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Sumario sresentagio Capitulo 1 1.1 — Breve Histéria da ‘odugaic ‘Manutengiio eocseessensees L 1.2 ~ Coneeitos Aplicados sone B 1.3 ~ Tipos de Manutengao em ‘Maquinas 1.4 ~ Fatores para Definigao das Estratégias de Manutengio para Equipamentos........ 1.5 — 0 PCM no Organograma da Mamutengao..crccceccecen 19 Capitulo 2 de Manutengdc 2.8 — Definiggo dos Fluxogramas de Servigos.. 2.4 ~ A Ordem de Manutongdo wu. 38 Capitulo 3 3.1 ~ Caracteristicas Técnicas Cadastvos © dos Bquipamentos Datios Mesessaviing 3.2 — Materiais para Menuteng: fara a PCR 3.3 - Matriz de Prioridade. 3.4 ~ Histérico de Manutengao 3.5 — Equipes de Manutencao e suas Wspecialidades 62 3.6 — Arquivamento de Desenhos © Catlogos cnn OF x, Capitulo 4 Os omens da Monetengae Capituio 5 Gs Planes de Manutencdo: Capituto 6 Planejando ® Programando a Manutencaa sumaro 41 ~ O Bxeoutante. 4.2 ~ 0 Planejador.. 4.3 — O Supervisor de Manutencao 9 4.4 ~ A Engenharia de Manuteneéo... . 4.5 — 0 Gerente de Manutengao Industrial .... cnn BE 6.1 — Introdugéo ween ST 5.2 — Plano de Inspegtes Vis Uais eosin seesenenes 8B 5.3 — Roteiros de Lubrificagdo.. 7 5.4 — Manutencdo de Troca de Itens de Desgaste 5.5 — Plano Preventivo..... 5.6 — Plano Proditivo....... 5.7 ~ MCC - Manutengao Centrada em Confiabilidade . 100 6.1 - ACarteira de Servicos.... 117 6.2 - ADemenda de Especialidades ees LIS 6.3 — Matoriais Necessérios.... 1g 6.4 ~ Priorizagdo das Ordens de Servigo seeeenens 120 6.5 ~ Grafico de Gantt e PERT-CPM 126 sumério wv Capitulo? 7.1 —Introdugfo ....... indlices da 7.2 -MUBF. Manutencae 7.3 —MTT) 7.4 —TMP! 2.5. ~Disponibilidede Fisica (DF) 7.6 ~Custo de Manutengao por Faturamento 7.1 —Custo de Manutencao por Valor de Reposigao ........ 149 7.8 Backlog scene 7.9 —indice de Retrabalho............ 158 7.10 ~ Indice de Corretiva (IC) ...... 158 7.11 — Indice de Preventiva (IP)..... 154 7.A2—Alocacio de HH em OM ........0: ve 155 7.13 -Treinamentona Manuteneac 166 7.A4—Taxa de Frequencia de Acidentes .. 157 7.15 ~ Taxa de Gravidade de Acidentes .. Capitulo 8 8.1 ~Introdugso 161 Sistemas 82 —Objetivos de am Informatizatios Sistema de para o Planejamento Manutengéo.. 163 e Programacac da Manutencao 8.3 ~Requisites para a Escolha de 1m Sistema .... Capitulo 4 Intracucae 1.1 ~ BREVE HISTORIA DA MANUTENCAG Podemos nao perceber, mas a manutencdo, palavra derivada do latima manus tenere, que significa manter o que se tem, esta presen- te na histéria humana hé eras, desde o momento em que comeca- mos a manusear instrumentos de produgao. Com 0 advento da Re- voluséo Industrial no final do séeulo XVIII, a sociedade humana co- megou a se egigantar, no tocante a sua capacidade de produzir bens de consumo, No século XX as revolugées foram varias, sendo pecu- Hares as ocorridas no campo da tecaologia, cada vez mais répides e impactantes no modus vivendi do homem Observamos novidades como o telefone transcorrar meio século entre a sua invengio e sua aplicag&o industrial e comercial; a tele- visio, 12 anos; 0 transistor, 5 anos eo laser, um ano e meio, mas na mesma tocada que aparecem e sdo comercializados, os bens de pro- dugdo atualmente se tornam obsoletos. Como og bens de produgio, fabrieas inteiras, ou até mesmo um seter industrial completo, po- dem se terncr ultrapassados em poucos anos. Apresenca de equipamentos cada vez mais sofisticados ede alta produtividade fez a exigéneia de disponibilidade ir as alturas, os cus- tos de inatividade ou de subatividade se tornaram altos, ben altos. Entiio ndo basta se ter instrumentos de producdo, é preciso saber usé-los de forma racional e produtiva, Baseadas nesta idéia as téc- nicas de orgenizagéo, planejamento € controle nas empresas sofre- ram uma tremenda evalugio. A manutengio industrial, segmento motivo de nossa abordagem, surge efetivamente como fungao do organismo produtivo no séeulo PCM - PlaneJamento e Controle da Manutencio XVI com a aparigao dos primeiros teares mecdnicos, épeca que mar- ca o abandono da produeao artesanal e de um sistema econdmio feudal, ¢ 0 infeio de um processo de acumulegao originéria de capi- tais e a coexisténcia de formas diversas e antagdnicas de produslo Neste periodo o fabricante do nnaquinario treinava os “novos opers- rios” a operar e manter 0 equipamento, ocupando estes o papel de operadores @ mantenedores; nfo havia uma equipe especifica de manutengio. Por volta de 1900 surgem as primeiras téenicas de planejamen- to de servicos, Taylor! ¢ Fayol, ¢ em soguida o gréfico de Gantt. No entanto foi durante a Segunda Guerra Mundial que a manutengéo se firmou como nevessidade absohuta, quande houve entao umn fan tastico desenvolvimento de téenicas de organizagao, planejamen- to e controle para tomada de decisfio. Segundo Monchy?, “manu- tengio” decorre de um voedbulo militer, que nas unidades de com- hate significava conservar os homens ¢ seus materiais em um ni vel eonstante de operacdo, A eparigfo efetiva do terme “manuten- do”, indicando a fungéo de manter em bom funcionamento todo qualquer equipamento, ferramenta ou dispositivo, ocorre na déca- da de 1950 nos BUA, e neste mesmo periodo na Europa tal termo scupa aus poucos os espacos nos meios produtivos, em detrimento da palavra “conservagéo”. No Brasil, com a verdadeira abertura dos portos na década de 1990, a industria patria se viu obrigada a buscar a qualidade total de seus produtos ¢ servigos, aliada a um custo operacional eapaz d2 permitir um maior poder de competigao do produto nacional, com 6s estrangeiros que aportavam cada ver em maior numero em nos- 80 territério. 