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Análise da consideração da ação do vento em

uma cobertura com estrutura de madeira

Débora Thomé Miranda1


Gustavo Savaris2

1
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
2
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Coordenação do Curso de Engenharia Civil
ANÁLISE DA CONSIDERAÇÃO DA AÇÃO DO VENTO EM UMA COBERTURA COM
ESTRUTURA DE MADEIRA

Resumo: O uso da madeira na construção civil pode desempenhar desde funções estéticas
até estruturais, como em móveis e coberturas de edificações respectivamente. A respeito
desta última, a estrutura em forma das treliças do tipo Howe, Pratt e Belga são as mais
utilizadas, sendo que suas principais atribuições são receber e descarregar as cargas
atuantes nos apoios. O presente estudo apresenta uma análise da consideração da ação do
vento no dimensionamento de uma cobertura de madeira, para um galpão industrial, que
será implantado na cidade de Toledo-PR. Adotada treliça do tipo Howe com vãos variando
entre 5, 10 e 20 metros, considerou-se como variável a velocidade básica do vento atuante
na edificação, iguais a 0, 24 e 48 m/s. Com o intuito de comparar o volume demandado
pelas barras que compõem a tesoura, foram considerados dois casos de dimensionamento:
um calculando-se as menores seções transversais possíveis e outro considerando as
dimensões mínimas recomendadas pela norma NBR 7190 (ABNT, 1997). Os resultados
obtidos demonstraram que ao se adotar as recomendações da norma, a variação do volume
demandado entre as velocidades básicas do vento extremas (isto é, 0 e 48 m/s) é maior
quanto maior o vão da cobertura, sendo que para o vão de 5 m, essa variação é nula. Logo,
concluiu-se que deve-se seguir as orientações da norma a fim de garantir a segurança da
edificação e evitar desastres causados pela ação do vento.

Palavras-chave: cobertura de madeira, treliça Howe, ação do vento.

ANALYSIS OF THE CONSIDERATION OF THE WIND ACTION IN A ROOF WITH WOOD


STRUCTURE

Abstract: The use of wood in construction can perform from aesthetic to structural functions,
such as furniture and building roofs respectively. Regarding the latter, structure in the form of
Howe, Pratt, and Belgian type trusses are the most used, and their main attributions are to
receive and to unload the acting loads. The present study refers to the analysis of the
consideration of the wind action in the design of a wood roof for an industrial shed that will be
implanted in Toledo-PR. Using a Howe type truss with spans varying between 5, 10 and 20
meters, the basic wind speed in the building was considered as variable, being equal to 0, 24
and 48 m/s. In order to compare the required volume by the bars of the truss, two cases of
design were considered: one calculating the smaller transversal dimensions and another
considering the minimum transversal dimensions recommended by the Brazilian Code NBR
7190 (ABNT, 1997). The results obtained showed that when adopted the recommendations
of the code, the variation of the volume required between the extreme wind speeds (0 and 48
m/s) is greater the larger the span of the roof, and to the span with 5 meters, this variation is
null. Therefore, it was concluded that it should be followed the guidelines of the code in order
to guarantee the safety of the building and to avoid disasters caused by the action of the
wind.

Keywords: wood roof, Howe truss, wind action.


1. INTRODUÇÃO

A madeira é um material natural amplamente encontrado no Brasil, seja em florestas


