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Curso Técnico em Enfermagem
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Relatório de Estágio
Orientador
Angélica Furquim.
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4
2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 5
3 OBJETIVOS:.......................................................................................................... 6
3.1 Objetivo Geral: ........................................................................................ 6
7 CONCLUSÃO: ..................................................................................................... 18
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 19
1 INTRODUÇÃO
Devido aos grandes avanços no tratamento de fibrose cística, se tem uma maior
necessidade de conhecimento sobre a doença. (Francisco J. C. Reis, 1998)
Fibrose cística é uma doença genética letal mais comum em populações
caucasianas e é caracterizada por infecções frequentes do pulmão, insuficiência
pancreática e elevados níveis de cloro no suor. É uma doença de herança
autossômica recessiva causada pela mutação de gene do regulador da condutância
transmembrana da fibrose cística, que induz o organismo a produzir as secreções
espessas e viscosas que obstruem os pulmões, o pâncreas e o ducto biliar. Vários
pacientes mostram insuficiência pancreática que leva a má absorção dos nutrientes
especialmente de proteínas e lipídios e as complicações gastrintestinais, tais como
colapso retal, síndrome da obstrução intestinal, constipação e cirrose hepática.
(Fernanda Ribeiro ROSA, 2008)
A fibrose cística geralmente é diagnosticada na infância, pelos programas de
triagem neonatal ou pelo teste do suor. Devido aos vários sistemas envolvidos e a
variabilidade e cronicidade da doença, uma abordagem multidisciplinar é essencial
para auxiliar o paciente e familiares a compreender a doença e aderirem ao
tratamento. A terapia atual de fibrose cística inclui a manutenção do estado nutricional,
a remoção das secreções das vias aéreas com fisioterapia e mucoliticos, o uso de
antibióticos para prevenção e tratamento das infecções, e prescrição de vitaminas
lipossolúveis. (Fernanda Ribeiro ROSA, 2008)
A Fibrose Cística atinge cerca de, 1:2.500 crianças nascidas vivas da raça
branca, ocorrência que diminui para indivíduos da raça negra na proporção 1:17.000.
A expectativa de vida tem crescido nos últimos anos com os avanços tecnológicos que
auxiliam no diagnóstico e terapêutica. Muitos autores estimam uma sobrevida em torno
de 25 a 30 anos. Para alcançar essa sobrevida, o diagnóstico deve ser o mais precoce
possível, devendo o tratamento, desde cedo, ser conduzido por profissionais
devidamente treinados. Outros fatores também podem influenciar as taxas de
sobrevida desses pacientes, quais sejam:
I. Melhor suporte nutricional;
4.1.1 Diagnóstico:
4.1.6 Broncodilatadores:
Todo paciente com fibrose cística deve ser avaliado regularmente com objetivo
de monitorizar o estado nutricional e assegurar uma adequada ingesta calórica. A
intervenção nutricional deve ser precoce, pois desempenha um importante papel no
curso clínico da fibrose cística. Prejuízos no estado nutricional acarretam alterações na
função pulmonar, também interferindo na sobrevida do paciente. Devido à grande
importância da nutrição no tratamento e acompanhamento dos pacientes com fibrose
cística. (Marcos César Santos de Castro, 2011)
4.1.12 Tratamento:
A FC é uma doença complexa que exige uma abordagem holística para o seu
tratamento. A utilização do modelo de abordagem multidisciplinar para tratar a doença
se fundamenta na observação de que a formação de centros abrangentes de cuidados
em FC está relacionada com o progressivo melhor prognóstico dos pacientes. Assim,
as recomendações para os centros de adultos seguem o modelo multidisciplinar bem-
sucedido dos centros pediátricos. A despeito do grande avanço sobre o conhecimento
da FC, o tratamento da doença é baseado no tratamento sintomático e na correção
das disfunções orgânicas. A FC é uma doença multissistêmica, mas o envolvimento
pulmonar é a causa principal de morbidade e mortalidade. Embora o curso da doença
pulmonar seja invariavelmente de deterioração progressiva, a abordagem terapêutica
adequada pode retardar a progressão da doença pulmonar. O regime terapêutico
padrão para a doença pulmonar inclui: a) antibioticoterapia, b) higiene das vias aéreas
e exercício, c) agentes mucolíticos, d) broncodilatadores, e) agentes anti-inflamatórios,
f) suporte nutricional e g) suplementação de oxigênio. (Paulo de Tarso Roth Dalcin,
2007)
Pelo fato de essa doença atingir variados sistemas, é necessário um cuidado
complexo e contínuo para a promoção de uma condição estável do paciente. Essa
atenção em tempo integral faz com que os responsáveis pelo cuidado necessitem
conhecer a doença e a terapêutica para possibilitar a assistência desejada, no entanto,
apenas o saber clínico é insuficiente. É importante conhecer como e quando a família
foi afetada em todos os seus aspectos (sociais, emocionais e financeiros).