1 Froderick Taylor ~ Fol o inventor da guetée sientiiea « do conseite de produgfs em mae sa, Nasceu om Filadelfia. Formoueee em Engonheria Meednica no Stevens Techmology. A teoria da gosto cfontifica sonsistin numa andlise temporal des ta vid ‘ovat a performance dos irahalnadares, Depois de identi ientos necessiriog pera cumptir uma tarafa, Taslor determinave o tempo timo de ‘0 de cada tm doles, numa rotina quase mecdaice 2 Monchy, Prangois. Muardo Menutenqde~ Formagao pare a Gerineia da Menutensie tm distrial. Sto Paulo ~ Bésteza Durban bees. Introdugao Segundo Friedman’, “a globalizegao n&o 6 um modismo, um jogo Nintendo, mas um sistema internacional. E, assim como a guerra fria, ela também tem suas préprias regras, sua Idgica interna, com press6es, incentives, oportunidades e mudancas que afetam a vida de cada pais, como o Brasil, de cada comunidade, como Sao Paulo, & também a empresa em que cada um de nés trabalha”, Figura Interior de uma inclistria t6xtil do sécuto XVI Sob pressées, rapidamente visualizamos solugées para as dificul- dades, que até entéo habitavam o campo da suposigdo, ¢ dat come- gamos a onxe-gar que ndo é suficiente se ter maquinaria, rede de distribuigéo e sobrenome antigo para alcangar o sucesso. Devido ao répide aperfeicoamento dos inatrunentos de produ- ‘80 © ao constante progresso dos mefos de comunicacdo, o atual esté- “Thomas Friedman, ensaista americans, 4 PCM - lanejamento € Controle da manutencio gio do capitalismo arrasia para a torrente da civilizagdo do consu- ‘mo mesmo os paises mais atresados. Para que estes tenham condi- ges do scbrevivéncia em tal contexta, é preciso que seus meios de produgao se armem de tecnologia de panta, exeelentes recursos ha- manos, programas eonsistentes de qualidade, produtos competiti- vos e também um efieaz plano de manutengio dos instrimentos ée produgéo. 0 impacto do Planejamento e Controle da Manutengao para a satide de uma empresa é primordial, pois seria impossivel um atle- ta competir com chances de vitsria, se 0 seu organismo estivesse de- bilitado, A manutenco industrial cuids dos intramuros de uma com- panhia eo PCM a organiza e a melliora; se este for eficiente, a con.- panhia tera saiide finauceira para existir e colocar seus produtos no mereado, com qualidade superior e prego compelitivo. Figura 2 19808 ~TPil ro Bask ~ Sotvares ERP -908 Faria dP, Japan nt of Plant tineance tecueegio ~ beoiprago dos Gonccos da Clos de Gonpriamena Besende nes t9zos | ~Engerhara de Sisenas;~Leysteao Ttoeolcta Concledos = TPM natpgon Dans 1962 ~ Engenharia ea Confaiade 1960 | —hotsao da Prevenzo de Mnetengo = Hse Catv an anutengéo 1957 Iocrporep de Matar Beseade no Tempo 1964 |-Manviogio do Sistona Produivo ~ UP a Evolucde da manutengio a partir da década de 1950. i Visualizendo por este angulo, chegaremos a conclusdo de que 0 aperfeigoamento dos métodos de conservagao ¢ extragéo maxima da capacidade da maquinaria se constitui em uma briosa missao que repercute em todos os aspectos do produto final. Desta forma & manutengao ndo pode se limitar a apenas corrigir problemas co- tidianos, mas deve perseguir sempre a melhovia constante, tendo como norte © aproveitamento maximo dos instramentos de produ- ¢40, aliado ao zero defeito, Para tanto varias formas de organiza- $80 e técnicas vém sendo implantadas no ambiente industria O PCM se apresenta como sende um destes progressos, que possi- bilita aos homens e mulheres da manutengio facilidades e recur- sos nesta eterna busca pela perfeigao. Este livee objetiva contribuir para um melhor entendimento do que vem a ser um programa de Pianejamento e Controle da Manu- tencdo. A implantacdo destas metodologias orgenizacionais se tor- na mais premente a uma empresa, e as novas perspectivas advindas com a evolugo dos campos da informética e eletzénica vém acele- rando o deseavolvimento das mesmas, nos tomando cada vex mais confidveis e eficientes; contudo a implementagso de qualquer nova tecnologia sé apresenta resultados satisfatorios, desde que se tenha pessoas especializadas e treinadas, para a comsleta utilizagao de todas as facilidades e beneficios oferecidos Infelizmente n&o possuimos uma culturs académica desenvelvi- da sobre o assunto, sendo a pobreza de sua bibliografia um indica dor disto, dificultando desta forma a disseminagao do PCM, e 0 aprendizado daqueles que perseguem o dominio scbre o tema. Nes- te livro o leitor paderd se inteirar sobre 0 assunto, seus acessories, seus agentes, seus cadastros ¢ indices, etc. ‘Na nossa abordagem utilizaremos uma linguagem de fécil com- preensao, mas rigoresa em termos conceituais, cam isso objetivando melhor entendimente do tema, sem o desvirtuamento da matéria. 