nativas, como na região Norte, e também em áreas de reflorestamento como nas regiões
Sul e Sudeste, nas quais as reservas de eucalipto e pinus prevalecem.
Devido à versatilidade e facilidade de manuseio, sendo usada por exemplo como
móveis, meio de transporte e utensílio doméstico, a madeira é largamente empregada na
construção civil paralelamente ao aço e ao concreto. Por ser também um material
combustível, os projetos com estruturas em madeira ficam restringidos em razão dos riscos
relacionados a incêndios. No entanto, essa circunstância é produto do desconhecimento do
comportamento desse material quando exposto ao fogo, uma vez que sua seção transversal
se reduz lentamente, assegurando a estabilidade da estrutura por mais tempo
(ANASTÁCIO, 2010; FIGUEROA e MORAES, 2009).
Ao realizar os processos de produção e manutenção de forma adequada, essa
matéria-prima de origem vegetal dura 50 anos ou mais (CALIL JUNIOR et al., 2006),
destaca-se o templo budista Horyu-ji, situado no Japão, que é considerado uma das
construções em madeira mais antigas do mundo, sendo o projeto original datado de 670
d.C. Embora o fogo tenha destruído parte do edifício, este foi reconstruído nos primeiros
anos do século VIII (UNESCO, s.d.).
Um dos principais usos da madeira pode ser visto nas estruturas de coberturas de
edificações, as quais devem ser projetadas de modo a garantir segurança e confiabilidade.
No Brasil, a norma NBR 7190 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT,1997)
recomenda que no dimensionamento de uma estrutura sejam consideradas todas as ações
que a estrutura possa ser submetida, como cargas permanentes e acidentais verticais,
impactos vertical e lateral e o vento. Entre esses, destaca-se a consideração da ação do
vento em edificações, que pode acrescentar uma sobrecarga sobre a estrutura ou gerar sua
sucção.
Todavia, há uma constante busca por maneiras de reduzir a quantidade de materiais
para diminuir o custo da obra. Uma dessas possíveis formas é menosprezar a ação do vento
nos projetos de cobertura para tentar economizar no volume de madeira. Posto isso, o
estudo propôs analisar se a consideração da ação do vento em uma tesoura de cobertura
influencia significativamente no volume de madeira, por meio de um estudo de caso
avaliando um galpão que será implantado na cidade de Toledo-Paraná, considerando como
variáveis os vãos e as velocidades básicas do vento.

2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Especificações da edificação

A edificação objeto deste estudo consistiu em um galpão comercial com


comprimento de 20 m e largura variando entre 5, 10 e 20 m, que será localizada na cidade
de Toledo, Paraná, com pé direito de 4,00 m, vedação em blocos de alvenaria estrutural e
cobertura aparente - sem forro.
As aberturas consideradas foram: uma porta (4,00 x 3,00 m) centralizada em cada
um dos menores lados e cinco janelas (2,00 x 1,00 m) distribuídas ao longo de cada um dos
outros dois lados, conforme planta baixa apresentada na Figura 1. Admitiu-se que a
construção será hermeticamente fechada, ou seja, sem a influência das frestas entre a
alvenaria e a cobertura.

Figura 1. Planta baixa do projeto do galpão industrial (dimensões em metros).


Fonte: elaborado no software ArchiCAD.
A estrutura de cobertura consistiu em tesouras espaçadas de 3,98 m do tipo Howe,
sendo adotada madeira da espécie Araucaria angustifolia, por se tratar de uma conífera
conhecida na região de Toledo-PR. As propriedades mecânicas desta espécie de madeira
são apresentadas na Tabela 1.

Tabela 1. Valores médios da madeira considerada no estudo


Nome comum ρap (12%) (kg/m³) fc0 (MPa) ft0 (MPa) fv (MPa) Ec0 (MPa)
Pinho do Paraná 580 40,9 93,1 8,8 15 225
ρap (12%) = massa específica aparente a 12% de umidade; fc0 = resistência à compressão
paralela às fibras; ft0 = resistência à tração paralela às fibras; fv = resistência ao
cisalhamento; Ec0 = módulo de elasticidade longitudinal obtido no ensaio de compressão
paralela às fibras.
Fonte: adaptado da norma NBR 7190 (ABNT, 1997).

O telhado foi formado por duas águas com inclinação de 15° e beiral de 15 cm,
sendo utilizada telha ondulada de fibrocimento, com espessura de 5 mm e vão livre máximo
de 1,15 m.

2.2 Cargas atuantes

Como carga permanente atuante, foi considerado o peso próprio da estrutura,


estimado multiplicando-se a área da seção transversal pelo comprimento de cada barra,
adotando-se as dimensões mínimas especificadas no subitem 10.2.1 da norma NBR 7190
(ABNT, 1997), ou seja, espessura e área mínimas de 5 cm e 50 cm² respectivamente.
As telhas de cobertura foram consideradas apoiadas em terças que, por serem
peças secundárias, foram consideradas com espessura e a área mínimas de 2,5 cm e 18
cm² respectivamente.
O peso das telhas, que também se trata de uma carga permanente, foi considerado
como 16 kg/m², conforme especificado pelo fabricante (BRASILIT, 2014).
As cargas acidentais que foram consideradas são: a ação do vento, obtida a partir da
velocidade básica do vento estimada de acordo com o mapa das isopletas presente na
norma NBR 6123 (ABNT, 1988) para a região de Toledo-PR (Figura 2), e uma carga de
manutenção, adotada a partir da norma NBR 6120 (ABNT, 1980) que sugere o valor de 0,5
kN/m².
Figura 2. Região da cidade de Toledo (PR) indicada no mapa de isopletas.
Fonte: adaptado da norma NBR 6123 (ABNT, 1988).