(Maria Cândida de Carvalho Furtado, 2003)
Os pais veem suas vidas envolvidas pela doença e o mesmo ocorre com toda a
família e esse envolvimento reflete uma necessidade de atenção especial, alterando o
ritmo familiar. Percebemos que o cuidado se centraliza mais na figura materna, pois
ela aprende como cuidar e preocupa-se em executar corretamente esse cuidado. Pela
convivência diária com a doença, aumenta seu conhecimento sobre a situação do
filho, tendo uma visão mais apurada com relação aos aspectos clínicos e emocionais
apresentados pela criança, assim como passam a conhecer suas reações e
necessidades. (Maria Cândida de Carvalho Furtado, 2003)
As famílias cujos filhos são portadores de fibrose cística apresentam
necessidades emocionais semelhantes àquelas manifestadas por famílias que têm em
seu meio crianças com outras doenças crônicas, e um motivo que se constitui fonte
constante de ansiedade para os pais e para a criança, é a presença do temor da
morte. O desconhecimento da doença faz com que as famílias simulem situações
futuras que as impedem de se adaptar à nova condição e de compreender o
significado de cuidado e atenção contínua. A aceitação da doença ocorre com o
aumento do conhecimento que dela se adquire, de como cuidar da criança e como
essa pode reagir. A família passa a se sentir segura a partir do momento em que
começa a aprender a lidar com a doença do filho e sente que está realizando um bom
cuidado, com resultados visíveis, ou seja, com melhora no estado clínico da criança.
(Maria Cândida de Carvalho Furtado, 2003)
O presente estudo de caso foi elaborado com base no seguinte paciente que
será chamado de Veronica, até os 23 anos, Verônica sofreu com quadros graves de
pneumonia e teve de tirar duas partes do pulmão direito quando tinha 18 anos. Após o
diagnóstico, chegou a ser internada por conta de um fungo no órgão, a última vez há
um ano e meio. Por conta de pneumonia, faz três anos que não se interna.
Atualmente, ela é mãe de uma menina de três meses, sendo que a maternidade, às
vezes, é um tabu para quem tem fibrose cística. Baia explica que, para a doença se
manifestar, é preciso que a criança tenha o gene defeituoso da mãe e do pai. Veronica
planejou a gravidez junto aos médicos e foi liberada para tentar engravidar quando sua
condição de saúde era favorável. Durante a gestação, que transcorreu normalmente,
ela continuou com o tratamento.
6 DESCRIÇÃO DE ATIVIDADES
REIS Francisco J.C, N.D, Jornal de pediatria Vol.74. Fibrose Cística, pp 01-19, Rio de
Janeiro 1998.
ROSA Ribeiro F., Dias G.F, Nobre. N. L, Morais. A. H, Revista de nutrição: Fibrose
Cística: Uma abordagem clínica e nutricional, pp 01-13 Campinas 2008.