1.2 — CONCEITOS APLICADOS ‘Nosso objetivo 6 proporeionar uma leitura lueida ¢ agraddvel, e para tanto seré necessdria a equalizacdo de conceitos, tarefa ndo 6 PEM - Planejamento e Controle da Manutencac muito fiieil, pois ¢ caracteristica do homem ver a verdade atrawis de viirios pontos de observagao. No sentido de evitar perdas de tem- po, com disoussdes indcuas, passamos aos conceites dos termos adotades neste livro. 4.2.7 ~ Falha ‘Término da capacidade de um item decempenber a fengio vequerida. Depois da falha o item tem uma pane (NBR 5462-1994), 1.2.2 - Defeito Qualquer desvio de uma earacteristica de um item em relagioa seus requisitos (NBR 5462 ~1994), 1.2.5 ~ Defeite erftico Defeito que provavelmente resultaré em uma falha ou resultard em condigdes perigocas ¢ insoguras para pessoas, danos materizis significativos ou outras conseqincias inaceitaveis (NBR 462-1994), 1.2.4 - Benchinark Os melhores valores de desempenho de lideres de mercado, 1.2.5 ~ Benchmarking BH a atividade de comparar um processo com os Ifderes reconhe- cidos, com objetivo de identificar oportunidades de melhorias. 1.2.6 ~ Confiabitidade E a eapacidade de um item de desempenhar uma fungao requerida sob condigdes especificadas, durante um intervalo de tem- po (NBR 5462-1994), Introduce z 1.2.7 ~ ttem ae Controle Tram estabelecido para medir a qualidade de um proceso, eons- titui-se indicadores para provocar melhoria no proceso, 7.2.8 ~ Banco de Datios E um conjunto de informagtes referente a mamuteng4o, pessoal, servigos, eventos, ocorréncias, 1.2.9 ~ Componente uma parte integrante de um equipamento. 1.2.10 -Tag Eo local que ocupa um equipamento ou um conjunto de equipa- mentos. Também pode ser explicade como o enderego fisico do equi- pamento ou zonjunto de equipamentos, 1.2.11 ~ FMEA Ferramenta de garantia de qualidade que significa andlise de efeitos e mocos de falha. 1.2,72 — Follow Up Acompan2amenty ou monitoragao da situagéo atval. 1.2.15 ~ Feedback retorno ou reago a uma informagao passada. 1.2.14 ~ Mantenabilidade E a capacidade de um item ser mantido ou recalocado em condi- Ges de executar suas funcdes reaueridas. soh condietiac de use 3 POM - Planeiamento e Controle da marutencio especificacas, quando a manuteneéo é execulada sob condigées de- torminadas e mediante « procedinentes e meios prescritos. 1.2.15 - Manutengao Planejada Manutengdo organizada ¢ efe;uada com provisiio e controle, a smanutenedo preyentiva sempre é planejada, enquanto a manuten- Ao corretiva pede ou nao ser planejada. 1.2.16 - Manucencao por ocasiao Consiste em efetuar consertos om um item que fiea parado por faita de material ou manutencéo preventive, objetivando aprovel- tar o tempo de parada e aumentar @ disponibilidade. 1.2.17 ~ Manutencéo Programada ManutencSo executada de acordo com um programa preesta- belecide (ABNT 8462-1994). 1.2.48 - Terotecnologia , que orienta que haja, desde a eoncepeso de sua instalagtic e operacio, a presenga efetiva de um homem especialista em manutengio. 1.2.19 - Retrofitting Consiste em reforma de um equipamento para atualizé-lo teenologicamente. 7.2.20 - Ordem de Manutencao (On? Instrugio escrita enviada mediante documento eletrénico ovem. papel, que define um trabalho a ser executade pela manutengéo. Introducao. 9 1.2.21 - Pane Bum estado de um item em falha (ABNT 5462-1994), 1.2.22 ~ Reparo E a restituigéo de um item a condigdo admissive! de utilizacao através do conserto ou reposiedo de partes danificadas, desgastadas ou consumidas, Keposi¢o ou substituigdo completa de um item ava- riado por outro novo que pode acarretar ou nao melhores caracts- risticas de produzao ou rendimento. 1.2.25 - Hi Homem Hora, equivale a hora de trabalho do mantenedor. 1.3 ~ TIPOS DE MANUTENCAO EM MAQUINAS Muitos autores abordam os véries tipos de manutengio possiveis, que nada mais sdo do que as formas coto sao encaminhadas as in. tervengées nos instrumentos de produgdo, Observa-se que ha nm consenzo, com algunas variagaes irrelevantes, em torno da seguin- te classificagao: © Manutengie Corretiva. + Manutengae Preventiva, * Manutengac Preditiva, * Manutencac Auténoma (TPM), 1.5.1 ~ Manutencao Corretiva De acordo coma ABNT, Manutengao Corvetiva é “nanutencao efetuada apés a ocorréncia de uma pane, destinada a colocar um item 40 PEM - Planejamento e Controle da Manuteng2o em condigdes de executar uma fungao requerida”, Observe que esta definigdo omite o cardter plancjamento em tal tipificacao, A dita Maautengito Corretiva é a intervengio necesséria ime- diatamente para evitar graves conseqiténcias aos instrumentos de produgao, & seguranca de irabathader ou ao meis ambiente; se configura em uma intervengfo alestéria, sem definicdes ante. sendo mais conhecida nas fabricas como “apagar inc&n- dios”. 