Nota-se na Figura 2 que a velocidade básica do vento para a região em estudo está
entre 45 e 50 m/s, logo, adotou-se o valor de 48 m/s. Como variáveis da pesquisa, também
foi analisado o efeito do vento considerando uma velocidade básica de 0 m/s e uma
intermediária de 24 m/s. Todo o procedimento para obtenção das forças do vento atuantes
sobre a estrutura foi realizado por meio da norma NBR 6123 (ABNT, 1988).

2.3 Dimensionamento da estrutura

O cálculo da estrutura de cobertura foi realizado a partir das tesouras dispostas no


meio da edificação, visto que esta recebe maior carga se comparada à tesoura da
extremidade. Logo, a área de influência foi obtida a partir da metade do vão entre as
tesouras multiplicada pela largura que varia entre 5, 10 e 20 m.
As cargas atuantes na área de influência foram distribuídas pontualmente nos nós de
acordo com a faixa de influência de cada um, sendo que para as cargas de telha, ventos e
uso e ocupação foi acrescida a largura (b) do beiral nos nós das extremidades.
Uma vez que as cargas referentes ao peso da terça, telha e ventos eram inclinadas,
essas foram decompostas nas direções x e y. As forças referentes ao peso da tesoura e ao
uso e ocupação eram verticais, ou seja, atuavam somente na direção y.

2.3.1 Verificação das terças

Posto que as terças recebem as cargas de vento, das telhas e acidental, foi
necessário verificar se suas dimensões atendiam às condições de segurança de flexão
oblíqua, cisalhamento e flecha. Para isso, utilizou-se como referência a NBR 7190 (ABNT,
1997) e Moliterno (2010).
Para a definição dos coeficientes de modificação (kmod), considerou-se que: a
madeira é do tipo serrada e estará sujeita a carregamento de longa duração (k mod1 = 0,70),
exposta em um ambiente com umidade relativa entre 70 e 75% (kmod2 = 1,0) de acordo com
Prefeitura Municipal de Toledo (2007) e é de segunda categoria (kmod3 = 0,8).

2.3.2 Dimensionamento das barras das tesouras

O dimensionamento da tesoura foi realizado com o auxílio do software Microsoft


Excel® e da ferramenta computacional Ftool. Seguiram-se as recomendações da norma
NBR 7190 (ABNT,1997), calculando-se as possíveis combinações atendendo o estado limite
último (E.L.U.) dado pela Equação (1).

Fd = ∑m n
i=1 (ɣGi . FGi,k ) + ɣQ . [FQ1,k + ∑j=2 (ψ0j FQj,k )] (1)

Em que:
Fd = valor de cálculo da combinação, em Newton (N);
γGi = coeficiente de ponderação das ações permanentes;
FGi,k = valor característico das ações permanentes, em Newton (N);
γQ = coeficiente de ponderação da ação variável considerada como principal;
FQ1,k = valor característico da ação variável considerada como principal, em Newton
(N);
Ψ0j FQj,k = valores reduzidos de combinação das demais ações variáveis, em Newton
(N).
No total, foram consideradas oito combinações (Ci) envolvendo peso próprio da
tesoura (ptes), peso das terças (pter), peso das telhas (ptel), força do vento de sobrepressão
(v1), força do vento de sucção (v2) e ação vertical do uso e ocupação (u.o.).
a) C1: ptes + pter + ptel;
b) C2: ptes + pter + ptel + v1;
c) C3: ptes + pter + ptel + u.o.;
d) C4: ptes + pter + ptel + v2;
e) C5: ptes + pter + ptel + v1 + u.o.;
f) C6: ptes + pter + ptel + v2 + u.o.;
g) C7: ptes + pter + ptel + u.o. + v1;
h) C8: ptes + pter + ptel + u.o. + v2.
A partir das combinações, foram obtidas as maiores forças de tração (+) e
compressão (-) a que cada barra estava submetida de acordo com a norma NBR 7190
(ABNT,1997).

