Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Amargura: ferida causada tanto por ofensa real ou apenas aparente, que passa
sem ser checada, e é permitida a continuar devido à falha de aplicação dos
princípios bíblicos e meditação sobre a ofensa, resultando em ódio e
ressentimento.
Com certeza, feridas reais ocorrem muito mais do que frequentemente por
meio de atrocidades como abuso e atos criminosos. Nesses casos, a luta
contra a amargura pode ser torturante. Até mesmo e especialmente nesses
casos, Deus estende sua confortante e transformadora graça para a maior
ferida da vida. (Gn 50:20)
E eu acho que nós pastores estamos especialmente sujeitos a isso, porque nós
estamos, por chamado e mandamento, muito envolvidos em relacionamentos.
Ah, e assim como todo mundo, somos pecadores.
Se você é parecido comigo em algumas situações, nós vamos dizer, “Eu não
estou amargurado, só estou tendo um pouco de dificuldade”. Talvez. No
entanto, “um pouco de dificuldade” no surgimento de um conflito relacional é
geralmente amargura residual. E, mesmo se tivermos aceitado um pedido de
desculpas ou tivessemos prometido perdão, é possível que a amargura ainda
esteja em nosso meio.
Sinais óbvios da amargura incluem odiar alguém em nossos corações,
difamações, vingança, e injustamente cortar alguém de seus
relacionamentos. Considere diagnosticar a possibilidade de menos amargura.
Você continua insistindo com a pessoa/incidente de um jeito desfavorável?
Você usou a pessoa ou incidente contra ela? Você levantou o assunto sobre a
pessoa/incidente para outros que não precisavam saber dos detalhes? Você,
de forma quieta, teve prazer em como as pessoas tomaram o seu lado da
questão contra o outro? Você está permitindo desnecessariamente que esse
incidente continue entre o seu relacionamento com a pessoa? Você está
considerando abandonar essa pessoa? Se sim, a amargura deve ter começado
a infiltrar seu coração.
Nós fazemos bem em orar como Davi, “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu
coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum
caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.” (Salmo 139.23-24)
É sempre muito mais fácil apertar o botão de ejetar nas discussões sobre
relacionamento. Você não tem que lidar com isso. Sem mais preocupações
sobre “O que eu vou falar quando eu encontrar com eles?”. O fator de
“bizarrice” se foi. “Vou achar uma igreja diferente ou grupo familiar ou cidade”.
Isso tudo é simplesmente tão fácil. E esse é o problema.
Mas é por isso que existem não menos do que 40 “uns aos outros”. Deus
deseja que nós fiquemos juntos, encaremos o sentimento de estranheza e
verdadeiramente conversemos com as pessoas diretamente, provavelmente
quebrando os nossos egos mais algumas vezes e lidando com isso. E Ele
deseja isso porque Ele nos ama. A amargura irá nos matar. Ela tira glória de
Deus e abre a porta para milhares de outros pecados e miséria. “O solitário
busca o seu próprio interesse e insurge-se contra a verdadeira sabedoria.” (Pv.
18.1)
Ir pelo caminho de continuar na igreja local como Deus ordena é a coisa mais
difícil. É por isso que é a melhor coisa. Se nós formos obedientes e
continuarmos conectados de forma sincera, isso será tanto o hospital para
curar nosso ensimesmamento quanto para provarmos a base para o amor real.
Isso parece tão simples, quase que trivial. Mas essa é uma das maiores áreas
de pecado durante problemas relacionais. Um lado incorre em dor por causa do
pecado de outro. Ao invés de perguntar, entender a história completa, e lutar
para dar aos outros tanta graça quanto damos a nós mesmo, nós nos
fechamos, tiramos conclusões míopes e ponto final. O outro lado,
consequentemente, reage de forma semelhante. Visões são formadas. A
amargura se enraíza em corações e mentes. Nós perguntamos, “Como que é
possível que tenhamos chegado nesse ponto?!”
Porém, temos que lutar contra isso, pisando no freio rapidamente. Temos que
perguntar, mesmo parecendo certos sobre um ponto. Inundando nossa carne
com passagens como 1 Coríntios 13.4-7, Provérbios 18.13 e 18.17, uma coisa
espetacular começará a acontecer. Amor. Verdade. Reconciliação.
Nós podemos levar nossa dor a Jesus (Hb. 4.14-16). Mas, mesmo assim,
lembre-se que Jesus não é nosso recipiente de vômito verbal ou nosso
psicólogo cósmico. Certamente podemos compartilhar com ele nossas lutas,
enquanto lembramos que a sua agenda é, assim como deveria ser a nossa,
nossa santificação progressiva. Com exceção do nosso Senhor, não
deveríamos sair transmitindo nossos sentimentos sobre a o problema.
Sentimentos feridos não são uma questão para repetição, mas para
arrependimento.
Além disso, devemos ser cuidadosos em permanecer muito com a ideia de que
nossos sentimentos feridos são obra de alguém. A presença de nossos
sentimentos feridos não significa automaticamente que alguém cometeu um
erro. Nós podemos estar machucados e ofendidos porque temos uma visão
inflada de nós mesmos, e nosso orgulho foi atingido. Nós podemos estar
feridos por ter já formulado uma visão negativa de alguém, e então ter
pecaminosamente filtrado o que nos foi dito, apesar de ter sido algo
biblicamente permitido. Ou então podemos estar feridos por sermos
demasiadamente orgulhosos para conseguir receber conselhos e críticas.
E então, chega-se a isso: o perdoado perdoa (Ef. 4.32). Tendo sido liberto de
uma dívida incalculável e da eternidade no inferno, Deus nos chama a imitá-lo
na natureza de sua ação, porém não em quantidade.