1.5.2 ~ imamttencao Preventiva Podemos classificar como manutengéo preventiva todo servigo de manutenco realizado em méquinas que nfo estejam em falha, estando com isto em condigdes operacionais ou em estado de zero defeito. 6 efetundos em intervalos predeterminados ou de acor- ‘ios preseritos, destinados a reduzir a probabilidade de falha, desta forma proporcionando uma “tranqiiilidade” operacionel ia para o bom andamento des atividades produtivas. Este tipo de manutengao planejada oferece uma série de vanta- gens para um organismo fabril, com relagdo 4 corretiva j4 elencada. Um almoxarifado quanto inais enxuto © eficiente methor. Para chegarmios a este ponto devemos ter uma idéia consistente dos ma- teriais (itens! aecessdzios para se manter og instramentos de pro- dlugao em perfeito estado, e quando deveremos utilizd-los. Essa visualizagdo s6 ¢ proporcionada através de um plano de preventi- vas bem elaborado e jé consolidado na area. 0 Planejamento e Controle da Produgi (PCP) configura-se em uma ferramenta poderosa no cue diz respeite & logistica de um negéeio; 0 que fabricar, quande e quanto so as diretrizes dadas pelo PCP, ¢ para tanto se faz necessdrio levar em consideragéo uma “NBR n462 de 1994, imtrogugzo tt série de variaveis, sende uma delas o estado operscional do maquinario ¢ seu calendério de paradas. Logo, sem a manuteneao preventive sevia quase que impossivel esta anélise ¢ determinagaa de datas. As pautas preventivas sfio definiclas através de uma pré-anslise dos técnicos de manutengSo, e esta singularidade proporeiona uma reducdo dréstiza no fator improvisagao. Desta forma o indice de que- lidade do servigo alcanga um nivel bem mais alte que em: ura ambi- enie alicergado basicamenie em corretivas. ‘Um dos fatos mais desagradaveis no cotidians da produgio é uma pane inesperada, o que ocasiona além de uma parada no pro- cesso de fabricagéo, aumentando assim os custos ce manutengiia ¢ produgfo, também um mal-esiar na equipe de execugdo ¢ planeja- mento, se conf gurando em um contraponto do chjetivo primeiro da Manutengéio Industrial. As preventivas reduzer. bastante estes acontacimentes, proporeionando o controle sobre o funcionamento dos equipamentos, ¢ um clevade grau de auto-estima dos homens e mulheres da manutengSo, que desta forma acnitem alguns des- vios (panes inesperadas) em seu plano, pois tém a certeza de se tra- tar de um acontecimento isolado, facilmente administravel. Qualquor processo, soja ole qual for, precisa de um Retrofitting constante; a “educagao continuada” nos mostra que o estudo e a verificacao de atividades proporcionam uma melhoria imprescin- divel para um método de trabalhe, A manutengic preventive nos dé esta condigto de melhoramento de métodos; a partir do momento em que a atuaedo em um equipamento se repete, a visualizagko de seus pontos se torna mais nitida a cada preventiva, fazendo com que os métodos (pautae) sejam atualizados constantemente. 1.5.5 ~ Manutengao Preditiva Sao tarefas de manutencio preventiva que visam acompanhar a méquins ou as pegas, por monitoramento, por medigdes ou por con trole estatistico © tontam predizer « proximidade da ocorréncia da 42 PCM - Plangjamento e Controle de Manuteng3o falha. O objetivo de tal tipo de manutencao é determinar 0 tempo correto da necessidade da interveng4o mantenedora, eom isso evi- tando desmontagens para inspegio, e utilizar 9 componente até o maximo de sua vida ttil. Existem quatro técnicas preditivas, bastante usadas nes indis- Andlise de dteos lubrificantes e Termografia. O ensaio por ultra-com caracteriza-se num método néo destruti- ‘vo que tem por abjetive a detecgio de defeitos ou descontinuidades internas, presentes nos mais var'ados tipos ou formas de materiais ferrosos oui n&o-fervosos, Tais defeitos s80 caracterizados pelo pré- prio processo de fabrieagao de pecs ou componente a ser examinado como por exemplo: bolhas de géis em fundiclos, dupla laminagao em laminades, microtrineas em forjados, escérias em uni6es goldadas & muito outros O campo de aplicagao do exame ultra-sénico vem se ampliando com passar 0 tempo. Em 1929 a cientista Sokolov fazia as primei- ras aplieagdes da energia sénica para atravessar materiais metali- cos enquanto que em 1942 Firestone utilizava o principio da ecosson- da ou ecobatimetro, para exames de materiais. Hoje, na indiistria moderna © exame ultra-sénico constitui uma ferramenta indispensdvel para a