2.3.3 Dimensionamento das barras das tesouras

Seguindo as recomendações da norma NBR 7190 (ABNT, 1997) para o


dimensionamento de barras tracionadas e comprimidas foram determinadas as áreas das
seções transversais mínimas que, multiplicadas por seus respectivos comprimentos,
resultaram no volume de madeira demandado em cada caso.
Ressalta-se que a norma NBR 7190 (ABNT, 1997) recomenda dimensões mínimas
de espessura e área da seção transversal. Entretanto, inicialmente foi realizado o
dimensionamento da tesoura considerando as menores dimensões possíveis de acordo com
as condições de segurança com o intuito de comparar o volume demandado em cada
situação. Posteriormente, foram avaliadas as dimensões mínimas da referida norma e
comparadas com os resultados obtidos.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1. Carga atuante do vento

Devido à geometria da edificação, foram obtidas duas pressões de vento atuantes


para cada vão, uma de sobrepressão (+) e outra de sucção (-), conforme valores
apresentados na Tabela 2, sendo que quando a velocidade básica do vento é 0 m/s, a
pressão é nula.

Tabela 2. Pressões do vento (em kN/m²) de acordo com a velocidade básica do vento (V0) e
o vão da cobertura
Vão
Velocidade básica do vento
5m 10 m 20 m
0,024 0,025 0,026
24 m/s
-0,242 -0,248 -0,260
0,097 0,099 0,104
48 m/s
-0,967 -0,993 -1,039

Observa-se que, em todos os casos, as pressões geradas pelos ventos de sucção


são aproximadamente dez vezes superiores aos valores obtidos para sobrepressão.
3.2. Seção transversal das terças

As dimensões obtidas para as terças, considerando as cargas de peso próprio, carga


acidental e de vento, correspondente às combinações de estado limite último e estado limite
de serviço, são apresentadas na Tabela 3. Verificou-se que todas as dimensões atenderam
aos requisitos da norma NBR 7190 (ABNT, 1997).

Tabela 3. Seção transversal (em cm) das terças de acordo com o vão da cobertura e a
velocidade básica do vento
Velocidade básica do vento
Vão
0 m/s 24 m/s 48 m/s
5m 7,5 x 10,0 7,5 x 10,0 8,0 x 10,0
10 m 7,5 x 11,0 7,5 x 11,0 7,5 x 12,0
20 m 7,5 x 11,0 7,5 x 11,0 7,5 x 12,5

Observou-se que houve uma diferença de cerca de 6 a 12% na área das seções
transversais das terças considerando as velocidades básicas do vento extremas, ou seja, 0
e 48 m/s.

3.3. Volume de madeira considerando seção calculada

A Figura 3 apresenta a numeração dos nós das tesouras em estudo de acordo com
os vãos, sendo as dimensões em metro.

(a)
(b)

(c)
Figura 3. Numeração dos nós das tesouras para vão de: (a) 5 m, (b) 10 m e (c) 20 m.

Aplicando os carregamentos nos nós com as velocidades básicas do vento iguais a


0, 24 e 48 m/s, foram obtidas as menores seções transversais para as quais as tensões
solicitantes eram iguais às resistências da madeira e, multiplicadas pelo comprimento das
barras, foram encontrados os volumes de madeira para as tesouras, conforme apresentado
na Figura 4. Ressalta-se que a verificação do estado limite de serviço para deslocamento
vertical no meio do vão da tesoura foi atendido para todos os casos.
Figura 4. Volume de madeira x velocidade básica do vento para os vãos estudados
considerando as seções transversais calculadas.

Verificou-se que o aumento da velocidade básica do vento de 0 para 48 m/s resultou


em maiores volumes de madeira para a produção das tesouras, com aumentos de
aproximadamente 31% e 29% para os vãos de 5 e 10 metros respectivamente. Já a tesoura
com vão de 20 metros apresentou uma variação menor no volume de madeira entre as
mesmas velocidades: cerca de 27%.

3.4. Volume de madeira considerando seção mínima da norma

A norma NBR 7190 (ABNT, 1997) considera que a seção mínima para barras
simples de treliça deve ser igual a 5 cm com área não inferior à 50 cm². Desta forma, as
barras que apresentaram valores inferiores à estas dimensões foram redimensionadas,
visando atender a recomendação da norma.
Na Figura 5 são apresentadas as variações dos volumes de madeira para os vãos de
5, 10 e 20 metros nas condições de vento estudadas.
Figura 5. Volume de madeira x velocidade básica do vento para os vãos estudados
considerando dimensões mínimas de norma.

