Estes filtros são úteis para frequências abaixo
de 1M Hz, têm ganho em potência e são fáceis de sintonizar.
O projeto do filtro, tanto ativo como passivo, constitui na modelagem do circuito
como uma função de transferência. Em filtros ativos temos um estrutura que configura
um passa-baixa e outra estrutura que configura uma passa-alta. Colocando ambas em
cascata temos um filtro passa-faixa, onde a frequência de corte inferior será dada pelo
passa-alta e a superior pelo passa-baixa.

4
2 Filtros Ativos de 1a Ordem
Esta seção tem como objetivo apresentar um estudo teórico sobre os filtros ativos
passa-baixa, passa-alta e passa faixa.

2.1 Filtro Passa-Baixa


O circuito passa-baixa é mostrado na figura 1. Para baixas frequências o capacitor
se comporta como um circuito abeto, reproduzindo o que esta na entrada para a saı́da.
Quando a frequência aumenta o capacitor tende a se comportar como um curto circuito,
aterrando a entrada não inversora. Assumindo o ampopo ideal, como temos realimentação
negativa temos um curto circuito virtual, logo a saı́da Vo tenderá a zero.

Figura 1: Circuito Passa-Baixa

A função de transferência do filtro pode ser modelada pela equação 1.

Vo 1 1/RC
= = (1)
Vi sRC + 1 s + 1/RC

A frequência de corte do filtro é o polo da função de transferência, mostrada pela


equação 2.

1
fc = (2)
2πRC

O diagrama de Bode para o passa baixa é mostrado na figura 2, na prática o filtro


começa a atenuar -3 dB depois da frequência de corte. Como o filtro é de primeira ordem
a atenuação é de -20 dB por década.

5
Figura 2: Diagrama de Bode para o filtro passa-baixa

2.2 Filtro Passa-Alta


O cirtuito passa baixa é mostrado na figura 3. Para um sinal com frequência zero o
capacitor é um circuito aberto, a medida que a frequência aumenta o capacitor tende a
um curto circuito, deixando passar a entrada para a saı́da.

Figura 3: Circuito Passa-Alta

A função de transferência do filtro pode ser modelada pela equação 3.

Vo sRC s
= = (3)
Vi sRC + 1 s + 1/RC

A frequência de corte do filtro é o polo da função de transferência, mostrada pela


equação 4.

1
fc = (4)
2πRC
6
O diagrama de Bode para o passa alta é mostrado na figura 4, na prática o filtro
começa a passar -3 dB antes da frequência de corte. Repare que agora existe um zero na
função de transferência com inclinação de 20 dB por década.

Figura 4: Diagrama de Bode para o filtro passa-alta

2.3 Filtro Passa-Faixa


O circuito filtro passa-faixa nada mais é do que um filtro passa-alta e passa-baixa em
cascata. O filtro passa-faixa é mostrado na figura 5.

Figura 5: Circuito Passa-Faixa

A função de transferência do filtro pode ser modelada pela equação 5.

Vo sR1 C1
= 2 (5)
Vi s R1 R2 C1 C2 + s(R1 C1 + R2 C2 ) + 1

7
Agora temos duas frequências de corte no circuito. A frequência de corte fc1 é dada
pela frequência de corte do passa-alta, já a frequência de corte fc2 é dada pela frequência
de corte do passa-baixa. Essas frequências são mostradas nas equaçãoes 6 e 7.

1
fc1 = (6)
2πR1 C1

1
fc2 = (7)
2πR2 C2

O diagrama de Bode é mostrado na figura 6. Agora temos um filtro de segunda ordem


formado por dois filtros de primeira ordem, resultando em um zero com inclinação 20 dB
por década e ou polo com inclinação -20 dB por década.

Figura 6: Diagrama de Bode para o filtro passa-faixa

8
3 Circuito Prático
3.1 Projeto
As frequências de corte do projeto são fc1 = 30Hz e fc2 = 3KHz. Para calcular fc1 ,
que é a frequência de corte do passa-baixa, utilizamos a equação 6, fixando um capacitor
C2 = 100nF e obtemos o resistor R1

1 1
R1 = = = 53KΩ = 47KΩ + 6, 8KΩ (8)
2πC1 Fc1 2π100nF 30Hz
Para o passa-baixa a frequência de corte é calculado através da equação 7. Como a
frequência de corte superior é 1000 vezes maior que a frequência de corte inferior, fixamos
um capacitor 1000 vezes menor,ou seja, C2 = 1nF . Com isso obtemos o resistor R2

1 1
R2 = = = 53KΩ = 47KΩ + 6, 8KΩ (9)
2πC2 Fc2 2π1nF 3KHz

3.2 Simulação
A figura a 7 mostra o circuito simulado utilizando o software Orcad Pspice 16.6. Na
simulação foi utilizado alimentação simétrica de 15V .

Figura 7: Circuito Simulado

O diagrama de Bode é mostrado nas figuras 8 e 9.

Figura 8: Diagrama de Bode Módulo

9
Figura 9: Diagrama de Bode Fase

A figura 10 é mostrado o módulo em unidade linear. Todos os eixos horizontais estão


em escala logarı́tmica.

Figura 10: Módulo em unidade linear

Repare que antes nas frequências de corte temos um ganho de −3dB ou de 0, 707V /V ,
isto vai ficar mais evidente com a tabela 1 mostrada nos resultados práticos.

10
3.3 Prática de Laboratório
Esta seção está destinada a mostrar os resultados obtidos em laboratório. Na parte
prática os equipamentos utilizados foram: Osciloscópio Tektronix TDS 3014C Digital
Phosphor Oscilloscope; fonte DC Tektronix PS283; multı́metro Tektronix DMM 4060. A
seguir são mostrados fotos dos equipamentos respectivamente nas figuras 11, 12, 13.

Figura 11: Osciloscópio Tektronix

Figura 12: Multı́metro Tektronix

Figura 13: Fonte DC Tektronix

11
A figura 14 mostra a montagem prática do circuito.

Figura 14: Montagem do circuito

As figuras 15, 16 e 17 mostram respetivamente os resultados obtidos através da captura


de tela do osciloscópio para as frequências 30Hz, 300Hz e 3KHz.

Figura 15: Saı́da e entrada para f = 30Hz

12
Figura 16: Saı́da e entrada para f = 300Hz

Figura 17: Saı́da e entrada para f = 3KHz

13
Na figura 15 estamos na frequência de corte inferior e apresentamos um ganho próximo
a −3dB e fase 45o , o mesmo acontece para o ganho da figura 17, porém a fase agora é -45o .
Na figura 16 estamos na banda de passagem, ou seja o ganho é muito próximo a −3dB e
a fase muito próxima de 0o . A tebela 1 mostrada na figura 18 mostra uma comparação
dos resultados simulados e dos práticos. Repare que uma década acima e uma década
abaixo das frequências de corte temos uma atenuação de -20 dB, o que em unidade linear
representa uma atenuação de 100 vezes.

Figura 18: Tabela 1

14
4 Conclusão

Foi possı́vel visualizar através de simulações e prática de laboratório o funcionamento


do filtro passa-faixa de primeira ordem. Para isso foram implementados um passa-baixa
e um passa-alta. Os valores simulados e teóricos se mostraram coerentes frente as não
idealidades dos componentes utilizados e das aproximações de valores de projeto para
valores comerciais.

15
Referências
[1] A. S. Sedra and K. C. Smith, Microelectronic Circuits Revised Edition. New York,
NY, USA: Oxford University Press, Inc., 2007.

16

Você também pode gostar