garantia da qualidade/funcionali- dade, através do mnoni-toramente de pegas de grandes aspessuras, geomeizia complexe de juntas soldadas e chapas. Como toda técnica, o ultra-som tem suas vantagens e desvant gens, Sua vantagem esia no fato de 0 método possuir alta sensi dade na detectabilidade de pequenas descontinuidades internas. Para a interpretagiio das indicacies, dispensa processes intarmedi- arios, agiliande a inspegio. Ao coniriirio dos ensaivs por rediagdes penetrantes, o inétodo nao requer planos especinis de seguranga ou quaisquer acessorios para sua aplicago. A loealizagao, avaliagao do tamanho e interpretacio wiroguggo ts das descontinuidades encontradas so fatores intrinsecos ao exame, enquanto que outros exames nao definem tais fatores. Suas desvantagons sto basicamente: requer grande conhecimenta tedrico e experiéneia por parte do inspetor, o registro permanente do teste nao € fecilmente obtido, faixas de espessuras muita finas constituem uma sificuldade para aplicagao do métodc e, por tltimo, reguer 0 preparo da superficie para sua aplicacao. A vibracéio mecéinica é uma oscilagio em torno de wna posicdo de referéneia. Consiste em um fendmeno quotidiano, e n6s a eneon- tramos em nosszs casas, durante as viagens e no trabalho, Ela se constitui freqlientements em um processo destrutive, oeasionande falhes nos elementos de mAquinss por fadiga, ou seja, diminuigao gradual da resistencia de um material por efeito de colicitagSes re- petidas. © movimento vibratério de uma maquina ¢ 0 resultado das for- ges dinamicas que a excitam. Hissa vibragao se propaga por tedas as partes da m&quina, bem como para as estruturas interligadas a ela. Geralmente um equipamenta vibra em varias freqitéacias ¢ ampli- tudes corvespondentes. Os efeitos de uma vibragéa severa sao o desgaste e a fadiga, que cortamente sao responséveis por quebras definitivas do maquinario, Colocands acelerémetros en pontos predeterminagos do equipa- mento, aqueles captario as vibragdes recebidas por este. A andlise destas vibragées, observando a evolugio do seu nivel no tempo, for- necerd uma série de dados, nos ortentando sobre o estada funcional de um determinado componente, 14 PCM - Plznejamento Controle da Manutencao PCM Plenejamenito e Controle da Manutencao Figura 3 owes Aaua SeLseant arucrae por ties deviate) IDIBE-3V BOMBATAVERTIOAL ‘Roe Spectom Scostop to00z8 IAS Velocity in exmiSee ee ee ee ee ee a) Froqusaey iors Lace ates soba er 508: 8.390 Espectro indicanso dasalinhamenta severo no conjunto moter-bombe, com a vibrapdo se astendendo & tubulagao. Termogratia ¢ a técnica de ensaio ndo-destrativo que permite o sensoriamento remoto de pontos ou swperficies aquecidas por meio de radiagao infravermelha, Em qualquer programa de manutencdo preditiva, a termografia se apresenta como téonica de grande utilidade, uma vex que permi- ta a realizacdo de medigoes sem eontato fisico com a instalagao (se~ guranga), verificacdo de equipamentes em pleno funcionamento (ngio interferindo na producdo), proporciona inspecées de grandes super- ficies Introdugao As principais aplicagdes da termografia na indistria incluem as instalagSes elétricas, em que é importante a localiza;ao de compo- nentes defeituosos sem contato fisico, e as areas siderurgica petroquimica, nas quais é grande o nimero de precessos envol- vendo vastas quantidades de calor. Nesses locais, problemas ope- recionais padem ser relacionados diretamente com as distribuicdes extornas de temperatura nos equipamentos. Figuras 5 Imagens inftavermeihas de instelagbes elétricas, danunciande componentes superaquecidos, A anélize de éleo lubrificante tem dois objetivos: determinar o momento exato da troca do Inbrificante @ identificar sintomas de 16, PCM - Planejamento e Controle da Manutengao desgaste de um componente, Isto é possivel devido ao monitoramento quantitativo de particulas s6lidas presentes no fuido, aliade a ané- lise de suas caracteristicas fisieas e quimieas. Sao clas: © Nivel de contaminagiic de agua. * Quantidade de residuos de carbono. * Viscosidade do éleo. + Acidez, « Ponto de congelamento. * Ponto de fulgor. Tal técnica preditiva necessita de um aparato laboratorial mui- Wo eficionte, envolvendo a existincia de varios instrumentos como viscosimetros, eentrifugas, microse6pios, ete. 1.5.4 - Mamutengéo Autonoma Muitos profissionais da dren de manutongdo defendem que a manuteagao autonome, por si sd, nao é um tipo de manutengéo, configurando-se no méximo como um dos alicexces do TPM (Total Produetive Maintenance). No men ponto de vista, no momento em que ba um planejamento e pregramacdo para realizacdo de servi- gos por parte dos operadores, temos uma atividade mantenedora presente e ofetiva no organismo produtivo. Daf sua cavacterizacko como tipo de manutenedo, infuenciande decisivaments na politi- ca de manutencao ser encaminhada por uma