Constatou-se que, atendendo as recomendações da norma, a diferença entre os


volumes de madeira em tesoura com vão igual a 5 metros para as três condições de vento
foi nula, não justificando a desconsideração do efeito do vento em edificações quando o vão
é relativamente pequeno.
No caso da tesoura com vão de 10 m, observou-se uma variação de cerca de 10%
no volume de madeira entre a desconsideração da ação do vento e a utilização da
velocidade básica do vento máxima para a região em estudo.
Para a tesoura com vão de 20 metros, a variação no volume de madeira entre as
velocidades básicas do vento de 0 e 48 m/s foi de aproximadamente 14%.
Em suma, a Figura 6 exibe a comparação entre os volumes de madeira mínimos
calculados e considerando as seções mínimas estabelecidas pela norma.
Figura 6. Volume de madeira x velocidade básica do vento para os vãos estudados
considerando as dimensões mínimas calculadas e as de norma

Verificou-se que a diferença de volume considerando os valores extremos de


velocidade básica do vento foi maior entre as dimensões mínimas calculadas do que as
dimensões segundo a norma.

4. CONCLUSÕES

Na análise do efeito do vento no dimensionamento das terças, concluiu-se que para


os vãos em estudo só houve diferença nas dimensões entre as velocidades básicas do
vento de 24 e 48 m/s (até 12%).
Com relação às tesouras, a partir dos resultados obtidos inicialmente, observou-se
que houve uma diferença significativa (cerca de 30%) no volume de madeira necessário ao
considerar os valores extremos de velocidade básica do vento, ou seja, 0 e 48 m/s.
Entretanto, um projeto deve garantir segurança e confiabilidade, e, desta forma, seguir
recomendações normativas.
Logo, as seções transversais adotadas neste estudo foram as que respeitam as
dimensões mínimas da norma NBR 7190 (ABNT, 1997). Entre essas, notou-se que a
diferença no volume de madeira demandado foi menor (inferior a 15%) ao considerar os
valores extremos de velocidade básica do vento (0 e 48 m/s), sendo que quanto menor o
vão, menor essa diferença.
Portanto, concluiu-se que, por mais que demande maior volume de madeira ao
considerar em um projeto a ação do vento atuando sobre uma edificação, essa
consideração é de suma importância para garantir a segurança da obra e para evitar
maiores desastres causados pelo efeito do vento, como ruínas parcial e total da edificação.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANASTÁCIO, R. S. A. Especificação de protecção fogo para estruturas de madeira. 2010.


118 f. Dissertação (Mestrado em Construções Civis) - Faculdade de Engenharia,
Universidade do Porto, Portugal, 2010.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6120: Cargas para o


cálculo de estruturas de edificações. 5 p. Rio de Janeiro, 1980.

______. NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificações. 66 p. Rio de Janeiro, 1988.

______. NBR 7190: Projeto de estruturas de madeira. 107 p. Rio de Janeiro, 1997.

BRASILIT. Guia Técnico de Telhas de Fibrocimento e Acessórios para Telhado. 2014.


Disponível em: <http://www.brasilit.com.br/sites/default/files/catalogos_folhetos/Cat%C3%
A1logo-TelhasDeFibrocimento-Brasilit_2.pdf>. Acesso em: 25 abr. 2017.

CALIL JUNIOR, C. et al. Manual de projeto e construção de pontes de madeira. São Carlos:
Suprema, 2006. 252 p.

FIGUEROA, M. J. M.; MORAES, P. D. Comportamento da madeira a temperaturas


elevadas. 2009. Ambiente Construído, v. 9, n. 4, p. 157-174,2009.

MOLITERNO, A. Caderno de projetos de telhados em estruturas de madeira. 4ª ed. São


Paulo: Blucher, 2010.

PREFEITURA MUNICIPAL DE TOLEDO. Plano Integrado Municipal de Gerenciamento de


Resíduos Sólidos de Toledo. 1ª ed. Toledo, 2007. 136 p.

UNESCO - United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization. Buddhist


Monuments in the Horyu-ji Area. Disponível em: <http://whc.unesco.org/en/list/660/>. Acesso
em: 02 mai. 2017.

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