empresa, Na manutencao autonoma vale & méxima: “Da minha mdqui- na enido en”, que é adotada pelos operadores que passam a execu- tar servigos de manutengde us maquindrio que operam. Servigos estes que vio Gesde as instrucdes de limpeza, lubrificagac ¢ tare- fas elementares de manutencio, até servigos mais complexes de anélise ¢ melhoria dos instrumentos de predugao. Introducso a7 1.4 — FATORES PARA DEFINICAO DAS ESTRATEGIAS DE MANUTENCAO PARA EQUIPAMENTOS ‘A determinagao de que estratégia, ou estratégias de manuten- 80, a serem aplicadas no processa produtivo, ¢ seus subprocessos, 6a base da politica de mamutengao. Claro que o termo politica de manutencéio envolve um leque bem maior de varidveis do que ape- nas a escolha da forma de se fazer intervengies em méquinas, As ferramentas organizacionais que tornai possivel o perfeito exeret- cio da manutencdc, as bécnicas de planejamento, o perfil formativo do militante da area, os indices de qualidade c o sistema de gerenciamento foram as bases da estruturagio da Manutengao Industrial de uma empresa. O primeiro pasio na formagao da nossa politica de manutengéio é escolher que estratégias de manutencdo trabalharemos em nos- sos equipamentos, ¢ para tanto é preciso levar em consid2racdo nesta escolha alguns fatores. Recomendacées do Fabricante E necessfrio se ater ao que o projetista do equipamento nos diz sobre sua conservagao, a periodicidade dc manutengio, os ajustes © calibragGes, os procedimentos de correo de falls, ete. Seguranga do Trabalho e Meio Ambiente As exigéncias legais para manuseio de equipamentas deve ser observadas, bem como sua interacdo com o meio ambiente, objetivando sempre a integracéo perfeita entre Homem - Méquina ~Meio Ambiente. Caracteristica do Equipamento Deve-se observer as caracteristicas da falha, tempo nédio entre felbas, vida minima e modalidade de falha. As caracteristicas do reparo devem ser também levadas em consideragdo, bam como o tem- po médio do reparo. o tempo disponivel apéa a pane antes que a pro- dugio seja afotada, ¢ o nivel de redundéncia, PCM - planejamento ¢ Controle da Manuten¢ao Fator Beondmice 0 custo de manutengio 6 composto dos custos de recursos ht- manos, de material, de interleréncia na produgao e de perdas no proceso. O custo de interferéncia na produgao ¢ o quanto deixare- ‘mos de produzir com o tempo de parada do sistema produtivo; atx- alimente enn todas as industr:as ha a transformagio do tempo em produto, e conseqientemente, em dinhsiro, j4 que literalmente hoje na economia sundial tempo € dinheiro. O custo de recursos hu- manos e material é 0 quanto gastamos com HH, pegas de reposi- ¢40 e outzos iteas consumides na manutengio. E por fim, o custo Ge perdas é referente aos refugos de produgio e desperdicio de insumos ¢ matéria-prima devido a felhas no maquinério. Apés a anéilise destes fatores escolheremes para nossos equipa- ‘mentos uma ou mais, das trés opséos de estralégia de manutencéo que possuimes, para tratar com a felha: 1® Simples Corretiva — Bfotuar a troca depois da pane, usan- do o componente aié a sua exaust, arcande com os materiais ¢ 72 carsos humanos para a interrengio; observamos que nesta opgao o custo de produgéo nao 6 relevante, 2° Preventiva Periédica — Agir preventivamente, proceden- do. manutengae periodicamente, evitando assim a parada ind>- sejével da produgiio; neste caso o custo de manutencio gerd basi- camente materiais e HH de manutengdo, com um maior ineremen- to que na opedo anterior, devido & instalaco de equipe perma- nente de manutengio, ¢ compra periddica de componentes para reposigao. 8° Agiio Preditiva + Acompanhamento da condigao dos ins- trumentos de produgio, desta forma usando o componente em toda a sua vida wtil possivel, estendendo ao maxima o tempo da trova planejada, Nao hé desta forma perda de tempo de produgdo, mas os custos de mannitengio serko altos eomparando com as duas pri- meiras opgées, pois para o acompanhamento teramos que fazer uso introdugso 49 de ferramentas ¢ técnicos sofisticados, mantendo-os sempre atualizados. __ Apés estudar cada um destes fatores & luz do nosso proceso e dimensioamento da nossa capacidade mantenedora, definiremos as estratégias de manutengao a serem trabalhadas de acordo com nossa realidade. 1.5 — O PCM NO ORGANOGRAMA DA MANUTENCAO Normalmente em algumas indvstrias quando nos referimos @ Produgao, pensamos estar falando da Oporacio, uma interpretagao equivocada, pois a Produgio engloba a Manutenglo ¢ a Operagao, sendo que estas osupam um mesmo nivel hierdrquico dentra de uma organizacéo produtiva Esta tendéncis se comprova quando visualizamos os dados levan- tados pela ABRAMAN, onde om 60,50% das emprosus pessoteag a manutengao subordina-se A Diretoria e Superintendéncia, eendo que em 1995 estensimero era ds 86,0895 e, em 1997, era de 80,00%. Figura 6 NIVEL HIERARQUICO DA MANUTENGAO 1999 [oUTRos| GERENCIAL Documento Nacional ABRAMAN 1999. PCM - Planejamento e Controle da Manutengao Logo. a tendéncia no mereado é de que a Manutengao ocuge um nivel de geréncia departamental, da mesma forma que a operacao. O PCM é um ézgio staff, ou seja, de suporte a ranatengao, sendo ligado diretamente & geréncia de departamento, como podemos visualizar no organograma abaixo. Figura 7 til de Feca a cr ef pr [oon eae [Season sen ones pl L pe [Po Evora de oni Even da Marte Organograms de organizapao de uma tébrica, Capituio 2 Organizagde da Manutencdo 2.1 ~ TAGUEAMENTO Apalavra inglesa Tag significa etiqueta de identifieagSo, ¢ 0 ter- mo Tagueamento, nas indistrias de transformagao, representa a identificardo da localizagao das areas operacionais ¢ seus equipa- mentos. Cada ver mais torna-se necesséria tal locelizagfo, davido & necessidade dos controles setorizados, bem como & atuacdo organi zeda da manuteacéo, Quando temes umn tagueamento estruturado, conseguimos pla- nejar e programar a manutengéo de uma forma mais répida e ra- cional, além de conseguirmos extrair informagdes extratificadas por Tag, como mimero de quebras, disponibilidade, custos, abso. lescéncia, etc. O tagueamento ¢ a base da oxganizagio da manutenedo, pois ele serd 0 mapeamento da unidade fabril, orientanda a localizagao de Processos, ¢ também de equipamentos para receber manutencao, Fazendo uma analogia, podemos dizer que € 9 enderegamente das residéneias dos nossos subconjuntos om cidade, bairro, rua e casa. Uma emprese de médio ou grande porte poderd eptar por cinco niveis de Tag para a estrutura de son tagueamento, sendo 0 nivel mais alto reservedo para as Goréncias; o segundo, ag Areas destas; terceiro, aos sistemas; o quarto, aos aglutinadores, e por tltimo a posicao dos equipamentos/subconjuntos. No sentindo de uma melhor fixagéo dos conceitos, faremos a estruturagio do tagueamento de uma hipotética indiisizia de eerve- Ja, no qual a diviciremos em cinco niveis de ‘Tag. Para tanto, é pre- iso observarmos o processo da nossa fabrica, que chamaremos de Cervejaria X. Figura 8 Is at nats eteanae = eeesncet vw 2 si ig 3 2 E Mati 3 e Se fy vow [re mae me crores Fa z Nive de og Ie ‘OPDUBINEN ED OBSETUEBIO es fa Se £ Fluxograma da corvejaria X. cd 24 2CM- Planajamento e Controle da ManutencAo Observande 0 processo de fabricagao da nossa indeistria, pademos dividi-la em trés geréncias operacionais: Geréncia de Cerveja, Ge- réncia de Utilidades e Ceréncia de Envase, Elas oouparao o nivel I do tagueamento da Cervejaria X, sendo seus respectivos eddigos Gefinidos de forma simples, dois caracteres quo representem suas iniciais, 60> Garénela de Cerveja GU —> Ceréncia de uiltidades GE Geréncia de Bivase Cada geréncia terd desmembradas suas areas, onde é necassé- io seguir a logica de cada proceso, Para a identificecdo corzeta das Areas, é preciso que verifiquemos detalhadamente o esquema de funcionamento da Cervajaria X. ‘No processo da fabriea, as trés geréncias sao responséveis, de for- ma macro, pelas seguintes atividades produtivas: GC - Beneficis as matérias-primas, processando-as ¢ fornecen- do ao final cerveja pilsen filtrada. GU — Produz insumos necessérios para o processo de fabricagaio da cerveja, ¢ para o seu envase, Os insumos so vapor, ar zompri- mido, aménia, agua cervejeira e gés carbénico. GE — Responsavel palo acondicionamento do produto final, que, no nosso caso, serdo gasrafas de vidro de 600ml. Cada um destes macroprocessos subdividem sua atuego em varias etapas; analisendo tais etapas, podemos determinar as Sreas das geréneies. A divisdo seré feita respeitando caracterts- tices da fabricagao, bem como a racionalizagao do gerenciamanto. Via de regra esta estruturacao 6 feita pelo pessoal de producao; logo, a manutengio industrial deve guiar a sua atividade, den- tro destes padrdes preestabelecidos, e para o tagueamento -sto ndo serd diferente, Organizacdo dz manutencao, 28 Serd necessdrio que tanto as éreas (Nivel 11), como as Sistemas (Nivel IID, possuam Unidades de Propriedade, que consisiem em cédigos de dois digitas. A sua funga serd andloga ao CEP usado pelos correios brasileiros 0 Tag Nivel II seré formado por trés letras indicando a area, © trés digitos, o primeira da esquerda para a direita, indicando a fase do projeto; como a cervejaria X nao expandiu suas instala- Bes, este digtto sera 0. Os dois digitos seguintes serdo a Unida- de de Propriedade. O desmembramento das éreas seré o seguinte, com suas respee- tivas UP's ¢ Tag's: GO -Geréneia de Cerveja UP Tay Area OL BRS-001 Brassagem 02 FRM002 —_Fermentaglio e maturagéa 03 FLT-003—Filtragae GU - Geréncia de Utilidades UP Tag Area 04 CAL-004 Caldeiras 05 CPR.O05 ~——Compressores de ar 06 © CPA006 —_ Comprassores de aménia 07 —-ETA007 stag de tratamento de égua 08 —-ETE-008 —_Bstago de wratamento de efluentes GE - Geréncia de Envase uP Tag Area 09 LIB-009 Liha de envase 1 10 -LIB-010 Liha de envase 2 26 PCM - Planajamento ¢ Controle da Manutenciio Apés esta definigaio passaremos aos sistemas, ¢ por uma questso de nao perdermos 0 foco, tommaremos a drea LIE-009 da Geréncia de envase como exemplo; isto porque estaré no envese a maior diversi- dade de equipamentos A linha de envase 1 serd responsdvel pelo acondicionamentc do ‘em embalagens de 600ml de vidro, e além disto nesta tase baverd a pasteurizagko do produto, visando assegurar a estabilida- de microbiolégica da cerveja; este processo consiste em aquecer aé garrafas apés passarem pela enchedora a 60°C por um determina- do tempo. ALIE-009 ¢ dividida om varios sistemas, divisio esta acompa- nbando as pectliaridades dé cada conjunto de equipamentos, no que diz respoite ao sou fim, Observando o grafico em V, poderos visualizar tais sistemas formadores da linha de envase de garra’as. Figura 10 Paletizadora [Beanie tino Ee A Dosencaixotaciora Pasteurlzador vcd Tapio de “orale ch, Teper a A ‘Sorat Arroltador Enovedora Gréfice “Y" Hinna de envase. Organizagio da manutengaio 27 Teremos oito sistemas, pois 0 arrolhador e inspetor de garvafas cheias serao reanidos, para efeito de tagueamento, no sistems enchedora; logo, a disposi¢do sera a seguinte forma: Tag Sistema DPL-009 —_Despaletizadora DCX-009 —_ Desencaixotadora _ LVA-009 — Lavadora 1GV-009 _Inspeter de garrafas vazias ECH-009 — Enchedora/arrolhador/inspetor de garrafas cheias PST-009 Pasteurizador RTL-009 Rotuladora/encaixotadora PAL-009, Paletizadora Com os sistemas definides, deveremos agora ceterminar os aglutinadores de cada um deles; 0 aglutinador serd o tag responed- vel por reunir varios equipamentos no mesme enderezo. Seguindo a analogia com o enderecamento de uma cidade, o agiutinador esté para a geréncia, como a rua esté para a cidade. ‘Tomande o sistema ECH-009 como exemplo, definiremos os seus aglutinadores, e os seus tags sero o do sistema, acrescido de um segiieneial de trés némeros. Tag . Aglutinador ECH009-001 Enchedora ECH-009-002 Rinse ECH-009-003 Arrothador ECH-009-004 Inspetor de gerrafas cheins ECH-009-005 Transport de garrafas vazias inspecionadas ECH-009-006 ‘Transporte de garrafas cheias inspecionadas ECH-009-007 Transporte de retorno para a lavadora PCW - Planelamento e controle da Manutengae Detinidos os aglutinadores, para fechar 0 tagueamento, beste agora determinarmos as posigies dos ectipamentos/subconjuntos dentro do aglutinador. A fangSo deste tag sera a do enderego bé- sico, a casa onde residiré umn equipamento; para exemplificar to- maremos 0 ECH-009-001 e discriminaremos suas posigdes, que teray seu tag igual no aglutinador, acrescido de um sequencial de trés nitmeros. Tag Posigho ECH-009-001-001 __‘Estrutura da enchedora ECH-009-001-002 Motor principal da enchedora RCH-009-001-003 —-Redutor principal da enchedera ECH-009-001-004 Bomba de vacuo ECH-009-001-005 —_Yalvulas de enchimento ECH-009-001-006 Macaeos de elevasiio ECH-009-001-007 HDE ECH-009-001-008 —-Painel de controle ECH-009-001-009 _Tnstrumentagio Podemes notar que o tag ECH-009-001-009 néo faz referéncia 2. um equipamento, mas sim a um conjunto de vérios sensores ¢ digpositives eletrénices, o que 6 feito por uma economia e também pelo bom senso de n&o taguearmos todos estes pequenos dispositi- vos. Neste caso isto & desnecessério, visto que a area ocupade por uma enchedora pode ser facilmente pereorrida por um mantensdor. 2.2 — CODIFICACAG DE EQUIPAMENTOS Codificar umn equipamento tem como objetivo individualiz4-lo para receber manuutengSo, bern como para o acompanhamento de sua Organizagao da manutencao, 29 ero de uma carteira de identidade civil, faz com um cidadéo brasileiro. Tal codificasdo seré anexada ao equipamento, por intermédio de placas de identificac&o, resistentes o suficiente para acompanhar 0 -smo, onde for utilizado, com objetive de garantir sua rastrea- bilidade, seu histérien de manutengao oa fidelidade na que diz. rea- peita 2 suas caracteristicas técnicas, Devemos estipular um padrao para este registro, e a sugestao dada 6 que tal padrao soja composta de trés letras, um hifen e qua- tro algarismos, da seguinte forma: XXK-9998 Os trés carseteres iniciais deverio conter informagio que de- signe 0 equiparento, como por exemplo: MOT - Motor, RED - Re- dutor e GAV ~ Gaveta Eletries, Os quatro Ultimos niimeros sero 0 seqtiencial, dentro da designacao de cada equipamenta; logo, pode- ‘mos ter 9.999 posicdes para uma familia de subconjunto, e podemos exemplificar 0 canceito da seguinte forma. Cédigo —_Deserigaio do Equipamento MOT-0001 Motor Blétrieo de 25 CV ‘MOT-0002 Motor Diesel GAV-0001 Gavela Elétries GAV-0002 Gaveta EI RED-0001 Redutor SEW RED-0002 Redutor SEW YEC-0001 Vélvula de Enchimento VEC-0002 Valvula de Enchimento VAT-0001 Valvula Termosisitiea

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